Jul-ago/2023 - Edição 211 - Ano 22
DIRETORIA
Presidente:
Ernani Zottis
Vice-presidente:
Ivonei Barbiero
Diretor Administrativo:
André João Telocken
Diretor Administrativo Adjunto:
Fábio Córdova de Sousa
Diretora Financeira:
Sinara Perosa
Diretor Financeiro Adjunto:
Marcos Antonio Barbieri
Diretor de Relações do Trabalho:
Ricardo Urbancic
Diretor de Relações do Trabalho Adjunto:
Leonardo Battiston
CONSELHO FISCAL
Efetivos:
Claudio De Marco, Marcos Antônio
Moschetta e Marcos Luiz Ansolim
Suplentes:
Ivalberto Tozzo, José Dávi Sobrinho e Vania Vaccari Menta
DIRETORIAS SETORIAIS
Relações Institucionais:
Neloir Antônio Tozzo
Parcerias, Produtos e Serviços:
Lóris Bigolin
Saúde e Segurança do Trabalho:
Fabiana Funk
CÂMARAS SETORIAIS
Atacado: João Ricardo Pan
Automotores: Arthur Tozzo De Marco
Distribuidoras: André Blanger
Farmácias: Luiz Gustavo de Camargo
Inovação: Jordão Tormen
Tecnologia e Informação: César Bortollini
Varejo Lojista: Milton José Bierende
DIRETORIAS DE RELAÇÕES SINDICAIS
Palmitos: Odanor Tombini
Pinhalzinho: Julio César Biesdorf
Xaxim: Solange Oro
Os membros da diretoria exercem mandato sem remuneração, voluntariamente.
Diretor Executivo: Almeri Dedonatto
Assessoria de Imprensa: Hugo Paulo G. de Oliveira
Assessoria Jurídica: Rudimar Roberto Bortolotto
REVISTA +SICOM
Av. Getúlio Vargas 1.748-N, Condomínio Cesec Cep 89805-000 Chapecó/SC - Tel. (49)3319-4600 sicom@sicom.com.br - www.sicom.com.br
Edição: EXTRA COMUNICA
(49)3312-2572 | extra@extracomunica.com.br
Produção: Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira/editor (MT4296RS); Scheila Franz (redação); Catia Regina Bertoti Dornelles (atendimento); e Anna Luisa Schuck (design gráfico)
Projeto Gráfico: Agência T12.
nosso vídeo de 50 anos ou acesse: materiais.sicom.com.br/50-anos-sicom
Artigos publicados neste informativo são de responsabilidade de seus autores.
Tiragem: 1.200 exemplares - Impressão: Gráfica Expresso
Fechamento da edição: 26/07/2023
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OPINIÃO
Legislação
a burocracia INFORMAÇÃO Programa Sicom Multicanais ENTREVISTA SICOM Ministro Amaury Rodrigues Júnior, do TST TENDÊNCIAS DO COMÉRCIO Atendimento no varejo INFORMAÇÃO Quilombo no Caminho Oeste Cervejeiro INFORMAÇÃO Parceria Sicom e Sicredi / Reunião com TCE CAPACITAÇÃO Finanças corporativas / LGPD / Novos Associados DO ASSOCIADO Brasão inova MATÉRIA CENTRAL O excesso de legislações e o prejuízo INFORMAÇÃO Homenagem na Câmara / Conselho de Saúde INFORMAÇÃO Sicomércio 2023 / Contribuição Assistencial NA REGIÃO O comércio de Palmitos CONECTE-SE A saga do varejista brasileiro BENEFÍCIO SICOM Clínica Sicom Saúde COMO FAZER Para abrir um CNPJ ESPAÇO JURÍDICO Contrato e validade jurídica ESPAÇO SENAC Inscrições para cursos técnicos ESPAÇO SESC Mesa Brasil, rede de solidariedade 4 5 6 8 10 11 12 13 14 16 17 19 20 22 23 24 26 27
ÍNDICE
DO PRESIDENTE
e
LEGISLAÇÃO E BUROCRACIA, UMA JUNÇÃO PERNICIOSA A QUEM PRODUZ
Um dos mais graves problemas com os quais as empresas e o cidadão se defrontam é representado pelo enorme volume de leis, regulamentações e outros tipos de normas que sobrecarregam o dia a dia. Uma das consequências dessa verdadeira pandemia está nos intrincados processos burocráticos que devem ser cumpridos perante os órgãos oficiais. Isso ocorre perante repartições dos mais variados âmbitos, seja da União, dos Estados e dos Municípios.
O que se tem visto é que o poder público no Brasil é pródigo em criar mecanismos de controle, mas não tem a mesma celeridade em reduzir a quantidade de trâmites a que são sujeitos os contribuintes. Quando falamos de Estado brasileiro, é preciso referir claramente que a verdadeira “produtividade” que se registra na criação de leis, normatizações as mais diversas e processos burocráticos verdadeiramente infernais se originam de todos os poderes. Ou seja, nem o Executivo, nem o Legislativo, muito menos o Judiciário, mostram-se preocupados em reduzir os procedimentos que recaem sobre cada pessoa e cada empresa.
A enormidade da máquina estatal, ao que parece, precisa ser abastecida, e assim é o que tem ocorrido no Brasil inteiro. Parece que a produção de leis pelo Legislativo, as determinações complexas para o respectivo cumprimento pelo Executivo e as ações no Judiciário precisam estar constantemente sendo ampliadas para abastecer os organismos de cada poder.
Além da prodigalidade na geração de normas, o que se vê é que muitas delas representam verdadeira hosti-
lidade a quem produz, seja o cidadão contribuinte ou a empresa que contribui no Brasil com uma das maiores cargas tributárias do mundo. Em governos de décadas passadas, ainda víamos a preocupação em reduzir a burocracia, mas isso não tem ocorrido nos últimos anos e o que temos é a ganância cada vez maior em complicar.
Prova do desinteresse em simplificar podemos ver na proposta de Reforma Tributária aprovada pela Câmara dos Deputados e que irá para o Senado Federal neste segundo semestre. Nela, são poucas as perspectivas de efetiva simplificação, porque a junção de impostos não necessariamente poderá significar uma drástica redução nos procedimentos burocráticos. Sem considerar, ainda, a chance de minimizar, por pouco que seja, a carga tributária. Há, até, quem diga do risco de evolução no peso global dos tributos que recaem sobre a atividade produtiva.
Interessante é que entra governo, sai governo, ocorrem eleições, deputados e senadores tomam posse e pouco muda. Menos a vontade de criar leis e submeter as pessoas e empresas ao jugo da burocracia. Basta necessitarmos de qualquer demanda em órgãos públicos para nos defrontar com a infinidade de exigências, como se cada repartição fosse um verdadeiro cartório. Isso, além do desgosto de aplicar tempo e dinheiro, representa prejuízo no bom uso de recursos.
Pior ainda é verificarmos que toda a evolução tecnológica que temos nem sempre é aplicada pelos governos, sejam o federal, os estaduais e os municipais, na rapidez para resolver processos. A indolência é uma das causas da demora, do mau atendimento, do atraso na solução do que o contribuinte que paga quer.
Nesta edição da revista Mais Sicom, nas páginas centrais é mostrado um panorama quanto aos efeitos danosos da grande quantidade de leis, regras e outras normas legais, especialmente quanto à legislação tributária. Em outra área, a trabalhista, a ser tratada futuramente por esta revista, não são menos complexas as obrigações. O certo é que precisamos dos governantes das três esferas maior cuidado e interesse redobrado para simplificar, para reduzir encargos e agilizar processos, até porque o poder público não retribui em efetividade a mesma pressa que tem ao criar obrigações.
Ernani Zottis, Presidente do Sicom
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OPINIÃO DO PRESIDENTE
O poder público no Brasil é pródigo em criar mecanismos de controle, mas não tem a mesma celeridade em reduzir os trâmites para os contribuintes
INFORMAÇÃO
PROGRAMA SICOM MULTICANAIS INICIA COM PROGRAMAÇÃO ATÉ NOVEMBRO
Teve início em junho o programa “Multicanais, o varejo na era digital”, realizado pelo Sicom em parceria com o Sebrae/SC. Essa iniciativa faz parte do objetivo que o Sicom tem de proporcionar aos associados oportunidades interligadas com sua missão institucional de fortalecer o comércio. É uma atividade com duração de seis meses e tem a participação de profissionais de 10 empresas de diversos segmentos do varejo.
O Sicom Multicanais é um programa direcionado exclusivamente para microempresas individuais, micro e pequenas empresas associadas. Para o presidente do Sicom, Ernani Zottis, a realização oportuniza que empresas possam utilizar de ferramentas digitais no marketing para prospectar maior visibilidade e ampliar o volume de negócios mediante técnicas mais convenientes para vendas no ambiente on-line. Já o gerente regional do Sebrae/SC no Oeste, Udo Martin Trennepohl, indica que a metodologia foi estruturada considerando que o consumidor está cada vez mais conectado e informado e que foi identificada necessidade de produto diferenciado para os estabelecimentos comerciais.
