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Ontem, hoje e amanhã

A Moto Guzzi personifica essa corrente de moda que agrupa as motos de estilo clássico, mas atualizadas não só com soluções técnicas de vanguarda, mas também com apontamentos estéticos que nos remetem para a modernidade, sem, no entanto, abandonar um profundo espírito retro. A nova V7 Stone E5 representa tudo isso na perfeição e o resultado está à vista! Uma clássica de ontem, hoje e amanhã!

PONTUAÇÃO

Advertisement

Estética

Prestações Comportamento

Suspensões

Travões

Consumo

Preço

9.199 EUROS

MOTO GUZZI V7 STONE E5

Motor 2 cilíndros em V, 853 cc e 65 cv de potência cv c

Que a Moto Guzzi não é apenas mais um fabricante de motos, está bem claro. Ou entendes o conceito e és conhecedor da marca, ou então podes ficar um pouco apreensivo. Em Itália, a sua gama faz furor e, além disso, como marca centenária de grande prestígio dentro das suas fronteiras, é tratada com absoluta veneração e grandioso respeito; uma veneração que vai muito mais além do país transalpino, como demonstra a extensa lista de verdadeiros devotos espalhados pelos quatro cantos do Planeta. Com a moda do “vintage” cada vez mais vincada na sociedade, a Moto Guzzi encontrou a receita perfeita para que a marca continue a ser tema de conversa atual. A mistura neo-retro das suas motos é um verdadeiro êxito atualmente, tendo como pedra basilar o seu lendário motor de dois cilindros em V, transmissão por veio e uma sonoridade inconfundível. Neste caso, a nova V7 Stone faz-se valer da mais recente evolução, materializada em maior capacidade interna, em comparação com a anterior V7 III, tal como o que equipa a popular V85 TT, uma das trail com maior carisma do mercado, sem necessidade de ser a mais potente. Os detalhes, dispensam comentários e dizem tudo!

É uma moto com clara inspiração clássica; uma naked/utilitária de grandes convicções, ancorada no motor em V de grande tradição, com uma história tão bela como apaixonante. A V7 Stone é uma moto cujas am-

Ficha T Cnica

Motor

Cilindrada

Potência

Binário

Limitável a A2

Caixas

Vel. máxima

Quadro

Suspensão dianteira

Suspensão traseira

Travão dianteiro

Travão traseiro

Pneu dianteiro

Pneu traseiro

Dist. entre eixos

Alt. do assento

Peso

Depósito

Consumo

PVP

Moto Guzzi V7 Stone E5

Bicilíndrico paralelo, 4v, refrigeração por ar

853 cc

65 cv às 6.800 rpm

73 Nm às 5.000 rpm

Sim

6 velocidades

200 km/h

Estrutura tubular com motor portante

Forquilha convencional, baínhas de 40 mm

Dois amortecedores

Disco de 320 mm, pinças de 4 pistões

Disco de 260 mm, pinça de 2 pistões

100/90 18”

150/70 17”

1.445 mm

770 mm

218 kg

21 litros

4,5 l/100 km

9.199 € bições não se focam em demasia nas prestações, mas é mais capaz que a anterior versão da V7. No entanto, há quem diga que a suavidade do motor e a resposta mais suave da anterior “sete e meio” pode continuar a ser um forte argumento face à mais poderosa e agressiva V7 Stone com motor “oito e meio”. Seja como for, a beleza amarela que se vê nas fotos, vem altamente preparada para conquistar rapidamente o teu coração.

Descarada

A nova geração V7 pretende continuar a corresponder com as expectativas dos mais puristas, mas também daqueles que querem prestações mais elevadas porque, entre muitos outros aspectos, trabalhou-se muito na suavidade de funcionamento, ao mesmo tempo que consegue ir mais além das anteriores versões, por culpa do aumento das suas prestações. Há que ter em conta que em Itália participam há muitos anos numa corrida denominada de “Fast Endurance” (ou Resistência Rápida) na qual participam tanto versões da V7 III como da atual V7 Stone, com pequenas alterações; o palco desta competição são circuitos como o de Mugello ou Misano. Uma corrida de uma hora e meia, onde os pilotos se vão revezando em sessões de 15 minutos. O êxito desta prova é enorme, com cerca de 40 equipas por prova.

Fica claro que esta V7 é uma descarada e que não lhe falta ousadia. O novo motor de 853 cc é capaz de oferecer uns bons 65 cv a um regime de rotação conservador (6800 rpm), o que a transforma não só numa belíssima ferramenta de libertação para os utilizadores com carta A, mas também para aqueles que aspiram a tê-la, ou que simplesmente se contentem com a carta A2. A refrigeração por ar e as duas válvulas por cilindro demonstram a simplicidade e demonstram também que não necessário ser altamente potente para ser agradável, divertida e funcional.

Não lhe falta o sistema de ABS bem como o controlo de tração ajustável em dois níveis, com a possibilidade de o desligarmos por completo. Se rodarmos a respeitar as velocidades máximas legais, com um depósito de 21 litros disponíveis conseguimos fazer 500 km sem parar.

Ao falarmos da V7 Stone, há outro aspecto do qual não podemos deixar de falar, que é também uma das características emblemáticas que marcam este modelo da mar- ca da águia: o veio; um sistema de transmissão já utilizado há cinco décadas e que, desde que seja convenientemente cuidada, continua a ser uma das melhores soluções, mais eficiente e sem necessitar de tanta manutenção e cuidados como as transmissões convencionais por corrente. Isto, em conjunto com a sua agradável caixa de seis relações e embraiagem de acionamento suave, apresentam-se como outros argumentos preparados para conven-

Jornalista

Esta V7 Stone “super vitaminada” em comparação com a anterior V7 III é um autêntico prazer para os sentidos do utilizador clássico, mas com personalidade própria.

