Il Girasole - jan jun 2020

IL GIRASOLE A REVISTA DA ESCOLA INTERNACIONAL EUGENIO MONTALE

JAN 20 JUN 20

I N T E L I G Ê N C I A

C O L E T I V A

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montale no ecossistema

inovação

Conectando mundos

Entrevista ao Presidente da Italcam e da Associação Italia per San Paolo

Projeto ALVA: como inventar soluções práticas e criativas

O emocionante coral que uniu os alunos da Montale e os colegas italianos de Vicenza

EDITORIAL

Foto de Claudio Scwarz - @purzlbaum

melhor juntos do que separados

«Quem é o outro?» É a pergunta do filósofo francês Pierre Levy1 que nos inspirou a realizar mais essa edição da revista Il Girasole. Levy responde dizendo que «é alguém que sabe. E que sabe as coisas que eu não sei. [...]

Como eu, ele ignora bastante e domina alguns conhecimentos. Mas como nossas zonas de experiência não se justapõem ele representa uma fonte possível de enriquecimento de meus próprios saberes».2 Esse foi o desafio da nossa escola em tempos de distanciamento social: unir-se e compartilhar, porque é melhor fazer juntos do que separados. Nesse sentido, a comunicação digital possibilitou novas formas de laço social, fundadas na aprendizagem cooperativa e na colaboração.

A realidade da pandemia tornou-as, porém, necessárias e indispensáveis.

Todos nós educadores, trabalhadores e estudantes tivemos que nos adaptar rapidamente a esse cenário. Por meio da Rede e da “inteligência coletiva” tivemos a oportunidade de pensar juntos, concentrar forças, multiplicar imaginações e experiências em tempo real, pois os elos conjuntos podem aumentar nosso potencial de ser. «Poderei associar minhas competências às suas, de tal modo que atuemos melhor juntos do que separados».3

Foi esse o sentimento que nos guiou no semestre que se encerrou em junho. E para todos nós ficou mais claro como o ser humano é um ser social.

Somos feitos para comunicar, para colocar em comum histórias e narrativas, muitas delas sobre o estar neste mundo. Com a educação a distância fomos instigados a experimentar novas maneiras de fazer as coisas e a revisitar tradicionais técnicas de ensino. Conseguimos nos reinventar para usar as novas tecnologias de forma significativa, reforçando nos alunos habilidades e competências essenciais como pesquisar, interpretar, reelaborar informações de maneira criativa e responsável. Em suma, sabemos que tudo isso valerá como um ensaio para que o processo de educação seja mais efetivo nos novos tempos que virão.

Como nos diz sempre a nossa presidente Sandra Papaiz Velasco, «é preciso fazer e também contar!»

Por isso decidimos manter firme o nosso compromisso e renovar mais essa edição. Até porque temos tantas coisas belas para contar! Foram muitos projetos especiais, como a super Vó Nenê que, contando histórias de Italo Calvino, conseguiu tornar os dias dos nossos alunos mais alegres durante a quarentena. Com ela realizamos também uma rica troca de

PIERRE, Levy. Filósofo francês e um dos maiores estudiosos sobre o mundo da Internet (Tunísia 1956).

PIERRE, Levy. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço (1999).

Cfr. Nota1 .

4 Cfr. Nota1.

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narrativas sobre retratos de vida entre os idosos do Patronato Convita e os jovens alunos da Montale.

E a propósito de “inteligência coletiva”, vale lembrar a linda e emocionante experiência do coral realizado entre maio e junho, que uniu nossos alunos aos colegas italianos. Tudo isso e muito mais contaremos nessa edição especial da revista Il Girasole, cuja capa mostra os sugestivos desenhos realizados pelos alunos a partir de reflexões pessoais sobre a pandemia e o isolamento social.

Nesses tempos tão incomuns, conseguimos manter um olhar pedagógico atento e pudemos estreitar nossos vínculos, criando proximidade onde hoje existe a distância física. Conseguimos nos conectar ao pensamento coletivo, favorecendo a circulação de conhecimento. Tudo isso foi possível com a preciosa colaboração da rede de associações e instituições da qual a Montale faz parte, através da troca de experiências, incentivos e apoio solidário.

Enfim, “inteligência coletiva” significa isso: «trabalhar em comum acordo».4 Adriana Grasso Prof.ª de Língua e Literatura Italiana e Latina

SUMÁRIO

A PALAVRA DO CÔNSUL GERAL DA ITÁLIA EM SÃO PAULO

18 INTERNACIONALIDADE

31 FILOSOFANDO

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MANIFESTO

20 SER MONTALE

32 NARRATIVAS ENCANTADORAS

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CARTA DA PRESIDENTE

22 INOVAÇÃO

34 TIME MONTALE

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CARTA DO DIRETOR GERAL

23 ORIENTAÇÃO UNIVERSITÁRIA

35 CARTA DO MEMBRO DO COMITÊ

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FARE RETE

24 CONECTANDO MUNDOS

36 GESTÃO PARTICIPATIVA

10 INTERCULTURALIDADE

26 FORMAÇÃO DOCENTE

37 A VOZ DOS ALUNOS

12 MONTALE NO ECOSSISTEMA

28 DIRIGENTE UFFICIO SCOLASTICO

38 ENCONTRO MEMORÁVEL

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Model United Nations at Montale

La vita riserva sempre sorprese

O diferencial da Montale

Flexibilidade, colaboração, inovação

Educação de qualidade e formação comprometida com a melhoria do mundo

Scuola Eugenio Montale e ICIB

Lugar privilegiado da construção do conhecimento é a escola

Entrevista com o novo Presidente da Italcam

14 ÁRVORE DO CONHECIMENTO

Conhecendo o processo formativo na pratica

Uma escola coerente com seus princípios e valores guia

Projeto ALVA. Cultura maker e soluções inovadoras

Encontros com as universidades através de plataformas virtuais

O emocionante coral que uniu os alunos da Montale e os colegas italianos de Vicenza

Fotografia e documentação pedagógica Ciência e abordagem investigativa

CONSOLATO

Relazione interpersonale: fondamento per la costruzione di responsabilità e autonomia

29 EX-ALUNO

Experience at the United Nations

Uma alternativa para reelaborar os conteúdos de forma crítica e criativa

Contando histórias com a Vovó Nenê e o Patronato Convita

A palavra ao Diretor administrativo

A escola é uma entidade dinâmica, sempre se adaptando ao novo

Personalidades e instituições que alicerçam a Montale

Criando com poesia, observação e as ferramentas digitais

Entrevista com mãe e dra. Cintia Lucchini

Curador: Victor Megido Responsável pelos conteúdos: Adriana Grasso Projeto gráfico: Hugo Vitorelo (hugovicontato@gmail.com) e

16 PALAVRAS-CHAVE

Pedagogia de projetos: fabular o curriculum

30 SOMANDO OLHARES

As divertidas e originais releituras da Monalisa, feitas pelas crianças da Primária

Vitor Inoue (vitor_inoue@hotmail.com) Revisores: Marcílio Melo Vieira, Graciela Muller Pozzebon, Claudia Affonso.

Colaboradores: presidente Sandra Papaiz Velasco, diretor geral Pedro Ramos, diretora didática Paola Capraro e diretor administrativo Lorenzo Gemma.

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A PALAVRA DO CÔNSUL

Console Generale d’Italia a San Paolo Filippo La Rosa

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La vita riserva sempre sorprese

onostante la saggezza dei proverbi, nessuno all’inizio dell’anno scolastico poteva immaginare una sorpresa di queste dimensioni, come quella fattaci dal Covid-19. Talmente sorpresa che nessuno era preparato per un’evenienza del genere, così profonda da incidere sulle abitudini consolidate di miliardi di persone, da Seattle a Vladivostok come si diceva quando ero studente. Insomma, volenti o nolenti, ci siamo trovati a fronteggiare un avvenimento che da sei mesi ha rivoluzionato le nostre vite. All’inizio della pandemia si faceva il parallelo con la guerra. Non condividevo, perché la guerra ha due caratteristiche che la distinguono dalla pandemia: uccide prevalentemente giovani, quelle forze fresche fondamentali per la ripresa, e provoca una distruzione fisica che il virus ci risparmia. Ma pur sempre di evento più unico che raro si tratta.

La pandemia da Covid-19, e non poteva essere altrimenti, ha avuto un impatto fortissimo anche sulla scuola. È vero che da decenni esiste la didattica a distanza, ma è altra cosa, pensata, proposta e fruita per altri fini, diversi dall’istruzione universale sia essa primaria, secondaria o universitaria, da sempre basata sul contatto in classe tra docenti e studenti. Visto che ricorre il 500⁰ anniversario della morte di Raffaello, avete presente il magnifico affresco della Scuola di Atene? Dai tempi di Socrate e Platone la scuola vive di presenza, di trasferimento di conoscenza attraverso il dialogo. Ciò è venuto meno dalla sera alla mattina e in poche ore si sono dovute ripensare le modalità di insegnamento, trasferendo i banchi di scuola sullo schermo di un tablet. La Eugenio Montale ha dato una dimo4

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strazione straordinaria, molto sopra la media, di sapersi adattare e reinventare. Chi la dirige, con il supporto straordinario e fondamentale dei docenti, ha stupito tutti. Le classi sono partite velocemente, i contenuti trasferiti, le conoscenze acquisite. Sono risultati sotto gli occhi di tutti. Tutto è perfettibile, ma è indubbio che il livello su cui la Eugenio Montale si è attestata, anche in questa fase di estrema difficoltà, è di assoluta eccellenza.

Credo di conoscere le ragioni di questo successo.

Esse affondano in un modello che in tanti lodiamo e che nel momento della difficoltà ha dato il meglio di sé. Questo modello ha un nome, “comunità scolastica”: un gruppo di persone che hanno a cuore il destino della scuola. E sottolineo un certo destino, che è formare donne e uomini del futuro, forti non solo di conoscenze ma anche di un po’ di maieutica, che istilli nei giovani il seme del dubbio e la saggezza del sapere di non sapere e… che magari vi faccia riconoscere la Scuola di Atene la prossima volta che andrete a Roma.

Con queste basi sono certo che ce la faremo. Non perché qualcuno ha creato l’hashtag #andratuttobene e si perché la scuola, la vostra scuola, vi sta fornendo gli strumenti per superare anche questa prova. Perché, facendo gli scongiuri, le sorprese non finiscono mai!

Filippo La Rosa Console Generale d’Italia a San Paolo

O manifesto da Montale «L’uomo dell’avvenire dovrà nascere fornito di un cervello e di un sistema nervoso del tutto diversi da quelli di cui disponiamo noi, esseri ancora tradizionali, copernicani, classici.»

Eugenio Montale

O poeta Eugenio Montale é uma constante fonte de inspiração e provocação para a nossa escola, que a ele deve o próprio nome. Somos um projeto de inovação e transformação contínua. E é graças a este jeito “beta” de viver a educação que continuamos a ser sempre, há quase 40 anos, uma escola do presente e do futuro. Esse é o espírito socioconstrutivista que nos torna uma das mais criativas escolas do Brasil, segundo o próprio MEC. A Montale é uma escola comprometida com o avanço da educação, é uma scuola del pensiero critico, que busca redefinir e desafiar sempre o conceito de ensino ao desenvolver, testar e implementar, no respeito das diretrizes do MEC e do MIUR, as melhores práticas que geram resultados extraordinários para os alunos.

A Montale: 1. É uma escola global, transformadora e paritária com os sistemas oficiais de ensino italiano e brasileiro.

2. Abre as portas às universidades europeias, brasileiras e americanas.

3. Desenvolve o pensamento crítico e criativo e a flexibilidade para a resolução de problemas.

4. Oferece um sistema educativo com professores da Itália e do Brasil que possuem sólida bagagem pedagógica e cultural. Tem como base o método científico e uma abordagem criativa.

5. Se caracteriza pela pluralidade linguística e pela interculturalidade, em vista de um futuro cosmopolita.

6. Faz parte de um projeto educacional que conjuga a força da tradição com o melhor da inovação.

7. Desenvolve um projeto pedagógico flexível e personalizado, favorecido pelo número reduzido de alunos por classe.

8. Promove experiências diversas para impulsionar, nos alunos, relações de convivência baseadas no diálogo e na cooperação.

9. Em linha com a tradição greco-romana, base do pensamento crítico ocidental, é uma escola que valoriza a argumentação oral e escrita.

10. Possui um sistema curricular integrado com as melhores práticas internacionais e especialmente concebido para uma escola do século XXI, que aplica múltiplas estratégias para fomentar múltiplas inteligências. É uma instituição conectada em rede com todo o ecossistema italiano institucional atuante no Brasil.