Conforme o analista de negócios do Sebrae/SC, Arildo Jacobus, foram previstos encontros para compreender a medição do Índice de Maturidade Digital, estratégias de mídias on-line e uso
de microlearning para mensagens de fortalecimento e engajamento. Especifica que tal metodologia foi inspirada na técnica de Omnichannel, que concentra canais utilizados pelas empresas para tratar com o cliente.
Os temas e a programação
A programação, realizada no auditório do Sicom, consta de cinco workshops presenciais, com o total de 36 horas de treinamento, além de mais 40 horas de consultoria a cada uma das empresas para aplicação prática do conteúdo. Inicialmente o cronograma contou, no dia 20 de junho, com a abertura do programa e workshop sobre marketing digital (foto), e seguiu no dia 18 de julho com o tema “Instagram e Facebook para negócios”. Outras abordagens serão: Canva para negócios, em 15 de agosto; Estratégias para vendas, em 19 de setembro; WhatsApp Business, em 24 de outubro; e encerramento, entrega de relatórios e finalização do projeto no dia 21 de novembro.
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ENTREVISTA SICOM
MINISTRO AMAURY RODRIGUES JÚNIOR, DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
O SISTEMA DE TRABALHO TEM QUE SE ADAPTAR A NOVAS MODALIDADES E ESTILOS
Mudanças ocasionadas, desafios para empresas e trabalhadores e o que precisa ser alterado. Abordagens como essas, a propósito da Reforma Trabalhista vigente desde 11 de novembro de 2017, foram feitas em Chapecó no dia 26 de maio pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Amaury Rodrigues Pinto Júnior. Além de palestrar em evento que teve o apoio do Sicom, ele participou de reunião no Centro Empresarial de Chapecó (CEC). Numa entrevista coletiva à imprensa, com a participação da revista Mais Sicom, ele fez balanço da reforma e avaliou tendências.
Qual é sua avaliação destes cinco anos da Reforma Trabalhista?
Operou grandes mudanças, algumas delas minimizadas por decisões judiciais, como do Supremo Tribunal Federal. Muitos avanços ocorreram, como o teletrabalho, ainda que seja inicial precisa muita coisa ser regulamentada, mas teve seu início na Reforma Trabalhista. A questão da sucumbência trazida para a Justiça do Trabalho também foi algo importante. Precisamos trabalhar agora aquela questão da insuficiência econômica, como interpretar ela prevista na CLT. A lei trabalhista é de 1943, de muito tempo, e precisava ser renovada e adaptadas às novas realidades.
O que ainda há como desafios para empresas e trabalhadores?
O maior desafio, do trabalhador e dos empresários, da justiça, da legislação, é trabalhar com as novas modalidades de trabalho. Temos agora o trabalho por aplicativos, a tecnologia avançando cada dia mais, a inteligência artificial tomando conta. O sistema de trabalho tem que se adaptar, pois vamos no supermercado e o caixa está sendo substituído por máquinas. Na montadora de automóveis as máquinas substituem as pessoas, então o trabalhador precisa se adaptar a essa nova realidade. Já o empresário precisa estar harmônico com essa realidade e o Poder Judiciário também com essas modalidades e novos estilos de trabalho.
O que a pandemia do coronavírus interferiu e precisa mudar?
Foi uma tragédia mundial, mas nos obrigou a evoluir. O trabalho virtual, o teletrabalho, as modalidades não presenciais ficaram e recebo advogado do Brasil inteiro na telinha, lá no meu computador. Normalmente toda sexta-feira de manhã recebo advogados, e já recebi advogados falando de Chapecó, não precisando se deslocar a Brasília. Então a pandemia foi algo grave, complexo, mas precisamos aproveitar o que trouxe
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É preciso que o empregado saiba que o empregador é imprescindível para a sua existência, e o empregador que o empregado é essencial para sua atividade
e nos obrigou a evoluir nessa parte de trabalho virtual.
Com relação ao mundo da internet, como se pode regulamentar isso?
É muito difícil, mas é preciso estudo prolongado. É preciso diálogo, conhecer profundamente até mesmo o comportamento do cidadão. É interessante que no Instagram você é a pessoa mais feliz do mundo, na prática não é, fala o que quer, as manifestações se escondem atrás do computador. Para regular isso, para trabalhar com essas dificuldades e fazer com que a internet nos sirva e não nos prejudique, há necessidade de diálogo, de conhecer e evoluir com as experiências, daí a regulamentação deve ser gradativa.
Quais são as tendências da legislação trabalhista para os próximos anos?
A questão é diária, a evolução é diária. Ontem mesmo tivemos uma decisão importante por parte do Supremo Tribunal Federal e que afeta as relações de trabalho, as execuções trabalhistas. O ministro Dias Toffoli concedeu suspensão nacional em relação aos processos que tratam de pessoas jurídicas que não integraram, na fase de conhecimento, a impossibilidade ou possibilidade de serem executadas, aquela questão do grupo econômico e o chamamento das empresas na execução. Essa é uma decisão de repercussão enorme na Justiça do Trabalho.
A evolução que temos é diária, é cotidiana. Tivemos há pouco tempo também uma decisão do ministro Alexandre de Moraes a respeito dos aplicativos. Enfim, muitas coisas estão caminhando e o futuro promete ainda muitas novidades, muitas adequações. Eu vim trazer para Chapecó um pouco do que acontece lá em Brasília, um pouco de como funciona, como as relações de trabalho tem moldado a nova legislação e o que se espera no futuro.
Quanto às relações de trabalho, como deve ser o entendimento entre empregador e empregado?
É preciso que o empregado saiba que o empregador é imprescindível para a sua existência, e o
empregador que o empregado é essencial para sua atividade. É uma relação que deve ser simbiótica, de aproximação, e deve ser de lealdade. Então temos incontáveis bons empregadores e bons empregados e quando os dois se unem de forma leal, cooperativa, a empresa cresce e o empregado melhora de vida também. A nossa ideia é a justiça trabalhista nesse relacionamento cordial, leal, na visão de que o outro é um parceiro e isso é importante, talvez possa fazer com que a sociedade seja melhor, principalmente a empresarial.
Com a posse dos novos eleitos, voltou a se discutir a mudança na Reforma Trabalhista. Isso é relevante, e o que precisaria ser alterado?
As tendências sempre são de tentar mexer no que está constituído. Isso aconteceu no governo anterior e vai se tentar acontecer agora. Não tenho dúvida, a mudança legislativa é uma mudança que precisa de consistência, de apoio da sociedade. Por mais que se pretenda mudar a legislação, é preciso conversar, dialogar com a sociedade e com o Congresso, pois existem ainda necessidades de mudanças, de evolução. Nunca podemos ficar parados na mesma posição, mas é preciso diálogo, é preciso a experiência do que já vivemos e o diálogo interessado. Então acredito que ocorrerão alterações, não tão grandes quanto o governo queira, porque temos também um Congresso Nacional que vai trabalhar esses temas. Algumas questões podem ser adequadas e o próprio Poder Judiciário vai trabalhando a legislação, vai interpretando, que o ambiente de trabalho seja o melhor possível e os direitos trabalhistas sejam assegurados.
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Por mais que se pretenda mudar a legislação, é preciso conversar, dialogar com a sociedade, pois existem necessidades de evolução
TENDÊNCIAS NO COMÉRCIO
ATENDIMENTO NO VAREJO
Com o intuito de contribuir para o aperfeiçoamento e a inovação no modo de executar o atendimento nos estabelecimentos do varejo, a revista Mais Sicom reúne aqui nestas duas páginas tendências essenciais para que seja desempenhado papel diferenciado no mercado. Um dos indicativos é que, nos próximos anos, o atendimento tende a evoluir com o crescimento das operações no meio digital e do Omnichannel, o que torna necessária a abertura para mudanças.
lizado e positivo para o negócio, no que diz a venda final ao cliente que busca praticidade e boa recepção por parte do vendedor. Além disso oferece benefícios como: gestão unificada do atendimento; maior captação de potenciais clientes; gerenciamento de contatos; aumento na taxa de conversão; atendimento mais ágil e eficiente; menor taxa de erros e retrabalho; maior fidelização de consumidores; e relatórios de indicadores de negócio.
A ferramenta marketplace
Estar por dentro da mudança constante da era tecnológica e digital é um diferencial para se destacar no mercado. Por isso, o blog da Zendesk pontua que o varejo digital chegou para ficar e se tornou realidade para o impulsionamento das vendas, auxiliando o atendimento presencial. Assim, o digital fornece também o fortalecimento do comércio e atendimento online especializado, oferecendo serviços mais flexíveis e ágeis.
