Um convite para composição de um trio curatorial (inter/multi/cross/transdisciplinar) para o Abre-Alas 11 edição / 2015. Um desafio lançado para a leitura simultânea (individual e em conjunto) de 319 portfólios que resultam em 42 selecionados. Em contato com os artistas, agora discutindo trabalhos específicos e formas de apresentação pública de propostas enquanto esse texto é escrito, penso em “sincretismo poético”. Esse recorte curatorial, fruto de proposições artísticas diversas (e não raras vezes mistas), oriundas de pontos geográficos distintos e não restritos ao contexto brasileiro, apresenta-se contra o estabelecimento de regras ortodoxas para a construção de uma narrativa única que unifique propostas (mesmo uma colorida história pré-carnavalesca repleta de bom humor). A aposta curatorial dessa edição é a livre experimentação para dar voz e impulso à produção artística recente e em processo de formação, escapando às categorizações prévias e apoiando a necessidade constante de reinvenção da arte nas suas possibilidades de encontros (e, por que não, desencontros). Aqui, navegamos (ou sambamos, se preferirem) em uma multiplicidade de proposições artísticas que sobrepõem fronteiras (inclusive as bordas entre público e privado nas ações de performance), misturamos confete com serpentina (com algum glitter, por favor) para ver no que que dá. Alalaô para a leveza e diversão nesse início de 2015 (e que siga assim, saravá é água mineral). Evoé!
Daniel Steegmann Mangrané Livia Flores Michelle Sommer 5