Revista Motos #89 Agosto

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SYM Joyride 300

Fora da caixa Funcional e ágil na cidade mas tecnicamente dotada para viagens maiores, a Joyride 300 joga em dois campeonatos. O estrado plano é a sua grande particularidade, com claras vantagens e eventuais inconvenientes

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POR Augusto Trindade • Fotos Paulo Calisto

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s mais de 60 anos de experiência da taiwanesa Sanyang Motor (SYM) no fabrico de motos e scooters (inicialmente sob licença da Honda) explicam o crescente nível dos seus produtos, tanto na qualidade como na perspicácia. É neste registo que a nova SYM Joyride 300 concilia a funcionalidade de uma 125 urbana com a qualidade de condução da maxi scooter, chamando assim a atenção de diversos tipos de utilizadores. E a razão principal desta dupla personalidade está no seu formato de estrado plano, uma solução mais comum nas scooters de baixa cilindrada. O motor monocilíndrico de 278 cc com injeção eletrónica, cabeça de 4 válvulas e arrefecimento líquido é conhecido de outros produtos da SYM. Recebeu agora rolamentos nos balanceiros, para um acréscimo de suavidade e durabilidade. Debita 26 cv de potência às 8000 rpm e oferece um binário máximo de 26 Nm em torno das 6000 rpm. São números próximos da concorrência instalada, à qual esta SYM fará uma pesada sombra e onde se destacam a Honda ADV350 e a Yamaha XMax 300. Ficam ambas mais de mil euros acima dos 5300€ que custa a Joyride, um desfasamento nada desprezível nesta faixa de mercado. Sem quaisquer motivos de crítica quanto à qualidade geral da sua construção e acabamentos, a scooter de

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Taiwan conta com o essencial e não se arrisca além disso. As dimensões compactas estão claramente do lado da sua veia funcional e prática. São 2,2 metros de comprimento por 76,5 cm de largura, que traduzem um tamanho contido para uma 300. Um amplo e confortável assento único posiciona-nos a 77 cm do solo, facilitando a utilização a condutores ou condutoras. É, no entanto, aquela enorme cavidade para as pernas e pés, proporcionada pelo piso plano, que torna as coisas ainda mais fáceis, seja no acesso, seja na possibilidade de transportar um saco ou mochila naquela zona. Uma solução pouco habitual numa maxi scooter, onde este espaço costuma estar preenchido por reforços estruturais, para assegurar a necessária resistência à torção numa moto desta cilindrada e performance, e também para alojar o depósito de maiores dimensões inerente à vocação mais estradista de uma maxi. Para chegar a este resultado a SYM fez um depósito mais achatado, onde não deixam de caber 11,5 litros de gasolina, e manteve a estrutura inferior de duas barras longitudinais, mas mais próximas. O resultado é de compromisso, porque embora o piso seja de facto plano, não deixa de ter subido um pouco e isso interfere com a posição de condução, elevando os joelhos do condutor até muito perto do painel frontal, principalmente os condutores de estatura acima de

1,75m. Ainda assim, a habituação resolve muitos problemas e a Joyride 300 é uma scooter cheia de qualidades.

BEM DOTADA Disponível no nosso mercado apenas nesta versão com roda de 15 polegadas à frente (existe lá fora uma proposta com jante 16), está calçada com pneus 120/70 na dianteira e 140/70 com jante 14 atrás. Na roda traseira contamos com duplo amortecedor e molas reguláveis na pré-car-

ga, em cinco posições, o que é bom. O sistema de travagem é muito bem dotado. Inclui um bonito disco dianteiro do tipo flutuante, com 260 milímetros de diâmetro e mordido por uma refinada pinça de quatro pistões. Já o disco traseiro mede 240 mm e a pinça recorre a dois pistões, com ABS em ambas as rodas. Voltamo-nos para os detalhes de equipamento e design e verificamos dois faróis médios e um foco central para os máximos, para além das luzes de presença. Toda a iluminação, incluin-


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