Contexto omnichannel
Segundo o blog da Zendesk, o atendimento omnichannel é uma abordagem de comunicação, vendas e atendimento. Permite às empresas disponibilizarem as melhores experiências aos consumidores, graças ao atendimento com canais integrados, podendo estar interligados por diferentes plataformas.
O site XGEN destaca que o atendimento omnichannel garante contexto mais assertivo, persona-
Utilizada como ferramenta de shopping center virtual, o marketplace reúne marcas e lojas em apenas um único lugar, proporcionando assim melhores produtos e preços para o consumidor, como aponta a zendesk. com.br. Traz simplicidade e integra um sistema padronizado em atendimento, o que pode facilitar a logística para o e-commerce e a emissão de nota fiscal, a partir do Enterprise Resource Planning - ERP no varejo, que é um sistema de gestão para negócio.
O site ainda indica benefícios e vantagens de inserir os produtos dentro de um marketplace, como a redução de custos com publicidade, o maior alcance da loja, o gerenciamento com praticidade e o alto índice de vendas. Além dos benefícios, o site Bling pontua cuidados essenciais, entre eles com a logística, prazos de entregas, gerenciamento de contas e as taxas de comissionamento que devem ser pagas à plataforma do marketplace.
Atendimento personalizado
Saber quem é o cliente vai além de saber o nome. Representa entender as necessidades que ele busca em determinado momento e oferecer o melhor do atendimento e produto que o perfil procura.
O site XGEN elenca formas de disponibilizar isso ao consumidor, como: fazer pesquisa de persona para entender quem é o cliente; criar linguagem que
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tenha a ver com o objetivo de negócio e as pessoas atingidas; disponibilizar canais em que o cliente se sente mais confortável em falar com a empresa; enviar conteúdos realmente relevantes e que ofereçam valor; e garantir atendimento humanizado, também um ponto forte para melhorar a jornada do cliente na empresa.
Chatbot e inteligência artificial
Para auxiliar e facilitar os atendimentos e diminuir as demandas, as empresas vêm inovando e implantando estratégias e uma delas é o chatbot, que está presente no cotidiano do consumidor. Esse tipo de atendimento ao cliente vem crescendo cada vez mais quanto à tecnologia e tem por finalidade o apoio na comunicação interna, cobranças e vendas, como pontua o site XGEN. Ainda é uma forte tendência para 2023, pois soluciona problemas e agrega grandes vantagens ao consumidor.
O blog da Zendesk também destaca os chatbots como atendimento ágil e que atendem às expectativas do consumidor. Além de interagir com o cliente como um assistente virtual, o chabot mesmo permite conduzir a interação com uma marca. Dentro dos chatbots está a inteligência artificial, que atua como assistente da equipe de suporte humana. Ela, por assim dizer, cria possibilidades de integração, e o blog da Zendesk ressalta que em geral é exatamente a ideia de usar os pontos fortes de cada uma dessas frentes digitais para entregar o melhor ao consumidor final.
Capacitação dos colaboradores
Além de todas as tendências antes citadas, a principal delas está na capacitação adequada dos colaboradores, que necessitam estar por dentro do mercado e plenamente engajados ao receber o cliente. Como os colaboradores são os principais contatos diretos com os clientes, devem solucionar os problemas com facilidade e praticidade. O site XGEN comenta que a capacitação é importante para atendimentos mais ágeis, que possibilitam tanto a evolução pessoal quanto da empresa.
Segundo o XGEN, a gestão do conhecimento também é uma ferramenta que auxilia no compartilhamento de experiências e vivencias dentro de uma organização, tornando-se assim um ensinamento sem superioridade e que gire em toda equipe. Essa estratégia se estende em três pilares – da capacitação, comunicação e engajamento –, estabelecendo uma cultura de aprendizado e confiança, motivando a equipe e engajando na hora do atendimento.
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Capacitar e engajar os colaboradores garante um desempenho melhor na hora do atendimento personalizado no varejo
PARTICIPANTES DO CAMINHO OESTE CERVEJEIRO VISITARAM TRÊS AMBIENTES EM QUILOMBO
Com maior acesso aos meios de produção para a criação de cervejas artesanais, há crescimento do número de microcervejarias e cervejas artesanais, inclusive em Santa Catarina. Diante disso, amantes da boa cerveja têm desbravado os destinos cervejeiros por perto, e a Rota Caminho Oeste Cervejeiro, promovida pelo Sicom, tem auxiliado exatamente para que as pessoas conheçam o processo de produção de cervejas e degustem nas cervejarias da região. Juntamente com o Sesc Chapecó, o Sicom realizou, no dia 17 de junho, a terceira edição da rota na qual 22 participantes visitaram Salto Saudades, a Cachaçaria Dona Nelva e a Cervejaria Enderle Bier, em Quilombo.
ocorreu visita à Cervejaria Enderle, com degustação, almoço e verificação do processo de produção das cervejas. Sobre essa visita, a técnica do Sesc indica que apesar do frio no dia da visitação o grupo pôde aproveitar: “Na Enderle Bier percebemos o amor que a cervejaria tem pela produção, que inclusive é feita em família”.
Alegria e cervejas degustadas
O diretor da Enderle Bier, Cristian Enderle, avalia o grupo visitante como “alegre, educado e entusiasta”. O empresário destaca que o grupo saboreou as cervejas Pilsen Light (Tomodebalde), American Lager, Weizen, Belgian Blond Ale, Irish Red Ale e Belgian Style Especiale Belge. Além da degustação das cervejas, cita que a visitação envolveu também explicação técnica na planta cervejeira, almoço e bate papo no ambiente.
INFORMAÇÃO
INFORMAÇÃO
PARCERIA RENOVADA ENTRE SICOM E SICREDI
Dirigentes do Sicom e da cooperativa de crédito Sicredi Região da Produção renovaram, em reunião no dia 10 de julho, a parceria entre as duas instituições. A iniciativa possibilita, por parte do Sicredi, o apoio ao Sicom para a realização de eventos voltados ao segmento empresarial, especialmente para os associados em 25 municípios do Oeste.
Pelo Sicom, o documento foi assinado por seu vice-presidente, Ivonei Barbiero, com a participação da diretora financeira Sinara Perosa e do diretor financei-
ro adjunto Marcos Antonio Barbieri. Já em nome do Sicredi a assinatura foi feita por seu presidente, Saul João Rovadoscki, que estava acompanhado pelo diretor executivo, Marcos Roberto Dorigon, pelo gerente regional Claucus Valdameri, e pelos conselheiros Ivandro Bertotti e José Carlos Begnini.
O vice-presidente do Sicom lembrou que a parceria com o Sicredi vem de longa data, desde que essa cooperativa de crédito se instalou em Chapecó no ano de 2005. Ivonei Barbiero acrescentou que o Sicredi “tem uma trajetória de trabalho e de aproximação com os cooperados, mediante contato estreito e disponibilização de tecnologia”.
Ao assinar o convênio, o presidente do Sicredi afirmou que a estrutura da instituição vem sendo ampliada em Chapecó e na região e ressaltou que o Sicom foi a primeira entidade parceira na cidade. Rovadoscki enfatizou a intenção de que a ação conjunta seja fortalecida: “O Sicredi está aberto a ideias e sugestões para atender aos empresários”.
LIDERANÇAS REÚNEM-SE COM PRESIDENTE DO TCE
O Tribunal de Contas de Santa Catarina está exercendo, além da função fiscalizatória, o compromisso de orientar e esclarecer quanto à correta aplicação dos recursos públicos. Essa afirmação foi feita pelo presidente do TCE-SC, Herneus De Nadal, em reunião com lideranças empresariais de Chapecó. O encontro ocorreu em 14 de junho, numa iniciativa do Centro Empresarial de Chapecó (CEC) e teve a participação de dirigentes do Sicom.
De Nadal explicou que o tribunal acompanha a vida pública do Estado e municípios, inclusive quanto aos processos licitatórios para verificar a aplicação dos recursos públicos e avaliar a qualidade dos serviços. Argumentou que o órgão possui experiência e condições de cruzar informações e ter parâmetros para fis-
calizar e coibir a corrupção e a ineficiência. Conforme Herneus De Nadal, o TCE implantou uma ferramenta on-line, denominada como Farol do Tribunal de Contas, onde constam indicativos referentes a receitas e despesas públicas, educação, saúde, licitações, pessoal, gestão e meio ambiente.
