Abre Alas 12 | Catálogo

ABRE ALAS

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Alice Ricci Aline Motta André Burian Dani Spadotto Diogo Miranda Dudu Quintanilha Florencia Caiazza Gokula Stoffel Grupo Indigestão Guilherme Ginane Janaína Miranda Jardineiro André Feliciano Leandro Machado Luisa Brandelli Malvina Sammarone Renato Custodio Simone Cupello Tchelo Victor Mattina Yornel Martinez

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A GENTIL CARIOCA _ Rio de Janeiro, 2016

ABRE ALAS 3

#ôabrealasqueeuqueropassar

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Abre Alas 12, 30/01/2016

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Texto curatorial Curatorial text

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Alice Ricci

10 Aline Motta 12 André Burian 14 Dani Spadotto 16 Diogo Miranda 18 Dudu Quintanilha 20 Florencia Caiazza 22 Gokula Stoffel 24 Grupo Indigestão 26 Guilherme Ginane 28 Janaína Miranda 30 Jardineiro André Feliciano 32 Leandro Machado 34 Luisa Brandelli 36 Malvina Sammarone 38 Renato Custodio 40 Simone Cupello 42 Tchelo 44 Victor Mattina 46 Yornel Martinez

curadoria de curated by Adriana Varejão, André Sheik e Paula Borghi

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#gratidãogeral #éprecisosaber #queéprecisoinventarmaneirasdepensar #empoderamento #osartistasdobrasiledomundoaqui #riodejaneiro #emqualquerlugar #vivaoabrealas #vivaopensamentolivre #artistaemação #gratidãoadrianavarejãopaulaborghiandresheik #aldeiagentil #quebraropoder #reinventar #tatuagem #tintadejenipapo #foracunha #encruzilhada #rosa #relva #elsagentil #emvoltadafogueira #tridentegentil #encontraradelicadeza #azul #éguerra #síntese #igualitário #amaratodos #meuamigosecreto #comoviverjuntos #educação #oinfernosãoosoutros #saara #esteabrealastádefudê #palmas #esculpir #maquiagem #ináciodasilva #praçatiradentes #aumentaosom #arte #acabouodinheirodacultura #tristezanãotemfim #comeninguém #oratoeaonça #igualdadedegênero #rapé #generosidade #lovewins #cinturalho #dançaratéacalçacair #échuva #artesanatotambém #opetróleoénosso #tôcontigo #agentilcarioca #carnaval #alemanha7brasil1 #éissoaí #valeuequipegentil #mamilolivre #beleza #misty #amormaravilha #mujer #hombre #todos #espiritualidade #acabouochorare #cachaça #jukebox #orgasmolivre #páracomestaporra #ligaosomaí #cristaisdoamor #sejambemvindossempre #amamosvocês #haux #lauramárcioeneto

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Uma das coisas mais prazerosas de trabalhar com arte é conhecer

novos artistas. É muito bom quando nos deparamos com um trabalho que realmente nos toca, especialmente por sua potência, e não pela carga semântica de sua assinatura. Quando essa experiência acontece, é o momento em que vale a pena dedicar-se a arte. Claro que todo trabalho tem seus lados bom e ruim, mas esse é o aspecto da maravilha, da experiência sem julgamento, da fruição, da beleza e do encantamento à primeira vista. E que sensação linda é essa… É inspirado por essa sensação que apresentamos o Abre Alas 12, com artistas apaixonantes, que trabalham dentro de um viés de experimentação e de busca por uma voz própria. Artistas que fazem isso de maneira encantadora, séria e consistente. E o que pode parecer uma escolha romântica, de obras que aparentam não dialogar entre si, é um conjunto que representa o espírito de um tempo: do agora. Claro que é um dos recortes possíveis, dentro apenas das propostas que nos foram enviadas. Fomos guiados pelo envolvimento que tivemos com os trabalhos selecionados, pela vontade de vê-los ao vivo e de poder compartilhá-los.

Se, durante o processo de seleção, olhamos os portfólios e as propostas procurando identificar, dentro da produção de cada artista, coerência entre pensamento, poética, linguagem, ideias, conceitos e técnica, é só agora, com a exposição montada, que realmente podemos vivenciar nossas decisões.

