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Cão
não entendo a razão que toma os homens como a mão balança devagar depois da urina. tudo o que sei é medido por poemas, esse jeito de desagradar o mundo, os números, as confabulações geométricas dos caminhos mapeados. a razão, não entendo. sei dos versos que arremedo biblicamente e de nossos avanços juntos nestes ou noutros carnavais. sei do assombro com a falta, o desejo de não ter, a negação como um corte entre a mão e a moeda, a mão e outra mão. do que sugere o sol, replicar, com o mais fino suor, refutar, com a esperança. não entendo a razão, já que de homens somos feitos. inação ou não, versos campesinos: sobre a razão, sobre este sonho louco de não poder desistir.
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