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José Pedro Sousa
Keynote
João Pedro Sousa
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Francisca Medeiros, 5º ano
“Conservadorismo” foi o tema que José Pedro Sousa começou por defender. O interno de cardiologia, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, explicou que os médicos que apoiam este método não devem ser vistos como céticos, haters, ou até niilistas. Em vez disso, devem ser tidos como alguém que para para se questionar se as práticas médicas são as mais corretas.
Baseando-se no livro “Can Medicine Be Cured: The corruption of a profession” de Seamus O’Mahony, frisou que, nos dias que correm, a medicina tornou-se numa “indústria” focada em doenças degenerativas e de idade avançada, levando a que todos sejam chamados de “pacientes”, o que pode ter consequências catastróficas. O autor afirma que estamos na “idade da desilusão” em oposição da “idade de ouro”, devido ao sentido de impotência que os médicos sentem.
Esta prática médica assenta em três pilares, que são a Medicina Baseada na Evidência, a Medicina Baseada no Valor, e a humildade. Para além dos seus pilares, também apresenta cinco “inimigos” principais, que são eles a “doença falsa”, a “inovação falsa”, o “marketing agressivo”, a “quantidade de dinheiro envolvido” e os “estudos enviesados”. Para nos elucidar melhor sobre estes temas, José Pedro Sousa apresentou diversos estudos para cada um deles.
Destaco o estudo sobre a diabetes, que concluiu que pacientes considerados “pré-diabéticos”, tiveram uma maior percentagem de regressão da hiperglicemia, do que de progressão para diabetes, remetendo-nos assim para a “doença falsa” e para o facto de estes indivíduos não serem, de facto, “pacientes”.
O cardiologista terminou a sua apresentação citando Bernard Lown: “Do as much as possible for the patient, and as little as possible to the patient”.
