REVISTA DO LÉO - Revista Lazeirenta - 76 - agosto 2022

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Revistadoléo REVISTA LAZEIRENTA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ EDITOR Prefixo 917536 NUMERO 76 – AGOSTO – 2022 MIGANVILLE – MARANHA-Y “ÁGUAS REVOLTAS QUE CORREM CONTRA A CORRENTE”

LeopoldoRevistaLAZEIRENTAeletrônicaEDITORGilDulcioVazPrefixoEditorial917536 vazleopoldo@hotmail.com

EXPEDIENTE LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

CHANCELA2076

A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.

REVISTA

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Nasceu em Curitiba Pr. Licenciado em Educação Física (EEFDPR, 1975), Especialista em Metodologia do Ensino (Convênio UFPR/UFMA/FEI, 1978), Especialista em Lazer e Recreação (UFMA, 1986), Mestre em Ciência da Informação (UFMG, 1993). Professor de Educação Física do IF MA (1979/2008, aposentado); Titular da FEI (1977/1979); Titular da FESM/UEMA (1979/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF MA, desde coordenador de área até Pró Reitor de Ensino; e Pró Reitor de Pesquisa e Extensão; Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 14 livros e capítulos de livros publicados, e mais de 405 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Academia Poética Brasileira; Sócio correspondente da UBE RJ; Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luis (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM (2012); Premio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Premio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores RJ; Diploma de Honra ao Mérito, por serviços prestados à Educação Física e Esportes do Maranhão, concedido pelo CREF/21 MA (2020); Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; Editor da “ALL em Revista”, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras; Editor da Revista do Léo, a que esta substitui (2017 2019), hoje MARANHAY Revista Lazeirenta, já voltando ao antigo título de “Revista do Léo”; Editor do IHGM EM REVISTA, revista eletrônica do IHGM, gestão 2021/2023; Condutor da Tocha Olímpica Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis Ma. DO LÉO REVISTA Rua Titânia, 88 Recanto de Vinhais 65070 580 São Luis Maranhão 3236

Trazemos, mais uma vez, a memória da implantação dos cursos de educação física: UFMA e IF MA; a participação da SEDEL e da SEDUC nessa trajetória, com depoimentos daqueles que fizeram acontecer. Memória perdida... Aliás... Já inúmeras tentativas de contactar os diversos cursos de educação física funcionando no Maranhão: inutil!!!! Ninguém responde, não há informações básicas nos sítios, apenas encaminhamento para matrícula... tentei todos os responsáveis pela disciplina História da EF&D e nada!!! Não há professor identificado, nem acesso às informações... sobre a história desses cursos, nada!!! Numero de alunos/turmas... nada... sonegação de informação? No eMEC, nada também... não se consegue entrar...

O Grupo Mirante Globo/Sarney divulga hoje, 16/08, os resultados da 2ª. Corrida mirante de férias, realizanda em um shopping center... COMO? Só hoje se toma conhecimento desse evento, após a sua realização... e a divulgação? As inscrições... dizem que mais de 300 crianças participaram, em várrias provas, várias distancias... ué, estranho... Na procura de informações/dados para a atualização do Atlas, por vezes encontro um material interessante... dai, replico... e aos poucos vamos complementando as informações, recuperando a memória...

O Leo Lasan, jornalista e caracturista, lá de Paraibano MA, está fazendo um trabalho de levantamento do esporte na região: Paraibano, São João dos Patos, Pastos Bons, Sucupira do Norte... replicado aqui... Parece nos que a SEDEL cedeu!!! Reconheceu que este ano, completam se 50 anos de disputa dos Jogos Escolares, iniciado por Cláudio Vaz dos Santos o Alemão como Festival Esportivo da Juventude os FEJ:

UM PAPO Estamos Pereira e eu nos dedicando à atualização do ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO 2ª ed. Revista, e atualizada, 2022 ; temos encontrado alguns acontecimentos que deixamos passar quando da primeira versão, haja vista que fora até os anos 70; algumas atualizações nos levaram, em algumas modalidades, aos anos 90. Aguardávamos que os acadêmicos de nossas Universidades e cursos ‘avulsos’ de Educação Física abraçassem a idéia de escrever/resgatar essa história/memória. Não aconteceu... Depois, insistíamos com as diversas federações esportivas, quando da mudança de direção, que mantivessem vivas as suas memórias, provocando os dirigentes; alguns poucos o fizeram, copiando nossas informações, e colocando como ‘sua história’, mas não deram continuidade à atualização.

