ENCONTRO MEMORÁVEL
Solidariedade um dos princípios da nossa escola
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urante o distanciamento social, a Escola Eugenio Montale, junto à Associação Italia per San Paolo, famílias e instituições, teve o orgulho em abraçar a campanha que apoiou os médicos que se encontram na linha de frente do combate à pandemia. Ativamos a nossa rede para ampliar ao máximo as oportunidades de contribuição a esta honrosa causa. As contribuições com muita satisfação vieram. Pequenos gestos de solidariedade para quem se sacrificou e ainda combate na linha de frente. Um desses heróis na linha de frente é a Dra. Cintia Lucchini, mãe de um dos nossos alunos, e que junto a outros médicos estão enfrentando a pandemia. Como testemunho de sua experiência, segue um trecho da entrevista feita pela Prof.ª Adriana Grasso.
Tivemos apoio de pais, professores e da Associação Italia per San Paolo
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REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020
Adriana: Bom dia, Dra. Cintia. Antes de tudo gostaria de prestar a minha homenagem aos profissionais que como você atuam na linha de frente do combate ao Covid-19. Dra. Cintia: Bom dia, Adriana. Muito obrigada pela preocupação e pelo interesse. Fico muito lisonjeada com sua homenagem.
Adriana: Dra. Cintia, a pandemia de coronavírus impôs mudanças à rotina de toda a população, mas para os profissionais de saúde o impacto é ainda maior. Quais foram as mudanças que você precisou fazer para evitar riscos? Dra. Cintia: Formamos alguns grupos de colegas para suporte mútuo, especialmente as médicas que são mães e precisariam eventualmente se isolar dos filhos e que, como eu, não contavam com o apoio de avós devido ao risco ligado ao vírus. Começamos a procurar um imóvel para alugar nas proximidades dos hospitais onde mais trabalhamos (Morumbi) para que pudéssemos ficar longe da família, a fim de protegê-la. Foi difícil encontrar imóveis para alugar por um período de tempo breve e imprevisível, mas com apoio de amigos encontramos e estamos nesse apartamento alugado onde podemos ter um apoio e nos isolar. Logo no início, minha única filha Valentina, que tem 2 anos e 10 meses, começou a apresentar sintomas de sofrimento emocional e desde então eu uso o apartamento alugado somente nos dias que estou de plantão. Em casa, além de usarmos máscara e de tomarmos cuidado deixando as roupas usadas no hospital na casa alugada, não permitimos que nenhuma criança se aproxime da Valentina e de todos nós, já que estamos muito mais expostos ao vírus pois eu tenho contato direto com os pacientes infectados. Minha filha não pode acompanhar
