Rivais

Roya Y L Enfi F El Eld D In Inte T Rccep P Tor Sp Spe Tr T I

Com menos cilindrada, menos potência e preço miss contido, aponta a um público que valoriza o retro mas com tecnologia mais atualizada.

Triumph Speed Twin 900

IUMPH H EEED TW T IN 0 cv às 7.500 rpm

É a rival mais direta. O motor tem mais cilindrada e binário, e um consumo tão reduzido como a V7 mas o depósito é de apenas 12 litros.

Nm às 3.900 rpm ce c r, r c com o attrati t vo id i enntific mooto t q qu difefereent n cer, com um rendimento geral muito atrativo para aqueles que procuram car-se com a sua moto... Uma moto que cumpre muito bem e muito diferente de tudo o resto.

Diferente

Difer

Que a V quer ou fact c o. o A re renciaarr s

Que a V7 Stone é diferente de qualquer outra naked do mercado, é um facto. A Moto Guzzi conseguiu diferenciar-se dos restantes fabricantes com um produto muito particular, desde logo, porque em simultâneo, apresenta um funcionamento tão característico como agradável aos sentidos dos motociclistas. Se não conhecias ou não tiveste o prazer de rodar aos comandos de uma V7 II ou III, a Stone será uma ótima referência sobre como uma moto de design clássico demonstra uma sabedoria digna de qualquer outra máquina do século XXI. Entre as linhas clássicas, conseguimos descortinar os apontamentos modernos, como os elegantes e pequenos piscas LED que acompanham a ótica principal onde se destaca a silhueta da águia como luz diurna DRL. Detalhes como este temos muitos e muito bem conseguidos, como por exemplo no bem conseguido conteúdo do painel digital, ou através do atrevido desenho das jantes de alumínio com braços duplos, enquanto que o assento, de peça única, apresenta costuras transversais que nos remetem modelos icónicos da marca, que em conjunto com as estrias das cabeças dos cilindros cromadas ou outros elementos pintados de negro, consegue uma orquestra perfeitamente afinada! mostradores da anterior versão dá lugar a apenas uma, agora com mais informação e de fácil leitura.

O momento de ligar a moto tem as suas liturgias particulares. O toque no botão correspondente faz rodar o motor com certa parcimónia; sem pressas. As vibrações iniciais rapidamente dão lugar a um ralenti suave e discreto.

O tampão do depósito de combustível continua a ostentar uma imagem clássica e tem fecho com chave para segurança.

A mistura de estilos, clássico e moderno, assentam-lhe muito bem. A iluminação é toda em LED, incluíndo os piscas.

Mesmo parada se nota que a direção é leve e com um bom raio de viragem, algo perfeito para rodar na cidade sem qualquer dificuldade; o peso declarado de 218 kg em ordem de marcha parece indicar o contrário, mas não. Para isso contribui também a reduzida altura do confortável assento, apenas 780 mm, assim como a caixa de velocidades tão suave quanto precisa e uma embraiagem agradável. Nas deslocações urbanas é uma delícia, com bom tacto dos travões, estes suficientes para parar o conjunto em segurança, com um disco em cada eixo. As suspensões também são confortáveis, sobre tudo a forquilha dianteira, uma vez que a parelha de amortecedores traseiros oferecem diferentes reações, dependendo do tamanho dos buracos. No geral tudo funciona de forma fluída e muito agradável, com um motor sempre muito disponível e pronto a responder, mesmo desde as rotações mais baixas e o melhor, é que não temos grande necessidade de o esticar muito mais além das 4500 rpm; talvez apenas em troços de estrada de montanha sintas necessidade de recorrer com mais frequência à caixa, mas onde se sente verdadeiramente confortável é na zona baixa e média de rotação, onde o seu carácter bonacheirão e a vontade de responder de imediato ao punho do acelerador se evidenciam. A V7 Stone não só é atrativa à vista, mas também está disponível para te dar momentos de grande prazer aos seus comandos, com um guiador de altura média e pousa-pés algo avançados. Por muitos quilómetros que enfrentes, vais-te sentir sempre cómodo, confiante e inspirado. E tudo isto com o sabor de uma moto moderna de aspecto clássico!

Conclus O

O tempo passa, mas o que é bom permanece. É isso que demonstra a Moto Guzzi através da V7 Stone, uma sequela da saga V7 apostada em ampliar o carisma da família. O novo motor, proveniente da V85 TT não lhe permite ganhos apenas na potência, mas também (e muito) em binário, ainda mais espectacular que antes. Com tecnologia LED, ligação ao telemóvel através da plataforma Moto Guzzi MIA, controlo de tração ajustável e o seu inconfundível veio de transmissão, cada vez mais afinado e agradável, permite

O ‘extra’ de cilindrada na nova V7 Stone (52 cv antes, face aos 65 cv de agora), assenta-lhe na perfeição no modo sport.

Ficha T Cnica Zontes M125

Nm às 6.500 rpm tubos de aço hidráulica de 35 mm, curso 105 mm

Dois amortecedores com ajuste da pré-carga, curso de 92,5 mm

Disco de 265 mm (ABS) de 265 mm (ABS)

- R14

PONTUAÇÃO ZONTES M125

Motor monocilíndrico 14,6 CV de potencia

12,8 Nm de par 14,6 CV 12,8 Nm

3.956 EUROS

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