Chegamos até o ultimo sabado mês: hora de ir para a nuvem... LEOPOLDO GIL DULCIOEDITORVAZ

SUMÁRIO EXPEDIENTE 2 EDITORIAL 3 SUMÁRIO 8 ESPORTE(S) & EDUCAÇÃO FÍSICA & LAZER 10 RAIMUNDO NONATO IRINEU MESQUITA EU OS JEMs e A SEDEL 11 MARIETA BORGES LINS E SILVA CAPOEIRAS e CAPOEIRISTAS 12 LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ ATLAS DA CAPOEIRAGEM PARACURU CE 17 ANTONIO EDUARDO BRANCO PESQUISA MEMÓRIA ORAL OS PAULISTAS E A CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA MARANHENSE 27 LEO LASAN PARAIBANO NO TEMPO: O PRIMEIRO CAMPO DE FUTEBOL 30 HUGO JOSÉ SARAIVA RIBEIRO RINALDI LASSALVIA LAULETTA MAYA, UM TÉCNICO NA VERDADEIRA CONCEPÇÃO DA PALAVRA 31 LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ OS CURSOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO MARANHÃO 34 LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ A EDUCAÇÃO FÍSICA NA UFMA 41 LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ; LAÉRCIO ELIAS PEREIRAMEMÓRIAS DA DOCUMENTAÇÃO ESPORTIVA NO/DO BRASIL 54 ANDRÉA RAMIREZ E FERNANDAORAMIREZCENTROESPORTIVO VIRTUAL COMO AMBIENTE DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA 68 HUGO SARAIVA RAUL GUTERRES, ATLETA COMPLETO 72 LÉO LASAN GOL DE PLACA... 74 LEO LASAN NEYMAR SERIA "Fichinha" PERTO DESSE JOGADOR. 77 LEO LASAN HONRA EM ENTREVISTAR O PRIMEIRO JOGADOR DO FUTEBOL CEARENSE A GANHAR A BOLA DE PRATA DA REVISTA PLACAR. 78 DENILSO DE LIMA QUAL A DIFERENÇA ENTRE SOCCER E FOOTBALL? 79 ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO: 86 AEROMODELISMO DIOGO GUALHARDO NEVES; LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ 87 MANUEL SÉRGIO VIEIRA E CUNHA 90 RAMSSÉS DE SOUSA SIVA REMO 1900 95 NAVEGANDO, COM JORGE OLIMPIO BENTO 100 ACONTECENDO: 107 VINICIUS E O HINO DA CAPOEIRA NO MUNDO ANDRÉ LUIZ LACÉ LOPES 108 LEOPOLDO DULCIO VAZ: DE ONDE VIERAM OS POVOS TUPI? (FIM DE UM MITO) 112 LEO LASAN PATRIMÔNIO CULTURAL... O QUE É ISSO? 116

FRAN PAXECO: MEMÓRIAS & RECORTES 119 NUMEROS PUBLICADOS 121

EDUCAÇÃONOESPORTE(s)FÍSICALAZERMARANHÃO

EU, OS JEMs, e a SEDEL RAIMUNDO NONATO IRINEU MESQUITA Um vivente do esporte maranhense

