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Uma nova era
A nova naked/utilitária da Suzuki é uma autêntica lufada de ar fresco para a marca, através desta nova plataforma que se mostra muito versátil e polivalente, com fortes argumentos para captar a atenção da maioria dos motociclistas. Além disso, foi a primeira a estrear o novo motor, partilhado com a irmã trail V-STROM 800 DE. Um novo modelo, mas com o ADN Suzuki bem vincado!
Controlável, ágil e pronta para tudo, é assim que podemos definir a nova naked japonesa, que assume lugar de destaque na gama da suzuki por ser tão polivalente, que faz com que seja uma aposta ganha não só para os menos experientes poderem evoluir na sua condução, mas também uma moto muito interessante para os mais experientes, que têm aqui uma eficaz arma, até para propósitos mais desportivos. Um conjunto, que embora aparente ser modesto, nos consegue oferecer tudo aquilo que queremos: conforto, confiança, segurança e muitos sorrisos no rosto. Além de tudo isto, a nova estética é rapidamente identificável com a família suzuki, mas apresenta-se moderna e equilibrada, com a dupla ótica dianteira a transportar-nos para um imaginário mais futurista. No fundo, este é o mais recente membro da gama GsX-s, conhecido por aliar o desempenho à estética, responsável por manter muitos aficionados dentro da marca, ao mesmo tempo que tem vindo a conseguir captar novos fãs, que se identificam com este conceito. E, de acordo com os engenheiros responsáveis pelo desenvolvimento da nova 8s, este é um modelo que responde aos pedidos dos fãs e utilizadores da marca (e tendências do mercado), que vai no sentido de uma moto simples, mas potente, confortável e fácil de explorar. O resultado está à vista e tudo foi pensado para ser eficiente, tal como o novo motor de dois cilindros paralelos com 776 cc, ou o novo quadro de dupla trave em aço com motor portante e sub-quadro em treliça em tubos de aço.
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Ponto Chave:
Versatilidade
Para a suzuki as motos têm que ser assim: versáteis, divertidas, fáceis e potentes, para conseguir abranger o máximo de utilizadores possível, desde os menos aos mais experientes e seja para fazer o dia a dia nas cidades, como convergir diariamente das periferias para os grandes centros urbanos, fazer uns passeios de fim de semana com os amigos, até ambicionar viagens mais longas. Para atingir estes objectivos, a marca japonesa dotou este modelo de algumas soluções como o novo motor, novo quadro, novo braço oscilante de alumínio, forquilha invertida na frente, painel de instrumentos tFt, controlo de tração, modos de entrega de potência e sistema de quickshift bidirecional. No que diz respeito ao propulsor, as novidades são muitas, porque se trata, efetivamente, de um motor totalmente novo, com arquitetura de dois cilindros de 776 cc, muito enérgico em toda a faixa de utilização, com a cambota desfazada a 270º que permite ter aquele “feeling” de moto em V como acontecia na sV650, por exemplo. O sistema de arrefecimento ajuda a manter uma temperatura consistente do motor e torna mais eficiente o aquecimento do mesmo nos arranques a frio a temperaturas mais baixas. sistema de injeção eletrónica, escape 2 em 1 com dois catalizadores para cumprir o Euro 5, com novo design curto; transmissão de seis velocidades e embraiagem deslizante são os maiores destaques ao nível do novo bloco. Já ao nível da eletrónica temos a destacar os modos de potência selecionáveis (sDMs – suzuki Drive Mode selector) que permite ajustar o desempenho consoante as condições envolventes, bem como da experiência dos utilizadores; controlo de tração com três níveis de intervenção, mais a possibilidade de ser totalmente desligado; sistema de controlo eletrónico sem cabos, ride-by-wire; sistema quickshift bidirecional instalado de série (que pode ser desativado a partir do painel tFt); ABs; sistema de ajuda no arranque (Low RPM Assist) e auxilio do arran-

8.999 euros
EQUIPAMENtO:
BLUsÃO: BeRiNg
CALÇAs: iXoN MiKe C
LUVAs: BeRiNg
CAPACEtE: sCHuBeRtH C5
BOtAs: stYlMaRtiN
A par das opções de cor branca e azul, vai estar também disponível para comercialização uma
ficha técnica suZuKI GSX-8S