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CAPACITAÇÃO
FINANÇAS CORPORATIVAS SERÁ
TEMA DE PALESTRA EM AGOSTO
Uma capacitação específica na área de finanças será realizada pelo Sicom no dia 17 de agosto, dirigida especialmente para os associados. Ocorrerá por meio de parceria feita com o Senac e tem a finalidade de orientar sobre o tema “Finanças Corporativas – Um Olhar Estratégico”. As orientações teóricas e práticas serão feitas pelo consultor e professor da PSG Editora e Treinamentos, Pedro Salanek Filho.
Na capacitação, entre os temas que serão feitos, estão enfoques como a tomada
de decisão estratégica nos negócios e como gerenciar os riscos financeiros. Outro tema específico será quanto às informações financeiras estratégicas. As vagas para o evento que proporcionará visão diferenciada quanto às finanças corporativas são limitadas. As inscrições podem ser feitas diretamente no Sindicato do Comércio da Região de Chapecó, através do telefone (49)98827-3849 ou pelo e-mail comunicacao@sicom.com.br.
LGPD NAS RELAÇÕES TRABALHISTAS TRATADA EM CORONEL FREITAS
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) nas relações trabalhistas foi detalhada na cidade de Coronel Freitas, em programação conjunta organizada entre o Sicom e a Associação Empresarial e CDL do município. O workshop “LGPD nas Relações Trabalhistas”, realizado no dia 15 de junho, foi conduzido pelos palestrantes Rudimar Roberto Bortolotto, do escritório Bortolotto & Advogados Associados, e Ana Claudia Bonassi Machado, do escritório Bonassi Machado Advogados.
Eles fizeram abordagens sobre conceitos da LGPD, tratamento de dados pessoais nas relações de trabalho e definições básicas relativas a dados pessoal. Outros enfoques envolveram o tratamento, agentes de tratamento, titular e encarregado; exemplos práticos de tratamento de dados pessoais de empregados, desde a fase pré-contratual até a etapa pós-contratual; governança em privacidade e proteção de dados; princípios da LGPD; e direitos dos titulares.
O que é
Publicada em 14 de agosto de 2018, a LGPD entrou em vigência em 14 de agosto de 2020 para proteger direitos fundamentais de liberdade e de privacidade. Representa um marco histórico na regulamentação sobre o tratamento de dados pessoais no Brasil, tanto em meios físicos quanto em plataformas digitais, por pessoa física ou jurídica de direito público ou privado. Além de mudar a maneira como instituições privadas coletam, armazenam e disponibilizam informações de usuários, essa lei envolve as instituições públicas e assim deve ser seguida também por União, Estados, Distrito Federal e municípios.
NOVOS ASSOCIADOS AO SICOM
O Sicom dá as boas-vindas para as empresas associadas recentemente:
– Agropecuária Azurra Ltda
– Flamengo Ltda
– Juliana Poggere de Brito
– Kaban Imóveis Ltda
– Priscila Alcantra Barbieri
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BRASÃO INOVA ATENDIMENTO COM CARRINHOS INTELIGENTES
O Brasão Supermercados tem buscado investir em inovação para dar mais praticidade e conveniência aos clientes. Faz parte de seu DNA oferecer soluções e a empresa foi pioneira em diversas inovações em mais de 50 anos de trajetória. Hoje a rede conta com quatro lojas físicas – três em Chapecó e uma em Xaxim – e está presente no meio digital com supermercado online, no qual o cliente pode escolher a unidade onde prefere fazer as compras.
A mais recente inovação surgiu em uma viagem a São Paulo, onde profissionais da empresa conheceram os carrinhos inteligentes, então recém lançados pela Nextop, a primeira marca desse segmento na América Latina. Então a rede avaliou a solução e entendeu que a tecnologia serviria para as demandas dos clientes e foram colocados em funcionamento 14 carrinhos em duas lojas.
Conforme o gerente de Marketing, Elton Ficanha, o maior objetivo das inovações que o Brasão busca é oferecer novas formas de atendimento ao cliente, num cenário em que o tempo é cada vez mais precioso para todos. Entre os benefícios que o carrinho inteligente proporciona, o gerente cita a agilidade, praticidade, mobilidade e independência do cliente escolher ou desistir de produtos na hora da compra. “Por ter toda tecnologia embarcada para comprar e pagar direto no carrinho, o cliente não precisa enfrentar filas e com isso ganha mais tempo na hora das compras.”
Especifica que nos 20 primeiros dias de operação foram registradas quase mil compras através da novidade.
Atualmente, dos 14 carrinhos disponíveis oito estão no Brasão Avenida e seis no Brasão Fernando Machado, em Chapecó. O gerente de Marketing, destaca que é avaliada a demanda diariamente, inclusive para entender o perfil de uso do carrinho: “Se houver demanda crescente, certamente faremos novas aquisições”.
Sistema e adesão
Os carrinhos inteligentes são similares ao caixa de autoatendimento, o self checkout. Possuem infraestrutura completa para o cliente comprar e pagar, sem necessidade de utilizar outro caixa. As compras são registradas de maneira instantânea, conforme a escolha feita pelo cliente, e numa tela touch screen ele pode acompanhar os produtos colocados no carrinho e o valor total. Da mesma forma, o acesso a esse o monitor permite registrar ou cancelar os itens escolhidos.
Outro diferencial é o Pinpad, que permite utilizar cartão de crédito ou débito, convênio ou vale-compras para o pagamento no próprio carrinho. Além disso, existem no carrinho balança de precisão embutida, cinco câmeras de reconhecimento dos itens, leitor de código de barras e bateria para até 12 horas de uso.
O monitoramento das compras acontece em tempo real através de um tablet, que acusa qualquer divergência de produtos ou de pesos, ou seja, não há a possibilidade de adicionar um item no carrinho sem o registro ou de retirar um produto sem o devido cancelamento. Esse processo é finalizado no self checkout, onde uma equipe de apoio ajuda o cliente a terminar o processo de compra. É no self checkout também que frutas e legumes são pesados em uma balança e registrados na finalização.
BRASÃO SUPERMERCADOS
Instagram: @brasaosupermercadosoficial Compras Online: www.brasao.com.br
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DO ASSOCIADO
MATÉRIA CENTRAL
OS EFEITOS PERNICIOSOS DE LEIS REPRESENTA AO
Leis ultrapassadas, alterações constantes, excesso de regras, estimulo à sonegação, incerteza, burocracia, custo, processos judiciais, insegurança jurídica, pagamento indevido, prejuízos, inibição de investimentos, complexidade. São termos como esses que o cidadão brasileiro e os responsáveis pelas empresas se defrontam todas as horas do dia, desde determinações da Constituição Federal até mínimas regras legais que devem ser cumpridas em relação a impostos, taxas e outras normatizações originadas do Executivo, do Legislativo e do Judiciário e reguladas pela União, Estados e Municípios. Isso, além do intrincado processo burocrático, para qualquer contribuinte pessoa física ou jurídica significa custo. Em muitos casos, altos custos.
Certa feita, anos passados, determinada instituição mediu que a cada 24 minutos alguma situação na legislação brasileira era alterada. Hoje, há quem diga que esse tempo já é bem menor. Mesmo com a proposta de Reforma Tributária aprovada pela Câmara dos Deputados e que irá para discussão no Senado Federal neste segundo semestre, não há confiança de mudança significativa. Nestas duas páginas a revista Mais Sicom apresenta depoimentos sobre o assunto, de parte do presidente da Associação dos Advogados Tributaristas de Santa Catarina, o advogado chapecoense Ricardo Antônio Cavalli, e do economista e empresário Carlos José Martinelli, que atualmente também preside o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Chapecó. Eles falam sobre a grande quantidade de leis, causas, reflexos, custos e prejuízos, abordagens que também serão feitas na próxima edição desta revista em termos dos efeitos na área trabalhista.
Quanto às causas da grande quantidade de leis e outras normas legais existentes na legislação tributária, Ricardo avalia que no Brasil existe capacidade incomparável de produzir leis se for traçado paralelo com outros países desenvolvidos. Acrescenta que
o efeito é nefasto pela gama de interpretações e sobreposições, como ocorre no campo tributário, onde pelo menos cinco impostos incidem sobre o consumo, enquanto em países com sistema menos hostil há somente um tributo sobre o valor adicionado. Além disso, acrescenta que são 27 Estados e 5.570 municípios, cada qual com suas regras próprias.
A enormidade de leis gera reflexos no aumento da burocracia e no custo das empresas. Carlos Martinelli entende que “o cipoal de legislações trabalhistas e tributárias provoca insegurança, uma vez que, devido à complexidade, torna muitas atividades constantemente suscetíveis a erros de interpretação, ocasionando notificações e multas, bem como custos extras com assessorias contábil e jurídica a fim de minimizar os riscos”. Acrescenta que no campo tributário isso acaba por estimular a sonegação fiscal e outros subterfúgios, o que provoca concorrência desleal, evasão de receitas do governo e informalidade.