Quando da criação da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer, pelo saudoso Governador João Castelo, o ato foi recebido como a grande esperança do esporte maranhense, e durante muito tempo cumpriu este papel, o de dar esperança de dias melhores. Foi quando foram fundadas a maioria das Federações especializadas. Ao primeiro secretario da SEDEL, o industrial Elir de Jesus Gomes, devemos os melhores momentos vividos pelo desporto maranhense, onde esperanças foram levantadas e grandes obras e eventos foram realizados. E hoje a cada um que assume a SEDEL, os desportistas da terra reacendem estas esperanças e dão com os burros n’água, pois infelizmente, nada de novo acontece. Continuamos a mercê da falta de um planejamento visando à criação de políticas publicas consistentes que atendam e façam crescer os vários seguimentos do desporto maranhense, o que torna a SEDEL um órgão convalescente e moribundo, que serve apenas de barganha política ao governador de plantão, embora conte com um bom quadro de funcionários, mas que infelizmente nem aproveitados são por aqueles que assumem a direção da casa. Exemplo disso são os Jogos Escolares Maranhenses, único evento, consistente, realizado pela pasta e que, também, não tem recebido o devido valor, pelos últimos dirigentes que ocuparam a pasta, pois do pouco 1que fazem em prol do mesmo descobre se depois que atendiam mesmo era a anseios pessoais. Mas nem tudo foi ruim! Embora o sonho não tenha se transformado no todo, pelo menos não se transformou em um pesadelo. Ao longo destes 40 anos de JEMs não podemos negar que a semente plantada ao longo de décadas, com a realização esporádica, de competições envolvendo escolas, ela, a semente não tenha germinado, sim! Germinou e como cresceu! Graças aos cuidados recebidos dos seus cuidadores, que dentre os principais podemos citar, Mary Santos, Carlos Vasconcelos, Rubem Goulart, Dimas e Claudio Vaz, este último, tido como o criador dos JEMs, teve dois grandes esteios, o Prof. Jeronimo e Gov. à época, Dr. Pedro Neiva, que deram sustentação à idéia e daí pra frente, em 79 com a criação da SEDEL, que assumiu pra si a responsabilidade sobre os jogos Escolares e graças ao apoio “dos paulistas” os que já estavam e os que chegaram depois e ao engajamento dos Ex atletas, capitaneados por Gafanhoto O Jose de Ribamar S. Miranda, que assumiu a Coordenação de Desportos da recém criada Secretaria e arregimentou, para a missão, um grupo de ex atletas e abnegados pelo esporte, a coisa andou e andou bem. Eu, pessoalmente entro na competição no ano de 71, festival estudantil, pela equipe de futebol do CEMA, comandada pelo Prof. Rinald Maia. Logo no ano seguinte fui picado pela mosca do atletismo, causo que abracei e até hoje vivo. Em 72, já no atletismo, e ainda pelo CEMA, no Parque do Bom Menino, fui convidado pelo Prof Haroldo para treinar e tentar uma vaga para os JEBs, que neste ano seriam realizados em Maceio AL, não consegui mas continuei treinado e até que em 73 chego à ETFMa. e passo a treinar sob a orientação do Prof. Manoel Furtado, integrando a seleção de atletismo da mesma, e ai após alguns anos chego a SEDEL, convidado por Gafanhoto para me juntar à equipe, isto em 1979, daí pra frente abraço mais uma causa, o desporto escolar, ao qual venho me dedicando ao longo destes 40 anos de serviços prestados ao estado através da SEDEL. Nestes anos todos, tenho certeza, ajudei em muito a manter acesa esta chama que sustenta o desporto maranhense, os JEMs, pois sem esta competição escolar, que muitos valores revelaram para o Maranhão, o nosso desporto, ainda, estaria engatinhando, pois uma competição que no seu inicio contava com algumas escolas da capital e arrebanhava um punhado de jovens que se degladiavam em mais de uma modalidade, hoje atinge o universo de 106 municípios, sim! 106 munícipios que realizam seus jogos municipais com o intuito de participar das etapas Regionais e Estaduais dos JEMs, daquele punhado de jovens, hoje nos temos pra mais de 30 mil jovens, que dos seus municipios tentam estar entre aqueles 3.500 que estarão disputando as etapas estaduais, nas categorias infantil e infanto, nos naipes masculino e feminino em 21 modalidades. E nisto se transformou aquela semente plantada La nos idos de 60, JEMs, a competição esportiva mais importante do desporto maranhense.

MARIETA BORGES LINS E SILVA Coordenadora do "Programa de Resgate Documental sobre Fernando de Noronha" Litografia de Géricaulkt, 1818

CAPOEIRAS e CAPOEIRISTAS MARIETA BORGES LINS E SILVA 29 08 2007

Como meio de comunicação especializado, o Portal Capoeira tem publicado diversas notícias, artigos e matérias com uma dinâmica bastante interessamte. São em média mais de 10/12 artigos publicados semanalmente. Todo este enorme leque de informações tem como pano de fundo a "nossa capoeiragem", seus personagens, causos, histórias e estórias, enfim um complexo emaranhado de temas e assuntos.