Como diria o poeta Montale, «ESSERE SEMPRE TRA I PRIMI E SAPERE, ECCO CIÒ CHE CONTA».

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CARTA DA PRESIDENTE

FlessibilitÀ Dal gioco di parole costruito intorno a FLEXIBILIDADE e FLESSIBILITÀ, sorgono tanti altri termini adatti al momento attuale e auspicabili per il nostro futuro.

La Montale sarà sempre disponibile a porre in pratica, con l’aiuto di un bravo gruppo di professionisti, tutte queste belle idee e tutti i suoi sinonimi.

Vi siamo vicini.

Presidente della Scuola Italiana Eugenio Montale Sandra Papaiz Velasco

F UTURO L IGAÇÃO R E DE E X PERIÊNCIA I NOVAÇÃO COLA B ORAÇÃO I MAGINAÇÃO ATUA L CR I ATIVIDADE MU D ANÇA A DAPTAÇÃO HUMANI D ADE P E RMUTA .

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f UTURO l EGAME R e TE E s PERIENZA s CAMBIO i NNOVAZIONE COLLA b ORAZIONE IMMAG i NAZIONE ATTUA l E CREAT i VITÀ UMANI t À C à MBIAMENTO .

A

partir da brincadeira com a palavra FLEXIBILIDADE, quero aproveitar e registrar algumas reflexões sobre esse intenso semestre, seus tantos desafios e projetos. Com “flexibilidade” falamos de futuro, inovação, imaginação. Com “colaboração” fomos criativos, nos adaptamos à atualidade rapidamente e abbiamo fatto rete! Mais que tudo, educamos visando a uma nova humanidade.

Esta edição da revista trata de algumas iniciativas da escola, e como foi difícil escolher entre elas o que contar! O que posso dizer com certeza é que todas as ações evidenciadas na revista – e as tantas outras que não conseguimos inserir – foram e são ditadas por uma determinada concepção pedagógica e por uma visão intercultural do mundo. Assim é a nossa prática educativa: mesmo em tempos difíceis como estes, o nosso é um grande coletivo interligado!

Primeiro quero falar da linda capa.

Decidimos escolher os desenhos dos alunos da Scuola secondaria di II grado, realizados a partir de reflexões deles próprios sobre a pandemia. A proposta pedagógica da iniciativa Noi a casa: riflessioni sulla pandemia buscou ativar o potencial transformador do aluno, valorizando-o como protagonista da sua própria formação, uma vez que

todo o conhecimento deve ser construído sobre a base de uma reflexão pessoal. Duas excelentes professoras, colunas da Montale, puderam mostrar, mesmo que virtualmente, como os alunos do Liceo conseguem trazer reflexões profundas sobre os tempos em que vivemos. Anna Dorsa e Sara Debenedetti foram magistrais! Citando-as, cito todos os professores que foram extraordinários neste semestre.

Foi emocionante ver os estudantes desenharem as próprias reflexões nas janelas e criarem narrativas sobre o que cada um pôde ver naquele momento dentro e fora de casa, em seu imaginário, em suas angústias e sonhos. Assim como foi tocante ver também um grupo do Liceo refletir sobre o tema Tempos dramáticos, a literatura e nós hoje. Foram imersões profundas em textos de autores que em suas obras abordam períodos históricos difíceis, desde Alessandro Manzoni com I promessi sposi até Primo Levi e o seu texto fundamental Se questo è un uomo. Os alunos puderam imergir-se no estudo do tema, fazendo paralelos com tempos remotos caracterizados por epidemias, como o século XVII, e as reflexões sobre as incertezas do momento de reclusão em que vivem.

E a incerteza também foi tema de debate. Pela nossa grande preocupa-

ção em estarmos próximos das famílias, lançamos um ciclo de encontros virtuais para refletirmos juntos sobre esse novo “fare scuola”. Convidamos a psicóloga e mãe de um de nossos alunos, Carla Piva Dall’Anese Di Sarno, para conduzir um encontro sobre os sentimentos e as emoções que vieram à tona com a mudança na rotina das crianças. A diretora didática italiana Paola Capraro e a coordenadora Marcella Olivati conduziram um outro encontro com o tema Fare scuola in tempo di incertezza, evidenciando as ações pedagógicas praticadas pela escola. E o nosso diretor geral Pedro Ramos conduziu um especial e exclusivo encontro para as famílias da Montale onde ele falou sobre a “Geração Z”.

Realmente foram tantas iniciativas. Já um tema mais prático que não posso deixar de citar é como Matteo Papaiz, ex aluno, e a professora Sara Debenedetti, partindo de uma apresentação musical, refletiram sobre toda a organização necessária para levar a cabo uma boa ideia. Convidamos o Matteo para produzir um vídeo musical para os nossos alunos, a princípio com algo que envolvesse a carreira artística dele, pois ele é também músico. Ele não só aceitou, mas decidiu nos desafiar: além de fazer o vídeo, fez também uma palestra sobre o processo para realizar qualquer projeto em grupo. Que lição podemos tirar dessa experiência? A principal é que, se trabalharmos juntos, podemos realizar o que nos propusermos, pois não fazemos nada sozinhos. Como diz o Matteo, não precisamos ser necessariamente especialistas em um assunto para nos envolvermos em um projeto.

Tudo isso foi e é entusiasmante.

Um trabalho conjunto através do qual professores guiam com sabedoria seus alunos em análises maduras e nada superficiais. Isto é a Montale!

Sandra Papaiz Velasco Presidente della Scuola Italiana Eugenio Montale

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CARTA DO DIRETOR GERAL

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Diretor Geral da Escola Eugenio Montale Pedro Ramos

Mensagem do Diretor

esde criança eu sempre tive uma curiosidade enorme pelo Império Romano! Como pode ter existido uma civilização como aquela? Dominaram o mundo levando cultura, desenvolvimento, mas também a guerra. É difícil imaginar o que os antigos romanos alcançaram e fizeram com recursos parcos e tecnologias limitadas.

Quando eu me tornei jovem, o interesse pelos antigos romanos aumentou e ao mesmo tempo eu tive um grato encontro: estudei em uma escola ítalo-brasileira em Belo Horizonte, a Fundação Torino. É verdade que aquele interesse pela História ganhou novos contornos, mas a grande surpresa que eu tive foi aprender um pouco da riquíssima cultura, arte e literatura italiana. É difícil descrever o prazer e o espanto em reconhecer a existência de indivíduos tão geniais da península italiana e tão competentes nas suas missões.

Da Vinci e suas improváveis invenções. Galileu e sua coragem resoluta. Dante e sua notável viagem ao inferno. Vivaldi e suas músicas encantadoras. Goldoni e suas comédias. Ah, os quadros inesquecíveis e maravilhosos de Botticelli e Caravaggio. A coragem de Marco Polo. Michelangelo e a Capela Sistina. A genialidade e a criatividade de Fellini. As poesias de Montale e Leopardi. Devo confessar que o contato com essa cultura mudou radicalmente minha forma de ver e compreender o mundo. Como professor da mesma escola, tive a honra e o prazer de ensinar um pouco do que aprendi. Foram anos maravilhosos de diálogos, conhecimentos, cumplicidade e crescimento humano, pessoal e profissional.

Hoje, como Diretor Geral da Eugenio Montale,

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tenho a responsabilidade de fazer o meu melhor para que a Scuola seja cada vez melhor. Mas como ninguém consegue fazer nada sozinho, eu tomo a liberdade de fazer um pedido: precisamos caminhar juntos, pois uma escola é um ser vivo que depende do esforço e da dedicação de diferentes atores. Equipe pedagógica, administrativa, professores, alunos e famílias têm diferentes missões, mas o esforço coletivo tem um objetivo claro: educação de qualidade e formação comprometida com a melhoria do mundo.

Conto com todos vocês e me coloco à disposição para fazer tudo o que estiver ao meu alcance para garantir o bem-estar e a satisfação de todos.

Assim é ser diretor: garantir tudo isso e auxiliar o trabalho de todos a partir da ótica da liderança servidora, cuja definição pertence a James Hunter, autor do livro O Monge e o Executivo. Para terminar, lanço um desafio a partir de uma frase criada pelo poeta Virgílio: «Omnia vincit amor». Sim, o amor vence tudo! Acreditem nisso e eu tenho certeza de que teremos um mundo melhor. Mais humano, mais sereno, mais tolerante e mais pacífico!

Pedro Ramos Diretor Geral da Escola Italiana Eugenio Montale

FARE RETE

Scuola eugenio montale e icib Presidente del Consiglio Consultivo della Scuola Italiana Eugenio Montale e Vicepresidente dell’ICIB Giuseppe D’Anna

L

’Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro è un’associazione culturale, senza fini di lucro, sorta nel lontano 1948, nata con la finalità di «incentivare l’intercambio culturale tra Italia e Brasile».

La sede attuale dell’ICIB è situata nello splendido e storico stabile situato in Rua Frei Caneca, conosciuto da tutti come “Casa di Dante”, dove si svolgono anzitutto le attività di insegnamento della lingua italiana.

Fin dall’inizio, l’ICIB ha portato avanti una strettissima e proficua collaborazione con le istituzioni italiane presenti in Brasile, in particolare la più che cinquantennale partnership con il locale Istituto Italiano di Cultura e la più recente sinergia con il Consolato Generale d’Italia in San Paolo, concretizzantesi in un assiduo lavoro di assistenza alle scuole brasiliane, pubbliche e private, nella loro attività di insegnamento della lingua italiana in forma curriculare ed extracurriculare, durante il ciclo scolastico che va dalla scuola dell’infanzia fino al termine della scuola secondaria.

In questa attività, l’ICIB agisce come Ente Promotore del Ministero degli Affari Esteri e della Cooperazione Internazionale. Al momento presente, le località in cui l’ICIB svolge quest’o-

pera sono la città di San Paolo, Jarinu, Jundiaí, Bragança Paulista, Pedrinhas Paulista, Porto Velho e Barra do Garças.

A partire dal 2006, l’ICIB assiste anche la Scuola Italiana Eugenio Montale nella sua attività di insegnamento extracurriculare dell’italiano. La base di questa collaborazione è costituita dalla lunga esperienza dell’ICIB in questo campo, culminata nel riconoscimento, conferito all’ICIB da parte dell’università Ca’ Foscari di Venezia, del marchio ItalsQualità, il quale attesta l’alto livello d’insegnamento di una scuola di italiano all’estero.

Da circa cinque anni, l’ICIB si è lanciato in una ulteriore e nuova iniziativa: è importatore ufficiale di materiali didattici di alcune tra le più importanti case editrici italiane: Loescher, Bonacci e Zanichelli, per citare le collaborazioni più significative. Cercando di rimanere al passo coi tempi, il primo passo è stato quello di costituire una libreria virtuale, con un portale Internet di vendita e consegna in tutto il Brasile. Tra i progetti imminenti c’è quello di perfezionare questo lavoro creando una libreria fisica, un negozio vero e proprio, che sarà ospitato nella storica sede di Frei Caneca.

Si tratta di un’attività importante per l’ICIB e che si è tradotta in un’ulteriore collaborazione con la Scuola Eugenio Montale, che da alcuni anni si

rivolge all’ICIB come centro di riferimento per l’acquisto, locale, di tutto il materiale didattico necessario al curriculum italiano dei propri studenti.

La collaborazione tra ICIB e Scuola Eugenio Montale si è fatta sempre più stretta recentemente e il desiderio comune è che si perfezioni sempre di più. Uno dei più significativi progetti comuni, in fase di definizione, è quello che la Scuola Eugenio Montale abbia una nuova sezione, limitata a classi di studenti liceali, in un quartiere centrale della città, vicino alla centralissima Avenida Paulista, proprio nella sede dell’ICIB. Consideriamo infatti che siano non solo estremamente proficue ma anche necessarie la collaborazione e la sinergia tra le diverse istituzioni italiane presenti sul territorio brasiliano: solo attraverso l’unità di sforzi e di intenti si può essere sufficientemente pronti per affrontare le complesse e affascinanti sfide del nuovo millennio.

Giuseppe D’Anna Presidente del Consiglio Consultivo della Scuola Italiana Eugenio Montale Vicepresidente dell’ICIB REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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INTERCULTURALIDADE

Foto de Aaron Burden - @aaronburden

O que significa fazer escola hoje?

E scola, para os gregos “σχολή”, indicava o espaço vital em que se praticava o ócio, a discussão livre, o aprendizado como experiência intensa. Era o lugar onde se debatia com o próprio mestre temas de seu interesse e questões filosóficas variadas.

Na Idade Média a “escola” ganhou um local definido, com regras específicas.

Alí se transmitiam conhecimentos e saberes e também se permitia a aquisição de conhecimentos técnicos.

