Grandes formatos e preços baixos ditam crescimento nos iogurtes A nova realidade socioeconómica trazida pela pandemia tem tido diversos impactos na categoria de iogurtes e sobremesas lácteas. Se, por um lado, se assistiu a um ligeiro aceleramento da categoria, que cresceu em volume, por outro lado, houve uma forte transferência entre marca de fabricante e marca da distribuição. Em momentos de crise económica, é normal que haja um maior foco, da parte dos lares, na construção de um cabaz mais básico, o que, em contrapartida, não invalida o crescimento em categorias de maior valor e de indulgência.
MERCADO TEXTO Carina Rodrigues FOTOS Shutterstock
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o ano móvel findo a 5 de julho, a categoria de iogurtes cresceu 1%, quer em volume, para os 177,7 milhões de quilogramas, quer em valor, para os 457 milhões de euros, de acordo com os dados da Nielsen. Nas sobremesas, o desempenho não foi idêntico. A consultora reporta, para o mesmo período, uma queda de 2% em volume, para os 185,6 milhões de unidades, embora, em valor, tenham estabiliza-
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do nos 63 milhões de euros. Com a pandemia de Covid-19, as vendas destes produtos aceleraram. João Magueijo, Sales Development Director da Longa Vida, avança um crescimento de 1,8% em volume, que foi, no entanto, acompanhado de um foco nas marcas de distribuidor, que cresceram 12,2%, em detrimento da queda de 5% nas marcas da indústria. “Apesar do número de lares portugueses compradores de iogurtes e