OPINIÃO
O URGENTE SOCORRO AOS PEQUENOS NEGÓCIOS
VITOR AUGUSTO KOCH Presidente da FCDL-RS
A
11ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada com excelência pelo Sebrae RS, reforça um cenário que temos alertado há mais de um ano. As micro e pequenas empresas, responsáveis pela geração de milhões de postos de trabalho em todo o país e que respondem por 99% dos empreendimentos existentes no Brasil, precisam ser socorridas com urgência, sob pena de milhares delas fecharem suas portas em definitivo. É possível observar no estudo que mesmo com a retomada de suas atividades em abril deste ano, após um período de três semanas em que não tiveram condição de trabalhar, cerca de 68% dos empresários entrevistados afirmaram que seguiam enfrentando redução no faturamento de seu negócio, alguns falando em queda superior a 50%. Mantido o quadro econômico atual, em que o auxílio para as micro e pequenas empresas apresenta uma série de entraves burocráticos, o futuro destes empreendimentos é sombrio. É preciso que todas as esferas governamentais trabalhem com o objetivo de facilitar a retomada financeira das MPEs. A falta de capital de giro, as dificuldades para se reposicionar em um mercado globalizado e com forte influência dos canais digitais, são fatores que devem ser compreendidos pelos governantes no momento em que definem políticas de apoio. Não é possível igualar empresas de tamanhos diferenciados na hora de conceder crédito. As exigências devem levar em conta aquilo que cada empreendimento pode cumprir. Os pequenos negócios tiveram suas difi-
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culdades históricas ampliadas com as medidas de combate à pandemia, que lhes obrigou a ficar mais de 200 dias sem poder trabalhar no período entre março de 2020 e março de 2021. Falar da importância das micro e pequenas empresas é lembrar que são as principais geradoras de riqueza no comércio no Brasil, respondendo por 54% do PIB do setor. Que respondem por 23% do PIB da indústria e que são responsáveis por 37% da produção nacional do setor de serviços.
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Falar da importância das micro e pequenas empresas é lembrar que são as principais geradoras de riqueza no comércio no Brasil, respondendo por 54% do PIB do setor. Que respondem por 23% do PIB da indústria e que são responsáveis por 37% da produção nacional do setor de serviços Por isso, incentivar, qualificar e apoiar as micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais, deve ser prioridade sempre, em qualquer esfera governamental. Juntos, estes empreendimentos são decisivos para a economia das cidades, dos estados e do país.