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A riqueza da pegada digital

As imposições colocadas pela atual pandemia fizeram disparar as compras online, alteraram os hábitos de consumo e impulsionaram novos modelos de gestão das empresas. Mudanças que vieram reforçar a importância das organizações reverem as suas estratégias digitais. Nesse sentido, as soluções de Data Analytics são uma importante ferramenta para analisar a nossa pegada digital, que é uma fonte de informação que oferece inúmeros dados que, devidamente tratados, se transformam em importantes “insights” para o negócio. É neste contexto que a BI4ALL, especialista nesta área, partilha a sua experiência e o seu conhecimento sobre as soluções de Data Analytics, que permitem, através de dados exatos e fidedignos, ajudar a tomar as melhores decisões para o negócio, o que levará a um aumento das vendas e da notoriedade da marca.

A atual pandemia fez disparar as compras online, mudou os hábitos de consumo e obrigou a novos modelos de gestão. Isto trouxe uma obrigatoriedade às organizações de reverem as suas estratégias digitais e responderem de forma eficaz a um consumidor mais digital, informado e consciente das suas compras. É neste cenário que as soluções de Data Analytics são uma poderosa ferramenta para analisar todos os dados disponíveis, desde o carrinho de compras, ao tráfego ou à taxa de abandono. A pegada digital, que todos deixamos para trás, é uma fonte importante de informação. O comportamento e as ações dos clientes durante a jornada no site, os cliques e as conversões ou os artigos mais vendidos e recomendações são alguns dos “insights” que podem ser obtidos e que permitem tomar decisões com base em factos e adequar a estratégia à realidade do negócio. Simultaneamente, o Data Analytics dá também a possibilidade de identificar os clientes que têm mais probabilidade de mudar para a concorrência e, antecipadamente, acionar ações para tentar mantê-los. Lembrando a máxima de Philip Kotler, “conquistar um cliente novo custa cinco a sete vezes mais do que manter um atual”.

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Tendência futura cada vez mais do presente

Se o e-commerce era já uma tendência de futuro, a pandemia de Covid-19 veio acelerar a sua adoção. O comportamento de compra mudou, pelo que as empresas que melhor posicionarem a sua estratégia digital serão aquelas que se irão diferenciar no futuro. Hoje, o consumidor quer comprar em qualquer lugar, a qualquer hora e de forma cómoda, simples e segura, o que traz novos desafios em termos de celeridade na resposta. Mas os desafios vêm de mãos dadas com as oportunidades de oferecer um serviço mais integrado, personalizado e intuitivo. Antes da pandemia, o comércio eletrónico dava já mostras de crescimento. De acordo com a Statista, as plataformas de retalho tiveram um aumento de 6% no tráfego global, entre janeiro e março deste ano, e, no geral, os sites de retalho geraram 14,34 biliões de visitas em março, em comparação com os 12,81 biliões de visitas em janeiro. Com o agudizar da crise pandémica e o confinamento a que todos fomos sujeitos, mesmo gerações que não estavam tão à vontade com a tecnologia deram o salto digital. No comércio online, os sectores com maior crescimento, face ao período antes da pandemia, foram o entretenimento, cultura e subscrições (mais 57%), a restauração, entrega de comida e take-away (mais 53%) e o retalho (mais 44%), segundo dados da SIBS. “Num estudo de 2018, o Boston Consulting Group (BCG) e a Google estimavam que o digital tinha um impacto de nove mil milhões de euros no Produto Interno Bruto (PIB) português, ou seja, cerca de 5% do total. Nesse estudo, era evidente que Portugal estava atrás de outros países europeus, onde o peso do digital apresentava valores médios de, aproximadamente, 8%. Uma das causas era a taxa de compras online, que ainda era baixa. De acordo com um estudo da Group M, feito em abril, o efeito da pandemia em Portugal gerou um crescimento do e-commerce entre 40% e 60%, face aos valores de 2019, nalgumas categorias relevantes, como o retalho alimentar. Ou seja, a conveniência do e-commerce e as limitações derivadas da pandemia levaram os portugueses a optar pelo comércio online”, detalha José Oliveira, CEO da BI4All. Não obstante, Portugal está ainda longe de convergir com a média europeia e sabe-se que, apesar de ter havido um ”do e-commerce entre 40% e 60% face aos valores de 2019, nalgumas categorias relevantes como o retalho alimentar” crescimento nos últimos anos, menos de metade dos portugueses efetuam compras online e muitas dessas compras são realizadas em lojas fora do país. “Claro que é uma limitação haver ainda muitas empresas sem um canal de e-commerce, aliás, em 2019, mais de 60% das empresas portuguesas não tinham qualquer presença online. Embora ainda haja um grande caminho a percorrer, acredito que, hoje, a aposta numa estratégia digital é fulcral para as empresas, que poderão, assim, chegar aos consumidores de forma mais rápida, com uma oferta diferenciadora e a custos mais baixos”, sublinha.