Os Estados Nacionais e a Igreja tiveram um papel importante na criação e difusão de escolas pelos territórios neste período. Tal espaço era dividido entre aqueles que detinham o saber e aqueles que precisavam ser educados.

A educação nesse período era um instrumento de classe e recebia crianças e jovens prioritariamente abastados.

O foco era na memorização de conteúdos e na sua respectiva exibição pública. A escola se transformou num espaço privilegiado onde se aprendia tudo o que era considerado digno de ser ensinado. Naturalmente, Estado e Igreja tinham objetivos diferenciados

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tanto em relação ao aprender quanto ao conteúdo a ser ensinado.

O conhecimento estava fundamentado nos mestres e nos livros. Aliás, os livros foram o instrumento privilegiado do conhecimento durante um longo período de tempo. A própria estrutura do espaço (que ainda permanece de alguma forma) sugeria isso: em cima de uma plataforma estava a mesa do professor e voltadas para ele todas as carteiras dos estudantes, prontos para receber os conhecimentos do docente.

A disciplina era rigorosíssima e castigos físicos eram naturais.

Hoje em dia as crianças e os adolescentes não são mais considerados como tábula rasa, mas como indivíduos que possuem e constroem conhecimento. Percebeu-se que a aprendizagem e o saber estão em todos os espaços e não apenas na sala de aula.

O conhecimento não está apenas na figura do professor e nem nos livros.

Nem no Google. O conhecimento é a construção do que o sujeito realiza por meio de suas leituras, percepções e vivências.

Foto de Annie Spratt - @anniespratt

Tudo isso faz com que o indivíduo reconstrua e reinterprete sua visão de mundo, suas convicções, seus conhecimentos e sua cultura. Portanto, o saber está em todos os lugares e pode ser alcançado de incontáveis formas.

Hoje temos à disposição uma série de tecnologias complexas e impressionantes se considerarmos a história da humanidade: a Internet, o computador e o mundo digital. Os alunos hoje não são passageiros da máquina de construção do saber, mas motoristas e, como diz o filósofo francês Michel Serres (1930-2019), não podem suportar a poltrona do passageiro passivo.

A escola não é mais o lugar do conhecimento e das informações por excelência, mas é o lugar privilegiado para dar significado ao conhecimento.

O professor não é mais o único que detém o saber, mas é um mediador que ajuda a organizar informações e saberes, desenvolver competências e, sobretudo, auxiliar os alunos a construir significados e sentidos para o mundo. Neste novo espaço, as novas tecnologias, assim como ocorreu com os livros, nos trazem instrumentos e lentes de aumento para apreender a realidade de formas jamais imaginadas. Portanto, são grandes aliados e importantes fontes para a construção do saber. Esse infinito mundo que se abre pode ser porém muito árido e pobre caso não se consiga dar sentido

nem mediar a construção de significados. Aliás, é por isso que hoje se considera que a Internet contém muitas informações, mas não conhecimento.

Apesar de todos esses instrumentos, a escola continua sendo o lugar privilegiado da construção do conhecimento, do estabelecimento das relações humanas (socialização) e do diálogo (troca), por meio dos quais se constroem o saber, a cultura e o cidadão consciente. É um direito inalienável do indivíduo frequentar a escola, tanto na atualidade quanto no futuro. Mas nem sempre os pobres, os escravos e as mulheres puderam frequentar as escolas. Aliás, é por isso que Malala, que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 2014, afirma: «Embora amássemos estudar, só nos demos conta de quanto a educação é importante quando o talibã tentou nos roubar esse direito. Frequentar a escola, ler, fazer nossos deveres de casa não era apenas um modo de passar o tempo. Era nosso futuro».

Por fim, lembramos que fazer escola hoje significa diálogo, tolerância, liberdade, flexibilidade, comprometimento e desejo de mudar o mundo.

Nesse novo espaço, as novas tecnologias, como ocorreu com os livros, nos trazem instrumentos e lentes de aumento para apreender a realidade de formas jamais imaginadas

Paola Capraro e Pedro Ramos Diretora Didática Italiana e Diretor Geral REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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MONTALE NO ECOSSISTEMA

Da sinistra, Paola Capraro, Renato Terzi, Augusto Bellon, Filippo La Rosa, Giuseppe D’Anna, Sandra Papaiz Velasco e Graziano Messana, presso la Montale per l’inaugurazione del laboratorio di Scienze

Fare rete e raccontare!

Nel mese di maggio, il nostro associato benemerito Graziano Messana è diventato il nuovo presidente della Camera di Commercio Italo-brasiliana, più conosciuta come Italcam. Oltre a essere presidente dell’Associazione Italia per San Paolo, Messana è fondatore della GM Venture, società di consulenza alle aziende italiane che operano in Brasile. Chi conosce Messana sa che lui è uno che sa fare squadra e, facendo rete, sta rafforzando le realtà di matrice e cultura italiana in Brasile. Per noi della Montale e per i nostri studenti è molto importante parlare dell’economia, del mercato del lavoro, del futuro delle aziende, senza perdere di vista i valori dell’italianità, che noi riteniamo essere un vantaggio competitivo nello scenario globale. In un breve incontro abbiamo potuto fargli alcune domande, e lui ci ha risposto, come al suo solito, andando dritto al punto!

Adriana: Messana, diciamo sempre ai nostri studenti che è molto importante per la nostra scuola mantenere vivo i principi e valori dell’italianità a San Paolo. Per farlo, sappiamo che dobbiamo valorizzare la tradizione, la cultura italiana, e anche guardare al futuro. Lei come vede il futuro?

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Messana: Io sono una persona ottimista in generale, ma questo non significa che il futuro non presenti delle sfide difficili: bisogna essere aperti a rivedere i piani molto più rapidamente. Fino a qualche mese fa la generazione Y, ma anche quella Z, terminologia sicuramente familiare agli studenti della Montale, pensava che la sharing economy fosse la risposta a tutto e, ad esempio, l’idea di comprare un’auto propria era lontana dai suoi pensieri. Oggi, dopo l’esperienza Covid-19, la tendenza si è rapidamente capovolta. Mantenere vivi i principi italiani è un concetto che si scopre quando si vive un paese in modo permanente e non quando si viaggia per turismo. La mia prima esperienza di lavoro fu in una banca di investimenti in Lussemburgo. Dopo il primo anno cominciai a capire cosa significava veramente l’italianità e conseguentemente iniziai a sentirne la mancanza.

Posso dire oggi che ne vedo più a San Paolo che in altri paesi della stessa Europa. Questo mi fa piacere e va coltivato in tutte le sedi.

Adriana: Se pensiamo alle grandi sfide, come ci dice sempre la nostra presidente Sandra Papaiz Velasco, sappiamo che è essenziale fare rete. La partnership tra la Montale e le due associazioni che Lei presiede è preziosa. Ad esem-

pio, nel 2018 l’Associazione Italia per San Paolo ci ha appoggiato nella modernizzazione del laboratorio di Scienze. A marzo di quest’anno abbiamo assieme appoggiato i medici in prima linea nel confronto al coronavirus. E tra i beneficiati, una nostra mamma medica, la dott.ssa Cintia Lucchini. Puoi parlarci di più di queste iniziative che ci legano?

Messana: L’Associazione Italia per San Paolo nacque per il progetto di ristrutturazione delle piazze di San Paolo con tradizione italiana e continuò per volontà degli associati. Ho condiviso e condivido con Sandra Papaiz la gestione di questa Associazione senza badare alle cariche perché abbiamo sempre deciso assieme e in armonia i progetti da portare avanti. Con piacere abbiamo contribuito a modernizzare il laboratorio di Scienze, così come guardiamo alle iniziative in tema culturale, che hanno l’Italia al centro delle attenzioni, con grande interesse. Abbiamo appoggiato e divulgato l’iniziativa della dott.ssa Lucchini ritenendola nobile e meritevole e siamo pronti a continuare a sostenerla con ulteriori interventi qualora ne manifestasse il bisogno. Quanto alla Camera di Commercio, saremo attenti alle indicazioni che ci perverranno dalla direzione della scuola.

Adriana: Lei di recente ha dichiarato che è necessario “fare e raccontare”. Noi a scuola diciamo spesso “fare rete”. Allora possiamo dire che in questo momento stiamo “facendo rete e raccontando”. Cosa significa per le realtà italiane fare rete a San Paolo nel 2020? Cosa è cambiato e cosa rimane? Ce lo racconti!

Messana: Mi piace ricordare una frase del console generale Filippo La Rosa: «allarghiamo la torta». La comunità italiana e italo-brasiliana qui a San Paolo è enorme. E io in passato ho constatato tuttavia uno scarso incremento, nella nostra comunità, di nuovi attori o semplici partecipanti.

L’instancabile Console, con il quale siamo in perfetta sintonia, ha percorso in lungo e in largo la sua giurisdizione nei primi mesi del suo mandato e ha amplificato la rete di contatti e di legami che si erano magari arrugginiti con il tempo o non erano mai stati coltivati per diverse ragioni. Questo è lo spirito che dovrebbe animarci e muoverci perché unendo le istituzioni e facendo rete si può fare, assieme, molto di più. Una volta fatto va poi raccontato, ma questo è un altro capitolo.

Adriana: Già in passato la Italcam ha appoggiato la Montale, ad esempio, nella diffusione dei corsi della scuola. Ora, senza dare spoiler, sappiamo che si concluderà a breve un accordo di più ampio respiro e collaborazione con, ad esempio, l’opportunità di offrire uno sconto associativo ai vostri associati. Quali altre iniziative possiamo aspettarci?

Messana: Collaboreremo con molto piacere con Italcam e useremo i nostri media per complementare la comunicazione della scuola. Ci piacerebbe contribuire nella ripresa dei progetti e dei contatti che vedono sinergie tra la Montale e altre scuole. E il nuovo progetto Donne d’Affari vedrà donne imprenditrici e mogli di espatriati scambiare frequentemente opinioni e in questo senso vedo uno spazio interessante anche per far conoscere la proposta della vostra scuola.

Adriana: Cosa direbbe a uno studente del Liceo della Montale che si sta preparando per la scelta universitaria?

Messana: L’adolescenza è un momento delicato in cui non sempre gli interessi scolastici sono l’unica preoccupazione da affrontare. Tuttavia saper scegliere non facendosi condizionare da cosa fa il collega o l’amica è fondamentale per fare una scelta sensata, ambire a una facoltà che rispecchi le proprie inclinazioni e possa al contempo essere efficace sui potenziali sbocchi professionali. Detto questo, per dare un consiglio pratico, ad esempio in Italia è stato realizzato dall’Università di Milano un progetto che si chiama WollyBI, il quale ha unito l’intelligenza artificiale allo studio di una grande quantità di dati legati alle offerte di lavoro. Da questo sono emerse le tendenze per le professioni richieste nei prossimi anni così come nuove tipologie di professioni che in passato non esistevano.

Si deve cercare quindi di guardare avanti e accedere ai portali italiani, brasiliani e stranieri in generale per potersi documentare.

ASSOCIAÇ ÃO ITALIA PER SAN PAOLO

M ITALCA

Adriana: Per concludere, un’ultima domanda.

Secondo Lei, un ecosistema innovativo di matrice italiana a San Paolo, di cui la Montale fa parte, può rappresentare per i genitori un ulteriore incentivo a investire in una formazione italiana di qualità?

Mesana: Certamente sì, stare al passo con i tempi è essenziale e senza innovazione o fuori da un ecosistema non si possono raccogliere le nuove sfide e opportunità.

Con queste parole del nostro associato benemerito chiudiamo l’intervista e riaffermiamo nuovamente che insieme è possibile!

Adriana Grasso Prof.ª de Língua e Literatura Italiana e Latina REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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ÁRVORE DO CONHECIMENTO

O processo formativo na prática FIABE, STORIE E LINGUAGGI TEATRALI

O processo formativo da nossa escola está pautado em um percurso pedagógico multicultural. Isto implica no alinhamento de alguns conceitos que permeiam nosso currículo e nossas ações.

Infográfico realizado por Vitor Inoue

Cultura Em nossa escola, muitos são os projetos que envolvem um vasto repertório de histórias clássicas e contemporâneas, de gêneros, autores e estilos que contemplam diferentes contextos culturais. Contar histórias para crianças é uma atividade bastante comum. Os interlocutores geralmente são adultos que revestem as histórias com suas marcas pessoais para entreter os pequenos. Porém, neste simples ato, que se repete há muitos e muitos anos, estão embutidos princípios fundamentais para a formação das crianças.