Em anexo segue a carta e o trabalho de Marieta Borges Lins e Silva Luciano Milani Prezados senhores, A respeito da matéria "Fernando de Noronha: festa, Batizado & Trabalho Social", publicado nesse Portal em 28/08/07, que registra o "SEGUNDO BATIZADO DE CAPOEIRA FERNANDO DE NORONHA", ocorrido em 17/08/07, há uma afirmativa que: "a capoeira já existe a muitos anos no meio da comunidade, muitos dos capoeiras do Brasil da década dos anos 40 foram aqui aprisionado, a exemplo de Manduca da Praia, um dos capoeiristas mais temido da época", eu gostoria de informar que o envio de todos os capoeiristas do Brasil para o Arquipélago ocorreu em 1890, como 1º Ato da recém instalada República no Brasil e, sobre o assunto, já publiquei artigos no Boletim de Capoeira, aos cuidados de Miltinho Astronauta, resgatando a verdade dos fatos. Minha luta em favor do resgate da verdade dos fatos ocorridos em Fernando de Noronha tem três décadas de existência. Nesse tempo, procurei e identifiquei todos aqueles ligados à Capoeira, a partir do prof. Sérgio Luiz, de Guaruilhos/SP e de todos os que se dedicam ao tema, como André Lacé (RJ) e Leopoldo Vaz (MA). Gostaria que a informação correta fosse divulgada. Ou seja, aquela que situa no final do século XIX a presença, na ilha, de todos os capoeiristas do Brasil, como medida disciplinar do governo republicano, que nomeou o Sr. Campaio Ferraz para "caçar" os capoeiristas todos e os embarcou em navios, rumo à prisão insular. Para esclarecer o fato (que tenho divulgado sempre na ilha, junto aos três grupos de Capoeira hoje existentes, como fiz com todos os grupos que já existiram ali) envio, em anexo, o trabalho que fiz publicar no Boletim da Capoeira e na Revista da Academia de Artes e Letras de Pernambuco, em duas versões: o texto integral e o mesmo resumido. Grata pela correção que venha a ser feita.

Foi com enorme prazer que recebemos uma carta de Marieta Borges Lins e Silva, Coordenadora do "Programa de Resgate Documental sobre Fernando de Noronha", na qual busca fazer um esclarecimento sobre a informação publicada na matéria "Fernando de Noronha: festa, Batizado & Trabalho Social", publicada no dia 28/08/07 e ainda de "quebra" nos brindou com a publicação de um trabalho sobre o assunto publicado no no Jornal da Capoeira (Miltinho Astronauta) e na Revista da Academia de Artes e Letras de Pernambuco.

A República recém proclamada foi contaminada pela má vontade em relação aos capoeiras. Em reuniões oficiais, o assunto foi incluído para discussão e adoção de medidas coercitivas. E em janeiro de 1890, menos de dois meses depois do 15 de novembro de 1889, e motivado pelas acirradas discussões dos que integravam o Conselho de Ministros do Governo Provisório Republicano, o Chefe de Polícia Sampaio Ferraz, com apoio do Ministro da Justiça, Campos Salles, foi designado para executar a missão de exterminar os capoeiras de todo o Brasil. E ele temendo as lutas que precisaria enfrentar para executar tal ordem, diante do envolvimento de gente graúda na prática da Capoeira conseguiu sossegar Deodoro

Monarquia, quando a Capoeira era praticada principalmente entre escravos, o castigo para quem assim procedesse era de 300 chibatadas (em 1820) e prisão em calabouço e cem açoites (em 1825).

O que se sabe sobre essa prática? Como essa forma de luta atravessou os tempos, resistindo, mesmo Noperseguida?tempoda

CAPOEIRAS e CAPOEIRISTAS. Marieta Borges Lins e Silva Sempre se falou muito sobre a Capoeiras e Capoeiristas. Em diferentes tempos e por razões diversas aplicaram se penas aos praticantes dessa modalidade de desempenho físico, olhando a como luta, como contravenção, como origem de danças populares o frevo, por exemplo como arte e, finalmente, como prática Estudiososdesportiva.debruçaram se em jornais e livros, de muitos tempos, à cata de razões que explicassem o fascínio que a Capoeira exercia sobre os homens, sobretudo os jovens, levando as a aprendê la e exercitá la mesmo quando isso ocorria na marginalidade.

Artigos, reportagens, charges, estudos acadêmicos registraram esse saber que ia sendo identificado, construindo a história dessa forma de destreza corporal, tanto nos seus aspectos lúdicos ou conflitantes, como na grande repressão que gerou, estimulando debates em muitos níveis, tendo o tema como centro das atenções.

Já se dizia então que “os capoeiras infernavam as ruas da cidade de um modo escandaloso”. Os incidentes se multiplicavam em cada década. Os castigos, também. Os jornais destacavam a participação de homens brancos livres (não cativos) dentre os “magotes de capoeiras” que promoviam arruaças pela cidade... A capoeiragem era comum para muitas pessoas, livres ou escravas e era praticada em festas tradicionais, com correrias e insultos que abalavam a tranqüilidade das ruas. No século XIX, a prática continuava a parecer ser maior entre a população preta e pobre. Esses eram dois condicionantes importantes, para atribuir ao povo mais carente o gosto pela Capoeira e, nele, considerar que somente os de cor negra eram praticantes. A realidade não era bem essa... Muitos filhos de família abastada, brancos na cor, também se deixavam envolver pela magia da Capoeira e tornavam se membros de grupos, muitas vezes no anonimato.

