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GAMA ENERGICA 2023 Aposta diversificada
A Energica é uma das marcas de motos elétricas mais reputadas do mundo, muito por culpa da exposição mediática que teve enquanto fornecedora oficial das motos da taça do mundo de MotoE. Em simultâneo, foi desenvolvendo uma gama de opções que chegam agora a Portugal com a clara missão de “roubar” protagonismo às “concorrentes” a combustão!

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Até agora, a presença da Energica (marca lançada em 2014) em Portugal era muito discreta, praticamente inexistente e até algo confusa, cabendo agora à Moteo Portugal a tarefa de “limpar e organizar a casa”. E o primeiro passo foi dado com a pompa e circunstâncias à altura, numa apresentação oficial quer da marca como da parceria com a empresa sediada em Aveiro, que decorreu num local muito emblemático e oportuno, a Central Tejo, em Lisboa. Apresentação essa que serviu para dar a conhecer à imprensa nacional todo o staff empenhado em dinamizar a marca no território nacional, mas, acima de tudo serviu para mostrar bem de perto e pela primeira vez em território nacional, toda a gama da marca italiana. Um dia muito especial não só para o importador nacional, mas para o próprio mercado que passa agora a ter acesso mais facilitado a uma das marcas de referência no sector das motos elétricas.
Gama Completa
O segmento onde a Energica se posiciona, aponta às motos de combustão de alta cilindrada, em três gamas distintas: desportivas, naked/utilitárias e trail. Para isso conta com a desportiva EGO +, as naked Eva Ribelle e Esseesse9 e, por fim, a trail Experia.

Começamos pelo princípio, que é como quem diz, pela moto que “catapultou” o nome Energica para o reconhecimento, a desportiva EGO +. No segmento das desportivas, já encontra rival elétrica, através da Zero SR/S, mas para se ter a clara noção do posicionamento que a marca pretendem dar ao modelo, basta dizer que assume como rivais de combustão uma Ducati Panigale V4 ou a Yamaha R1, por exemplo. Para isso, apresenta uma lista de características que são muito promissoras, como a potência nominal de 149,6 cv (171,4 cv de pico); binário de 222 Nm; uma avassaladora capacidade
A desportiva EGO ganhou maior fama com a presença na Taça do Mundo MotoE de aceleração dos 0-100 km/h de apenas 2.6 segundos; velocidade máxima limitada a 240 km/h; autonomia até 420 km, mas homologada de 192 km e carregamento DC Rápido de série. Este modelo oferece ainda o kit Corsa, para utilização exclusiva em circuito, com componentes de topo e uma eletrónica a condizer.

A Eva Ribelle assume um posicionamento de naked/streetfighter e aqui já encontra duas rivais elétricas, falamos da Zero SR/F ou da HarleyDavidson Live Wire 2021, disponível para o nosso país apenas por encomenda. No campo dos modelos a combustão, enfrenta modelos como a MV Agusta Brutale ou a Ducati Streetfighter. As prestações são precisamente iguais às da versão desportiva com excepção feita para a velocidade máxima que se fixa nos 200 km/h ou a autonomia homologada que apresenta mais 2 km face à EGO, ou seja, 194 km.





A Esseesse9 apresenta prestações mais humildes, com uma potência nominal de 109 cv, binário de 207 Nm, uma capacidade de aceleração dos 0-100 metros de 2.8 segundos, também com velocidade máxima limitada aos 200 km, autonomia até 420 km, mas homologada de 194 km e também com carregamento DC rápido de série. Neste caso, as concorrentes são as elétricas Zero DSR e a Harley-Davidson Live Wire, ou no campo das motos de combustão, a BMW R nineT.




Por fim temos a trail Experia que apresenta uma potência nominal de 80 cv, binário de 115 Nm, aceleração dos 0-100 km em 3.5 km e velocidade máxima limitada aos 180 km. No campo das autonomias, a marca aponta até aos 420 km, mas, no entanto, a autonomia homologada fixa-se nos 222 km, a mais elevada da gama. O lote de características encerra-se através do carregamento DC rápido de série e por utilizar uma unidade de medição inercial da Bosch. Aqui as concorrentes já serão a Zero DSR/X ou as BMW S1000XR, R1250 GS ou a Ducati Multistrada V4.
Tecnologia Partilhada
Embora apresentem especificações ligeiramente diferentes de modelo para modelo, há tecnologia que é transversal a todos os modelos. Como, por exemplo o sistema VCU (Vehicle Control Unit) que é um sistema que monitoriza constantemente a bateria, inversor, carregador, motor e sensores. Como opcional, podemos optar pelo sistema sem chave em qualquer modelo. O sistema Ride-by-Wire assegura que temos uma experiência de condução o mais perfeito possível, com quatro modos préconfigurados (Eco, Urbano, Molhado e Desportivo), quatro modos de travagem regenerativa e seis mo- dos de controlo de tração. Os quatro modelos estão equipados com painéis digitais TFT de dimensões entre as 4,3” e as 5” com toda a informação necessária. Para facilitar as manobras a baixa velocidade, temos um modo de assistência parque que limita a velocidade, tanto em marcha-atrás como marcha normal, aos 3,5 km/h. Por fim, temos o sistema eABS Energica, sistema que atua em conjunto com o controlo de tração, para controlar a roda traseira. A bateria apresenta 19,6 kWh de potência nominal e com mais de uma dezena de sensores especificos, estrategicamente concebidos e colocados para asseguras prestações otimizadas e, sobretudo, máxima segurança.
O conjunto Motor EMCE e Inversor também são partilhados. O motor de relutância magnética é assistido por ímanes permanentes. O sistema motor-inversor é refrigerado por líquido o que permite um maior controlo térmico e consequentemente, um desempenho superior. Por fim, o carregamento AC de 3kW e possibilidade de carregamento DC até 24 kW, que permite até 80% de carga em apenas 40 minutos.
Motor
O motor empregue é a segunda geração do EMCE, que resulta da uma parceria entre a Energica e a Mavel. Motor Híbrido Síncrono (HSM) do tipo PMASynRM, ou seja, motor de Relutância Magnética assistido por Ímanes Permanentes, refrigerado por líquido, trifásico com tensão de operação de 300 V e até 12 000 rpm. Inversor integrado no motor e desenvolvido em conjunto, o que permite um permanente Controlo Adaptativo, que significa que o inversor consegue selecionar os parâmetros ideais para assegurar um funcionamento mais eficiente em cada momento considerando a necessidade de binário, rotação do motor, modo de operação, temperatura do sistema entre outros fatores. Resulta em menos peso, maior potência, menor aquecimento e maior autonomia!

Passados todos estes anos, a Suzuki RG 50 continua a muito bonita Suzuki RG 50