Assim, temos o prazer de apresentar os trabalhos dos 20 artistas gentilmente acolhidos neste cortejo de arte e celebração. Ô, ô, ô, o Abre Alas chegou!

Calorosamente,

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Adriana Varejão André Sheik Paula Borghi

One of the most pleasurable things about art is getting to know new artists. It is

great when we see a work that really touches us, especially when it is due to its power, and not due to the semantic charge of its signature. These are the moments when it is worth dedicating oneself to art. Of course every line of work has its good and bad parts, but this is the moment of wonder, experience without judgement, fruition, beauty and love at first sight. And what a wonderful feeling it is...

It is with this sensation in mind that we present Abre Alas 12, with inspiring artists who work with experimentation and in search of their own voice. Artists who do this in an enchanting, serious and consistent way. And what may seem a romantic choice of works that do not seem to dialogue with one another, is a collection that represents the spirit of a time: the now. It is of course only one possible reflection within the works that were sent to us.

We were guided by the involvement that we had with the selected works, by our wish to see them exhibited and to be able to share them.

If during the selection process we looked at the portfolios and proposals and tried to identify a consistency between thought, poetry, language, ideas, concepts and technique within the work of each artist, it is only now with the exhibition in place that we can really experience our decisions. It is on this note that we are pleased to present the works of 20 artists, genteelly welcomed to this procession of art and celebration. Ô, ô, ô, o Abre Alas is here!

Warmly, Adriana Varejão André Sheik Paula Borghi

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Alice Ricci

Meu interesse é desenvolver e evidenciar procedimentos artísticos a partir de jogos e repetições que construo apropriando-me de informações visuais. Trabalho com desenho, meios impressos e objetos cotidianos. Conceitualmente, pretendo que o que faço seja uma reflexão sobre o esforço, a mecânica de trabalho, o tédio e a monotonia.

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I’m interested in developing and demonstrating artistic procedures from games and repetitions that I build while appropriating visual information. I work with drawings, prints and everyday objects. Conceptually, my intention is that my work becomes a reflection on effort, on mechanical work, boredom and monotony.

h Sem título, 2015 / desenho com caneta permanente e colagem s/ papel / 30 x 26 cm Untitled, 2015 / drawing with permanent pen and collage on paper / 30x26 cm

Alice Ricci (São Paulo, 1985) é pós-graduada em Estéticas Tecnológicas na PUC - São Paulo e graduada em Artes Visuais na FAAP. Vive e trabalha em São Paulo.

j Sem título, 2015 / desenho com caneta permanente e colagem s/ papel / 30 x 26 cm Untitled, 2015 / drawing with permanent pen and collage on paper / 30x26 cm

Alice Ricci (São Paulo, 1985) is a postgraduate in Aesthetic Technologies at PUC - São Paulo and graduated in Visual Arts at FAAP. She lives and works in São Paulo.

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Aline Motta

Poupatempo, 2015 / 2’47” / vídeo Timesaver, 2015 / 2’47” / video

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Aline Motta trabalha no Rio de Janeiro e em São Paulo. Abordando questões que envolvem identidade, cotidianidade e as relações entre o espaço público e o privado, sua investigação combina diferentes técnicas e práticas artísticas, mesclando fotografia, vídeo, animação e arte sonora.

Aline Motta is a visual artist based in Rio de Janeiro and São Paulo who explores identity, routine and the relations between public and private spaces, working mainly with photography, video, animation and sound art.

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André Burian

h

Seomar é um artista psicótico inventado por André Burian. Pintor natural, vocacionado e dependente, Seomar produz muito, sem sentido, sem motivo, sem noção.

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Seomar is a psychotic artist created by Andre Burian. A natural, vocational and addicted painter, Seomar produces a lot, without reason, without meaning or goals.

Sem título, 2015 / óleo sobre papelão / 38 x 34 cm Untitled, 2015 / oil on cardboard / 38 x 34 cm g Sem título (detalhe), 2015 / óleo sobre papelão / 40 x 22 cm Untitled, 2015 (detail) / oil on cardboard / 40 x 22 cm

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Dani Spadotto

14 Dani Spadotto, SP - 1978. Vive e trabalha em São Paulo.

Dani Spadotto, SP – 1978. Lives and works in São Paulo.

