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aerodinâmica pelasurpreendetremenda eficácia

FICHA TÉCNICA HONDA XL750 TRANSALP A proteção

Motor

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Distribuição

Cilindrada

Potência Máxima

Binário Máximo

Limiável a A2

Embraiagem

Final

Caixa

Quadro

Suspensão

Dianteira

Suspensão

Traseira

Travão Dianteiro

Travão Traseiro

Pneu Dianteiro

Pneu Traseiro

Comprimento

Máximo

Largura Máxima

Altura Máxima

Altura do Assento

Distância entre Eixos

Depósito

Peso

Cores

Garantia

Importador

PVP

Dois cilindros em linha, 4T, refrigerado por líquido

Duas árvores de cames à cabeça, oito válvulas

755 cc

91 cv / 9500 rpm

75 Nm / 7250 rpm

Sim

Multidisco em banho de óleo, deslizante Por corrente

6 velocidades

Estrutura tubular em aço

Forquilha invertida

Showa, 43 mm, ajustáveis, curso de 200 mm

Monoamortecedor

Showa, ajustável na pré-carga, curso de 190 mm

Dois discos, 310 mm, pinças de dois êmbolos, ABS

Disco, 256 mm, pinça de um êmbolo, ABS 90/90-21”

150/70-18”

2325 mm

838 mm

1450 mm

850 mm

1560 mm

17 L

208 kg

Branco (tricolor), cinzento e preto

3 anos

Honda Portugal

10.600 € para cumprir com as mais recentes tendências e exigências do mercado. Daí a evolução do motor, que além de deixar de ser um dois cilindros em V e passar a ser um “bi” mas paralelo e vê a cilindrada subir para os 750 cc. O motor de oito válvulas debita uma potência de 91 cv, um binário de 75 Nm, sistema de acelerador throttleBy-Wire (sem cabo), quatro modos de condução mais um personalizável, sistema de controlo de tração com cinco níveis de ajuste e função anticavalinho integrada, três níveis de travão motor e ABS ajustável. O quadro, uma estrutura tubular tipo diamante em aço confere-lhe a rigidez e agilidade necessárias ao conjunto, mantendo os custos de produção controlados. O conjunto de suspensões é fornecido pela Showa, com uma forquilha invertida SFF-CA de 43 mm na dianteira e um monoamortecedor com biela ProLink atrás. Já a travagem fica a cargo de dois discos na dianteira e um atrás, com ABS ajustável. As jantes passam a ser de 21” na frente e

18” atrás, monta um moderno painel TFT de 5”, sistema Honda de controlo por voz para smartphones, iluminação LED, piscas com cancelamento automático, tomada USB e disponível numa versão limitada A2.

Resposta Altura

A Transalp original foi introduzida em 1986 com motor “V-Twin” de 583 cc, evoluindo em 2000 para ao 647 cc e, para a última versão em 2008, passa a ser de 680 cc, com injeção de combustível e um peso em ordem de marcha de 214 kg. Em 2012 a sua produção cessa, até aos dias de hoje. Entretanto, o segmento adventure atravessou diversas fases, com a Honda a lançar opções como a CB500X ou a recuperar outro nome mítico entre as trail, a Africa Twin. Mas, o mercado voltou a mudar e a concentrar grande parte da sua atenção nas médias cilindradas, onde voltam a surgir nomes míticos como a Yamaha Ténéré 700 ou a Aprilia Tuareg 660. É chegada a hora da Honda “contrapor” e voltar ao jogo com a renovada Transalp, que apresenta diferentes argumentos e tenta colocar-se à parte de uma facção mais extremada como é a Yamaha ou a Aprilia, como, aliás, fica bem presente quando olhamos para o posicionamento do preço.

A nova XL750 Transalp é uma moto que recupera o espírito original de moto versátil e polivalente, confortável tanto para o dia-a-dia na cidade, como para viagens longas a dois, dentro ou fora do asfalto, mas também com grandes apetências para nos divertir em estradas de montanha mais reviradas. A acompanhar tudo isso temos um quadro, ciclística e motor completamente novos!