Para o advogado Ricardo Cavalli, o grande número de impostos, os diferentes métodos de apuração, as incertezas dos valores recolhidos, as constantes alterações de regras e a grande quantidade de situações especificas ou excepcionais fazem com que o sistema tributário seja desorganizado e imprevisível. Indica que isso eleva os custos operacionais e de gestão das empresas, “reduzindo a capacidade de competir com os produtos fabricados em países com regras mais sensatas”. Acrescenta que tal cenário inibe investimentos, traz insegurança jurídica e gera desentendimento entre os contribuintes e o Fisco, o que resulta em elevado volume de processos judiciais, para pagar ou para recuperar o que foi cobrado indevidamente, e gera sobrecarga no Judiciário, com outro efeito desastroso, que é a morosidade da justiça.
A lucratividade e o prejuízo
O grande volume de leis que afeta o dia a dia das empresas recai diretamente na lucratividade e na ge-
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Grande número de impostos, diferentes métodos de apuração, incertezas e constantes alterações reduzem a capacidade de competir
PERNICIOSOS QUE O EXCESSO
CIDADÃO E ÀS EMPRESAS
ração de prejuízos, o que para o economista e empresário Carlos Martinelli “afeta toda a sociedade”. Explica que “uma empresa sem competitividade se adequará à realidade de mercado, efetuando demissões e reduzindo despesas, e desta forma injetando menos recursos via salários e consumo, o que leva à desaceleração geral na economia e cria assim um ciclo recessivo”.
Para o advogado Ricardo Cavalli, a complexidade do sistema tributário e a insegurança jurídica gerada ocasionam situações como as disputas tributárias. Exemplifica com estudo realizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em 2019, no qual foi apontado que as disputas tributárias representaram cerca de R$ 5 trilhões, o que equivalia então a 73% do PIB nacional: “Isso é insano, porque quanto mais complexo é o sistema tributário, mais numerosas são as ações judiciais e menores são os investimentos pela falta de previsibilidade dos resultados”.
Na avaliação do presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de Chapecó, apesar de alguns considerarem que o lucro é ruim, deve-se esclarecer que a lucratividade é a base de funcionamento de qualquer atividade econômica, é a remuneração pelo arrojo dos empreendedores. “Numa situação utópica, o que aconteceria se todas as empresas fossem fechadas, se não houvesse mais interesse em empreender uma atividade econômica?”, questiona Martinelli. E ele responde: “O empreendedorismo decorre da mais simples relação comercial entre pessoas, e é a partir daí que se geram empregos e renda, sejam salários ou lucros, fazendo com que a economia se movimente continuamente, e mesmo que ocorram períodos de operação com resultados negativos, se forem prolongados inviabilizarão a atividade”.
Reflexos no custo estatal
Manter a estrutura do Estado encarregada dos encargos relativos a leis, normas, regulamentações e outros requisitos legais representa custo para a sociedade. Custo esse da máquina estatal que sempre é coberto pelo processo arrecadatório, muitas vezes pela ampliação dele. Para o empresário e economista Martinelli, da mesma maneira que o grande número de regras ocasiona mais tempo para a elaboração de informes e contabilizações pelas empresas, o setor
público necessita maior estrutura para acompanhar e fiscalizar os atos econômicos da sociedade. “Assim, um sistema mais simples e claro reduziria significativamente os custos de toda a esfera, abrindo espaço para novos investimentos produtivos, o que ampliaria a oferta de postos de trabalho, geraria mais renda e faria o motor econômico girar melhor”, sugere Carlos Martinelli.
O presidente da Associação dos Advogados Tributaristas lembra que, apesar da estrutura estatal existente para o controle das leis e o recolhimento tributário, há insegurança quanto ao pagamento indevido de quantias, a maior ou mesmo a menor. “Isso é efeito do inchaço da máquina estatal administrativa e do próprio Poder Judiciário, que acabam por receber volume infinito de questionamentos e recursos de contribuintes pelas mais variadas razões.”
Ao citar números do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de que o Brasil acumula mais de 100 milhões de processos em tramitação e a cada ano somente cerca de 30% são concluídos, o advogado cita que os processos fiscais de natureza tributária são os principais responsáveis pela alta taxa de congestionamento do Poder Judiciário e representam aproximadamente 36% do total de casos pendentes. “Imaginem o custo da manutenção dessa máquina e o prejuízo ocasionado pela morosidade causada pela sobrecarga”, lamenta Ricardo Cavalli.
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AO
“Numa situação utópica, o que aconteceria se as empresas fossem fechadas e não houvesse mais interesse em empreender?”
INFORMAÇÃO EX-PRESIDENTES DO SICOM HOMENAGEADOS NA CÂMARA
Dois ex-presidentes do Sicom receberam moções de reconhecimento da Câmara Municipal de Chapecó em 26 de junho, pela atuação como empresários e pela liderança empresarial. Um dos homenageados foi Ivalberto Tozzo, da Tozzo & Cia, que presidiu o Sicom no período 2010/2013 e agora é presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística (Sitran). Outro homenageado foi Marcos Antonio Barbieri, da CBA Informática, que presidiu o Sicom de 2014 a 2019 e hoje preside o Centro Empresarial de Chapecó (CEC).
A entrega foi feita pelo presidente do Legislativo, Fernando Cordeiro, juntamente com o verea-
dor Valdinei Caldart, que fez a proposição. Conforme o presidente, a homenagem reconhece o desempenho dos homenageados através das respectivas empresas e da atuação na comunidade.
O que disseram
Marcos Barbieri, atualmente diretor financeiro adjunto do Sicom, afirmou que a história de Chapecó “é feita de lutas e ousadia” e lembrou ter fundado a CBA Informática em 1987 e depois iniciado na área de transportes. Referiu-se, também, ao trabalho feito como presidente do Sicom e agora do Centro Empresarial de Chapecó (CEC) e salientou a importância de atuar na liderança empresarial e nesse campo também fazer política para “tornar o dia a dia mais fácil”, ante todas as dificuldades impostas aos empreendedores.
Ivalberto Tozzo, que atualmente é membro do Conselho Fiscal do Sicom, ao receber a homenagem assinalou a importância de não somente acumular bens, mas também deixar legado na área social. Em seguida lembrou de sua atuação como um dos fundadores do Sitran e da Associação de Distribuidores e Atacadistas Catarinenses (Adac), como presidente do Sicom e quanto à criação da Fetranslog - Feira do Transporte e Logística.
ELEIÇÃO NO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE
O Conselho Municipal de Saúde de Chapecó elegeu, em 26 de junho, a nova diretoria. O presidente reeleito é André João Telocken, diretor administrativo do Sicom, e como vice-presidente foi escolhida a sindicalista Izelda Teresinha Oro.
A duração do mandato é de dois anos, entre 2023 e 2025. São 28 conselheiros titulares e 28 suplentes divididos em 50% de representantes de usuários, 25% de representantes de trabalhadores de saúde e 25% de prestadores de serviços e governo.
O Conselho de Saúde é uma instância deliberativa do Sistema Único de Saúde e tem como atributos sua defesa e fortalecimento. Deve atu-
ar na formulação e controle da execução da política de saúde no município, acompanhar a gestão do SUS, aprovar projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo e propor critérios de qualidade e resolutividade, entre outros.
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Marcos Barbieri, o vereador Valdinei Caldart e Ivalberto Tozzo
André Telocken e Izelda Oro, com mandato de dois anos
INFORMAÇÃO
MAPA DO COMÉRCIO APRESENTADO PELO SICOM NO SICOMÉRCIO 2023
O Mapa do Comércio, iniciativa realizada em Chapecó pelo Sicom através de levantamento anual para indicar o perfil e a distribuição das empresas do setor na cidade, foi apresentado em Brasília no dia 14 de julho. Isso ocorreu no Sicomércio 2023, promovido pela Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com mais de 1,3 mil participantes, entre eles, representando o Sicom, seu presidente Ernani Zottis e o diretor Executivo Almeri Dedonatto (foto).
A programação iniciou no dia 11 e constou de palestras com o objetivo de compartilhar boas práticas sindicais e discutir temas com palestrantes em várias áreas, entre eles o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Também constou da programação, na tarde do dia 14 de julho, espaço para apresentação de experiências implementadas no País por sindicatos do comércio.
Duzentos cases foram cadastrados, entre eles 48 de Santa Catarina, que ficou em primeiro lugar na quantidade de experiências inscritas. Para a apresentação, foram selecionados pelos organizadores 18 trabalhos, entre os quais três catarinenses. Um deles foi de Chapecó, no eixo de “Desenvolvimento de Negócios”, e os outros do Sirecom da Grande Florianópolis, sobre atuação gerencial, e do Sindilojas de Itajaí, quanto à comunicação institucional.