Caçamba-Piscina, 2012 / instalação urbana Skip-pool, 2012 / urban intervention 15

Diogo Miranda

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caminhos cruzados

crossed paths

sacolinha

little bag

presenciaram muitas coisas junto, entre elas, o destino das pessoas que entraram na vida do crime através do tráfico de armas e drogas. o pacto que fizeram na adolescência era de que nenhum deles iria se envolver com qualquer tipo de coisa que levasse ao caminho do mal. é claro que não viraram santo, mas seguiram à risca este pacto.

they witnessed many things together, among them, the fate of people who entered the life of crime through arms and drugs trafficking. the covenant that was made in adolescence was that none of them would be involved with any sort of thing that led to a bad path. of course they didn’t become saints, but they followed this pact to the letter.

The animal Manoel Bandeira

O bicho Manoel Bandeira

Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato.

Yesterday I saw an animal On a filthy hallway Searching for food between the garbage.

When it found something It did not inspect or smell it: Just swallowed it with voracity.

The animal was not a dog, Or a cat, Or a rat.

The animal, my Lord, was a man!

O bicho, meu deus, era um homem.

Diogo Miranda (Goiânia, 1976). Vive e trabalha em Goiânia, GO. Sem título, 2015 / técnica mista sobre papel / 60 x 44 cm Untitled, 2015 / mixed media on paper / 60 x 44 cm

Diogo Miranda (Goiânia, 1976). Lives and works in Goiânia, GO.

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Dudu Quintanilha

18 Variações, da série Ingovernáveis, 2015 /

com Alessandro Lins Dos Anjos / vídeo / 21’24” / projeção em tecido de algodão cru

Variações, from the series Ingovernáveis, 2015/ with Alessandro Lins dos Anjos / video / 21’24’’ / projection on cotton fabric

Construído sobre uma engrenagem de baixo custo, esta fórmula, que às vezes é falsa retórica, aqui é um antídoto. Para que não restem dúvidas, Quintanilha afirma com sua voz, em algumas passagens dos vídeos que são apresentados em repetição: “Isso é arte povera” e, em seguida, transmutam frases como “tropical / adoçado”. Então, vamos ver que nada parece estranho ao contexto em que é filmado; Ele está projetando recursos materiais a uma chave dinâmica ecológica.

Em Ingovernáveis nunca achamos um processo para uma peça final. Quintanilha se recusa a gastar uma energia de atuação que repita o ensaiado. Osias Yanov.

Built on a low-cost gear, this formula, which is sometimes false rhetoric, here is an antidote. For the avoidance of doubt, Quintanilha says with his voice, in some passages of the videos that are presented in repetition: “That’s Arte Povera “ and, then, transmutes phrases like “tropical / sweetened “. So we see that nothing seems strange related to the context in which it is filmed; He is projecting material resources on key ecological dynamic.

In Ingovernáveis (Ungovernables) we never find a process for a final piece. Quintanilha refuses to spend a performatic energy that repeats what is rehearsed.

Osias Yanov.

Artista multidisciplinar. Nasceu em São Paulo em 1987. Vive e trabalha em São Paulo. Estudou na Universidad DiTella e Centro de Investigaciones Artísticas, Bs.As. Multidisciplinary artist. Born in São Paulo in 1987.

Lives and works in São Paulo. Studied at the Universidad DiTella and Centro de Investigaciones Artísticas, Buenos Aires.

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Florencia Caiazza

Florencia Caiazza nasceu em Buenos Aires, 1982.

Vive e trabalha em Buenos Aires.

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Florencia Caiazza was born in Buenos Aires, 1982. Lives and works in Buenos Aires.

Sem Título, 2015 / instalação composta por modelos de papel preenchidos com cimento / dimensões variáveis Untitled, 2015 / installation of paper moldes filled with cement / variable dimensions

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Gokula Stoffel

Gokula Stoffel nasceu em Porto Alegre, 1988. Vive e trabalha em São Paulo.

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Gokula Stoffel was born in Porto Alegre, 1988. Lives and works in São Paulo.

