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Pelagrande!porta

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Srv 300

O segmento custom é responsável por uma quota de mercado de cerca de 10%. Isso traduzido em potenciais números de vendas, acaba por ser simpático. Daí a aposta da QJ MOTOR nesta 300 cc. Um modelo cujas linhas nos fazem lembrar modelos de maior cilindrada e proveniência americana, muito elegante, onde os acabamentos brilham pela simplicidade e elegância. A SRV 300 acabou por ser a grande surpresa neste contacto e mesmo com motor de 300 cc, permitiu-nos desfrutar muito das estradas reviradas da região Norte de Barcelona.

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O motor é um dois cilindros em V com 296 cc de cilindrada, refrigerado por líquido, 30 cv de potência e um peso muito contido de 164 kg em ordem de marcha. A reduzida altura do assento ao solo (700 mm) permite-nos apoiar ambos os pés no chão. A acompanhar o bom desempenho do bloco, temos uma sonoridade extasiante. A ciclística, a cargo de uma forquilha invertida na frente e dois amortecedores traseiros com ajuste na pré-carga da mola, mostra-se muito confortável e eficiente, graças à cuidada geometria de condução e ao amplo e cómodo assento para o condutor (para o passageiro é menos espaçoso, ainda assim, confortável).

A travagem, assegurada por um disco de 280 mm na frente e outro de 240 mm atrás, ambas com pinças de duplo pistão, funcionam bem, com potência suficiente, mas o tacto da manete direita, poderia ser melhor. Uma palavra para a caixa de seis velocidades, bem escalonada e tão suave e macia que arrisca ao prémio da “caixa do ano”. Não é exagero, é mesmo real! Os pneus estão a cargo de uns asiáticos CST, que nos pavimentos onde pisámos se mostraram competentes, transmitindo segurança.

Este é um modelo pensado para agradar pela estética e para ser realmente diferente no mercado.

Srv 550

Embora partilhe o nome possa apontar este modelo ao segmento custom, a verdade é que é tudo menos isso. É antes uma moto de estilo neo-retro, tão na moda por estes dias e sem margem para dúvidas, a mais charmosa da gama. Destaque imediato para as linhas elegantes e para as conjugações cromáticas, com o depósito bicolor e o assento em castanho. Também este modelo nos faz lembrar outras opções disponíveis no mercado, embora esses, num num patamar muito superior de cilindrada. Além da estética particular, encontramos uma postura de condução natural, direita e confortável, com guiador largo e alto. O motor que dá vida ao conjunto é o enérgico dois cilindros em linha, refrigerado por líquido de 554 cc, que nos brinda com uns simpáticos 47 cv de potência. A ciclística, para não fugir à regra, apresenta-se com uma forquilha invertida instalada na frente, sem regulação, ao contrário do amortecedor traseiro que nos permite atuar sobre a pré carga da mola. Já a travagem, potente e homogénea, diga-se de passagem, recorre a dois generosos discos de 320 mm instalados na dianteira e outro de 260 mm atrás, com bom tacto, mesmo no pedal do travão traseiro, com o ABS bem calibrado. Painel de instrumentos de fácil leitura e navegação, com toda a informação de que necessitamos. Um conjunto que se sente leve e equilibrado, embora a sua postura mais alta lhe retire uma pitada de agilidade. No entanto, é muito divertida de conduzir em estradas mais reviradas, com o motor a responder (principalmente na faixa mais elevada de rotação) de forma contundente às solicitações do punho do acelerador. O peso em ordem de marcha de 206 kg é justo e nada penalizador.

ficha técnica QJ MOTOr SRv 550

As suspensões funcionam de forma equilibrada, embora só consigamos ajustar a pré-carga da mola traseira.

O motor, também ele de dois cilindros, apresenta 47 cv de potência que se mostram suficientes para nos dar um conjunto altamente divertido.

ficha técnica QJ MOTOr SRt 550

É dos modelos aqui presentes que melhor equipadas vêm de série: proteção de mãos, proteções de motor, para brisas alto e barra para colocação do GPS.

SRt 550

Para fechar o nosso trabalhoso dia de trabalho, esperava-nos a trail 550. Um modelo que muito em breve terá uma versão X, com jantes de raios, mas que para já, apenas está disponível na versão mais estradista, com jantes de braços de 17”. O motor é precisamente igual ao da SRV 550, um dois cilindros em linha, refrigerado por líquido com 47 cv de potência e 554 cc de cilindrada, dócil e enérgico na faixa mais elevada de rotação, onde nos brinda com ligeiras vibrações. A postura de condução, embora seja alta, mostra-se algo estranha, principalmente pelo formato do guiador, que além de não ser largo como gostaríamos, as pontas fecham para dentro. Uma questão que ultrapassámos rapidamente, depois dos primeiros quilómetros feitos em estrada. Os 235 kg de peso em ordem de marcha penaliza um pouco a resposta ao acelerador, mas, no entanto, não se fazem notar nas manobras a baixa velocidade, pois é muito equilibrada. A estética é discutível, há que goste, outros nem por isso, para nós acaba por ser um compromisso interessante e dentro dos cânones do segmento. Na ciclística falamos também de suspensões invertidas e travagem potente e equilibrada, tudo assinado pelo próprio fabricante, a QJ MOTOR! Este modelo em particular destaca-se pelas proteções que oferece de série como é o caso das barras laterais de proteção do motos (demasiado salientes e expostas) e as proteções de mãos. O para brisas é generoso mas não permite ajustes nem regulações e contamos ainda com uma barra para eventual fixação do GPS. O assento de dois pisos é amplo e confortável. O quadro em treliça também lhe transmite um aspecto muito apelativo. Bons acabamentos e uma boa relação qualidade/preço!

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