Devarim 38 (ano 14, abril 2019)

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curiosidades do hebraico

FEMINISMO. PARA QUÊ? Marcia Rozenthal Na maior parte da história da ciência ocidental, inicialmente restrita ao campo da filosofia, a mulher foi reduzida a um ser frágil e sem controle sobre seus instintos, cuja função primordial seria a reprodução.

O

s judeus sempre deram muita importância às palavras, valorizando sobremaneira a função e o peso que elas têm por representarem, de forma sintética e simbólica, um conjunto a partir das características mais marcantes de suas partes. O reconhecimento destas características exige agudeza no discernimento e profundidade na compreensão daquilo que é nomeado. A Torá conta que, após criar Adão, Deus lhe trouxe todas as criaturas do Céu e da Terra, para que ele lhes desse um nome. Como nada do que consta nesse livro é por acaso, pode-se dizer que nomes não se referem a meras convenções ou conveniências. Também fica claro que Adão, primeiro ser humano, provável protótipo de nossa espécie, teria a capacidade de identificar as características e a essência de cada criatura, e de representá-las por palavras. Podemos observar que também os nomes dos personagens bíblicos, longe de serem aleatórios, têm, como característica, um profundo significado relacionado às suas histórias ou missões.

Conceito de feminilidade e as palavras Esta introdução serve de base para enfocarmos, a partir do estudo das palavras, um tema bastante atual, que é o conceito de feminilidade. Este termo é, sem sombra de dúvidas, extremamente controverso e motivo de muitas querelas em nossa sociedade.

Revista da Associação Religiosa Israelita-A R I

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