As histórias oferecem muito mais do que um

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universo ficcional e carregam consigo grande bagagem cultural e de valores sociais. Quando entram em contato com as narrativas, sejam elas transmitidas de forma oral ou escrita, as crianças são estimuladas a vagar pelo imaginário, pelo subjetivo, o que contribui para seu desenvolvimento intelectual e afetivo já que, nesse sentido, elas são auxiliadas a reconhecer, mesmo de forma inconsciente, alguns de seus problemas e encontrar perspectivas de soluções, mesmo que provisórias.

Pedagogia de projetos Um dos projetos desenvolvidos com os alunos da Escola da Infância, intitulado Fiabe, storie e linguaggi teatrali e idealizado pelo atelierista Roberto Nottoli, teve como objetivo manter, mesmo que de forma remota, o contato das crianças com o universo narrativo e oferecer possibilidades de recontar e transformar histórias já conhecidas ou criar outras, a partir de seus desejos e de seu próprio repertório.

Metodologias ativas Em suas aulas com os pequenos o maestro Roberto contou e recontou histórias utilizando técnicas e linguagens variadas: fantoches, teatro de sombras, dramatizações. Dessa forma, ele ofereceu instrumentos para que as crianças pudessem recorrer ao repertório que adquiriram durante as aulas para se tornarem autoras de suas versões. Ao final do projeto, o nosso atelierista fez uso das cartas de Propp1: são 31 sequências, em forma de cartas com imagens, que compõem a história. Cada sequência representa uma situação típica no desenrolar da trama de um conto de

fadas, referindo-se em particular aos personagens e seus papéis precisos (por exemplo, o herói ou o antagonista). Gianni Rodari, em seu livro Gramática da Fantasia, também sugere as cartas de Propp como recurso para o trabalho com as narrativas: «Por que usar exatamente as cartas de Propp e não outras cartas fantasiosas, ou um grupo de imagens escolhidas ao acaso, ou uma série de palavras do vocabulário? Parece-me evidente: cada carta Propp não representa apenas ela mesma, mas um filão inteiro do mundo fabulístico, um fervilhar de ecos fantásticos, para as crianças familiarizadas com as fábulas, com sua linguagem e seus temas [...] Parece-me assim que as “funções” fabulísticas, de qualquer maneira ajudam as crianças a se conhecer também.1 E as funções estão ali prontas para serem usadas; jogá-las fora é um esbanjamento inútil. [...] se quisermos ensinar a pensar, devemos primeiro ensinar a inventar»2.

Criativ idade Fazendo uso das cartas que confeccionaram durante o projeto e explorando o seu próprio repertório, as crianças puderam assumir o papel de raccontastorie e levar para dentro de casa novas histórias para serem compartilhadas com seus familiares. É fundamental proporcionar aos alunos situações em que se reconheçam como protagonistas criativos de suas aprendizagens, reelaborando e atribuindo novos significados aos seus objetos de conhecimento.

Marcella Olivati Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil e Ensino Fundamental – Anos iniciais ¹ Cartas de Propp: recurso resultante do estudo de contos de fadas realizado pelo linguista e antropólogo russo Vladimir Propp. O autor estudou as origens históricas do conto de fadas nas sociedades tribais e no rito de iniciação e extraiu dele uma estrutura que também propôs como modelo para todas as narrativas. ² RODARI, Gianni. Gramática da Fantasia. Trad. Antonio Negrini. São Paulo: Summus. (1982)

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PALAVRAS-CHAVE

Pedagogia de Projetos

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ossa metodologia preferencial. Alunos e professores se engajam em argumentos de grande relevância e desenvolvem ações a eles conectadas. Promove interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, interações, experimentação de novas ferramentas de aprendizagem e linguagens. É uma das metodologias mais eficazes para engajar os alunos, e até as famílias, em situações transformadoras.

Fabular o curriculum T ão logo aceitei o honroso convite para escrever este artigo, não tive dúvidas: deveria falar de minha mania de “fabular” a escola.

Gosto como o filósofo francês Gilles Deleuze1 (1925-1995) define o termo “fabulação”: «é uma forma de criação, de pensamento que faz crer em um novo real». Segundo ele, «só é possível fabular quem foi afetado por algo, maior que ele mesmo, algo com o qual ele não pode responder com seus recursos habituais, que foge de seus movimentos ordinários». Em resumo, pode-se dizer que o indivíduo se deparou com um problema que o levou a fabular.

Ora, pensando analogamente, trazendo Deleuze para o nosso contexto, faço aqui uma pergunta retórica: não deveríamos nos questionar se não será a fabulação das coisas que nos salvará nestes tempos de pandemia? De minha parte – e não sozinha – devo dizer que, há tempos, tenho tido o hábito diário de fabular as coisas, as pessoas e, em especial, a escola. Ou antes, os alunos. Neste caso, começo invariavelmente pensando em como deve ser difícil para eles ficarem diariamente aprisionados por sirenes, vozes e compassos;

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sufocados entre espaços, currículos e vontades (e ainda agora quando estão isolados em casa). Nesse meu particular processo de fabulação com eles, sigo a imaginá-los livres, mas amplamente conectados por vontade aos seus projetos de vida ainda que necessário seja insistir que eles reconheçam tais projetos.

Fabular as vidas e os projetos dos alunos, crianças, adolescentes e jovens requer muita coragem, planejamento e respeito. E não entro aqui no mérito das pedagogias, pois há muito o que se debater sobre elas e suas lógicas inovadoras. Entretanto, prefiro mesmo é fabular a minha pedagogia.

Nela posso criar de verdade e com toda a audácia, perguntando sempre: o que mais arde ou queima em você hoje? Quais são as questões que estão lá fora e que mesmo assim o impactam? Caso tivesse todo o tempo de que precisa, a qual assunto, questão ou problema você se dedicaria, com vontade? O que o intriga, encanta, move? Quais são suas perguntas e de que respostas precisa neste instante?

E, finalmente, que tal fabular agora mesmo tudo isso, num projeto seu, no qual eu possa me incluir?

Como se vê, a escola está muito

Foto de Diego Hernandez - @jdiegoph

distante deste projeto de fabular vontades e sonhos, até porque naquelas outras pedagogias baseadas em algo, apesar de se afirmar que os alunos estão no centro da aprendizagem, eles nunca estão lá de verdade. No máximo, são coadjuvantes de um projeto para o qual farão render produtos ou soluções para os que ainda creem na disciplinarização do currículo. Assumo aqui mea culpa por ser professora, pedagoga e por estar nas escolas há tanto tempo, mas entendo que o valor atribuído à Educação (e às escolas em geral) consagra a sobrevivência de arquétipos caducos, personagens descolados da vida. São justamente eles que estão gritando por uma fabulação, ainda mais nestes tempos.

Fica aqui a sugestão de sonhar a escola e você bem sabe com quem.

Como? Sugiro uma pedagogia que valorize projetos e que consiga dar conta dos saberes e urgências. Imagino a escola e seus agentes, apenas prontos para ajudar os alunos a digerir e popularizar o conhecimento, garantindo que, desta vez, não sejam aprisionados pelos currículos, sirenes e espaços.

Tenho fabulado muito: sob o pretexto da Cultura da Paz (2010 a 2015), das 1 O artigo completo encontra-se aqui http://lm.alb.org.br/index.php/lm/article/view/56

Vozes Ancestrais (2016), das Histórias sobre Ética (2017), das Brincadeiras com o Cubo (2018) e dos Podcasts Narradores de Direitos (2019). Fabulações em andamento: Observatório Povos Originários, Laboratório de Vozes e Cia. Estou me aperfeiçoando nisso ainda, mas já ouso pensar uma fabulação coletiva, transdisciplinar, entre currículos, séries e níveis de ensino.

Obviamente, com eles.

A verdadeira inovação – ou fabulação – está em compreender que, na escola, os indivíduos sempre estarão «afetados por algo maior que aquilo que nos dispomos a oferecer»; e que necessário será fabular generosamente com eles para além dos «recursos habituais e dos movimentos ordinários».

Para obter mais informações acesse:

O que o intriga, encanta, move? Quais são suas perguntas e de que respostas precisa neste instante? E, finalmente, que tal fabular agora mesmo tudo isso, num projeto seu, no qual eu posso me incluir?

Helenice Schiavon

Prof.ª de Língua Portuguesa REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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INTERNACIONALIDADE

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SIMULADO DA ONU Os alunos do III e IV ano do Liceo durante o simulado da ONU na Montale

MUN TALE: Model United Nations at Montale It has already become a tradition that every year in April or May, the students of the 3rd and 4th years of the Liceo spend three whole and consecutive days at a MUN discussing crucial issues for the world at large. Naturally, there arises the question: “what is a MUN?”

M

UN, Model United Nations, is an educational simulation and academic activity in which students learn about diplomacy and international relations by roleplaying delegates and simulating conferences at the United Nations.

Each delegate represents a country in one of the many UN Councils and Committees and has to defend their country’s policies and negotiate resolutions that will benefit their nations and the whole world.

Out of the many skills involved in an activity like this, students have the opportunity to exercise their English, as English is the working language of this project, and their debating skills, as it requires a lot of practice and energy to defend an idea that is not necessarily your own.

Nonetheless, several other secondary skills are practised, such as public speaking, leadership abilities, teamwork, critical thinking, researching skills, international relations and diplomacy, to name but a few.

Above all, however, this is an exercise on citizenship - by developing a deeper understanding of current world issues and trying to reach

reasonable and positive resolutions, students will make UN principles of “peace, dignity and equality on a healthy planet” their own.

This experience started for the Montale in 2017, when our students were invited to take part in the first edition of POSMUN, Model United Nations at Colégio Porto Seguro – Morumbi. Their performance was so outstanding that, while there, the students were invited to join HUMUNITED, Model United Nations at Colégio Humboldt. Invitations to SMUN, Model United Nations at Colégio Suíço-Brasileiro - Curitiba, and to IIMUN, India’s International Movement to Unite Nations, followed. Apart from that, in 2018 students of the 4th Liceo organised our own Model United Nations, MUNtale.

This can only be proof that we are on the right track, that if we want a better world, we have to make it a reality in our own lives first, and there is no better place to start than inside our own school. We, from La Montale, hope that each opportunity our students have of taking part in a MUN is an opportunity to grow as a human being, to become more capable, more

skilled citizens of a healthier, happier and United World.

For further information on Model United Nations at Scuola Italiana Eugenio Montale, please, refer to our video available on Youtube: “VIDEO MUNTALE - Projeto ONU”, where our own students explain in more depth what a Model United Nations is and express their own views and opinions on the experience as a whole.

VIDEO MUNTALE - Projeto ONU

Claudia Affonso

Teacher of English Language and Literature REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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SER MONTALE

O DESAFIO DE SER MONTALE Infográfico realizado por Hugo Vitorelo Iizuka

O desafio de ser Montale é ser sempre uma escola do presente-futuro.

O grande desafio da nossa escola é, mesmo em tempos de crise, manter a coerência e a consistência com os próprios princípios e valores guia. A nossa maneira de agir e fazer são ditadas por uma visão peculiar, por uma concepção aberta, uma forma otimista de ver o mundo. Assim é o nosso fazer pedagógico. Isso nos torna únicos, fortes, diferentes.

Os conceitos de aprendizagem, escola e criança, que movem as ações pedagógicas da Montale, se referem à filosofia Reggiana baseada no pensamento de Loris Malaguzzi, além do pensamento de grandes pensadores importantes como Piaget, Vygotsky, Dewey. Mas o que significa tal desafio, saindo do mundo das ideias e indo para a pragmática realidade cotidiana?

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Capacidade de escuta Um ser forte

Significa ver a criança não como um ser indefeso, mas como um ser forte e competente que desde o momento em que vem ao mundo entra em contato com este e com os outros, se questiona sobre o mundo, cria as próprias hipóteses e constrói relacionamentos, conhecimento e cultura. Uma criança competente nas construções de teorias interpretativas sobre a realidade, que constrói significados, portadora e construtora de direitos.

Interações com o mundo

Significa acreditar que a criança aprende com as interações com o mundo e com os outros, que tem a sua ideia do mundo e é protagonista do próprio processo de aprendizagem.

Adulto mediador

Significa acreditar que o adulto não é o único detentor do conhecimento, mas é o membro mais experiente do grupo e mediador do relacionamento entre a criança e o conhecimento.

Significa acreditar que é importante que o adulto tenha uma grande capacidade de escuta que lhe permita “ouvir” os passos do processo cognitivo do próprio aluno e que mantenha, como dizia Gianni Rodari, o ouvido “verde” que lhe permite ver e entender o mundo fora de estruturas rígidas, capaz de suspender julgamentos e preconceitos e se manter disponível a mudanças. Uma escuta como um verbo ativo que dá sentido e significado à mensagem e que não produz respostas, mas perguntas.

Acreditar na criativ idade

Lógicas interrogativas

Significa acreditar na importância da criatividade, do espanto, da curiosidade que são necessários para o processo de aprendizagem.

Significa investigar, estimular, ouvir, observar as ações, pensamentos e lógicas interrogativas das crianças.

Acreditar na participação

Significa projetar e construir contextos que incentivem a escuta, os relacionamentos, o espanto, a surpresa, as dúvidas, a reflexão e o aprendizado.

Incentivar a reflex ão

Significa acreditar na participação da escola como local de construção de conhecimento e cultura.

Linguagem da criança

Significa acreditar que a criança é feita de cem linguagens, todas igualmente importantes porque cada um de nós lê a realidade e se expressa em uma dessas muitas linguagens, e que a escola deve apoiar/promover/ estimular todas elas.

Acreditar no debate

Significa acreditar no debate e na importância da autonomia e da pluralidade de pensamento como uma forma de incentivar o crescimento de um adulto crítico.

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er essa coerência e consistência todos os dias, em uníssono, em coro, é o verdadeiro desafio da nossa escola, e fazemos isso com muito cuidado e profissionalismo.

Não queremos ensinar, queremos aprender como a criança e o jovem aprendem. Fazemos isso escutando ativamente os nossos alunos e também os pais, professores, colaboradores e todos os parceiros com quem nos relacionamos todos os dias. Na Montale gostamos de dizer a todos os nossos visitantes que não são os espaços que são sofisticados, mas sim as relações. odos são bem-vindos sempre. De onde quer que você venha, você não será um estranho.

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INOVAÇÃO

Il progetto ALVA e la cultura MAKER

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el mese di maggio il terzo anno della Scuola secondaria di secondo grado ha affrontato un’ulteriore sfida tra le tante di questo periodo travagliato: quella di rappresentare il primo gruppo in assoluto nella partecipazione al progetto ALVA. Tale progetto è stato proposto alla direzione della nostra scuola da un ex alunno, Giampaolo Papaiz, amministratore della Protto, e accolto entusiasticamente dalla presidente Sandra Velasco. Ogni alunno ha ricevuto ALVA, una “lampada intelligente” sotto forma di kit da montare e basata su sensori comandati da Arduino1. Ai ragazzi sono stati presentati il progetto e il kit dallo stesso Giampaolo in videoconferenza. Si è proceduto poi a creare un gruppo WhatsApp per eventuali problemi o dubbi che potessero sorgere durante il montaggio.

L’anima del progetto è il movimento maker, nato per unire persone disposte ad acquisire capacità tecniche e la loro applicazione creativa con lo scopo di fabbricare oggetti e inventare soluzioni innovative. Il movimento maker è un vero e proprio fenomeno culturale. Esistono varie definizioni di maker. Secondo lo scrittore Cory Doctorow: «Makers are people who hack hardware, business-models, and

living arrangements to discover ways of staying alive and happy even when the economy is falling down».

In questo senso, proprio in un momento in cui il sistema economico soffre, un maker genuino come Giampaolo entra in campo con entusiasmo ed efficacia comunicativa e parla di Do It Yourself, Internet of Things, democratizzazione dell’educazione e risoluzione di problemi, con l’obiettivo di abbattere l’idea che la tecnologia debba essere dominio di pochi.

Un questionario è stato proposto ai partecipanti al termine del progetto sia per testare l’accettazione sia per direzionare eventuali collaborazioni future Montale-Protto.

Esaminando i risultati del questionario si evince che il progetto ALVA ha aggregato esperienza e conoscenza. Inoltre, un aspetto importante evidenziato dagli intervistati è stato quello di aver percepito l’utilità delle applicazioni scientifiche. Tutti i partecipanti hanno concordato sul fatto che il progetto ha acceso l’interesse verso il movimento maker in modo da approfondire e magari partecipare a questa cultura di idee, secondo la quale progettazione e realizzazione sono viste come concrete possibilità.

L’entusiasmo e la possibilità di lavo-

1 Una piattaforma open-source utilizzata per la costruzione di progetti di elettronica e automazione, costituita da una scheda facilmente accessibile e programmabile

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Giulia Chiarello e Enzo M.Di Giaimo nelle loro case con le lampade del progetto ALVA

rare a progetti in piccoli gruppi con un minimo costo, nonché di trovarsi a interagire e a comunicare con persone che condividano la stessa visione ottimistica del mondo tecnologico e dell’idea di imparare facendo, rende il progetto ALVA e le future proposte della Protto altamente raccomandabili. Tra i tanti commenti degli alunni, ne citiamo uno: «È stata un’esperienza molto coinvolgente, che mi ha aperto le porte a un universo che non conoscevo e verso il quale adesso nutro un grande interesse». Sì, ALVA ha fatto centro!

Giorgio Bianchini

Prof. di Scienze

ORIENTAÇÃO UNIVERSITÁRIA

Uma questão de escolha Pensar no próprio futuro numa sociedade complexa como a nossa já não é uma empresa fácil para os adultos. Como será então para os jovens que estão prestes a concluir o Ensino Médio?

Será que nós adultos conseguimos dimensionar as dúvidas, incertezas e aflições de nossos jovens durante essa espécie de rito de passagem dos nossos tempos?

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ato está que, ao terminar a escola, o jovem deve dar o grande passo e escolher os estudos que o levarão – assim se quer – ao exercício de uma profissão. Os caminhos são tantos e não estão livres de riscos, ainda que saudáveis para o crescimento e a emancipação.

Tentar minimizar as angústias, ampliar olhares e apontar saídas são algumas das metas da orientação universitária que, na nossa escola, se dá através de encontros com ex-alunos e universidades italianas, brasileiras e de outros países, além dos testes de admissão para algumas universidades italianas (TOLC – Bolonha e outras; Trento) e simulados do Enem/Vestibular.

Embora enfrentemos um período de isolamento social, as universidades não deixaram de oferecer encontros, desta vez através de plataformas virtuais. Como é o caso da Universidade de Bolonha, que promoveu no mês de maio o Alma Orienta Virtual Fair para proporcionar bate-papos com professores e alunos do Ateneu nas diferentes áreas. Nossos alunos puderam participar de um dos encontros, o International Café, voltado especialmente para o público da América Latina interessado.

Como não poderia deixar de ser, dentre os alunos da Montale é muito forte a busca por cursos em universidades estrangeiras, embora instituições conceituadas no Brasil também sejam destinos procurados. De uma forma ou de outra, é importante destacar que muitos são os alunos que ingressam nas universidades assim que terminam a escola, sem a necessidade de frequentar cursos preparatórios.

Mesmo com muitas incertezas na cabeça e no coração, aqueles que cresceram conosco respiram fundo e vão. Saem desse nosso pequeno espaço-lar e voam para a vastidão do mundo. E sempre voltam nos lampejos de saudade, trazendo notícias que nos embevecem.

Aderli Tringoni

Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio

Países onde os alunos formados nos últimos 5 anos continuaram os estudos

Infográfico por Hugo Vitorelo Iizuka

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CONECTANDO MUNDOS

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Itália-Brasil Unidos pela música “Viagem de instrução” era o tema inicial desse artigo. Ele discorreria sobre a viagem dos alunos do Liceo à Itália. Uma viagem certa, grande expectativa. De repente, uma pandemia. Justo agora? Por quê?

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omos colocados em situação de isolamento social e embarcamos, todos, em uma outra viagem; talvez até mais intensa em vários aspectos. Falemos, então, dessa “outra” viagem. Ao que parece, temos buscado formas de passarmos juntos – embora separados – esse momento difícil. Falemos de arte. E de Internet.

Se pensarmos em arte e para que serve, poderíamos facilmente chegar à conclusão de que a arte não serve para nada. Como disse Rubem Alves (1933-2014) em sua crônica A caixa de brinquedos (2004), citando poeticamente Santo Agostinho, «o ser humano traz consigo, na mão direita, uma caixa de ferramentas, e, na esquerda, uma caixa de brinquedos». As ferramentas estão ligadas à utilidade, manutenção da vida, ampliação de poder.

Já os brinquedos fazem parte de uma outra ordem que reporta à inutilidade, ao amor, a tudo o que dá prazer e sentido à vida. A arte, claramente, faz parte dessa caixa, e quando nos deparamos com uma situação como a que estamos vivendo hoje, recorremos automaticamente àquilo que nos ampara, conforta e aproxima. As artes têm esse poder, a música entre elas.

Surgiu inicialmente a ideia de apro-

ximar alunos da Montale e da escola Istituto comprensivo statale (Vicenza 8, G.G. Trissino – G. Ghirotti) de Vicenza em um coral virtual. Mesmo à distância, o trabalho feito a muitas mãos preserva o caráter coletivo e colaborativo de um coral. Começamos a sua realização. A união dos professores e diretores brasileiros e italianos fez com que esse sentimento de pertencimento chegasse aos alunos e pudéssemos todos experimentar a essência do coral: a alegria do compartilhamento.

Unidos pelo mundo digital, os alunos têm tido a oportunidade de, mesmo de longe, construir novos elos através dessa experiência artística. A música escolhida, Love is all around de Zucchero, faz uma bela tradução desse momento. E no fim, a surpresa: nosso coral virtual contou também com alunos instrumentistas tocando violino, violoncelo, flauta, violão e bateria.

Desse modo, conseguimos compreender e sentir o que é o coral virtual como arte, e a função da mesma.

Mesmo que seja no meio virtual, a arte atinge o objetivo de conforto, de união e de ser, como um coral presencial, alimento para a alma.

Youtube: Coro Montale & Vicenza - Love is all Around

Elaine Giacomelli

Prof.ª de Música

CORAL VIRTUAL Coral virtual realizado pelos alunos da Escola Italiana Eugenio Montale e da escola italiana de Vicenza Istituto compreensivo statale (8, G.G.Trissino – G.Ghirotti), coordenados por Paola Capraro e Augusto Bellon

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FORMAÇÃO DOCENTE

Um olhar para o presente e para o futuro

O Foto tirada pelo prof. Luiz Gustavo Voltane Lourençato durante a palestra com o fotografo André Carrieri

Já se disse que o analfabeto do futuro não será quem não sabe escrever, e sim quem não sabe fotografar. Mas um fotógrafo que não sabe ler suas próprias imagens não é pior que um analfabeto?

Walter Benjamin

conhecimento é a essência da escola, o espaço onde se constroem e se expandem os saberes, onde se compartilha para gerar valor na vida. Neste sentido, todos os atores envolvidos no contexto escolar devem buscar novos conhecimentos para estabelecer a melhor comunicação possível com seus alunos.

Partindo desta premissa, a escola proporcionou aos professores de todos os segmentos um dia de formação com André Carrieri – fotógrafo profissional e mestre em Linguagem e Educação – em que foram abordadas diversas questões relativas à fotografia e à leitura de imagem, de poéticas visuais e de documentação pedagógica.

Carrieri nos fez refletir e argumentar sobre a comunicação por meio da imagem. Propôs técnicas para desenvolver um olhar poético capaz de “clicar” e captar o momento desejado, um olhar capaz de construir imagens carregadas de intenção que esteja em harmonia com o olhar da criança e do adolescente. Um olhar para o presente e para o futuro, pois, como profetizou o filósofo Walter Benjamin: «Já se disse que o analfabeto do futuro não será quem não sabe escrever, e sim quem não sabe fotografar. Mas um fotógrafo que não sabe ler suas próprias imagens não é pior que um analfabeto?».1

Hoje, definitivamente, vivemos a era da imagem, a cada segundo milhares delas são produzidas. Os smartphones democratizaram o ato de clicar e todos que o possuem passaram a atuar como produtores e receptores de imagens. Entretanto, se observarmos e analisarmos a produção imagética contemporânea presente nas plataformas e mídias sociais, podemos concluir que, neste contexto, grande parte das imagens se resume ao simples ato de registrar um momento, e sabemos que a fotografia, para além do registro, é uma linguagem artística. Por meio dela é possível transmitir ideias, sentimentos e sensações. Neste sentido, o estudo dos cânones que norteiam o fazer fotográfico passa a ser fundamental para aperfeiçoar o domínio da linguagem e da comunicação. A palestra com André Carrieri foi ao encontro deste desafio e ofereceu ao corpo docente a oportunidade de iniciar e aprofundar o conhecimento da linguagem fotográfica tanto como poderoso registro pedagógico quanto ferramenta essencial ao planejamento didático.

Luiz Gustavo Voltane Lourençato ¹BENJAMIN Walter - Pequena História da Fotografia, 1931.