“O efeito da pandemia em Portugal gerou um crescimento do e-commerce entre 40% e 60% face aos valores de 2019, nalgumas categorias relevantes como o retalho alimentar

Pegada digital

Existem alguns sectores onde a digitalização é já uma realidade, mas, como nota José Oliveira, ainda há muito trabalho a fazer. “Desde a automatização de processos ao teletrabalho, a tecnologia tem permitido que as empresas respondam aos desafios da melhor forma e tem, inclusive, ajudado a criar vantagens competitivas para a retoma depois da crise”, alerta.

Nesse sentido, o e-commerce é uma das áreas em que as empresas precisam de apostar seriamente, para não só aproveitarem a oportunidade contextual provocada pela crise sanitária, como também para darem o salto para uma economia de nova geração. Cada vez mais, o cliente quer sentir-se único e especial e valoriza lojas online onde tenha uma experiência de compra agradável e que satisfaça, rapidamente, as suas necessidades e preferências, transmita segurança nas compras e no pagamento e tenha um apoio 24/7, através, por exemplo, de chatbots. Toda esta mudança de paradigma está a potenciar uma crescente procura de soluções de Data Analytics, também nesta área, pois o progresso tecnológico está a transformar todas as indústrias. “As soluções de Analytics otimizarão toda a gestão das empresas, pois permitem o desenvolvimento e implementação de estratégias mais assertivas, com base em dados e com foco permanente no crescimento do negócio. Garantindo, por um lado, uma maior facilidade no acompanhamento das mudanças do sector, o que possibilita às organizações uma tomada de decisão mais rápida e eficaz; por outro, oferecer aos clientes os produtos que eles desejam, no momento certo e a um preço competitivo, posicionando-se na vanguarda do sector”, explica o CEO da BI4All. “Este é um dos sectores que tem sofrido maiores alterações, mas é, também, um dos que tem maior potencial para oferecer aos clientes serviços inovadores e distintos, bem como, estabelecer relações mais próximas com estes”. Ao identificar padrões, consegue-se ajustar a estratégia, prever comportamentos futuros, criar ofertas direcionadas, recomendar produtos e determinar qual o preço que o cliente está disposto a pagar por determinado produto ou serviço, para não fazer, por exemplo, campanhas de descontos massivas. “Com uma estratégia assertiva e baseada em dados reais e precisos, as empresas conquistam novos clientes, retém os existentes, entregam uma oferta única e diferenciada e, consequentemente, aumentam as suas vendas. Manter os seus clientes fiéis faz não só com que voltem a comprar, como também recomendem e influenciem terceiros, ou seja, se tornem verdadeiros embaixadores da marca”, defende José Oliveira.

A pegada digital, que todos deixamos para trás, é uma fonte importante de informação. Daí que as soluções de Data Analytics e inteligência artificial sejam uma ferramenta essencial para analisar toda a informação disponível

Futuro incerto

Mantendo-se uma elevada incerteza quanto ao futuro, todos os negócios sentem necessidade de se reinventar, analisar, otimizar, melhorar a sua eficiência e reduzir custos, principalmente nesta fase delicada. “Sem dúvida que as empresas digitais estão mais preparadas para os desafios e as soluções tecnológicas são uma ferramenta valiosa para qualquer empresa de qualquer sector, uma vez que permitem que os decisores tenham uma visão completa dos negócios, conseguindo otimizar e agilizar os processos, reduzir custos e, até, antecipar possíveis cenários. E, hoje, é possível termos ao nosso alcance inúmeros dados, que depois de agregados e usados para gerar ‘insights’ podem ser colocados no centro da tomada de decisão e do planeamento estratégico, tendo fontes confiáveis, em vez de gerir a empresa a partir de suposições e intuições, organizando todos os seus processos, estratégias e métricas a partir dos dados”. Mais uma forma de mitigar a incerteza que paira quanto ao futuro. É nessa medida que o cargo do Chief Information Officer (CIO) ganha uma relevância acrescida no futuro das empresas modernas. Se, no passado, tinha uma função mais técnica, hoje, o papel do CIO é muito mais estratégico e próximo da gestão, sendo que o departamento de TI tem um papel ativo no desenvolvimento de uma cultura e gestão de dados que capacitará toda a organização a dar respostas eficientes e imediatas a desafios mais complexos, bem como garantir a eficiência e a fluidez operacional em todos os departamentos. “Portanto, o CIO é essencial para a evolução da estratégia digital dentro da organização, sendo fundamental que tenha uma visão completa do negócio para conseguir identificar oportunidades e pontos de melhoria que possam impactar o trabalho de toda a organização”, aconselha. Para José Oliveira, as empresas com estratégias digitais sólidas têm uma melhor posição no mercado. Em comum, os negócios vencedores têm o facto de serem alicerçados por tecnologia que automatiza os processos, melhora a experiência dos clientes, cria uma oferta e um serviço personalizados e permite reagir mais rapidamente ao pedidos e necessidades do mercado. “Sem um software que permita vender e gerir a empresa a qualquer hora, e a partir de qualquer lugar, dificilmente se conseguirá manter os clientes satisfeitos e assegurar as suas margens de rentabilidade. Os três fatores críticos de sucesso do e-commerce são a segurança, o conforto e a conveniência, que encontram nestas tecnologias a solução para terem sucesso”, conclui.

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