Assim que tomamos contacto visual, há um aspecto que nos faz render de imediato, o design! Muito bem conseguido e muito diferente da percepção que temos através das fotos: linhas modernas, elegantes e até algo discretas, de dimensões contidas, com uma feliz escolha de cores, como por exemplo a branca e azul com jantes douradas que nos remete para as versões originais. Outro aspecto que nos surpreende é o para-brisas dianteiro, alto, com boa proteção aerodinâmica, sem dificultar a visão ou “estragar” o design. Além disso, o assento é amplo para ambos os passageiros e mesmo “carregada” com as malas laterais e traseira, a estética não é afetada. Muito bem!

Bate Bate Cora O

Regressamos a um dos pontos centrais deste novo modelo, o motor! Foco de discórdia por muitos, que acusam a Honda de não “pensar” no valor do imposto de circulação que vamos ter que pagar... aqui, só restam duas coisas a dizer: primeiro, que é difícil agradar a todos os mercados e o mercado português, embora seja importante, naturalmente, em termos de volume de negócio propriamente dito, é uma gota no oceano... por último e talvez para mim o mais importante, é que depois de termos o prazer de rodar aos seus comandos, todas essas questões rapidamente desaparecem... A minha sugestão é que testem, e depois sim, formulem a vossa opinião!

Este novo motor, partilhado com a irmã Hornet é muito cheio em toda a faixa de utilização, fazendo bom uso dos 91 cv e 75 Nm de binário. Tecnologias como as cabeças Unicam de oito válvulas, derivadas da CRF de competição, ou os sistemas eletrónicos de última geração representam a grande experiência que a Honda tem no desenvolvimento de novas soluções, combinado as mais diversas tecnologias, com um único propósito: as melhores prestações. A cambota tem ordem de ignição de 270º, que além de oferecer as sensações características de um motor de dois cilindros ainda apresenta uma sonoridade de escape muito apreciada. Para que todos possam desfrutar da Transalp sem receios ou inseguranças, a Honda coloca à disposição um avançado pacote de eletrónica, com quatro modos pré-selecionados (Rain, Standard, Sport e Gravel) sendo que a potência é sempre a mesma, diferendo apenas a forma como esta é entregue e o nível de intervenção das ajudas eletrónicas. Temos ainda um quinto modo, o User, que nos permite colocar as definições ao nosso gosto pessoal. O único detalhe no user, é quando desligamos por completo o controlo de tração, este volta a ligar, por defeito, quando desligamos a chave. Uma questão de segurança.

O Momento Chegou

Embora tenhamos sido brindados com um dia de chuva, na serra algarvia, conseguimos rolar na parte da tarde com piso praticamente seco, permitindo assim conhecer a Transalp em ambos os cenários. Apenas no faltou o off road, que ficará para outras “núpcias”. Além da estética bem desenhada e familiar fomos logo brindados com a baixa altura do assento ao solo (850 mm) que nos permite apoiar am- bos os pés no chão, transmitindo desde logo muita confiança. Uma correta postura de condução, amplo para-brisas e um guiador largo que nos faz sentir de imediato em casa. Assento amplo e confortável, quando a colocamos em funcionamento mostra-nos pequenas vibrações que contribuem para o espectro sensorial sem penalizar o conforto. Há quem tenha sentido mais vibrações, outros menos, mas a verdade é que se fazem sentir de forma ténue. Engrenamos primeira e também aqui notamos que a caixa é muito suave, com o sistema de quickshift que tinhamos instalado (pode ser adquirido como acessório) a mos-

