Fluir e Recordar | Victor Matheus Camassi

Page 73

73

portugueses e paulistanos a voltarem para as suas cidades. No entanto, muitos acabaram se estabelecendo em pequenos povoados, especialmente na região do Vale do Paraíba do Sul. Inicialmente Santa Isabel foi uma freguesia5 criada no município de Mogi das Cruzes pela Resolução de 25/06/1812 (IGC, 200-). Mas em 1832, Santa Isabel recebeu o título de vila, por meio do Decreto Lei da Regência do Império em nome do Imperador Dom Pedro II, datado de 10 de julho de 1832 que assegurava o desmembramento de Santa Isabel de Mogi das Cruzes. E, só foi no ano de 1893 que Santa Isabel, elevou-se da categoria de Vila à Cidade, através da Lei no135, de 30/05/1893 (ibid. 200-). No começo do século XIX, Santa Isabel desempenhou um importante papel na cultura do café do Vale do Paraíba, visto que nessa época, as plantações isabelenses de milho, arroz e feijão abasteciam as fazendas produtoras de café. Em 1948, Joaquim Simão (primeiro prefeito da cidade por voto popular) assumiu a prefeitura de Santa Isabel, e deu início a construção da Rodovia Arthur Matheus (conhecida como Variant) via esta que teve seu trecho alongado durante a gestão do Prefeito José Basílio Alvarenga (1956-1969) que em 1956, realizou a abertura do acesso da cidade para a Rodovia Presidente Dutra, com essa nova ligação, Santa Isabel teve seu acesso aprimorado e atraiu algumas novas indústrias para a região. Mais tarde, durante a primeira metade do século XX, “o município recebeu a instalação da primeira fábrica da cidade, conhecida como fiação e tecelagem de Juta S/A que, por quatro décadas, foi disputada pelos citadinos que queriam fugir do trabalho agrícola.” (CAMARGO, 2008 apud. SANTOS, p.17, 2017). Entretanto, dado a uma grande enchente que atingiu a fábrica e resultou em enormes prejuízos para os empresários, esta acabou fechando em 1967, o que desesperou muitas famílias que trabalhavam no local. Mas, o desenvolvimento da cidade não parou, em 1969, durante o mandato do Prefeito Gabriel Cianflone (1969-1973) foi inaugurada uma filial da indústria têxtil Karibê em Santa Isabel, oferecendo uma enorme demanda de empregos, apesar disso, ao longo das décadas seguintes, a topografia acidentada e a Lei de Proteção aos Mananciais (publicada no ano seguinte, 1970), não estimulou a consolidação de novas indústrias, visto que a legislação proíbe a instalação de

Circunscrição eclesiástica que forma a paróquia; sede de uma igreja paroquial, que servia também, para a administração civil; categoria oficial institucionalmente reconhecida a que era elevado um povoado quando nele houvesse uma capela curada ou paróquia na qual pudesse manter um padre à custa destes paroquianos, pagando a ele a côngrua anual; fração territorial em que se dividem as dioceses; designação portuguesa de paróquia. (IGC, 1995) 5


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook

Articles inside

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

6min
pages 141-144

CONSIDERAÇÕES FINAIS

2min
page 140

o Casarão e o Pouso de Tropeiros

4min
pages 135-139

o Parque Linear Araraquara

5min
pages 126-130

as Conexões com os afluentes do Araraquara

4min
pages 131-134

CAPÍTULO 6 – ESQUEMAS ESTRUTURANTES E PROPOSTA PROJETUAL

1min
page 125

o edifício

4min
pages 120-124

os afluentes do araraquara

4min
pages 114-119

o recorte de estudo

24min
pages 89-109

o córrego araraquara

2min
pages 110-113

características físicas ambientais

2min
pages 84-85

macrozoneamento e ocupação do solo

2min
pages 81-83

legislação urbanística municipal

7min
pages 77-80

santa isabel: um breve histórico

4min
pages 71-72

urbanização de santa isabel

5min
pages 73-76

o paraíso da grande são paulo

1min
page 70

CAPÍTULO 5 – O LOCAL DE INTERVENÇÃO

1min
page 69

Estudo de Caso I – Reurbanização do Córrego Antonico | MMBB

7min
pages 50-54

áreas de proteção

5min
pages 42-44

novos olhares para os rios urbanos: urbanidade

3min
pages 36-38

Estudo de Caso II – FLUSSBAD: revitalização urbana do Rio Spree | Tim Elder

8min
pages 55-62

novos olhares para os rios urbanos: ressignificação de não-lugares

2min
pages 39-40

patrimônio histórico

6min
pages 45-48

novos olhares para os rios urbanos: a mudança ao longo dos anos

2min
pages 34-35

novos olhares para os rios urbanos: SELs e parques lineares

1min
page 33

a água e a cidade: os rios urbanos

6min
pages 21-25

parques lineares como ferramenta de conservação ambiental

2min
pages 29-30

INTRODUÇÃO

5min
pages 15-17

JUSTIFICATIVA

1min
page 14

a água e seus significados antropológicos

3min
pages 19-20

o turismo e o papel preventivo dos parques lineares contra patologias

1min
page 31

conservação dos recursos naturais: legislação vs prática

4min
pages 26-28

OBJETIVOS

1min
page 13
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
Fluir e Recordar | Victor Matheus Camassi by Victor Matheus - Issuu