Scroll, 2015 / óleo sobre tela, tripés e barra de alumínio / 275 x 270 x 162 cm Scroll 2015 / oil on canvas, tripod and aluminum bar / 275 x 270 x 162 cm

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Grupo Indigestão

Workshop de encher linguiça fina, 2016 / Happening Filling thin sausage workshop, 2016 / Happening

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O trabalho do grupo INDIGESTÃO é um laboratório de práticas transversais e ordinárias, consideradas insignificantes, sem reconhecimento para enaltecê-las, sabendo que devemos aprender a olhar os modos de fazer fugidios e modestos, que muitas vezes são o único lugar de inventividade possível do sujeito. Workshop de encher linguiça fina é um happening/oficina onde ensinaremos o processo de encher uma linguiça de verdade, com diferentes conteúdos que as pessoas poderão intervir e rechear enquanto discutimos questões análogas tanto ao processo em si quanto à própria arte e seus meandros.

Ao fim é oferecida uma degustação da iguaria aos participantes.

The work of the INDIGESTION group is a laboratory of cross and common practices, considered insignificant with no recognition to exalt them, knowing that we must learn how to look to fleeting and modest ways of making things, which are often the only space for subjective inventiveness. The Workshop to fill fine sausages is a happening in which we will teach the process of filling a real sausage with different fillings where people will be able to intervene and fill sausages as we discuss issues relating to both the process itself as well as art and its intricacies. At the end a tasting of delicacies is offered to participants.

O grupo INDIGESTÃO é formado por Clarice Steinmuller, Guto Valentin, Noemi Assumpção e Rafael Perpétuo com a proposta de criar um trabalho colaborativo a partir de conceitos-chave como cozinha, experimentalismo, absurdo, vômito, intervenção e participação.

The INDIGESTION group is made up of Clarice Steinmuller, Guto Valentin, Naomi Assumption and Rafael Perpetual with the proposal to create a collaborative work from key concepts such as cooking, experimentalism, the absurd, vomiting, intervention and participation.

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Guilherme Ginane

Pássaros, 2015 / óleo sobre tela / 40 x 60 cm Birds, 2015 / oil on canvas / 40 x 60 cm

Guilherme Ginane, é artista plástico. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Gama Filho com Habilitação em Design (2005).

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Guilherme Ginane is a visual artist. Lives and works in Rio de Janeiro. He graduated in Social Communication with emphasis in Design at Gama Filho University in 2005.

Sem título, 2015 / óleo sobre tela / 40 x 60 cm Untitled, 2015 / oil on canvas / 40 x 60 cm

Cebolas, 2015 / óleo sobre tela / 40 x 60 cm Onions, 2015/ oil on canvas / 40 x 60 cm

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Janaína Miranda As paisagens de Janaína Miranda são essencialmente desnaturadas, e, sua fatura é organizada segundo uma estrutura formal: suas fotografias são predominantemente ortogonais, com uma predileção pela perspectiva frontal, qualidade reforçada pela disposição em gride. Raras são suas paisagens obliquas ou diagonais; suas imagens não resultam de vislumbres, relances, espiadelas ou olhares periféricos. Antes, elas confrontam o sujeito, reivindicando seu olhar como uma aparição inescapável e, no entanto, mesmo sob esse registro direto e frontal, algo nelas resiste, permanece parcialmente ininteligível (Excerto do texto “Outras paisagens”, de Matias Monteiro, 2015).

Janaina Miranda’s landscapes are essentially unnatural, and her procedure is organized in a formal structure: her photos are predominantly orthogonal, with a predilection for frontal perspective, with their quality enhanced by the layout in a grid. Oblique or diagonal landscapes are rare; her images do not result in glimpses, glances, or peripheral views. They confront the subject, claiming her perspective as an inescapable appearance and yet, even in this direct and frontal record, something resists in them, remains partially unintelligible (Excerpt from the text “Outras paisagens”, by Matthias Monteiro, 2015).

Janaína Miranda (Brasília, 1988) integrou o Programa Práticas Artísticas Contemporâneas na EAV Parque Lage. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

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Janaina Miranda (Brasilia, 1988) was part of the Contemporary Artistic Practices at EAV Parque Lage. She lives and works in Rio de Janeiro.