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Prof. de Educação Física

Un approccio investigativo

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a formazione docente è un processo permanente di perfezionamento dei saperi e di trasformazione della nostra pratica, possibile soltanto quando si parte dalle necessità reali del quotidiano scolastico sia degli insegnanti sia degli alunni.

Quest’anno la nostra scuola ha proposto ai docenti di Scienze un incontro formativo sull’“approccio investigativo” con il biologo Cristiano Guastelli, specializzato in Scienze Naturali. Siamo stati invitati a sensibilizzare lo sguardo e a riflettere sulla definizione di Scienze: che cos’è esattamente? Di quale scienza si parla e quale si pratica a scuola? Vogliamo trasmettere agli alunni l’idea di una scienza difficilmente accessibile a tutti, rinchiusa in un laboratorio?

Perché non andare oltre i muri?

Un approccio investigativo – pensavo mentre lo ascoltavo – è molto stimolante sia per gli alunni sia per il docente: si parte dall’osservazione della

realtà per pensare a spiegazioni valide. Ma come diceva Galileo Galilei: «Non basta guardare. Occorre guardare con occhi che vogliono vedere, che credono in quello che vedono». E solo gli occhi attenti di un bambino ci possono aiutare a osservare veramente, però è imprescindibile che l’insegnante promuova situazioni che permettano agli studenti di continuare a sviluppare la capacità di porsi domande, di formulare ipotesi, di verificarle attraverso esperimenti e di discuterne.

Dunque, perché non andare oltre i muri? Il mondo è il nostro laboratorio. E allora sì, investighiamolo con i bambini!

Professori dell’Infanzia e della Primaria durante il corso di formazione in fotografia con André Carrieri

Si parte dall’osservazione della realtà per pensare a spiegazioni valide «Non basta guardare. Occorre guardare con occhi che vogliono vedere, che credono in quello che vedono» Galileo Galilei

Marina Pasquarelli

Prof.ssa Scuola Primaria REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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DIRIGENTE UFFICIO SCOLASTICO

L’opportunità del futuro Dirigente dell’Ufficio Scolastico presso il Consolato Monica Faggionato

L’elemento umano nella macchina

U

n importante archivio storico tedesco, grazie alla collaborazione con agenzie private, ha approfittato dell’attuale momento di isolamento per coinvolgere volontari di vari paesi nella digitalizzazione dei documenti dei prigionieri dei campi di concentramento. Le agenzie, benché provviste di sofisticati scanner capaci di convertire automaticamente gli scritti in file di testo, hanno dovuto ricorrere all’abilità umana, indispensabile per leggere e trascrivere le diverse calligrafie sopravvissute nel tempo.

Cito questa notizia, a grandi linee sintetizzata1, per ricordare che le macchine, pensate per facilitare l’essere umano nelle sue necessità, possono fare molto ma non sostituirlo.

Oggi, come sempre, è l’individuo a fare la differenza, con la sua logica e la sua partecipazione emotiva. Oggi, più che mai, i supporti tecnologici si rivelano preziosi se sviluppano partecipazione e impegno.

I bambini e i ragazzi, attraverso la loro potente semplicità, ne sono na-

turalmente consci. Il modo in cui si interfacciano ai diversi dispositivi, siano essi digitali o meno, è espressione del loro bisogno di imparare. Imparare a pensare, a leggere, a riflettere, ad ascoltare, ma anche a dipingere, a danzare e a costruire: è la sete di conoscenza e libertà a guidarli. Soddisfare questo bisogno è un dovere etico, oltre che un vantaggio sociale.

Ogni momento è occasione di apprendimento perché la vita offre continui spazi di riflessione e la relazione interpersonale, virtuale e non, è il fondamento della costruzione di responsabilità e autonomia.

La Scuola Italiana Eugenio Montale mantiene vivi i legami della comunità scolastica, anche a distanza, perché crede nell’elemento umano e nel confronto, in ogni condizione e dai primissimi anni. Sa che il futuro si manifesta sempre come opportunità e che apprendere significa costruire liberamente il proprio destino.2

Monica Faggionato

L’articolo completo si trova qui https://www.ilpost.it/2020/06/05/pandemia-crowdsourcing-archivi-arolsen-nazismo/ 2 J.J. Heckman, While we celebrate equality of opportunity, we live in a society in which birth is becoming fate. It does not have to be this way, in Giving kids a fair chance, MIT, Boston, 2013.

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REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

Dirigente dell’Ufficio Scolastico, presso il Consolato

EX-ALUNO

Business, Human Rights and Me My Experience at the United Nations Former student – Scuola Italiana Eugenio Montale Tamara Brezighello Hojaij

H

uman rights are universal and unconditional, which means that all human beings have them every time and everywhere, regardless of the national context. Traditionally, human rights have been thought against States’ misconduct.

However, States alone are not capable of addressing the current global human rights challenges.

Corporate-related human rights harm occurs more and more regularly.

Oil spills in Nigeria (1990, 2008) and the Gulf of Mexico (2010); forced and child labour in global value chains of major retailer apparel brands such as Nike (1996); and tailing dam disasters in Brazil (2015, 2019) are examples.

Undoubtedly, business activities and commercial relations can affect the human rights spectrum, but do businesses have any responsibilities in relation to human rights? In 2011, the UN Human Rights Council unanimously endorsed the Guiding Principles on Business and Human Rights (UNGP), which establish that businesses do have the responsibility to respect human rights in all their activities and operations.

The UNGP shifted the focus of the traditional human rights discourse, decentring the role of States. Yet,

they provided high-level, but not detailed guidance on how to implement business responsibility in relation to human rights, leaving room for practical research that considers local specificities. The Business and Human Rights Centre of Fundação Getulio Vargas (FGV CeDHE), where I work, falls within this scope - developing applied research on business roles and responsibilities in cases of corporate-related harm in Brazil.

On behalf of FGV CeDHE, in November 2019 I attended the UN Annual Forum on Business and Human Rights, a three-day gathering of representatives of States, business and civil society from all over the world to discuss gaps and opportunities to address corporate-related human rights issues. I joined the session Preventing and Addressing Dam Failures as a speaker to present findings on the lack of transparency and accountability in relation to human rights in policies and practices of mining companies operating in Brazil and the impacts on the remediation processes in case of tailing dam disasters.

It was an opportunity for me to grow both professionally and personally. My passion for the complexities of the International Human Rights Law regime grew during the years and FGV CeDHE enabled me to engage in real world challenges and develop alternative solutions. Working with research might not be a usual path for lawyers, but I strongly encourage you to think out of the box when it comes to finding the work you love.

Tamara Brezighello Hojaij

Former student – Scuola Italiana Eugenio Montale Coordinator for strategic development at the Business and Human Rights Centre — FGV REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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SOMANDO OLHARES

Bernardo - I Primaria Monalisa Mr Bean

Daniela - III Primaria Monalisa Negra

DOMINIQUE - II Primaria

Luca Bizzo - V Primaria

Lorenzo Cerpelloni - I Primaria

Miguel - V Primaria

Estela - V Primaria Monalisa Barbie

Clara Della Rosa - IV Primaria Monalisa Cadeirante no Louvre

DORA II - Primaria MONALISA Carnavalesca

Guilherme - III Primaria Monalisa

Lara Sosa - IV Primaria Monalisa

Matteo Enea - IV Primaria Monalisa

Sob o olhar das crianças Pietro V - Primaria

Confira nesse QR-Code!

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REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

Após um tour virtual ao Museu do Louvre, as crianças da Primária manifestaram curiosidade pela Monalisa de Leonardo da Vinci. Conheceram diversas releituras da pintura desde aquelas feitas por artistas renomados, até as mais contemporâneas que circulam pela Internet. Divertiram-se muito, compartilhando por vídeo conferência as pesquisas

que fizeram das releituras.

Em seguida, começaram a criar as próprias produções, usando diferentes materiais, não apenas os tradicionais. O resultado foi surpreendente e gerou nas crianças a curiosidade de ver as criações das outras turmas. Por isso decidimos expor todos os trabalhos em forma de vídeo.

Alessandra Cherazard Maiello

Prof.ª de Artes

FILOSOFANDO

A

lla Montale cerchiamo sempre di fomentare la creatività, la curiosità, il senso critico. Una iniziativa speciale in tal senso è stata realizzata dal professore di Storia e Filosofia Francesco Trapasso con gli alunni della III Liceo. La sfida è stata quella di fare un’intervista immaginaria a uno dei filosofi studiati durante il semestre. Nello scrivere il dialogo immaginario, gli alunni hanno creato le risposte sulla base del pensiero dell’autore. È stata un’alternativa differente ed efficace per rielaborare criticamente i contenuti in modo autonomo e creativo.

Vediamo ad esempio la studentesa Giulia che scelte ha fatto!

Giulia: Stasera il nostro invitato è Baruch Spinoza. Tra i grandi sistemi filosofici del Seicento che celebrano il trionfo della ragione cartesiana, il suo è il più notevole. Famoso per il suo capolavoro “Etica dimostrata secondo l’ordine geometrico”, Spinoza ha un gran successo per la sua concezione panteistica della realtà.

Signor Baruch Spinoza, è un onore averLa qui per questa breve intervista, La ringrazio. Come appare dall’introduzione del Trattato sull’emendazione dell’intelletto lo spinozismo nasce nei confronti dei comuni valori della vita e si alimenta della ricerca di un bene vero. Ma cosa intende per bene vero e come pensa che si possa raggiungere la felicità?

Spinoza: Il bene vero è un bene capace di colmare la sete umana di felicità. Il modello di bene per me è lasciare i beni materiali e sostituirli per l’ipotetica perfezione ideale, soddisfacendo l’animo, portando letizia e serenità. Ci sono dei beni universalmente agognati dagli uomini che sono vani, a volte pensiamo che siano loro a renderci felici ma in realtà non hanno nulla di bene e nulla di male. Sono beni che non appagano veramente l’animo, sono esteriori e generano inquietudini. Però, che sia chiaro, non intendo colpire i beni comuni in quanto tali, ma in quanto scambiati per il sommo bene e impedimenti del raggiungimento di esso.

Giulia: Può farmi un esempio di bene finito attuale?

Intervista immaginaria Spinoza: Un esempio che trovo adeguato è la ricchezza. La ricchezza può darci una vita “migliore” nel senso che possiamo avere quello che vogliamo dell’ambito materiale. Ma la ricchezza non appaga veramente l’animo e i suoi bisogni profondi.

Pensare solo alla ricchezza­— cosa che succede con tante persone in questi giorni — ostacola la ricerca di valori superiori. La ricchezza è esteriore e a volte genera inquietudini. Per questo può essere un bene “vano”.

Giulia: Ci troviamo in un momento difficile, una pandemia. Siamo tutti reclusi in casa e a volte ci annoiamo, ci sentiamo tristi, soli... per Lei, quale sarebbe una “soluzione”? Come potremmo sentirci un po’ meglio in questa situazione?

Spinoza: L’unico bene capace di “far riposare” l’animo e di curare la sua inquietudine è meta-finito: l’amore per la cosa eterna ed infinita riempie l’animo di pura letizia.

Ovviamente questo non ci rende immuni al virus, ma a ogni tristezza. Anche se riusciamo a liberarci da questa tristezza, abbiamo ancora delle passioni, degli affetti che subiamo, ma provare a sottrarsi alla loro forza è illusorio, vuol dire provare a sottrarsi alle leggi deterministiche che reggono tutto il mondo naturale. In questo senso il libero arbitrio è illusorio.

Giulia: Può farci un esempio? E anche spiegarci cosa intende Lei per la schiavitù dell’uomo?

Spinoza: Un esempio sarebbe una pietra, che messa in movimento da una forza esterna, pensi che sia lei a scegliere il suo percorso, il luogo e il momento della sua caduta. La schiavitù [...] è l’impotenza dell’uomo a moderare e a reprimere gli affetti. Se l’uomo fosse solo passione non sarebbe mai libero. Però l’uomo è anche conoscenza e ragione.

Giulia: Lei dice quindi che l’uomo ha due comportamenti: uno passionale e uno razionale. È questo che determina la schiavitù o libertà dell’uomo?

Spinoza: Sì, l’uomo può scegliere fra due comportamenti e ognuno di loro avrà delle conseguenze: il comportamento passionale è dettato da una conoscenza inadeguata della realtà, ci si sente passivi; il comportamento razionale è dettato da idee chiare, si è attivi e causa di atti consapevoli. [...]

L’uomo deve porsi come soggetto attivo e non passivo della propria tendenza all’autoconservazione.

Giulia: Lei prima ha parlato di “amore per la cosa eterna e infinita”. Sappiamo che per i filosofi cristiani questo significa Dio e la gioia suprema con il suo raggiungimento celeste. E per Lei? Pensa come loro? Cosa vuol dire l’infinito e l’eterno?