O mapa do comércio
Ao compartilhar o case do Mapa do Comércio, o executivo do Sicom esclareceu que o estudo mostra a segmentação do setor em Chapecó. Almeri Dedonatto indicou que o Sicom atua há 53 anos numa área de 25 municípios, onde o comércio gera, através de 10.720 empresas ativas, 31 mil empregos formais, 23 mil deles em Chapecó.
Quanto ao Mapa do Comércio foi detalhado que é uma base de dados feita desde 2020 e sua terceira edição foi fechada em dezembro do ano passado, com identificação de 32.500 empresas cadastradas em Chapecó nos diversos segmentos da economia, 9.654 delas classificadas como comércio, o que representa 29,7%. O levantamento envolve o perfil de 31 bairros, o distrito de Marechal Bormann e área rural do município.
Para o presidente do Sicom, “o Mapa do Comércio fornece aos empresários informações úteis para o desenvolvimento de um setor cada vez mais forte”. Ernani Zottis argumenta que o mapeamento contribui para apontar carências de comércio em determinadas regiões e facilita o crescimento mais homogêneo e a competitividade.
CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL DO COMÉRCIO VENCERÁ EM OUTUBRO
O prazo de pagamento da contribuição assistencial das empresas do comércio vencerá no dia 10 de outubro. O Sicom orienta que essa contribuição envolve todas as empresas pertencentes à categoria do comércio varejista e atacadista, independente do respectivo enquadramento tributário ou fiscal, inclusive àquelas abrangidas por negociação coletiva mediante delegação ou assinatura dos instrumentos coletivos.
Essa contribuição representa uma das fontes de recursos que possibilitam ao Sicom desenvolver ações de representatividade e realizar atividades em favor
do quadro de associados e representados. Nesse caso, encontram-se a negociação de convenções e acordos coletivos de trabalho e benefícios como eventos de debate e aperfeiçoamento profissional, assessorias, comissão de conciliação, convênios em diversas áreas e manutenção de programas de saúde ocupacional, além da ampla representatividade do setor.
Para esclarecimentos sobre o pagamento por parte das empresas do comércio em geral, pode ser mantido contato com o Sicom, através do telefone (49)33194600 ou pelo e-mail financeiro@sicom.com.br.
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CLÍNICA SICOM SAÚDE EXCELÊNCIA EM
SAÚDE OCUPACIONAL
DEMISSIONAIS, PERIÓDICOS
,
PCMSO, LTCAT, PGR E MUITO MAIS...
EXAMES ADMISSIONAIS, ENTRE EM CONTATO E SOLICITE UMA PROPOSTA:
COMÉRCIO DE PALMITOS TEM DESTAQUE PARA LOJAS DE VESTUÁRIO E AGROPECUÁRIAS
dimento de comerciantes. Um deles é a necessidade de melhores condições de estacionamento nas ruas da cidade, e outro compreende a falta de mão de obra.
Horário e atrativos
Em termos de horário predominante de funcionamento das lojas, é o comercial tradicional. Ou seja, das 8h até 12h e das 13h30 às 18h. Nos sábados, o comércio palmitense abre entre 8h e 12h.
São 25 municípios que formam a área de abrangência do Sicom. Como o nome específica, o sindicato do comércio é da região de Chapecó. Por isso, a diretoria geral da entidade inclui diretorias de relações sindicais em outras cidades, atualmente em Palmitos, Pinhalzinho e Xaxim. Com o conceito de registrar as potencialidades do comércio em cidades da área de abrangência do Sicom, a partir desta edição a revista Mais Sicom destina espaço para abordagem específica, em aspectos como pontos fortes, principais segmentos de lojas e o que pode ser melhorado.
A primeira cidade referenciada neste espaço, e uma daquelas que há mais tempo possui uma representação local do Sicom, é Palmitos, onde o diretor de relações sindicais é o empresário Odanor Tombini. Segundo ele, quanto aos pontos fortes do comércio de Palmitos, se destacam o segmento de vestuário e as lojas agropecuárias, além da inovação tecnológica nos diversos setores. Argumenta que grande parte das lojas está inovando em produtos, fachadas visuais, investimento em marketing. “Sempre procuram estar atualizadas e saindo na frente em produtos que hoje são tendência. ”
Em relação ao que pode ser melhorado no comércio de Palmitos, dois fatores se destacam, no enten-
Quanto aos atrativos que Palmitos apresenta, um deles é a qualidade de vida proporcionada por uma cidade do interior, juntamente com fontes de águas termais, trilhas e cachoeiras, vistas panorâmicas do rio Uruguai, comidas e vinhos coloniais. Outra atração, no âmbito do turismo, está em Ilha Redonda, tradicional estância de água termal mineral, onde um poço tem vazão de 27 mil litros a hora e há instalações que oferecem aos visitantes lama medicinal, piscina olímpica, piscinas cobertas (adulta e infantil), chuveiros, quadra de vôlei de areia e campo de futebol.
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A SAGA DO VAREJISTA BRASILEIRO
Era uma vez um varejista destemido, cuja paixão pelo comércio era tão ardente quanto o sol escaldante de um dia de verão. Ele se tornou uma lenda no mundo do varejo brasileiro, navegando pelos mares incertos da economia com habilidade e perspicácia. Seu nome era conhecido por todos, suas façanhas ecoavam pelos corredores das lojas e inspiravam até mesmo os mais céticos.
No início de sua jornada, o varejista se deparou com um mercado dominado por gigantes impiedosos, cuja fome por lucro e poder era insaciável. Mas ele não se intimidou. Com sorriso no rosto e olhar astuto, desafiou as convenções e decidiu que era hora de reescrever as regras do jogo.
Em 1900, quando o varejo brasileiro ainda engatinhava, nosso protagonista ergueu sua primeira loja. Era modesta, é verdade, mas carregava consigo a semente do que se tornaria verdadeira revolução no comércio. O varejista sabia que precisava encantar seus clientes, oferecer algo além do comum. Assim, ele abraçou a criatividade como sua maior aliada.
Conforme os anos passavam, o varejista continuava a trilhar seu caminho, deixando sua marca por onde passava. Ele mergulhou nas águas turbulentas do século XX, enfrentando as crises econômicas, as mudanças tecnológicas e os desafios sociais. Em cada batalha, ele encontrava uma oportunidade.
Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil vivenciava um momento de
renovação. Era como se a primavera florescesse em cada esquina. E o varejista, sempre atento às oportunidades, soube aproveitar esse momento de otimismo. Mergulhou de cabeça na era dourada do rádio e da televisão, encantando o público com suas propagandas criativas e convincentes. Sua voz ecoava nos lares brasileiros, conquistando corações e mentes.
À medida que expandia seu império, ele sabia que não poderia parar por aí. E observava com atenção os marcos importantes do varejo, as datas que moldaram a evolução desse setor. Em 1953, a primeira loja de autosserviço abriu suas portas no Brasil, introduzindo nova forma de comprar. Era como se uma tempestade revolucionária estivesse se formando no horizonte, e o varejista estava pronto para enfrentá-la de frente. Com o passar dos anos, o varejista continuava a encantar os consumidores com sua abordagem única. Transformava cada compra em uma experiência memorável, combinando inovação, criatividade e uma pitada de humor. Suas lojas eram como palcos, onde
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CONECTE-SE
Hoje, mesmo com os movimentos de mercado que assustam, criando visionários pessimistas que discutem um caminho de perdas, o varejista está no topo.
É referência, exemplo de criatividade, inovação e sucesso
cada cliente era o protagonista de sua própria história de consumo.
Em 1994, um marco importante mudou para sempre a forma como o varejo operava no Brasil. A abertura econômica trouxe consigo uma enxurrada de produtos estrangeiros, desafiando o varejista a se reinventar mais uma vez. Ele não recuou. Em vez disso abraçou essa mudança como oportunidade de oferecer aos consumidores variedade ainda maior de opções.
Mas o varejista sabia que a história não estava completa. Ele olhava para o futuro com olhos brilhantes, imaginando as possibilidades que estavam por vir. Sabia que o comércio eletrônico estava emergindo como força imparável e decidiu que era hora de se aventurar nesse novo território.
Com a virada do milênio, o varejista embarcou em nova jornada, navegando pelos mares virtuais do comércio eletrônico. Ele lançou seu site, oferecendo aos clientes a conveniência de comprar a qualquer hora, em qualquer lugar. Foi como se ele tivesse aberto as portas de uma loja infinita, onde os consumidores podiam explorar e descobrir produtos sem fim.
E assim, o varejista continuou a trilhar seu caminho, enfrentando os desafios e se reinventando a cada passo. Ele entendia que o segredo para dominar o Creative Commerce estava na capacidade de se adaptar, de abraçar a mudança e de encantar os clientes com experiências únicas.