Mostruário Natureza, 2016 / site specific / estrutura de alumínio branca, rolos de adesivo vinílico e etiquetas em metalex / 170 x 70 x 60 cm Nature Showcase, 2016 / site specific / white aluminum frame, vinyl adhesive rolls and labels in Metalex / 170 x 70 x 60 cm

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Jardineiro André Feliciano

NYV Subway Floraissance JUMP, 2015 / vídeo / 3’53” NYV Subway Floraissance JUMP, 2015 / video / 3’53”

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André Feliciano não trabalha como artista, mas como jardineiro-de-arte. Em seu trabalho, ele cultiva o Florescimento: começamos a viver em uma sociedade não-contemporânea, a longo prazo!

André Feliciano doesn’t work as an artist, but as an artgardener. In his work, he cultivates Flowering: we are starting to live in a non-contemporary society, for the long-term!

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Leandro Machado

O prato, 2015 / impressão em papel fotográfico sobre foam board / 50 x 70 x 0,5 cm The plate, 2015 / printing on photographic paper on foam 32 board / 50 x 70 x 0.5 cm

Nasci pois me sonharam um país. Pedra que dá som, poça d’água da chuva, folhas de Aruanda, relâmpago, trovão, voo de urubu - antes mesmo do instante em que me macunacaí no mundo. Respiro e penso que respiro e penso que rexpiro e penso - em Porto Alegre, oh, RS! I was born because they dreamed me a country.

A stone that makes sound, a puddle of rainwater, Aruanda leaves, lightning , thunder, the flight of a vulture - even before the instant in which I macunacaí-ed in the world. I breathe and think that I breathe and I think that I breathe out and think - in Porto Alegre, oh, RS!

Leandro Machado nasceu em Porto Alegre em 1970. Pintor [UFRGS, 2003]. Especialização em Saúde Mental [HPSP - RIS - ESP/RS, 2007].

Leandro Machado was born in Porto Alegre in 1970.

Painter [ UFRGS , 2003 ]. Specialization in Mental Health [ HPSP - RIS - ESP / RS, 2007 ].

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Luisa Brandelli

“Brandelli flutua pelo mundo em um eterno estado de prazer e desconfiança. Ela clama que olhemos o mundo com um pouco mais de graça e brinca com as coisas que encontra por aí. “Não imagine que precise ser triste para ser militante”, disse Foucalt. Há muito de lúdico, do jogar e do brincar em sua obra, e isso não a torna menos política. (…) Há humor e ironia no diálogo entre as camadas que compõem as obras. “Alta” e “baixa” cultura. “Centro”, “periferia”. “Luxo”, “lixo”. Ponha-se mais e mais aspas. Onde está seu Deus (Gosto) agora? É disso mesmo que se trata a arte e o bom gosto? Rá rá rá. Levem-se menos a sério. Nos levemos menos a sério.

“Cela n’a pas d’importance”, repetia continuamente Marcel Duchamp, sobre a vida e sobre a arte.” (Dinato, 2015)

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Tchan, 2015 / latão / 21,5 x 97,5 x 4 cm Tchan, 2015 / tin / 21,5 x 97,5 x 4 cm

“Brandelli floats around the world in an eternal state of pleasure and suspicion. She cries out for us to look at the world with a little more grace and she plays with the things she finds lying around.

“Do not think that one has to be sad in order to be militant”, Foucault said. There is plenty of playfulness, of playing and games in her work, and this doesn’t make it less political. ( ... ) There is humor and irony in the dialogue between the layers that make up the works. “High” and “low” culture. The “center”, the “periphery”. “Luxury”, “junk”. Put more and more quotation marks. Where is your God (Taste) now? Is that really what’s art about, good taste? Ha ha ha. Take yourself less seriously. Take ourselvess less seriously. “Cela n’a pas d’importance”, Marcel Duchamp continuously repeated, about life and about art.” (Dinato , 2015) Luisa Brandelli nasceu em Porto Alegre, 1990.

Vive e trabalha em São Paulo.

Luisa Brandelli was born in Porto Alegre, 1990. Lives and works in São Paulo.

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Malvina Sammarone Idéias de movimento, simetria, inversão, repetição, circularidade, são usados como mecanismos criativos, a fim de gerar “crises” em estruturas conhecidas, usando as possibilidades e limitações do corpo. E este, o corpo, como uma ferramenta de medida para inscrever geometrias, figuras, números, através do movimento que será executado pelo tempo que fluir a consciência, naquele período contínuo e indefinido no qual os movimentos irão acontecer.