Nos primeiros tempos de República instalou se no Brasil o mais organizado processo de perseguição policial à Capoeira, por considerarem que sua prática seria uma “arma” nas mãos das classes “perigosas”, Na época, as cidades passavam por uma “limpeza urbana” e, de forma ostensiva, olhavam com desconfiança para aqueles que “formavam rodas e, com berimbaus, pandeiros e reco recos, vadiavam freneticamente no jogo da capoeira”. A meta do poder era “exterminar totalmente os vadios e turbulentos capoeiras”. Eles nem precisavam ser autuados em flagrantes...Em decorrência dessa odiosa perseguição o Código Penal de 1890, deu à Capoeiragem um tratamento específico no seu artigo 402, preconizando: “Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal conhecidos pela denominação capoeiragem será o autuado punido com dois a seis meses de prisão”. No rastro desse primeiro instrumento jurídico outros foram surgindo, com Decretos de efeitos complementares, que buscavam as maltas de capoeiras e lhes davam voz de prisão.

Todos os envolvidos na trama para exterminar os capoeiras reconheciam que “a prática era uma arte, uma verdadeira instituição mas, radicada nos costumes, resistindo a todas as medidas policiais as mais enérgicas e mais bem combinadas esse flagelo dava eternamente uma nota de terror às próprias festas mais solenes e ruidosas, de caráter popular.” Em nota, no trabalho “Actas e Actos do Governo Provisório”, organizado por João Dunshee de Abranches Moura, publicado em 1907, fica evidente o medo que cercava a realização de quaisquer festividades, patrióticas ou religiosas, nos conturbados tempos pós República, sobretudo à noite quando a multidão de apinhava pelas ruas e praças de que não ocorressem cenas sangrentas e aviltantes de confronto entre policiais e capoeiristas... Isso viria a culminar com a deportação daqueles considerados “indesejáveis” de todo o Brasil para o arquipélago distante, como medida saneadora de distúrbios públicos. E como, na arte da capoeiragem, desde os tempos da Monarquia, não somente os das “classes baixas” estavam envolvidos, mas também personagens ilustres e até políticos, achou se por bem atingir logo esses homens no nascedouro da República, livrando o povo daqueles indivíduos que atentavam contra a ordem estabelecida. A polícia, na época, conhecia bem quem eram os praticantes da capoeira. Facilmente organizou se uma “lista” dos “facínoras que infestavam as cidades”, não atendendo a nenhum dos pedidos de condescendência e considerações para com nenhum deles... E muitos problemas advieram da rigidez na execução dessa tarefa.. A imprensa acirrou os posicionamentos. Os Ministros se dividiram em opiniões contra ou a favor das medidas que estavam sendo tomadas. Deodoro da Fonseca não recuou dos seus propósitos. E poucos meses depois começava a remessa, de homens de muitas classes e com muitos “padrinhos”, para o distante arquipélago, onde viveriam sua vida reclusa e submetida a trabalhos forçados. Quem era o CAPOEIRA, naquele final do século XIX e começo do século XX?. Qual o seu padrão racial, onde vivia, que nível de escolaridade tinha, qual o seu ofício e faixa etária? Surpreendentemente, era no Rio de Janeiro que estava a grande maioria dos homens perseguidos. E muitos também havia na Bahia e em MarcosPernambuco.Breda e Mello Moraes, estudiosos da Capoeira, trouxeram luz sobre o assunto, relacionando os homens assim denominados como 1) oriundos na sua maioria das classes populares; 2) quase todos com trabalhos fixos (temendo prisão por vagabundagem); 3) a maioria negra ou mestiça, embora brancos fossem presos também; 4) o principal palco de conflito era o Rio de Janeiro capital da República, embora até imigrantes fizessem parte desse “elenco marginal”; 5) as roupas eram facilmente identificadas nos pequenos detalhes. É incrível reconhecer se hoje em tempos de liberdade que essa prática tenha sobrevivido, impondo sua marca cultural nos séculos seguintes, como se uma “transição cultural subterrânea“ permitisse essa continuidade até os nossos dias e o reconhecimento até como Arte. Olhada como uma forma de “luta corporal”, a Capoeira tem seus heróis em todos os tempos. Alguns nomes são mencionados com respeito, mesmo que tenham eles sofrido a dureza dos porões penitenciários e o exílio obrigatório. Manduca da Praia, Juca Reis. Ciríaco Francisco da Silva Thomas, Chico Carne Seca, Aleixo Açougueiro, Capitão Nabuco, são alguns deles.

