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Sobre cavalos na ponta do lápis

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A isca e o anzol

A isca e o anzol

dissera que o sinal da cruz era pela hora torrencial a despertar as entranhas ao mínimo conceito anal de uma gente a morrer. quando sacrificaram a carne, o sangue ornou os caminhos, cartografias do tempo flexionado nos gritos, nas cenas do segundo ato, assim. repetindo o sinal da cruz, o coração bateu na boca quando o gelo do cano da arma encostava e caminhava em sua pele. quase como uma forma de afeto, dada ao riso de seu feitor. uma vida inteira passada a limpo até o desfecho, atravessar a sinaleira sem olhar para trás: assim quereria o poema. saberia sobre o verso sem precisar inventá-lo. imaginando uma primeira lição, deu-lhe um soco, o velho, na força do estômago, dizendo-lhe sensibilidades - vai e agora escreve, não precisa inventar mais nada. nada.

Impresso no dia 8 de julho de 2022, na Gráfica JB Ltda, com miolo em papel Polen Bold 90g; e editorado com a fonte Adobe Garamond Pro corpo 12. Tiragem: 1000 exemplares.

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