Hoje, mesmo com os movimentos de mercado que assustam o setor, criando visionários pessimistas que discutem um caminho de perdas, o varejista está no topo. Ele é uma referência, um exemplo de criatividade, inovação e sucesso. Sua jornada foi uma montanha-russa de emoções, mas ele perseverou, sempre confiante em sua visão.
Portanto, caro varejista, ouça a história do varejo brasileiro, para que cada passo que você dê seja impulsionado pela paixão, pelo desejo de encantar seus clientes e pela busca incansável por inovação. Que você seja como o varejista destemido desta história, navegando pelos mares tumultuados do varejo brasileiro, sempre pronto para enfrentar os desafios de frente.
Dominar o Creative Commerce não é apenas uma tarefa, é uma aventura. Então, erga a âncora, varejista destemido, e embarque nessa jornada emocionante. Pois você, meu caro varejista, é o herói desta história.
Bruno Busquet, presidente da Associação Brasileira de Marketing no Varejo (Popai Brasil) e VP de consultoria Estratégica na Agência Global 3AW.
Fonte: mercadoeconsumo.com.br
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CLÍNICA SICOM SAÚDE, COMPROMETIDA
COM A QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR
realizado, a clínica conta com salas de consultas, exames, coleta, audiometria e atendimento odontológico.
A clínica, que está localizada na sede do Sicom no Condomínio Cesec, proporciona uma série de serviços, entre eles os programas de Gerenciamento de Riscos (PGR), de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção Civil (PCMAT). Também possibilita a confecção dos laudos técnico das Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), de Insalubridade (LDI) e de Periculosidade (LDP).
Normas e programas de medicina e segurança do trabalho envolvem medidas direcionadas à saúde do trabalhador. A atuação das empresas promove a prevenção de acidentes e de doenças no ambiente de trabalho e o comprometimento conjunto resulta em melhor qualidade de vida. Dentro dessas diretrizes, o Sindicato do Comércio da Região de Chapecó oferece benefícios para as empresas através da Clínica Sicom Saúde. Entre as finalidades da clínica, implantada pelo Sicom em parceria com a Total Life, está a implantação e desenvolvimento dos programas e laudos de saúde ocupacional. Também é possível a realização dos respectivos exames determinados pela legislação de medicina e segurança do trabalho.
Podem usufruir dos serviços da Clínica Sicom Saúde, mediante custos específicos, todas as empresas associadas, para o cumprimento das exigências de saúde e segurança no trabalho quanto a seus funcionários. Igualmente, as atividades estão abertas para empresas não associadas ao Sindicato do Comércio. Para o trabalho
Outras atividades da clínica envolvem a elaboração do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), Análise Ergonômica do Trabalho (AET), Plano de Conservação Auditiva NR07 (PCA) e o encaminhamento do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO). São realizados, ainda, os exames clínicos admissional, periódico, demissional, de mudança de função e de retorno ao trabalho.
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BENEFÍCIO SICOM MAIS SICOM | Página 22
COMO FAZER
PARA ABRIR UM CNPJ
Garantir a identificação do negócio, do ponto de vista legal, é essencial para a formalização de atividades e movimentações financeiras. Para isso, o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) representa o número designado pela Receita Federal para a abertura de uma empresa. Pensando em auxiliar na hora de abrir o CNPJ, a revista Mais Sicom separou dicas importantes para ajudar e sanar dúvidas.
• Definir o tipo de empresa
Antes de tudo, para se abrir um CNPJ é necessário saber em qual porte a empresa se encaixa dentro do mercado. O blog PicPay elenca cinco tipos de negócios que se enquadram para abertura do cadastro. São eles: Microempreendedor Individual (MEI), voltado a profissionais autônomos que faturam até R$ 81 mil por ano; Microempresa (ME), empresas com faturamento bruto anual de até R$ 360 mil; Empresa de Pequeno Porte (EPP), empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões por ano; e demais, geralmente empresas maiores, com pelo menos dois sócios.
• Características do negócio
É importante também definir algumas características do negócio, como a natureza jurídica, o regime tributário e a área de atuação. A natureza jurídica nada mais é que o tratamento legal da empresa e define basicamente as regras que deverão ser seguidas. Os blogs PicPay e Contabilizei.blog destacam que esse processo trata das leis que serão aplicadas, o valor necessário de capital para abertura e o número de sócios.
Após a natureza jurídica ser definida, o próximo passo é saber como será o regime tributário, que pode ser indicado pelo governo como atividades das empresas divididas por códigos como Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Segundo os dois blogs, o passo é importante para definir quanto se pagará de imposto. Por fim, deve ser definida a área de atuação da empresa, segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), escolhida na abertura, que pode ser alterada depois caso for necessário.
• Contrato social
O blog PicPay caracteriza o contrato social como um documento que se compara com a certidão de nascimento de uma empresa. Ele contém as prin-
cipais informações sobre o negócio, além de constar quem são os sócios, as definições de natureza jurídica e regime tributário, endereço e deveres de cada um dos fundadores.
• Documentos necessários
Ao abrir um CNPJ, é necessário providenciar alguns documentos para que não ocorra nenhum problema depois. Segundo o Contabilizei.blog, são exigidos: RG e CPF; comprovante de endereço; certidão de casamento dos sócios (se for o caso); e cópia do IPTU ou documento que indique a inscrição municipal do imóvel onde será a sede da empresa. Caso a empresa possua mais que um sócio, os documentos de todos os envolvidos precisarão ser providenciados. Ainda podem ser exigidos documentos adicionais conforme necessário.
• Fazer o cadastro
A parte do cadastro é a hora mais esperada para dar vida à empresa e obter o CNPJ. Para isso é necessário, inicialmente, realizar consulta prévia no Estado de origem, que identifica se é possível a realização das atividades solicitadas. Após, devem ser informados os dados para emitir um Documento Básico de Entrada (DBE) ou Protocolo de Transmissão da Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ). Feitos todos os processos, será a vez de entregar os documentos exigidos a algum órgão de registro, que pode ser a Junta Comercial ou o Cartório de Registro de Pessoa Jurídica, que irão analisar e dar sequência à inscrição gerada em conjunto: CNPJ e inscrições tributárias estadual e municipal.
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ESPAÇO JURÍDICO
O QUE UM CONTRATO PRECISA PARA TER VALIDADE JURÍDICA?
Nos dias atuais, apesar do amplo acesso à informação e aos profissionais da área jurídica, grande parcela da população assina contratos sem se preocupar com as formalidades e exigências legais, assumindo riscos evitáveis.
É verdade que nem toda a negociação, para se tornar válida, obrigatoriamente precisa ser formalizada por meio de um contrato escrito, porém tal informalidade, invariavelmente, gera maior probabilidade de descumprimento. A ausência de um instrumento pode impedir que a parte prejudicada, em uma eventual demanda judicial, possa pleitear direito que lhe pertence.
Mas então, como se certificar que um contrato possui validade jurídica? De acordo com a legislação civil, contratos são acordos realizados entre duas ou mais partes, na conformidade da ordem jurídica, pelos quais os indivíduos podem expressar suas vontades.
A validade do negócio jurídico está atrelada à presença de alguns requisitos descritos na legislação, começando pela licitude do objeto, não sendo possível a validação de um contrato que esteja relacionado à negociação de objetos ilegais, a exemplo de substâncias ilícitas. Da mesma forma, deve ser observada a possibilidade do objeto, que consiste em ser algo viável em termos jurídicos e físicos. Neste contexto, por exemplo, é permitido que um carro seja objeto de um contrato, mas obviamente não uma estrela no céu. E não menos importante, o objeto deve ser determinado, devendo serem estabelecidas suas especificidades e detalhes, como o número de metros quadrados de um determinado terreno, características específicas, bem como o valor da operação.
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Nem toda negociação, para se tornar válida, precisa ser formalizada em contrato escrito, mas tal informalidade gera maior probabilidade de descumprimento e pode impedir eventual demanda judicial
Em seguida, tem-se os elementos subjetivos, como a manifestação de vontades, que se traduz em um acordo entre as partes em que uma promete algo e outra parte aceita, podendo ser bilateral ou plurilateral, expresso de forma escrita ou verbal. A capacidade genérica e aptidão dos contratantes também deve ser respeitada, sendo fundamental que as partes tenham capacidade civil de contratar. Por exemplo, os indivíduos devem ter acima de 18 anos ou devem ser representados nos termos da lei. Ainda, deve haver consentimento das partes com relação à natureza do contrato, quanto ao seu objeto, bem como em relação às cláusulas descritas.
guro e sustentável.
Mas a assinatura eletrônica possui validade jurídica? A resposta é sim!
