revista_nº. 7 nov./2020

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Sonho de gigante Adolescente de Ribeirão Preto com 2 metros de altura sonha brilhar no basquete; ele é pivô de time em Cravinhos NÍKOLAS GUERRERO

O

basquete é um esporte muito popular nos Estados Unidos e que também possui muitos fãs no Brasil. Entre eles está o adolescente de Ribeirão Preto João Pedro Bernardes, de 14 anos, que possui 2 metros de altura. O garoto sonha ser jogador de basquete profissional. Segundo dados de 2007 da OMS (Organização Mundial da Saúde), os meninos de 14 anos têm em média entre 1,60 a 1,65 metro de altura. Segundo o garoto, ele sempre foi mais alto que seus amigos, seus colegas da escola e as outras crianças da rua em que morou. Quando tinha 12 anos, idade em que se inicia a adolescência e a puberdade, João já tinha mais de 1,80 metro de altura. O tamanho elevado pode ser resultado da genética da família de seu pai, Aurélio. “Os meus tios são altos, mas não tanto quanto eu. Eu também tenho um primo, por parte de pai, que tem mais ou menos 2,01 metros de altura”, afirma João. A altura do jovem não passa despercebida. Ele explica que, quando diz que tem 14 anos, as pessoas perguntam se ele joga basquete, vôlei, ou outro esporte que é praticado por pessoas altas, além de fazer algumas brincadeiras. “Elas perguntam: ‘Como está o ar aí em cima?’ ‘Você tomou chá de bambu?’, essas coisas.” João vive com sua mãe, Renata, em um apartamento na zona norte de Ribeirão Preto. Ele estuda de manhã e faz os treinos à tarde. Com a pandemia, sua rotina começa cedo, quando faz uma caminhada.

Fotos: Níkolas Guerrero

Renata com seu filho João Pedro Bernardes

Ao retornar para casa, ele faz os trabalhos e assiste às aulas remotas da escola. Após o almoço, descansa e faz os treinos específicos para a sua posição que o treinador passa, também de forma remota. Para o grande garoto, ser alto tem suas vantagens. “Eu consigo alcançar lugares que pessoas de estatura mais baixa não alcançam, trocar uma lâmpada sem subir em alguma coisa”, declara. Ele ainda diz que, quando entra

em um ambiente diferente, consegue enturmar melhor e mais fácil, porque, querendo ou não, ser alto chama muito a atenção. Porém, a estatura também traz muitas desvantagens. “Eu não tenho muita mobilidade e agilidade como uma pessoa normal ou baixa. Outra desvantagem é encontrar roupas e calçados, já que eu calço 48. Não são todas as lojas que têm essa numeração de calçado, e as opções de roupas são limitadas.”


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