Spinoza: L’infinito e l’eterno per me si identificano con il cosmo, seguendo una concezione panteistica, e la gioia suprema non col raggiungimento celeste di Dio, ma con l’unione della mente con la natura.

Giulia: Ha detto che segue una concezione panteistica. Può raccontarci un po’ di più?

Spinoza: Certo. La mia prospettiva è panteistica perché ritengo che Dio e il mondo siano uno stesso ente. Dio non è fuori dal mondo, è nel mondo e costituisce l’unica realtà globale che è la Natura. La Natura è una realtà increata, eterna, infinita e unica. Nella mia visione panteistica, la natura è Dio stesso, unica Sostanza al contempo materiale e spirituale di tutto ciò che esiste. E per questo affermo: “Dio ovvero la Natura”.

Giulia: Perfetto. La ringrazio di nuovo per aver risposto alle mie domande. È stato un onore e una bellissima lezione di filosofia! Grazie, Signor Spinoza, spero di rivederLa!

Giulia Chiariello

Alunna della III Liceo REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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NARRATIVAS ENCANTADORAS

Foto de Sarah Pflug pelo site Burst

Scuola Eugenio Montale e Convita Un intreccio vitale

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alla collaborazione della Scuola Italiana Eugenio Montale con l’associazione Convita è nato un dialogo che ha permesso un intreccio articolato di narrazioni, promuovendo quella rete che agisce in senso proattivo e si profila come strumento insostituibile nelle sfide che la scuola deve affrontare nello scenario attuale. L’associazione Convita è un ente creato dal Patronato di San Paolo che si rivolge alla comunità italiana e in particolare alle persone della terza età. La Scuola si colloca in una posizione attiva nella costruzione di quella rete con il territorio che permette «di convertire le incertezze del cambiamento culturale in scenari più rassicuranti, in cui il policentrismo dei suoi membri dà vita a una convivialità delle differenze e, quindi, a nuove forme di integrazione, cooperazione, solidarietà sociale», come ricordano Orlando e Pacucci1.

In tale quadro, il dialogo coltivato dalla Scuola e dal Patronato ha dato luogo a un contesto di apprendimento in cui gli alunni possono sperimentarsi in una relazione interpersonale,

nell’elaborazione dei suoi significati e della sua rappresentazione in un’ottica di reciprocità e di solidarietà, sviluppando le competenze trasversali implicate nel sapere, nel saper essere e nel saper fare. Nel corso dell’esperienza, il progetto offre nello specifico la preziosa possibilità di accedere alla storia anche attraverso le emozioni, le difficoltà e le speranze contenute nelle testimonianze condivise, consentendo al gruppo classe di interrogarsi sul passato in uno spazio di co-costruzione dei suoi significati anche a livello intergenerazionale favorendo, così, anche il processo dell’apprendimento della lingua italiana e l’elaborazione di multipli linguaggi.

Negli anni precedenti, l’esperienza si è articolata attraverso lo scambio di corrispondenza cartacea individuale e poi attraverso un incontro di gruppo tra gli alunni e gli utenti dell’Associazione. Quest’anno, le lezioni si sono imperniate anche sullo spazio intersoggettivo della dimensione sociale della rete ed è stata proposta l’elaborazione di narrazioni in codici differenti. La relazione è stata infatti

1 ORLANDO, Vito e PACUCCI, Marianna, La scommessa delle reti educative. Il territorio come comunità educante. LAS. Roma 2005.

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costruita, in un primo momento, attraverso il linguaggio delle immagini e la realizzazione di un video e poi, in un secondo momento, attraverso il linguaggio scritto declinato in tre generi narrativi distinti: il genere autobiografico, la storia illustrata e il fumetto.

Partecipi sin dalle prime fasi del progetto, gli alunni del primo anno della Scuola secondaria di primo grado sono riusciti brillantemente a infondere vitalità ed entusiasmo — con i loro racconti — ai nostri amici del Convita, consapevoli della ricchezza delle esperienze a cui hanno potuto accedere grazie alle loro storie, ma anche dell’importanza di riflettere sulla propria identità come cittadini attivi del mondo.

Mara Munari

Prof.ssa di Italiano e di Storia

Vovó Nenê interpretata dall’educatrice e cantastorie Cristiane Velasco, mamma dell’alunna Dora

montale e convita O elo entre Montale e Convita. Dos jovens aos idosos, trocando histórias de vida. Contando vivências da imigração italiana em São Paulo com o olhar da antiga geração e contando o sentimento de ser um jovem da nova geração de 2020. Essas trocas foram recolhidas pela contadora de histórias Cris Velasco que, junto com a sua personagem Vó Nenê, fez uma curadoria e recontou trechos, reelaborou e integrou criativamente, com bom humor, os relatos.

Nos tempos da Vovozinha O que seria de nós seres humanos se não pudéssemos contar histórias?

Fomos feitos para comunicar e para compartilhar narrativas. E assim fizemos nesses meses de distanciamento social. A super Vó Nenê tornou os dias dos nossos alunos mais alegres e engraçados durante essa quarentena.

Essa vovó brincalhona e a sua neta, a contadora de histórias Cristiane Velasco, nos contaram tantas aventuras inspiradas na obra de Italo Calvino.

Foram momentos de afetividade, lúdicos, e pudemos conectar os alunos com as narrativas da tradição oral. Rimos, choramos, transformamos. Mas como foi que surgiu essa vovó divertida? A própria Cristiane nos contará!

M

inhas duas avós foram muito presentes na minha infância e o imaginário que plantaram em mim faz parte das histórias que conto hoje. Minha avó materna, Elizabeth, era missionária norte-americana e sempre morou comigo. Eu e minhas irmãs organizávamos rodízios para ver quem iria dormir em sua cama. Ela apagava todas as luzes e cantava uma parlenda em inglês que terminava assim: «Vamos para dentro da barriga da vaca?»

Lá na escuridão encantada, a Granny contava histórias... Meu maior medo era que ela morresse, mas quando isso realmente aconteceu, encontrei em mim uma coragem que desconhecia.

Já minha avó paterna, Yolanda, também me ensinou sobre medo e coragem, mas de um jeito bem tor-

to: era ela que me amedrontava. Essa “bruxavó” parecia um tiranossauro rex com um metro e meio de altura, a mão direita espalmada no coração, como se sentisse dores constantes e a esquerda buscando me pegar. Seu pai era siciliano, mas ela nasceu em São Paulo e morava na Vila Monumento.

Era praticamente analfabeta e falava aos berros um português “italianado”. Espargia todos com suas mágoas, lamentações, chantagens e maldições: «Se fizer marcriação, ingrata, Deus vai te dar o pago!»

A Vó Nenê, como ficou conhecida, chamava qualquer um de nenê, não importava a idade. A cozinha de sua casa era vermelha. Ela também. Tingia o cabelo de acaju, porque gostava de tudo «bem fantasiado, ornando», ou seja, combinando. Ela comia escondido, exagerava sempre. Depois passava mal do “estombro”, e ainda mentia de boca cheia: «Não comi nada, magina!».

Eu me lembro da sensação de sua mão gordurosa de salame, as unhas afiadas em cor de vinho agarrando minha infância. Ela me aprisionava em sua cama de viúva e, se eu ousasse escapar, ameaçava: «Fica com a vó, nenê, que se não o bicho sai por debaixo da cama e garra vossa canela!» Durante muito tempo desconfiei do silêncio do vão da cama...

Bem mais tarde, trabalhando com educação infantil, comecei a revisitar minha relação com ela. Como as crianças adoram histórias de vida, resolvi contar alguns casos da Vó Nenê, como por exemplo a mania dela por banho. Ansiosa pela janta, fechava

cedo as janelas da casa e berrava chamando as netas (Cristiane, Patrícia e Giuliana): «Crisê, Patê, Giulê! Vem tomar banhinho, nenê!»

Um dia percebi que a Vó Nenê já estava fazendo parte do imaginário das brincadeiras de alunos e alunas e, através do espelho das crianças, fui descobrindo sua graça! Passei a entrevistar minha avó, e ela adorou me contar suas histórias: «Lembrei de outra, nenê, tá gravando?» Meu pai diz que essas narrativas são inventadas, mas ela jura que aconteceram de verdade, o que para mim é o que menos importa. O fato é que hoje falamos a mesma língua macarrônica e juntas damos muita risada. Vó Nenê faz xales e belas rosas de crochê para meus figurinos que, segundo ela, todo mundo cobiça.

Há pouco, enviei uma mensagem perguntando sobre sua participação no projeto da Escola Eugenio Montale. Transcrevo aqui a resposta que ela gravou para mim: «Minha nossa vida, nenê, a vó tá tão orgulhosa que me dói até a garganta de alegria! Que beleza a companhia “das criança” na quarentena. E a vó, que nunca pôs os pé na Itália, pode viajar com as história, nenê. Agradece todo mundo! Avisa que, quando essa pandemia do pandemônio acabar, a Vó vai fazer uma visita por lá... Beijo, tichau!»

Cristiane Velasco

Educadora e Contadora de Histórias, mãe da aluna Dora REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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TIME MONTALE

Il cambiamento è inevitabile il miglioramento una scelta

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Lorenzo Gemma Direttore Amministrativo Scuola Italiana Eugenio Montale

a nostra scuola è un po’ come la nostra casa, dato il fatto che spesso ci definiamo come “Famiglia Montale”. Ora che la pandemia ha rotto la routine quotidiana del nostro lavoro, possiamo fare tutte quelle cose che abbiamo rimandato perché non c’era tempo.

Ed è questo lo spirito che ha mosso l’azione della Direzione amministrativa in questi mesi di pandemia che ci hanno immersi nel silenzio e nell’immobilità degli spazi scolastici.

Mettere in ordine, organizzare al meglio lo spazio, valorizzare quello che c’è conferendogli un aspetto diverso, con il proposito di condividere il valore della nostra esperienza formativa, ci ha spronati, inoltre, a togliere la polvere da qualche vecchio progetto per accompagnarlo al traguardo, ancora indefinito, del ritorno alla lezioni presenziali. E questo tempo che dedichiamo a tutte quelle cose che abbiamo rimandato non è un tempo vuoto o non produttivo. Questo tempo è un’opportunità straordinaria per fermarsi, misurarsi, capire dove stiamo andando, decidere se cambiare strada, coltivare lo spirito di gruppo in cui crediamo, esplorare con attenzione il nostro mondo didattico per trovare nuove soluzioni che migliorino il lavoro dei nostri collaboratori e l’apprendimento dei nostri alunni. Insomma, abbiamo

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deciso che il futuro comincia oggi e che noi, a dare il nostro contributo a questo futuro, non vogliamo rinunciare.

Ci siamo, siamo presenti, siamo vicini ai nostri associati e cerchiamo di vivere la difficoltà del momento con la massima responsabilità e disponibilità. Ci sono una serie di azioni chiave che stiamo mettendo in pratica per assicurare i nostri servizi scolastici e mantenere alto il loro livello. Monitoriamo l’efficacia di nuovi strumenti operativi da far conoscere ai genitori che si affidano a noi e studiamo nuove strategie di comunicazione. Sì, nuove strategie di comunicazione, proprio in questo momento. La voglia di migliorare è quello che ci distingue e vogliamo investirci anche in questo momento di difficoltà. La nostra scuola è un po’ come la nostra casa, a volte c’è bisogno di rinnovare il colore delle pareti.

Accettare la crisi e provare a pensarla come un’opportunità significa anche mettersi in discussione e domandarsi se abbiamo fatto abbastanza o se possiamo dare qualcosa in più in termini di competenza, affidabilità, chiarezza del linguaggio, gestione organizzativa e cura delle relazioni. La Montale è come la casa e come le persone, ha una personalità che cerca di rispondere al meglio alle esigenze di chi ci si affida per offrire un percorso formativo di valore.

Ecco, l’Eugenio Montale sta utilizzando questo tempo per mettere in luce la sua identità e prepararsi al dopo coronavirus con un salto di qualità: più informazione, più formazione, più attenzione, più persone, più esperienze da condividere con i nostri associati. C’è bisogno di futuro, noi cominciamo a costruirlo oggi, perché il cambiamento è inevitabile e il miglioramento è una scelta.

