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carrego a luz dos carros cortando a avenida. sou feito de curvas indecisas que se integram para achar uma saída. o corpo não se importa. com o corpo, os poros. existo a tentar deter a água da chuva com os dedos unidos à frente dos olhos. carrego a luz dos carros antes de colidirem sem chance para a brisa. e porque me distraio com a lua transpassando uma vida inteira, ameaço em fim este agora. carrego a própria manhã sobre a pele e o momento em que a água cai na terra. escrevodesanoiteço. a sombra do edifício sobre a árvore, sobre as folhas, sobre mim, sobre a formiga recolhe biografemas
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