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Revolução na educação

Gamificação pode ser excelente aliada no processo de aprendizagem do aluno

VICTÓRIA MERIGUE

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Diante de um cenário completamente inesperado no qual estamos vivendo, a pandemia vem transformando nosso modo de ver e viver o cotidiano. Mudou-se completamente nossa rotina, nossos meios sociais e a educação.

No âmbito da educação, os professores tiveram que se adaptar criando um novo meio de ensino. Por se tratar de um acesso remoto, criaram então a gamificação. A gamificação consiste em utilizar recursos de jogos em outros contextos, como na educação. Gamificação ou, em inglês, gamification, tornou-se uma das apostas da educação mesmo até antes da pandemia, porém ela se intensificou mais conforme a necessidade de um ensino a distância. O termo complicado significa simplesmente usar elementos dos jogos de forma a engajar pessoas para atingir um objetivo. Esse método de ensino tem como objetivo cativar mais os alunos, por se tratar de games. Ele faz com que eles consigam aprender jogando, de forma literal. Isso faz com que aumente o interesse do aluno em relação aos estudos. É uma estratégia que vem sido utilizada principalmente no ensino fundamental, fase na qual a criança e até mesmo o adolescente passam por um período de mudanças comportamentais e psicológicas, que fazem com que o aluno tenha um grande desprendimento de interesse e atenção nos estudos.

Josimar Leoni, 40, professor de língua portuguesa do ensino público e privado de São Joaquim da Barra, conta como tem sido o processo de adaptação ao digital Foto: Victória Merigue

Uma das vantagens da gamificação é o método de ensino on-line

e a recepção dos alunos em relação a esse método de ensino. “Demorei uma semana para me adaptar ao sistema remoto e esquecer o vício da lousa, mas confesso que adorei essa forma de dar aula.”

Ele ainda acrescenta a grande facilidade que a internet proporciona, sanando dúvidas e dispondo de mais materiais.

“Os recursos on-line são maiores que a nossa tradicional sala de aula presencial. Posso acessar vídeos para aprimorar as aulas, abrir documentos para exemplificação, tenho recursos visuais durante a explicação, jogos de aprendizagem, enfim, há uma enorme gama de materiais para motivar e prender a atenção dos alunos.”

Já em contrapartida, os alunos possuem certas opiniões diferentes em relação a esse método de ensino. Heitor Miguel da Silva, de 12 anos, estudante da sétima série na escola Elza Miguel Francisco, diz preferir as aulas presenciais.

“Tenho mais facilidade em aprender na aula presencial, pois sinto que entendo melhor o que o professor me passa, e com as anotações no caderno posso revisar várias vezes depois”, disse.

No ramo educativo, é possível notar que existe uma luta para garantir que os alunos tenham o melhor ensino possível. Alguns acreditam que o ensino a distância é o futuro da educação brasileira, outros acham um grande erro.

Gislaine Ficher, 52, professora de artes do ensino público em São Joaquim da Barra, acredita que num futuro distante o ensino a distância será uma grande possibilidade.

“Muitos dos alunos não possuem celular ou internet com capacidade para atender a demanda escolar. Escola deve ser feita para todos sem exclusão. De fato, é uma boa ideia vista por vários ângulos, desde que haja plano de adequação para todos e plataformas de educação mais eficientes.”

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