“Vemos, hoje, uma alimentação órfã do Estado”
ENTREVISTA TEXTO Carina Rodrigues FOTOS D.R.
Do ponto de vista de suporte e estrutura, o sector agroalimentar está, hoje, “órfão” do Estado. Assim o considera João Miranda, chairman da Frulact, aludindo à necessidade de trazer a alimentação ao espaço que merece, tanto mais quando, no atual contexto, se tem perfilado como um dos motores de alavancagem da economia. Defendendo que o futuro se deverá construir em conjunto, João Miranda crê no potencial do agroalimentar português, que sabe combinar inovação e tradição para se diferenciar e ganhar cada vez mais mercados de exportação. De facto, inovar não é algo a que as empresas portuguesas sejam avessas, mas urge uma maior cooperação para que essa capacidade de inovação possa ir ainda mais além. São precisamente iniciativas como o Ecotrophelia, de que João Miranda é embaixador, que podem alavancar a inovação assente na colaboração. Os projetos a concurso, este ano, são reveladores da vanguarda do agroalimentar nacional, na resposta às tendências mais disruptivas, mas também às questões mais prementes da sociedade atual, como a da sustentabilidade. Sustentabilidade esta que, na sua opinião, irá balizar a futura produção de conhecimento.
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