O uso da assinatura eletrônica é válido e possui amparo na legislação, que reconhece a validade das assinaturas eletrônicas há quase 20 anos, por conta da Medida Provisória 2.200-2, que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
A legislação prevê que as assinaturas digitais possuem presunção de veracidade, sendo permitido, inclusive, a possibilidade de utilização de outros meios, fora da certificação ICP-Brasil, para a assinatura de documentos em formato eletrônico, desde que sejam capazes de assegurar a autoria e a integridade do documento e sejam reconhecidos como meios válidos de assinatura pelas partes.
A utilização da assinatura eletrônica, inclusive, é admitida no âmbito dos Tribunais de Justiça, desde que se cumpram os requisitos de autenticidade e integridade.
Quanto aos requisitos formais, deve se considerar que a regra geral consiste na liberdade de forma. Isto significa que o contrato deve seguir o que define obrigatoriamente a lei, se for o caso, mas pode ser livremente acordado se a norma não trouxer nenhuma determinação específica, desde que respeitada a função social, evitando-se qualquer abusividade, garantindo o equilíbrio entre os contratantes e os interesses sociais, sem prejudicar a coletividade.
Outro aspecto importante e que gera dúvidas diz respeito à forma de assinatura dos contratos. Além da assinatura manuscrita, que é a maneira mais convencional de dar validade jurídica a um documento final, impulsionada pela pandemia a assinatura eletrônica ganhou visibilidade e atualmente é uma ferramenta bastante utilizada, principalmente por se tratar de procedimento ágil, se-
Naiana Fátima Serafini, advogada do escritório Bortolotto & Advogados Associados. Atua na advocacia consultiva e contenciosa judicial e administrativa, na área do Direito Civil.
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O contrato deve seguir o que define a lei, mas pode ser livremente acordado se a norma não trouxer determinação específica, respeitada a função social e o equilíbrio entre os contratantes
ESPAÇO SENAC
CURSOS TÉCNICOS COM
INSCRIÇÕES ABERTAS
Em um mundo cada vez mais competitivo se destaca quem tem conhecimento e qualificação acima da média. Além disso, as grandes oportunidades sempre aparecem para os melhores profissionais. Na Faculdade Senac Chapecó é possível ter acesso a diversas opções de cursos técnicos para garantir o melhor aprendizado e se tornar referência no mercado. Enfermagem, Contabilidade e Design de Interiores são as opções em cursos técnicos com inscrições abertas.
tes graus de complexidade do ambiente e gravidade dos clientes nos diversos serviços de saúde.
Já o aluno do curso técnico em Contabilidade poderá responder pela escrituração de processos contábeis, classificação, conferência e guarda de documentos de origem contábil e financeira. Poderá atuar, ainda, na elaboração de guias para o recolhimento de tributos e outras obrigações acessórias, execução de controle financeiro de contratos, rotinas trabalhistas, fiscais e patrimoniais.
Quanto ao curso de Design de Interiores, o formado estará apto a propor e elaborar soluções técnicas criativas e acessíveis, colocando em prática técnicas aprendidas, solucionando problemas e criando ambientes funcionais e inovações tecnológicas para o dia a dia. O designer de interiores é o profissional que elabora, projeta, acompanha e gerencia projetos de interiores e reformas de espaços, residenciais, corporativos e de pontos de venda, sem alteração estrutural.
Ensino prático
No curso de Enfermagem, o aluno pode se tornar um técnico competente e requisitado para o mercado de trabalho. Através dele, os alunos ficam aptos para prestar assistência a indivíduos e grupos sociais, atuando na educação, promoção, prevenção, recuperação e reabilitação dos processos saúde-doença em todo o ciclo vital, nos diferen-
Os cursos técnicos do Senac, com 20% de desconto para comerciários, têm aulas voltadas para o ensino prático, orientadas por professores com experiência de mercado e moderna e equipada estrutura. Tudo isso para que o aluno adquira competências e conhecimento naquilo que o mercado realmente busca.
Informações detalhadas estão disponíveis no site sc.senac.br/cursotecnico/, pelo telefone (49)33615000 ou diretamente na Faculdade Senac Chapecó, na Rua Castro Alves 2.098-E, no Bairro São Cristóvão.
CONHEÇA AS INSTITUIÇÕES PARCEIRAS
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S I C O M T A M B É M É E D U C A Ç Ã O
MESA BRASIL MOBILIZA REDE DE SOLIDARIEDADE
Neste ano o Mesa Brasil Sesc de Santa Catarina completa duas décadas de atuação no combate à fome e ao desperdício de alimentos. Esse programa faz parte de uma rede nacional de bancos de alimentos e colheita urbana e tem a missão de contribuir para a segurança alimentar e nutricional de pessoas em vulnerabilidade social. Isso é feito mediante a distribuição de alimentos doados por parceiros, o desenvolvimento de ações educativas e a promoção da solidariedade social.
Com sedes em Blumenau, Chapecó, Joinville, Lages e São José, o Mesa Brasil Sesc conecta parceiros doadores de alimentos a instituições sociais, recolhendo onde sobra e levando onde falta. Ou seja, o programa arrecada os alimentos excedentes ou fora dos padrões de comercialização, mas ainda próprios para consumo nos parceiros, e entrega em instituições sociais que precisam da doação para realizar o direito humano à alimentação adequada.
Nestes 20 anos, as doações recebidas agregaram valor nutricional às refeições que são servidas em centenas de entidades sociais credenciadas em Santa Catarina. Somente no ano passado, a partir das doações de 415 parceiros do Sesc e do envolvimento da sociedade em campanhas, foram distribuídos 3,08 milhões de quilos de alimentos, que complementaram as refeições de 73,6 mil pessoas, por mês, em 510 instituições sociais de 65 cidades.
Atuação e como doar
De janeiro a maio deste ano, o Programa Mesa Bra-
CONCILIA:
quilos de alimentos na região. Em média são 33 parceiros doadores ativos, que contribuem mensalmente, e 122 instituições sociais cadastradas, abrangendo diretamente 19 municípios, com 47 cidades atendidas indiretamente através das organizações cadastradas.
Ao fazer parte dessa rede de solidariedade, as empresas podem ampliar as ações de responsabilidade social e cidadania corporativa. Indústrias de alimentos e outras empresas, centrais de distribuição, supermercados, armazéns, redes varejistas e atacadistas, padarias, associações de produtores rurais, agricultores, postos de combustíveis, empresas de embalagens e de transportes, entre outras organizações, podem ser parceiras doadoras.
Informações complementares estão disponíveis no site www.sesc-sc.com.br/mesa-brasil. Com a equipe do Sesc Chapecó, contato pode ser mantido pelo telefone (49)3319-9100, WhatsApp (49)99981-0954 ou
Oferece meios para a solução rápida e eficaz de conflitos trabalhistas, reduzindo custos, diminuindo burocracias e propondo resultados satisfatórios para as partes.
Entre em contato e saiba mais:
(49) 3319-4600 concilia@sicom com br
ESPAÇO
SESC
MISSÃO DO SICOM
Representar, defender e desenvolver o comércio de bens, serviços e turismo e promover o conhecimento e o crescimento socioeconômico.
ÁREA DE ABRANGÊNCIA
Chapecó, Águas de Chapecó, Águas Frias, Arvoredo, Caxambú do Sul, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Cunhataí, Formosa do Sul, Guatambú, Irati, Jardinópolis, Lajeado Grande, Marema, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Palmitos, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Quilombo, Santiago do Sul, São Carlos, Saudades, União do Oeste e Xaxim.
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PROGRAMAS SICOM
ASSESSORIA
Orientação às empresas associadas em determinadas áreas de interesse para a boa gestão, incluindo consultoria jurídica por escritório especializado, crédito empresarial, protestos de títulos e registro de marcas e patentes.
EDUCAÇÃO
Parcerias com diversas instituições educacionais, como escolas de idiomas, universidades e escolas de ensino médio e técnico. Realização de cursos, palestras e outros eventos de atualização.
PESQUISAS
Opção de uma série de coletas e análises de dados como solução empresarial que utilizam tecnologia de ponta. Disponibilidade para empresas e outras instituições, para avaliar questões como tendências do consumidor, marcas, eventos, opinião e clima organizacional.
SAÚDE
Programas e exames de segurança e medicina do trabalho. Consultas médicas e odontológicas, aplicação de vacinas e realização de exames médicos e laboratoriais através de convênios.
TURISMO
Fomento as potencialidades do turismo regional ao interconectar – pela movimentação de pessoas –, as opções de negócios, lazer e entretenimento e as diversificadas atividades do comércio, mediante estratégias para promoção dos atrativos locais.
VIVA BEM
Acesso a iniciativas do Sesc, pelo empresário e funcionários das empresas e seus dependentes, através de benefícios como academia, biblioteca, escola, ginásio, quadra esportiva, teatro e viagens de lazer.
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