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Pelo prazer do reencontro

Depois de três anos de interregno, eis que voltamos a ter uma nova edição do Motorclássico, mas desta vez em nova casa. Deixou-se a tradicional Feira Internacional de Lisboa, na Rua da Junqueira, e a nova localização passou para apenas algumas centenas de metros, na antiga Fábrica da Cordoaria Nacional.

Aorganização do evento, que regressou a Lisboa no passado fim de semana de 3 a 5 de março, sob a direção do Museu do Caramulo, decidiu mudar de instalações. O facto é que os vários pavilhões que compõem a antiga Real Fábrica da Cordoaria Nacional, dão um toque mais clássico ao evento e constituíram um estímulo adicional à visita.

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Alguns Destaques

O facto de continuar a ser na zona ribeirinha de Lisboa, mesmo ao lado de Belém e com o Museu dos Coches por vizinhança, só pode ser visto como algo de muito positivo. É de destacar a presença de muitos visitantes também estrangeiros, famílias inteiras e com crianças, que aproveitaram a oportunidade para ver um pouco do que de bom existe no nosso país em termos de veículos clássicos e desportivos, acessórios, automobilia e restauração de veículos.

Como seria de prever, a predominância é ao nível das quatro rodas, mas não se pense que os veículos de duas foram esquecidos. Logo no exterior, aparte o autocarro A.E.C. de 1957 de dois andares da Carris, tínhamos vários exemplares da Harley-Davidson. A marca, que está agora a comemorar os seus 120 anos, tinha também vários modelos em exposição no interior da feira, caso de uma Sporster XL de 1958, incluíndo equipamentos. Outra marca, também norte-americana, com uma presença de destaque no evento foi a Indian. Tinha em exposição vários modelos novos e clássicos. De entre os exemplares para venda ou para exposição merecem destaque três nacionais: uma Casal modelo 50.6, de 1981, com uma particularidade que a torna verdadeiramente especial: nunca rolou, ou seja, zero quilómetros!

Outro destaque para o protótipo elétrico Hunter, da empresa nacional Liion. A pequena empresa nacional está a ultimar vários modelos elétricos e pretende chegar à produção no ano de 2024. Um ar de modernidade num encontro que se dedica sobretudo aos clássicos.

Por último, três veículos da antiga JAE (Junta Autónoma das Estra-

A feira dos acessórios assume grande importância, já que é uma oportunidade única para os colecionadores ou amantes dos objectos com história das) primorosamente recuperados: um Ford, Modelo AA, depois adaptado para carrinha de caixa aberta, uma bicicleta e ainda uma Sachs Lebre, todos com a decoração da época, num amarelo-torrado.

Na prática, este evento não desilude e mesmo no exterior já é possível apreciar magníficos exemplares, nomeadamente os que aqui se deslocam para fazer parte dos vários passeios e desfiles de clássicos, mas é no interior que a festa ganha outros contornos.

Um bom exemplo é na feira de automobilia onde se procuram raridades ou nos vários pontos de venda de peças ou literatura especializada, já para não mencionar os vários motor “talks” ou apresentação de livros. Tudo motivos para justificar uma visita.

Foi uma festa e o muito público presente já sentia falta deste encontro. Afinal, três anos de ausência é muito tempo!

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