o córrego araraquara

from Fluir e Recordar | Victor Matheus Camassi

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

o córrego araraquara

O córrego Araraquara, é um afluente da Represa do Rio Jaguari, e é o principal corpo d’agua da área urbanizada de Santa Isabel. Com grande extensão, inicia-se na cidade de Arujá e termina seu percurso final no Município de Santa Isabel. 80% do rio está em perímetro rural e os outros 20% está em área urbana (Lei Complementar No 184/16, 2016). O córrego, assim como seus afluentes, possui papel essencial no sistema de macrodrenagem natural das águas pluviais do centro da cidade e bairros vizinhos. Este corpo d’água está muito presente no trajeto das pessoas, entretanto, ao longo do tempo foi sofrendo muitas alterações em virtude das ocupações nas suas margens, por consequência “o Rio Araraquara está em grande parte assoreado e obstruído, canalizados e confinados por paredes e muros de edificações, recebendo, ainda, o lançamento de resíduos domésticos” (EMPLASA, 2006, p.159), como se observa nas figuras 53.

Figura 53: Foto de trechos do Córrego Araraquara, com seu leito estreitado por construções. Fonte: acervo do Autor, 2021 Essas intervenções acabaram descaracterizando-o e ameaçando o próprio curso d’agua e suas margens. Dessa forma, o córrego vem sofrendo reiteradas agressões ambientais que influem diretamente na qualidade ambiental e social do espaço público.

Ao longo de seu trecho, sua paisagem sofre grande alteração, algumas partes possuem margens mais largas e arborizadas (figura 54).

Figura 54: Foto de trechos do Córrego Araraquara, margens com vegetação Fonte: acervo do Autor, 2021 Há outros trechos, sem margens, apenas com muros de arrimo, onde a vegetação é escassa ou inexistente, são partes assoreadas, conforme figura 55.

Figura 55: Foto de trechos do Córrego Araraquara, ausência das áreas ripárias Fonte: acervo do Autor, 2021

Outra característica marcante da paisagem modificada do Araraquara são as fachadas “mortas” criadas pela parte posterior de muitas construções implantadas ao longo do córrego. Essa repetição acabou formando grandes extensões de paredões e empenas cegas, que se voltam para a área de passeio dos pedestres, causando grande impacto no espaço público, por criarem cenários sem atratividade e vitalidade urbana.

Figuras 56: Foto de trechos do Córrego Araraquara, fachadas mortas. Fonte: acervo do Autor, 2021

O Araraquara corta a cidade no eixo norte-sul, contemplando desde o início do bairro 13 de maio até o Parque Municipal. O trecho que confronta com o parque já apresenta uma porcentagem bem mais significativa de vegetação ciliar, pode se observar nas figuras 57 e 58. Entretanto, essa vegetação contempla apenas uma das margens, visto que a margem paralela ao parque (figura 59), apresenta pouca vegetação.