Foi um dos pontos de discórdia, o desenho e colocação do silenciador. Uma questão de gosto pessoal, que trar um funcionamento muito suave, rápido e assertivo. A jante de 21” na dianteira deixa-nos logo com ideias e ambições mais aventureiras e a pensar já nisso é que a Honda oferece a possibilidade a quem quiser de optar pelos pneus Metzeler Karoo Street ou os Dunlop Mixtour. Os que tinhamos instalados eram os Karoo Street, mais estradistas mas com um funcionamento realmente impressionante quer a seco como a molhado. Em conjunto com as ajudas eletrónicas, conseguimos explorá-la bem até aos limites (impostos pelo tocar dos pousa-pés no chão...) de forma segura e controlada. Uma moto que se mostrou muito confortável, deixando antever grandes viagens a dois, assim como mostrou um conjunto de suspensões (ajustáveis) firmes o quanto baste para um estilo de condução mais despachado em estradas reviradas. No entanto, há que regular o amortecedor traseiro, que de série vem numa opção mais permissiva, mas que podemos colocar mais firme através da regulação (com ferramentas) da pré-carga da mola. A travagem brinda-nos com dois discos de 310 mm na frente, com pinças de dois pistões e um traseiro de 256 mm e pinça de êmbolo simples atrás, muito potentes, com bom tacto e muito fáceis de dosear. sobressaltos. O painel de instrumentos TFT de 5” tem muita informação, apresenta uma fácil leitura e a navegação é fácil, depois de aprendermos a trabalhar com os comandos instalados no punho esquerdo. Temos disponíveis cinco modos de condução, a potência é sempre a mesma o que difere é a forma como é entregue e o nível de intervenção das ajudas eletrónicas. No entanto, apenas podemos personalizar o modo User, sendo que o ABS nunca se desconecta por completo na roda dianteira, ao contrário da traseira. Podemos desligar por completo o controlo de tração, mas quando desligamos a chave, por defeito, volta sempre a ligar nem que seja para o nível mais baixo. O modo Sport é aquele que nos dá um poder imediato de aceleração e impressiona em qualquer faixa de utilização, bem como nas recuperações, onde se mostra sempre muito pronta a responder ao tacto do acelerados. Os mais conhecedores vão notar alguma brusquidão em alguns momentos na abertura do punho nas recuperações, mas é quase imperceptível e será um dos pontos a corrigir numa próxima atualização. O consumo foi de 4,8 litros no final do dia, depois de uma grande variedade de utilizações, que incluiu um troço de auto-estrada. acordo com as preferências e utilização dos utilizadores, incluindo um sistema quickshifter e um assento rebaixado. Mas, para facilitar a escolha, a Honda propõe cinco conjuntos de acessórios prontos a instalar: Pack Urban - Top case de 50 L, tampa de alumínio, base de montagem, encosto para passageiro, bolsa interior, para-brisas alto e descanso central; Pack Touring - Malas laterais, tampas de alumínio, suportes de fixação, bolsas interiores e punhos aquecidos; Pack Adventure - Barras de proteção lateral, faróis de nevoeiro de LEDs e grelha do radiador; Pack Rally - Sistema Quickshifter, proteção do motor, proteção de cárter, poisa-pés rally off-road e proteções de punho com

A caixa de seis velocidades mostrou-se bem escalonada. suave e precisa. O motor é alegre, elástico e muito divertido.

O assento é amplo para ambos os passageiros, muito confortável e com grandes pegas traseiras.

Conclus O

Por baixo do assento temos uma pequena bolsa com ferramentas e um pequeno espaço para guardar pequenos objectos.

Em andamento é uma moto que nos permite corrigir erros, sejam eles cometidos por excessos ou por distração em curva, sempre de forma tranquila, sem

Acess Rios

Há uma gama completa de acessórios disponíveis para a XL750 Transalp, pronta para personalizar a moto de

A nova Honda XL750 Transalp é uma digna sucessora da anteriores gerações, prometendo contribuir de forma ainda mais ativa para o sucesso do modelo, muito por culpa da relação qualidade/preço. Só para termos uma ideia, a Honda fez uma campanha de pré-reservas onde oferecia o quickshift e o resultado foram mais de seis dezenas de motos encomendadas em apenas um mês. Isto promete! A nova Transalp está disponível em três cores, branco, cinzento e preto, por 10.600€. Disponível no mercado já a partir deste mês de abril.

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