Motor
Distribuição
Cilindrada
Potência Máxima
Binário Máximo
Versão limitada A2
Embraiagem
Final Caixa
Quadro
Suspensão
Dianteira
Suspensão
Traseira
Travão Dianteiro
Travão Traseiro
Pneu Dianteiro
Pneu Traseiro
Comprimento
Máximo
Largura Máxima
Altura Máxima
POntUaÇÃO suZuKI GSX-8S
Estética
Prestações Comportamento
Suspensões
Travões
Consumo Preço
Altura do Assento
Distância entre eixos
Depósito
Peso (a cheio)
Cores
Garantia
Importador PVP
Dois cilindros paralelos, 4t, refrigerado por líquido
Duas árvores de cames à cabeça, quatro válvulas
776 cc
83 cv às 8500 rpm
78 Nm às 6800 rpm Não
Multidisco em banho de óleo Por corrente
6 velocidades com quickshift
Dupla trave em tubos de aço
Forquilha invertida KYB, Ø43 mm, curso 130 mm
Amortecedor KYB, ajustável na pré-carga da mola
Dois discos 310 mm, pinças de 4 pistões, ABs
Disco de 240 mm, pinça de pistão simples, ABs
120/70-17”
180/55-17”
2115 mm
775 mm
1105 mm
810 mm
1465 mm
14 L
202 kg
Azul, branco e preto 3 anos (+2 da campanha de lançamento)
Moteo Portugal
8999€
A estética está bem conseguida com a frente de LED subreposto muito futurista e atual, seguindo as novas tendências que (basta tocar uma vez no botão do arranque para ela gerir automaticamente o arranque evitado esforços desnecessários para a bateria).
A posição do guiador é baixa e larga que funciona muito bem. Não tem conectividade para smartphones
Já quando o tema é o quadro e a ciclística, também há muitos aspectos a destacar, começando, desde logo, pelo recurso ao novo quadro dupla trave em aço (responsável por conseguir um conjunto confortável, estável e ágil); duplo disco na frente de 310 mm com montagem radial; suspensões KYB, com forquilha radial na frente e monoamortecedor atrás (apenas esta ajustável e na pré-carga da mola); novos pneus Dunlop sPORtMAX Roadsport2; braço oscilante de alumínio, leve e compacto; postura de condução direita, neutra e confortável; depósito para 24 litros de combustível e assento amplo, desenhado para ser desportivo mas confortável e não penalizar o arco das pernas. Iluminação total em LED.
design aPelativo
Fazer um modelo novo nunca é tarefa fácil, ainda para mais quando se trata de um modelo que se quer abrangente. Mas se há marcas capazes de o fazer, uma delas é a suzuki e a nova GsX-8s, ou 8s para os amigos, é prova disso! Além de tudo o resto que já tivemos oportunidade de ver, desde o novo motor, quadro, eletrónica e ciclística, a parte estética é outro aspecto que merece ser falado. As linhas são modernas, simples e até futuristas e conseguem o brilhante feito de agradar a “gregos e troianos”. se por um lado temos as formas ângulosas da ótica dianteira, com os faróis sobrepostos, depois temos as linhas fluídas e elegantes do resto do conjunto, com a traseira a deixar bem claro o ADN desportivo da marca.



A ergonomia é agradável, com uma postura de condução natural, mesmo com tendência a empurrar-nos sobre o depósito de combustível, mas de forma nada extremada e confortável.
A colocação dos pés está no ponto certo e o arco das pernas estreito permite-nos apoiar ambos os pés no chão sem qualquer limitação ou impedimento. Entre as pernas temos um conjunto muito ágil e sempre disponível às solicitações. Já os gráficos da nova 8s são discretos mas em simultâneo modernos. Ponto curioso, que não foi deixado ao acaso, é a convergência de estilo que faz para com os novos modelos que compõem a família GsX-s, mas também com o passado, onde há muitos aspectos estéticos e dinâmicos que nos recor- dam de imediato a antiga (e saudosa) sV650, que ainda se mantém na gama da suzuki!
no Ponto Certo
Já aqui falámos de uma das grandes novidades que acompanha a estreia da 8s, o seu novo motor de dois cilindros que serve também de base à V-stROM 800 DE. O bloco coloca à nossa disposição 83 cv de potência às 8500 rpm e um binário de 78 Nm às 6800 rpm, o que para uns será insuficiente, para outros a medida certa e outros ainda, que acharão demasiado. Por forma a satisfazer todos os gostos e necessidades, a suzuki optou por dotar, eletronicamente, a 8s com três modos de condução, para que melhor se enquadre, não só no estilo de condução de cada um, mas também, às próprias condições do pavimento ou das condições climatéricas. Assim, mesmo os mais experientes vão agradecer o facto de existir um modo que nos dá uma resposta ao acelerador mais suave e eletrónica mais interventiva, para que nos dias de chuva a condução seja mais despreocupada e segura. Assim, contamos com os seguintes modos: A (Active) – é o que apresenta a resposta mais contundente
O braço oscilante de alumínio em conjunto com o silenciador curto, contribuem de forma efetiva para a bonita estética