da Fonseca, recebendo dele a promessa de que teria “carta branca para agir como quisesse, desde que limpasse o país daquela gente”. Estava selado o destino desses “subvertores da ordem”: ficou combinado que “todos os capoeiras, sem distinção de classe e de posição, seriam encarcerados no xadrez comum da Detenção, tratados ali severamente e, pouco a pouco, deportados para o presídio de Fernando de Noronha, onde ficariam certo tempo, empregados em serviços forçados,”

As maiores perseguições ocorreram em 1890, 1891 e 1904. Muitos desses “subversivos” foram deportados para lugares distantes, como o Acre e a Ilha das Cobras, A maioria foi mesmo para Fernando de Noronha, onde funcionava uma Colônia Correcional para presos comuns de Pernambuco, desde a sua definitiva ocupação em 1737 e, naquela época, estava temporariamente subordinada ao Ministério da Justiça (entre 1877 / 1891).

Holloway, professor da Universidade Cornell, de Nova York, publicou nos “Cadernos Cândido Mendes” estudos Afro asiáticos, em 1989, um artigo que avalia a ação dos capoeiristas ao longo do século XIX e começo do século XX, com informações importantes para a compreensão desse esporte / luta / arte (seja como for hoje considerada), fazendo um importante “passeio” pelas ruas do Rio de Janeiro, identificando acontecimentos que levaram a Capoeira a ser extremamente perseguida.

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Para Fernando de Noronha essa foi uma página da história que parece ter sido propositalmente ocultada, fazendo com que a presença, na ilha, de todos os capoeiristas brasileiros e estrangeiros, passasse desapercebida dos relatos que se sucederam, ainda que saibamos hoje que, até 1930, continuaram a ser enviados para lá esses homens marginalizados, por serem praticantes de uma forma de condicionamento físico. E, no entanto, nenhum lugar do Brasil tem um diferencial tão precioso e tão importante do que o arquipélago “perdido em meio a lindos tons de azul”. E por isso, em nenhum outro lugar do Brasil a Capoeira merece ser escrita com o brilho dos feitos do passado, mesmo que tenham sido dolorosos. Bibliografia

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___. Na Roda com

[...] Os capoeirista cearenses se destacam no cenário mundial da Capoeira, mas muitos de sua gênese, em Terra Alencarina, está obscura. Sabe se que essa manifestação cultural tem origem incerta, seu primeiro aparecimento em vários pontos do Brasil, sobretudo, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Mais recentemente tem se apontado para a possibilidade de outros estados estarem envolvidos em sua gênese, ainda não é o caso do Ceará, não há registro nesse sentido, apenas meras conjecturas. In “HISTÓRIA DA CAPOEIRA NO CEARÁ” disponível em https://fundacao axe dende.webnode.com/historia da capoeira no ceara/ Temos que concordar com a Profa. Lurdinha1, quando fala da “Valorização dos grupos folclóricos, dos artesãos e artistas populares cearenses na divulgação turística”: [...] a professora elenca o que ela denomina de “furadas turísticas” e coloca a Capoeira figurando nessa lista, assim como o Carnaval fora de época, o Fortal, os Resorts etc. Afirma que quando se apresenta um grupo de Capoeira, divulga se a Bahia e não o Ceará. Em verdade, pensa se a Capoeira como sendo baiana, talvez pela divulgação da Capoeira que se tem hoje ter sido realizada em grande parte por mestres baianos. Porém, como já foi supracitado, o próprio Dossiê realizado pelo IPHAN não a reconhece como prática oriunda da Bahia e o Governo Federal a reconhece como Patrimônio Imaterial do Brasil. Também é verdade que a Capoeira desenvolvida no Ceará é muito jovem. Poucas ou quase nenhuma cantiga de Capoeira faz referência ao Ceará, mesmo já havendo uma produção cearense divulgada fora do Estado. Dizer que a Capoeira, praticada aqui, é da Bahia é um ledo engano, ou melhor, desconhecimento do assunto. Até porque, existem grupos oriundos do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, etc e que trazem inúmeras características desses Estados. Em 1 MACENA, Maria de Lourdes. Valorização dos grupos folclóricos, dos artesãos e artistas populares cearenses na divulgação turística. In I Fórum IOV Ceará de Folclore e Artes Populares. Fortaleza CE. 2011.

