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A isca e o anzol

queria da mentira o movimento para os lados que sobram, estes que se dobram provocando dias dentro das noites.

cometê-la sem enganos, sem que percebam a respiração mística sobre as pernas de chumbo em um chão faminto e decíduo.

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dar ao piau toda a linha em seu desejo de rio, enquanto apreende da alegoria mecanismos do autômato frio.

ele queria da mentira, poder. a psicologia que há na vontade de enganar, o controle santeiro compreender.

de uma semântica putativa fez a isca de seu anzol. sem muita força, nó. o movimento dos braços, o movimento das palavras, fundiram-se ao dos silêncios posteriores que fundaram nações.

depois, como em um mosteiro, colocou-se terreno e sagrado em uma manhã de brisa, em seu destino titereiro.

um discurso lambrim: deitado, quase sexual, amado, [ e como não? pucumã. chibaria.

dado a todos seu animus adjuvandi, vestindo a razão tola dos tolos na praça, a gênese do mundo: de nada me serve esta tolidão. de nada me cura esta impodridão de nada me toca a sua salvação.

queria da mentira entender o acolhimento, que com o abraço, prende. que com o beijo, [velhaco rende.

agora sou feito da vontade dos ventos [ por todos os lados

e a lágrima que me define neste momento é um misto de fé e ignorância [ sem perder os brados de fé, além do mundo. unos em matrimônio, suor, lágrima, sangue – onde fores Caio serei Caia. onde fores Caia serei Caio. unos em verdade, e nada mais interessa.

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