(Re)Nascer - 59ª Edição da Revista ANEMIA

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Cultural: História da Medicina os atuais.

Contraceção Feminina Inês Sampaio, 4º ano

Ter um filho é o motivo menos frequente pelo qual a maioria das pessoas têm relações sexuais. O planeamento familiar sempre foi uma preocupação do ser humano, que procurou pô-lo em prática mesmo em sociedades regidas por códigos sociais, políticos e religiosos que priorizavam a natalidade. Contudo, os métodos contracetivos utilizados antes do século XX, não eram tão seguros e eficazes como

Alguns séculos atrás, na China, bebia-se chumbo e mercúrio como contraceção, o que muitas vezes levava à esterilidade ou morte da mulher. Na Idade Média, alquimistas aconselhavam as mulheres a usarem testículos ou patas amputadas de doninhas atados às suas coxas e pendurados ao pescoço, para além de amuletos como fígados dissecados e ossos de gatos pretos, para prevenir a gravidez. No Norte de África, os gregos e romanos descobriram uma planta de flor que denominaram “Sílfio”, capacitada de um elevado poder contracetivo e que se tornou num sucesso tal, que era vendida ao preço da prata, acabando por se extinguir pela sua sobre-exploração. Mulheres da Índia tropical e Sri Lanka, comiam uma papaia por dia para contraceção e, de facto, de acordo com estudos realizados em 1993 por uma equipa de investigação inglesa, esta fruta possui uma enzima que interage com a progesterona e valida este costume. A partir do século XVI, o medo de que o ensinamento dos métodos de contraceção resultasse em acusações de heresia e bruxaria, com punições de tortura e até mesmo de morte, levou a um decréscimo na sua procura e investigação. Em 1914, Margaret Sanger, uma ativista norte americana, foi acusada judicialmente por distribuir por correio uma revista chamada “The Woman Rebel”,

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