RECORDAR
tes Passados todos es ki RG 50 anos, a Suuzz uuk a nitta boni to bo uito a mui continua
SUZUKI RG 50
Ajustar S contas com o passado No final dos anos 1970, início dos ‘80, os nossos sonhos com duas rodas eram tão simples quanto impossíveis de realizar. É essa a razão pela qual, em Portugal, as cinquentinhas dessa época atingem hoje valores estratosféricos. São contas de um passado glorioso bem refletidas nesta Suzuki RG 50. POR ALBERTO PIRES/MOTOX • FOTOS PAULO RIBEIRO
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ó para ilustrar essa importância, veja-se que os pré idosos, algures entre os 55 e 65 anos, não se importam de pagar hoje uma fortuna para completar a sua caderneta de cromos da adolescência. Não se trata de resgatar o passado, repleto de autonomia e inconsciência, que assumimos e, se pudéssemos, repetiríamos quase na íntegra. Queremos apenas retirar-lhe as manchas, as ausências e polir as rugosidades para o recordarmos sem reticências. Seja como for, a memória da RG não é das melhores, e a responsabilidade é apenas minha. Quando a vi pela primeira vez já existia a Yamaha RD 50 com travão de disco hidráulico na frente, jantes de sete braços em alumínio e, sobretudo, com uma decoração que nos transportava para as vitórias de Kenny Roberts. Era assim considerada mais desportiva e mais inovadora. Só que a minha ignorância não me permitiu apreciar devidamente o facto da RG ser a herdeira da Suzuki RG 500, lançada em 1974 e que desde 1976 dominava o mundial com o seu motor
de quatro cilindros em quadrado a dois tempos! Apresentada em 1977, a RG 50 pesava apenas 76 kg e era a mais baixa e pequena de todas. Recordo-me apenas de a ver em azul, apesar de nos catálogos da época surgirem também em preto, branco e vermelho. Sinceramente, nunca gostei daquele azul, era demasiado bebé e, mais uma vez, só agora lhe dou o devido valor: era o azul na tonalidade usada pelas RG 500 de pista! Mecanicamente destacava-se! O motor monocilíndrico era considerado desportivo, com caixa de cinco velocidades e debitando 6,3 cv às 8.500 rpm, curiosamente o mesmo que a sua rival, a RD 50. No entanto, pelas cotas internas, por ter um pistão com maior diâmetro privilegiava a subida de rotação. Olhando para a concorrência da época, era a que tinha maior ‘pedigree’ apesar de tecnicamente perder para a RD porque o seu travão de disco era de acionamento mecânico e não hidráulico. Inegavelmente, o painel de instrumentos era um dos motivos de