ATLAS DA PARACURUCAPOEIRAGEM – CE LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Paracuru é um município brasileiro do estado do Ceará. A população, conforme censo de 2010 foi de 31.638 habitantes. Existem duas seguintes definições segundo informações do IBGE para o topônimo Paracuru. Uma originária da língua tupi, em que paracuru significa "lagarto do mar". Outra versão seria: “pará” (mar) + “curu” (cascalho) "mar de cascalho" ou ainda “pará” (rio) + “curu” (cascalho), "rio de cascalho". Primitivamente Paracuru denominou se Alto Alegre e Parazinho. O nome Paracuru é tupi e significa “Lagarto do Mar”.Fundação: 22/11/1951 / Emancipação Política: 22/11 / Gentílico: Paracuruense / Mesoregião: Norte Cearense / Microregião: Baixo Curu / Distância para a capital: 84,00 Capoeiragem no Ceará, como em quase todos os estados brasileiros, tem sua origem obscura, incerta. Busca se desvendar esta memória/história, contribuindo com a revelação dos primeiros indícios, tendo por base fontes primárias, registradas nos primeiros jornais e seus registros sobre a atuação dos capoeiras alencarinos.

2 In I FÓRUM DE FOLCLORE E ARTES

formação profissional. Dissertação

Ao se resgatar a Memória da Capoeira no Ceará, aqui proposta e espero podermos dar continuidade à ela podemos afirmar que a capoeira cearense é herdeira da capoeiragem tradicional maranhense?

Para Silva (2013) 4, poucos são os trabalhos científicos que abordam a história da capoeira cearense. Cita três obras elaboradas na contextura do universo acadêmico da cidade de Fortaleza Barroso (2009) 5 , Câmara (2010) 6 e Albuquerque (2012) 7 A primeira obra trata se de uma publicação do Museu Histórico do Ceará, enquanto a segunda e a terceira são textos dissertativos submetidos à avaliação dos programas de pós graduações strictu sensu da Universidade Federal do Ceará. Ambas as dissertações destinam a essa temática um capítulo, em que se referem à origem da História da Capoeira no Ceará abordando teorias sobre o início da prática no Estado. Barroso (2009) aponta que a capoeira chegou à década de 1960 ao Ceará, e que essa informação foi proferida por capoeiristas cearenses, assim como capoeiristas baianos teriam mencionaram o mesmo dado durante o encontro Capoeira Viva, realizado na cidade de Salvador em 2007. O autor também informa que a capoeira foi trazida por cearenses recém formados em Direito e Medicina da Universidade Federal da Bahia. Posteriormente menciona que a Capoeira Angola foi trazida ao estado por um médico nomeado mestre Andrezinho, aluno de mestre Bimba. De imediato, não faz o menor sentido tal informação, já que mestre Bimba é criador e maior símbolo da Luta Regional Baiana, popularmente conhecida como Capoeira Regional. Mestre Bimba foi um crítico ferrenho do estilo angoleiro de jogar capoeira. (de acordo com SILVA, 2013). Silva (2013) fala ainda de evidências das origens do ensino da capoeira no Ceará foram relatadas em Albuquerque (2012), páginas de 37 a 40. Dentre os fatos mais antigos, foi mencionada a participação de José Sisnando Lima, cearense que realizara estudos na Faculdade de Medicina da Bahia, na criação da Capoeira Regional na década de 1930. A passagem POPULARES NA CIDADE DE FORTALEZA IOV Ceará, Internacionale Internacional de Folclore e Artes Populares, 18 e 19 de março de 2011 NO ENSINO DA CAPOEIRA NO CEARÁ: relações entre lazer, aprendizagem e submetida à Coordenação do Programa de PósGraduação em Educação Brasileira, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Área de concentração: História e Memória da Educação. Orientador: Prof. Pós Dr. José Gerardo Vasconcelos. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ UFC FACULDADE DE EDUCAÇÃO FACED PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA/ MESTRADO NÚCLEO DE HISTÓRIA E MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO. FORTALEZA (CE) 2013 5 BARROSO, Oswald. Folguedos afro brasileiros no Ceará: uma aproximação com a capoeira no Ceará. In: HOLANDA, Cristina Rodrigues (org.). Negros no Ceará: história, memória e etnicidade. Fortaleza: Museu do Ceará/ Secult/ Imopec, 2009. 6 CÂMARA, Samara Amaral. Práticas educacionais transmitidas e produzidas na capoeira angola do Ceará: história, saberes e ritual. Dissertação de Mestrado em Educação Brasileira Núcleo de História e Memória da Educação. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. 7 ALBUQUERQUE, Carlos Vinícius Frota de. Tá na água de beber: Culto aos ancestrais na capoeira. Fortaleza, 2012. Dissertação (Mestrado em Sociologia) Programa de Pós Graduação em Sociologia do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará.