Ideas of movement, symmetry, inversion, repetition, circularity, are used as creative mechanisms in order to generate “crises” in already known structures, using the possibilities and limitations of the body. And this, the body, is used as a measurement tool to inscribe geometries, figures, numbers, through movement that will be executed for as long as consciousness flows, in that continuous and indefinite period in which the movement will happen.

Malvina Sammarone, vive e trabalha em São Paulo. É uma artista visual que transita pelo desenho, fotografia e vídeo.

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Malvina Sammarone, lives and works in São Paulo. She is a visual artist that works with drawing, photography and video.

Caderno_desenho #34, 2013-2014 / video / 6’40” Sketchbook_drawing #34, 2013-2014 / video / 6´40´´

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Renato Custodio Destrói-se o velho, constrói-se o novo.

Fotografa-se o velho, fotografa-se o novo. Detalhes são sobrepostos e formas geométricas aparecem. Uma pintura no chão das fotografias é composta de módulos de azulejos, uma performance de skate interpreta a obra.

The old is destroyed, the new is built. The old is photographed, the new is photographed. Details are superimposed, geometric shapes appear.

A painting on the floor of the photographs is composed by modules made of tiles and a skating performance interprets the work.

Renato Costa Custodio nasceu em São Paulo, 1981. Vive e trabalha em São Paulo.

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Renato Costa Custodio was born in São Paulo, 1981. He lives and works in São Paulo.

C41, 2016 / impressão fotográfica sobre painéis de madeira e acrílico / dimensões variáveis C41, 2016 / Photo printing on wooden panels and acrylic / variable dimensions

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Simone Cupello

Sem título, da série Bilocações, 2013-2016 / fotografias

40 incrustadas na parede / dimensões variáveis

Untitled, from the series Bilocações, 2013-2016 / photographs embedded in the wall / variable dimensions

Artista visual e editora de vídeos. Estudou cinema na Itália e Espanha e frequentou grupos de estudo de arte contemporânea. Atualmente integra a Mostra Bienal Caixa de Novos Artistas (itinerante).

Visual artist and video editor. She has attended cinema courses and contemporary art study groups in Italy and Spain. She is currently displaying her work in the Mostra Bienal Caixa de Novos Artistas (traveling exhibition).

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Tchelo

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A pesquisa de Tchelo é direcionada à invenção de regras e procedimentos para produção artística, sistemas que determinam a forma que suas obras tomam. Com isso, estuda as possibilidades do desenho ao investigar processos de deslocamento, movimento, evolução e ritmo por meio da repetição, acúmulo, desagregação e reconfiguração de informações e experiências. O artista usa frequentemente a linha pois identifica sua inevitável ligação à maneira como percebemos forma e conteúdo do mundo à nossa volta. Elemento puro que alcança significados antagônicos, a linha pode unir ou dividir, pode ser caminho ou fronteira, unidade ou sequência, corpo, espaço ou tempo.

Tchelo’s research is directed to the invention of rules and procedures for artistic production, systems that determine the form his works take. Thus, he studies the possibilities of drawing by investigating displacement processes, movement, evolution and rhythm through repetition, accumulation, disintegration and reconfiguration of information and experiences. The artist often uses the line since it identifies its inevitable connection to the way we perceive form and content of the world around us. It’s pure element that reaches antagonistic meanings, the line can unite or divide, can be path or border, unit or sequence, body, space or time.

Tchelo nasceu em 1968 na cidade de São Paulo, onde vive e trabalha. É graduado em Comunicação Social pela ESPM. Circunspecto, 2015 / esfera de madeira queimada, cordão e prego / 130 x 130 x 50 cm Circumspect, 2015 / sphere of burned wood, string and nail / 130 x 130 x 50 cm

Tchelo was born in 1968 in São Paulo, where he lives and works. He graduated in Social Communication from ESPM.

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Victor Mattina Usamos as pinturas de Victor Mattina para investigarmos nossos cérebros, como se descascássemos uma cebola até sua menor parte nuclear. Assim, encontramos um corpúsculo atômico, uma espécie de micro glândula que secreta um hormônio do qual nada sabíamos. Após acessar esta substância, passamos a acordar sobressaltados e atentos a um som novo – um zumbido grave, que vem do encontro dos pés com o chão. Na noite passada, para nosso pânico, distinguimos a intenção deste ruído ao se manifestar. Trata-se do estouro desembestado de uma boiada infinita que nos atropela dia após dia.

We use the paintings of Victor Mattina to investigate our brains, as if we peeled an onion to its nuclear core. Thus, we find an atomic corpuscle, a kind of micro gland that secretes a hormone about which we knew nothing. After accessing this substance we now have a rude awakening and are aware of a new sound - a deep buzz that comes from feet meeting the ground. Last night, to our panic, we distinguished the intent of this noise while it was manifesting itself. This is the explosion of an endless flow cattle that runs us over every day.

Victor Mattina nasceu no Rio de Janeiro, 1985.

Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Foi selecionado para a Bolsa Pampulha no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte.

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Victor Mattina was born in Rio de Janeiro, 1985. He lives and works in Rio de Janeiro. He was selected for the Pampulha Grant at the Museu de Arte Pampulha, in Belo Horizonte.

O Idiota #2, 2015 / óleo sobre tela / 78,2 x 130,6 cm The idiot #2, 2015 /oil on canvas /78,2 x 130,6 cm

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Yornel Martinez “Sob o olhar a ideia torna-se sensação” Paul Valéry

É possível que ao terminar de ler o que está escrito aqui, isso já não seja válido. Como qualquer outro produto, esse tem uma obsolescência planejada, uma data de vencimento. Meu trabalho não tem um programa fixo, homogêneo. Dar forma a uma idéia é uma mudança profunda na percepção. Eu acredito na pertubadora síntese do gesto, nesse instante em que ele forma um corpo único, em que a obra (tal como um ser vivo) rejeita categoricamente as possibilidades que não correspondem à sua unidade total. É chega o momento em que a obra começa a trabalhar de forma independente, e sabe mais do que você.

Yornel J. Martínez Elías nasceu em Manzanillo, Cuba, 1981. Vive e trabalha em Havana. Estudou Artes Visuais no Instituto Superior de Arte de Havana (2002-2007).

Caligramas, 2014 / livro objeto / 24 x 34 cm Caligramas, 2014 / book object / 24 x 34 cm

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“Under one’s gaze an idea becomes a sensation” Paul Valéry

It is possible that when you finish reading what is written in here, it will no longer be valid. Like any other product, this one has a planned obsolescence, an expiration date. My job does not have a fixed, unambiguous agenda. Shaping an idea is a profound change in perception. I believe in the disturbing synthesis of a gesture, in the instant that it shapes a unique body, where the work (as a living being) categorically rejects the possibilities that do not correspond to it’s total unity. The moment is reached when a work begins to work independently, and knows more than you.

Yornel J. Martínez Elías was born in Manzanillo, Cuba, 1981. Lives and works in Havana. He studied Visual Arts at the Instituto Superior de Arte de Havana (2002-2007).

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A Gentil Carioca sócios fundadores founding partners

Ernesto Neto, Laura Lima e Márcio Botner direção director

Elsa Ravazzolo Botner administração e departamento financeiro administration and finance department

Fabiola Neves produção production

Noelle Araújo e Thais Medeiros comunicação communication

Van Holanda assistente de arquivo archive assistant

Isabella Mendes montagem exhibition installation

Ataíde Neves, Angelo Neves, Robson Affini e Victor Lorenzetto serviços gerais general services

Inácio Ferreira da Silva e Ely de Freitas

Catálogo Catalogue edição e projeto gráfico edition and graphic design

Liliane Kemper tradução e revisão translation and proofreading

Thais Medeiros fotos photos p. 4,5, 24 e 25

Van Holanda

Publicado pela A Gentil Carioca por ocasião da exposição Abre Alas 12, realizada entre 30/01 e 05/03/2016 na galeria A Gentil Carioca, com curadoria de Adriana Varejão, André Sheik e Paula Borghi.

Published by A Gentil Carioca on the occasion of the exhibition Abre Alas 12, at A Gentil Carioca gallery, curated by Adriana Varejão, André Sheik and Paula Borghi.

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