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DUCATI DIAVEL V4
Apelo aos sentidos Andar de moto é um conceito que difere muito de motociclista para motociclista, ou de utilizador para utilizador. Há quem pretenda economia e versatilidade diária, outros premeiam a capacidade desportiva, outros a capacidade de aventura e ainda há os que procuram transmitir um “status” diferenciado, uma extensão do estilo “cool”, bom gosto e requinte. É para estes últimos que a Ducati Diavel existe, fazendo sonhar todos os outros, até aqueles para os quais a motos são vistas como uma espécie de “eletrodoméstico”. A Diavel é incrivelmente brutal! POR Domingos Janeiro • Fotos Paulo Calisto
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ma das perguntas mais frequentes que me fazem é sobre qual é a minha moto favorita. Por norma, respondo que não sei, enumerando diversas opções, representativas de vários segmentos. Não é que seja uma questão de ética, mas antes por haver tantas e tão boas ofertas no nosso mercado, que a escolha acaba por ser tornar muito difícil. No entanto, bastou uma semana ao guiador da nova Ducati Diavel V4 para que esta passasse e configurar na minha lista de preferências. E até mesmo os quase 27 000€ que custa não são descabidos, pois conseguimos ver com clara evidência, onde estão empregues...
Única e exclusiva São talvez dois dos adjetivos que melhor ajudam a definir a personalidade deste modelo, detentora de uma personalidade exuberante. E para 2023 essa personalidade ganha nova dimensão, muito por culpa da introdução do novo motor V4 Granturismo, de 1158 cc (quatro cilindros em V a 90º), que nos coloca “entre as pernas” 168 atléticos cavalos e um avassalador binário de 126 Nm às 7500 rpm. Uma moto musculada, com traços desportivos, mas com uma qualidade e requinte dos acabamentos única entre as opções disponíveis de momento no nosso mercado. Com prestações que só não nos surpreen-
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deram porque já conhecíamos as anteriores versões, onde o que acabou por nos impressionar mais foi no trabalho feito na impactante (e larga) frente, que mesmo sem para-brisas, mostra uma eficácia notável no capítulo da aerodinâmica. Isso mesmo podemos comprovar, por diversas vezes, em auto estrada, onde rodávamos a velocidades mais elevadas do que era suposto, mas com um conforto e estabilidade inabaláveis que parecia que íamos a metade da velocidade indicada (no momento) no painel de instrumentos. Além do excelente desempenho dinâmico, há ainda que referir o impacto que a estética e componentes, criteriosamente escolhidos, causam naqueles que connosco se cruzam na estrada ou quando estacionamos a Diavel. Qualquer enquadramento é bom para registar esta V4 em fotografia e para isso, muito contribui a iluminação em LED, principalmente na traseira, onde a grelha colocada por cima da ótica traseira faz um efeito absolutamente incrível. A cereja no topo do bolo, é o conforto geral.
Um míssil! Para esta nova geração da Diavel, a Ducati optou pelo motor V4 Granturismo, um elemento central do design da moto, mas também pela potência e tecnoligia empregues neste bloco, como por exemplo a escolha de uma cam-