A isca e o anzol queria da mentira o movimento para os lados que sobram, estes que se dobram provocando dias dentro das noites. cometê-la sem enganos, sem que percebam a respiração mística sobre as pernas de chumbo em um chão faminto e decíduo. dar ao piau toda a linha em seu desejo de rio, enquanto apreende da alegoria mecanismos do autômato frio. ele queria da mentira, poder. a psicologia que há na vontade de enganar, o controle santeiro compreender. de uma semântica putativa fez a isca de seu anzol. sem muita força, nó. o movimento dos braços, o movimento das palavras, fundiram-se ao dos silêncios posteriores que fundaram nações.
Tiago D. Oliveira
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