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O modelo de desenvolvimento que predominou nas últimas décadas no Brasil, materializa-se sobretudo, de acordo com Mello (2008) por processos de adensamento e expansão urbana desenfreados, com intensa exclusão socioespacial, o que resultou também em rios poluídos e distantes da população. “No Brasil, de modo geral, a relação harmoniosa de encontro da população com o rio ocorreu até a metade do século XX, quando, então, ampliaram-se os conflitos entre desenvolvimento, sociedade e meio físico. E a poluição e a dificuldade de acesso às áreas ribeirinhas foram expulsando para longe das várzeas a prática de esportes e o lazer.” (GORSKI, p. 36. 2008) Com a poluição, a retificação e a canalização dos rios, a cidade perdeu além da presença das águas (que era tão marcante desde o início de sua formação) os espaços de lazer, tão necessários atualmente, espaços estes que se recuperados podem trazer de volta o respeito, a valorização da cidade e a harmonia do homem com a natureza. A água se torna então um elemento muito potente para a conservação do ambiente Considerando a indiscutível importância da água e os inúmeros conflitos socioambientais das cidades contemporâneas com os seus rios, o questionamento que fica é: Como resgatar a qualidade das águas dos rios e córregos urbanos, com sua vegetação ripária em convívio equilibrado com a população e suas necessidades?




