O assento para o condutor é amplo e com arco das pernas estreito. Já o reservado ao passageiro é mais pequeno e sem pegas ao acelerador, para nos oferecer as maiores doses de diversão possíveis, com as mínimas intervenções eletrónicas. Ideal para um estilo de condução mais empenhado e agressivo. O modo B (Basic), entrega a mesma potência, sem qualquer limitação, mas apresenta uma curva de potência mais linear. Ideal para viajar, transmite-nos mais confiança e segurança quando aceleramos a fundo. Por fim, temos o modo C (Comfort) que torna a resposta ao acelerador ainda mais suave, mesmo quando aceleramos a fundo. Ideal para pisos escorregadios ou para quando as estradas estão mais degradadas, como por exemplo, as ruas de calçada das cidades.
ráPida aPrendizagem
a faixa de utilização, mas o conjunto mostra-se algo firme, isto porque ao não ter possibilidades de ajuste na forquilha dianteira (apenas conseguimos regular a pré-carga na traseira), as afinações têm que contemplar os diversos cenários: ser confortável no meio urbano, ser firme para um tipo de condução mais desportivo numa estrada de montanha e ainda, ser suficientemente equilibrada para nos per- nacional da GsX-8s, que decorreu nas margens do rio Douro, tivemos a oportunidade de rolar em todo o tipo de piso, sendo que o troço de uma estrada mais degradada, com mais irregularidades, serviu para vermos que até nós, possuidores de mais experiência com motos, aqui desfrutamos mais da condução da 8s se rodarmos no modo C. A potência é sempre a mesma em todos os modos, o que sofre alterações é suavidade com que a potência é entregue.
Travagem com dois discos na dianteira, com pinças radiais, asseguram bom tacto e potência. Ao ABS ainda se junta o controlo de tração
Cada moto, tem características muito próprias, que por norma tornam o nosso período de adaptação mais ou menos rápido. No caso da 8s, a nossa curva de aprendizagem é muito rápida, pois gozamos de um conjunto muito sincero e honesto, que nos dá tudo o que necessitamos sem grandes complicações. A simplicidade continua a ser um dos pontos chave do modelo, mas há outra questão que nos assalta de imediato os sentidos: é que todo o tacto da moto nos faz recordar de imediato a sV650, principalmente ao nível do tacto, simplicidade, agilidade, acessibilidade e desempenho. Com uma postura de condução equilibrada, mostra-se muito potente em toda mitir fazer algumas viagens de médio alcance. A verdade é que a sentimos compacta, ágil e muito divertida de conduzir em qualquer cenário, sempre muito cheia e alegre. A travagem é muito forte e equilibrada, permitindo-nos curvar muito rápido, até começarmos a ser avisados pelos pousa-pés de que os limites se aproximam. O tacto do acelerador parece-nos algo brusco no início, principalmente no modo A, requerendo aqui alguma habituação. Durante a apresentação



No geral, a suzuki conseguiu aqui construir uma moto muito confortável, com o assento de inspiração desportiva mas muito confortável, com um arco das pernas estreito que nos permite apoiar ambos os pés no chão. As ajudas eletrónicas são as clássicas da suzuki, mas suficientes e funcionais, como é o caso do controlo de tração, que nos ajuda a corrigir alguns erros ou a mostrar-nos que já estamos a rodar bem perto dos limites. Para os mais experientes, há sempre a possibilidade de desligar o controlo de tração por completo. No que ao consumo diz respeito, os 4,4 litros de média estão perfeitamente dentro do expectável!
A nova, e tão esperada, suzuki GsX-8s já está disponível nos concessionários da marca, pelo preço de 8999€, em três opções de cor (preto, azul e branco) com uma campanha de lançamento que contempla a extensão da garantia por mais dois anos, a juntar aos três obrigatórios.

