2 minute read

Saravá é água mineral

Next Article
As obras

As obras

Um convite para composição de um trio curatorial (inter/multi/cross/transdisciplinar) para o Abre-Alas 11 edição / 2015. Um desafio lançado para a leitura simultânea (individual e em conjunto) de 319 portfólios que resultam em 42 selecionados.

Em contato com os artistas, agora discutindo trabalhos específicos e formas de apresentação pública de propostas enquanto esse texto é escrito, penso em “sincretismo poético”. Esse recorte curatorial, fruto de proposições artísticas diversas (e não raras vezes mistas), oriundas de pontos geográficos distintos e não restritos ao contexto brasileiro, apresenta-se contra o estabelecimento de regras ortodoxas para a construção de uma narrativa única que unifique propostas (mesmo uma colorida história pré-carnavalesca repleta de bom humor).

Advertisement

A aposta curatorial dessa edição é a livre experimentação para dar voz e impulso à produção artística recente e em processo de formação, escapando às categorizações prévias e apoiando a necessidade constante de reinvenção da arte nas suas possibilidades de encontros (e, por que não, desencontros). Aqui, navegamos (ou sambamos, se preferirem) em uma multiplicidade de proposições artísticas que sobrepõem fronteiras (inclusive as bordas entre público e privado nas ações de performance), misturamos confete com serpentina (com algum glitter, por favor) para ver no que que dá.

Alalaô para a leveza e diversão nesse início de 2015 (e que siga assim, saravá é água mineral). Evoé!

Daniel Steegmann Mangrané Livia Flores Michelle Sommer

Daniel Steegmann Mangrané é artista plástico e sempre se envolveu em projetos de pesquisa, educação e curadoria. Nasceu em Barcelona, em 1977, e é residente no Rio de Janeiro desde 2004. Seu trabalho poderá ser visto este ano na Trienal do New Museum de New York; na Kadist Art Foundation de Paris; no Noveau Musée National de Monaco, na galeria Esther Schipper de Berlim, no MACBA de Barcelona ou na Momentum Bienale de Oslo. No Rio de Janeiro, participa da nova programação do Parque Lage e planeja, para setembro, uma mostra no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, contrastando trabalhos de início de carreira com instalações sonoras e performances recentes.

Livia Flores é artista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Leciona no curso de Direção Teatral da Escola de Comunicação e atua nos Programas de Pós-Graduação em Artes Visuais (EBA) e Artes da Cena (ECO). Em 2012, publicou Livia Flores, na coleção ARTE BRA (Automatica) e Instruções para filmes (+2Editora). Recentemente participou das exposições: Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas, O Abrigo e o Terreno, no MAR, Situações Brasília, Maracanã, na Gentil Carioca e realizou uma individual na Galeria Progetti.

Michelle Farias Sommer é doutoranda em História, Teoria e Crítica de Arte no PPGAV/UFRGS com estágio doutoral junto à University of Arts London, Central Saint Martins. É mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo PROPUR/UFRGS e arquiteta pela PUCRS. Em 2014, integrou o workshop “Ferramentas para Organização Cultural” da 31 Bienal de São Paulo, foi co-curadora da exposições “to see what is coming”, no Largo das Artes/RJ e curadora da exposição “Mimetismo”, na Casa de Rui Barbosa/RJ, paralela ao Colóquio Internacional “Os mil nomes de Gaia – do Antropoceno à Idade da Terra”. Em 2013, foi coordenadora de museografia da 9 Bienal do Mercosul e docente na Faculdade de Arquitetura. Premiada na edição Rumos Itaú Cultural 2013-2014, prepara uma publicação sobre experiências recentes de errância na arte contemporânea brasileira. Dedica-se à curadoria, ensino e pesquisa.

7

This article is from: