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Emergência Pré-hospitalar
Nosso Mundo
Emergência Pré-hospitalar
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Carla Maravilha, 4º ano
O telemóvel toca, as sirenes ligam-se e lá vão eles, prontos para mais uma missão. A viagem nem sempre é a melhor, mas a vontade de querer ajudar faz com que seja rápida. Chegando ao destino, encontram mais um desafio, mais uma vítima assustada à procura de ajuda. No meio de tanta aflição, têm o sangue-frio necessário para tranquilizá-la e estabiliza-la. Por muitos protocolos, ABCDE’s e malas de abordagem que existam, o mais importante é perceber o que a vítima está realmente a sentir. Prestados os primeiros socorros, vão para o hospital o mais célere possível. Uma vez desligadas as sirenes e no hospital, o seu trabalho não acaba. É preciso assegurar que toda a informação relativa à vítima é transmitida aos profissionais de saúde desse centro hospitalar e, apenas aí, fica a vítima entregue aos cuidados hospitalares. Terminada mais uma missão, aguardam pela próxima. Eis o que é a emergência pré-hospitalar. Dela, fazem parte médicos, enfermeiros, psicólogos e técnicos, quer voluntários quer profissionais, pertencentes ao Institudo Nacional de Emergência
Médica (INEM), à Cruz Vermelha
Portuguesa e às diversas corporações de Bombeiros do nosso país. São eles que recebem e assistem quem liga para o 112, 365 dias por ano, 24 horas por dia. Em cada saída, levam consigo a ansiedade, o nervosismo, o medo do que possa estar à sua espera, mas
levam sobretudo a coragem, humanidade e vontade de ajudar o outro.
São estranhos que entram nas nossas casas, com o compromisso de dar alento ao coração e acalmar as preocupações de quem está muitas vezes com ele nas mãos, angustiado e sem saber o que fazer. Da mais pequena ferida, ao mais grave cenário de trauma, estas equipas têm uma enorme capacida- de de adaptação e resiliência, sendo a vítima à sua frente o seu foco central. Não importa se são 3 ou 14 horas: eles estão prontos a ajudar.