Lorenzo Gemma

Direttore Amministrativo della Scuola Italiana Eugenio Montale

CARTA DO MEMBRO DO COMITÊ DE GERENCIAMENTO

A escola dinâmica Renato Terzi Membro do Comitê de Gerenciamento

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á cerca de 2.400 anos Platão começou a reunir, em um jardim na cidade de Academos (daí a palavra “academia”), na Grécia, alunos interessados em determinadas matérias. No século XII, por mãos de um frei beneditino, nasce a provável primeira escola formal do mundo, com conteúdo definido, aulas regulares, salas e carteiras. Desde então, a educação dos jovens nunca mais parou de evoluir. E a dedicação de toda a sociedade à educação infantil tem um motivo que só se torna maior a cada dia. O conhecimento humano continua se expandindo e o domínio deste conhecimento é crítico para que um adulto consiga conviver e, em especial, contribuir com o coletivo.

Imagine, nos dias de hoje, uma pessoa que não tenha boas noções de matemática. Como organizará suas contas? Como decidirá pela melhor compra de uma casa, combinando tamanho, valor, forma de financiamento? Imagine que esta pessoa não tenha domínio de sua língua. Como apresentará suas ideias para os projetos que vai desenvolver? Como negociará questões simples sobre a realização do churrasco no final de semana, ou complexas, sobre uma decisão de investimentos no condomínio, na escola ou no trabalho? Mas não é apenas matemática e português, italiano, inglês, que são críticos.

Quantas vezes vemos – e já vimos – pessoas repetirem erros tão básicos, que figuram nos livros de História. O exército alemão perdeu a guerra contra o general inverno repetindo o erro do exército napoleônico. Atenção à aula de História teria mudado o rumo da nova história. Quando organizamos cada aula, que compõe um dia de escola que, por sua vez, compõe uma grade de uma série que, enfim, compõe o conteúdo curricular da Educação Básica, estamos construindo capacidade na mente dos jovens, para que possam atuar no dia a dia de suas vidas. Mas há ainda um outro grande objetivo para todo este esforço de educação: os jovens precisam chegar às universidades com as habilidades necessárias para que possam se aprofundar nos conhecimentos de suas carreiras. A grade curricular do MEC e o POF – Programma Operativo Formativo do MIUR italiano – reúnem todos os conhecimentos e habilidades que a escola se propõe a ensinar a seus alunos. O mundo evolui rapidamente e muitos novos conhecimentos e habilidades nascem todos os dias. Por isso a escola é uma entidade viva, dinâmica, inquieta por natureza, sempre se adaptando ao novo. Não pode ter medo de mudar todos os dias e evoluir.

Recentemente a Montale deu um enorme exemplo de adaptação e evolução, quando migrou toda a sua operação, sua dedicação, sua história, de um modelo presencial para um modelo remoto. Não foi sem dor assim como nenhum processo evolutivo é. Mas mostra porque a escola precisa, muito mais do que estar aberta às mudanças, ser agente de mudanças. Temos a liderança necessária para conduzir esta e outras mudanças na escola e continuaremos a mudar para cumprir o papel de formar nossos jovens para serem protagonistas éticos, responsáveis, capazes e corajosos da história que se escreverá no futuro.

Renato Terzi

Membro Associado Contribuinte do Comitê de Gerenciamento REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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GESTÃO PARTICIPATIVA

Autorità, Fondatori, Benemeriti e Direzione Consolato Generale d’Italia a San Paolo Filippo La Rosa - Console Generale

Associati Fondatori BERTOLINI Riccardo BERTOLINI Alfonsa CROSO Edgardo GENTILINI Palmiro GHERSI Lorenzo MATTOLI Socrate ROBERTO Alberto ROBERTO Paola

Associati Benemeriti

Aceto Vidros e Cristais Ltda Aeda – Alfio Paglia Alitalia – Carlos Antunes Alufer S.A. Estruturas metálicas – Guido Palenga Anna Maria Barrucci Ansaldo – Affonso Jose Jannone Associação Italia per San Paolo – Graziano Messana Associação Umbri do Brasil – Benedetti Sandro Isidori Banco Bradesco – Octavio de Lazari Jr. Campari do Brasil – Carlos Moura Cia Agrícola Grama – Tommaso Leonetti Cicap Administração de bens Ltda – Paolo Papaiz Circolo Italiano – Sandin Bruno Amadei Fabio Perini S.A. Fiat Chrysler Automóveis – Davide Mele Firpavi – Milena Gasco Generali do Brasil – Stefano Convertino Giuseppe d’Anna Grupo Comolatti – Sergio Comolatti 36

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Impregilo SpA – Fabio Paulon Instituto Cultural Ítalo-brasileiro ICIB – Marzio Arcari Istituto Italiano di Cultura – Michele Gialdrone – Direttore Generale

NDM Participações e empreendimentos

Ltda – Nildo Masini Nelson Castro Pandurata Alimentos Ltda – Luigi Bauducco Patronato Assistencial Imigrantes Italianos – Paolo Papaiz Pedreira Mariutti – Dante Mariutti Pirelli Pneus Ltda – Paul Hemberty Popait Participações Ltda – Paolo Papaiz Prodec – Thierry Ferreira Caradec Raymundo Magliano Saipem do Brasil – Flavio Piccio Sandra Papaiz Velasco Scac S.A. – Angelo Vecchi Unicredito Italiano Unilever Zanemp Empreendimentos SC Ltda – Fabio Zanella

Comitato Gestore (2018-2020) Rappresentante del Consolato Generale d’Italia

Monica Faggionato

Membri Consiglio Consultivo

Giuseppe d’Anna – Presidente Benemeriti Alfio Paglia – AEDA Carlo Molina – Instituto Italiano de Cultura Nelson Castro – Associato benemerito Sandra Papaiz Velasco – Presidente Comitato Gestore

Sandro Isidori Benedetti – Associação Umbri do Brasil Suplentes: Paolo Papaiz – CICAP Graziano Messana – Associação Italia per San Paolo

Membri Associati Contribuenti Elio Colombo Jr. – Vice Presidente Abner Oliva Adriana Cristina Corsari Prado Alexandre de Carvalho Camara Maurizio Casalaspro Renato Bueno Terzi

Membri Consiglio Fiscale

Carlos Augusto Militelli Fernanda Gaeta Lopes de Carvalho Camara

Direzione

Pedro Ramos – Direttore Generale Paola Capraro – Direttrice Didattica Italiana Lorenzo Gemma – Direttore Amministrativo

A VOZ DOS ALUNOS

Acima: Augusto Renan G. Gonçalves

Acima: Catherine B.B. Lins

Acima: Cecilia A.Chinelatto

Acima: Valentina Innocente

N Acima: Mathias P. Benatti

Acima: Mathias Porretti

a Montale é dada grande atenção ao aspecto da criatividade e do senso crítico do aluno, pois o futuro será sempre mais um desafio ligado à resolução de problemas, criatividade, escuta ativa e empatia.

Mas como fazer em tempos de distanciamento físico? Com curiosidade e sensibilidade é possível. No mês de maio os alunos da Classe IV Liceo se envolveram num projeto significativo com a Prof.ª Adriana Grasso (Língua e Literatura Italiana e Latina). Tratou-se de uma atividade educacional que permitiu ao aluno uma reflexão sobre o nosso atual momento de pandemia e distanciamento social, assim como lhe permitiu aprender a usar ferramentas digitais, estimular a própria imaginação, observação, reflexão.

Olhar criativo Além disso, possibilitou brincar com a literatura italiana e com a filosofia latina de uma forma criativa e diferente, transcodificando para a imagem fotográfica e artística pensamentos e citações do poeta italiano Giacomo Leopardi e do filósofo latino Sêneca.

Isso foi feito a partir de um momento individual e crítico do próprio aluno referente à pandemia e à atual realidade cotidiana. As imagens capturadas pelos alunos precisam de uma escuta paciente e as citações têm a função de acompanhá-las conectando-se por analogia ou oposição.

Então convidamos a todos para desfrutar das obras dos alunos, com esta escuta paciente e reflexiva!

Acima: Danilo Veronesi

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ENCONTRO MEMORÁVEL

Solidariedade um dos princípios da nossa escola

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urante o distanciamento social, a Escola Eugenio Montale, junto à Associação Italia per San Paolo, famílias e instituições, teve o orgulho em abraçar a campanha que apoiou os médicos que se encontram na linha de frente do combate à pandemia.

Ativamos a nossa rede para ampliar ao máximo as oportunidades de contribuição a esta honrosa causa. As contribuições com muita satisfação vieram. Pequenos gestos de solidariedade para quem se sacrificou e ainda combate na linha de frente.

Um desses heróis na linha de frente é a Dra. Cintia Lucchini, mãe de um dos nossos alunos, e que junto a outros médicos estão enfrentando a pandemia.

Como testemunho de sua experiência, segue um trecho da entrevista feita pela Prof.ª Adriana Grasso.

Tivemos apoio de pais, professores e da Associação Italia per San Paolo

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Adriana: Bom dia, Dra. Cintia. Antes de tudo gostaria de prestar a minha homenagem aos profissionais que como você atuam na linha de frente do combate ao Covid-19.

Dra. Cintia: Bom dia, Adriana. Muito obrigada pela preocupação e pelo interesse. Fico muito lisonjeada com sua homenagem.

Adriana: Dra. Cintia, a pandemia de coronavírus impôs mudanças à rotina de toda a população, mas para os profissionais de saúde o impacto é ainda maior. Quais foram as mudanças que você precisou fazer para evitar riscos?

Dra. Cintia: Formamos alguns grupos de colegas para suporte mútuo, especialmente as médicas que são mães e precisariam eventualmente se isolar dos filhos e que, como eu, não contavam com o apoio de avós devido ao risco ligado ao vírus. Começamos a procurar um imóvel para alugar nas proximidades dos hospitais onde mais trabalhamos (Morumbi) para que pudéssemos ficar longe da família, a fim de protegê-la. Foi difícil encontrar imóveis para alugar por um período de tempo breve e imprevisível, mas com apoio de amigos encontramos e estamos nesse apartamento alugado onde podemos ter um apoio e nos isolar. Logo no início, minha única filha Valentina, que tem 2 anos e 10 meses, começou a apresentar sintomas de sofrimento emocional e desde então eu uso o apartamento alugado somente nos dias que estou de plantão.

Em casa, além de usarmos máscara e de tomarmos cuidado deixando as roupas usadas no hospital na casa alugada, não permitimos que nenhuma criança se aproxime da Valentina e de todos nós, já que estamos muito mais expostos ao vírus pois eu tenho contato direto com os pacientes infectados. Minha filha não pode acompanhar

as aulas online porque eu não consigo segui-la.

No trabalho ­— apesar de eu ser especialista em Ànestesiologia e UTI — não fazia plantões em UTI há alguns anos e me dedicava somente à anestesiologia, com uma carga horária menor. Com a pandemia fui chamada como “voluntária” em UTI e me senti no dever de colaborar, mas a mudança na rotina foi radical. A rotina como anestesista foi totalmente substituída, vista a impossibilidade de realização de cirurgias eletivas, por plantões fisicamente e psicologicamente muito desafiadores.

Adriana: Como surgiu a oportunidade de receber um apoio solidário da Montale?

Dra. Cintia: Logo no início, informei a escola que a Valentina sairia das aulas antecipadamente pois eu já previa contato com pacientes infectados.

Com a dificuldade de encontrar apartamentos no Morumbi, pedi ajuda para a escola através da coordenação e diretoria, que imediatamente foram solícitos, e enviamos um e-mail aos pais e colaboradores perguntando sobre a possibilidade de encontrar um imóvel para alugarmos nesse período.

Dra.Cinthia Lucchini com a filha Valentina, aluna da Montale

Adriana: Certo. E como foi para você poder contar com o suporte da escola?

Dra. Cintia: A resposta da “Comunidade Montale” foi extremamente generosa e positiva, recebemos inclusive ofertas de apartamentos sem cobrança!

Algo que não esperávamos. Tivemos apoio de pais, professores e da Associação Italia per San Paolo que contribuiu economicamente conosco. Além de nos ajudar com a acomodação pudemos fazer cestas básicas para ajudar as famílias de pacientes de uma UBS onde uma das colegas do grupo trabalha.

Encontrei na escola exatamente o que buscava: não somente um local para ensino de matérias e preparação de um curriculum, mas uma família e um ambiente onde minha filha possa aprender valores como respeito, empatia, solidariedade e união.

Essa união de forças, de pessoas desconhecidas, por um interesse comum, foi a maior certeza que fizemos a escolha certa para ela e para nós. A sensação de pertencer e ser importante para a nossa Comunidade foi um dos maiores bônus que essa pandemia trouxe para mim. Sou muito grata. Logo superaremos essa fase com a sensação de dever cumprido, por todos nós.

Encontrei na escola [...] não somente um local para [...] preparação de um curriculum, mas uma família e um ambiente onde minha filha possa aprender valores como respeito, empatia, solidariedade e união.

REVISTA IL GIRASOLE 1º SEMESTRE 2020

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