Pois conforme afirmam seus memorialistas e pesquisadores, a cearense é diferente da baiana, embora tenha bebido da mesma fonte, a partir da diáspora dos mestres baianos nos anos 1960, e a procura de mestres de vários estados, já pesquisados, pela capoeira praticada na Bahia, em especial as de Bimba e Pastinha.

qualquer bairro da cidade de Fortaleza percebe se essa manifestação cultural como prática em ambientes fechados ou em praça pública. Essa cultura que é desenvolvida no Estado é bastante conhecida no exterior por ser uma capoeira solta, estilizada e cheia de floreios2 3

MEMÓRIA DA CAPOEIRAGEM NO CEARÁ

Organisation für Volkskunst/Organização

3 https://www.youtube.com/watch?v=E0QF4QR http://tribunadoceara.uol.com.br/blogs/iehttps://www.youtube.com/watch?v=TaOugpBkeSQfHQcamara/cultura/lancamento de livro que conta historia da capoeira ce nesta quarta 22/ http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/6035/1/2013 DIS SCSILVA.pdf 4 SILVA, Sammia Castro.. PROTAGONISTAS

Esta pesquisa revela ainda que, nos anos setenta, quando teve início o ensino da capoeira no Ceará, destacou se o Centro Social Urbano Presidente Médici, em Fortaleza, onde ensinava o Mestre Zé Renato, lugar também onde teriam sido iniciados e formados outros quatro importantes mestres: José Ivan de Araújo (Mestre Zé Ivan), João de Freitas (Mestre João Baiano), Everaldo Monteiro de Assis (Mestre Everaldo Ema) e Jorge Luiz Natalense de Sousa (Mestre Jorge Negão). Coube a tais mestres, nas décadas que se seguiram, a tarefa de difusão da prática da capoeira na capital cearense, bem como em outras partes do estado.

Para Ricardo Nascimento (2017)8, utilizando as pesquisas disponíveis sobre as origens da capoeira no Ceará, diz ser possível afirmar que, seu início, ocorreu nos anos 70 com José Renato de Vasconcelos Carvalho, conhecido na capoeira como Mestre Zé Renato, considerado, desse modo, o precursor da capoeira no estado (SILVA, 2013).

A principal referencia, hoje, e recente, da capoeira cearense é Mestre Zé Renato, que ainda na década de 1960 retorna ao Ceará, após haver aprendido capoeira na Bahia, embora já tivesse contato com a mesma, de sua infância, em Fortaleza: Silva (2013) nos trás o seguinte relato: José Renato de Vasconcelos Carvalho, conhecido por mestre Zé Renato protagonista no cenário da capoeira cearense, natural de Crateús CE é filho primogênito, dentre os sete que Joaquim Severiano Ferreira de Carvalho e Vicência Vasconcelos Carvalho criaram. Conheceu o universo da capoeiragem, aos dez anos de idade. Protagonista no ensino da capoeira no Ceará narra o cenário do primeiro contato que teve com a capoeira na cidade em que nasceu. Por volta de 1960, chegaram a Crateús muitos militares para o 14 Batalhão de Engenharia de Construção. Entre esses, havia Cipolati, sargento gaúcho que havia residido na Bahia por longa temporada, pai de Carlos e Evandro e ex aluno de um famoso capoeirista, mestre Bimba. Cipolati foi o responsável por iniciar Zé Renato na prática da capoeira. A capoeira fazia parte das atividades em família do sargento Cipolati, pois esse treinava após o regresso do trabalho junto aos filhos. Ao ver a capoeira pela primeira vez, José Renato apaixonou se e iniciou seus treinos com determinada família.

de mestre Bimba em Fortaleza para apresentar o espetáculo Uma noite na Bahia no Teatro José de Alencar em 7 de fevereiro de 1955, evento em que foi mostrado também a capoeira regional. E a afirmação de que o primeiro professor de capoeira no estado a formar discípulos que deram continuidade ao ensino dessa prática em território cearense teria sido José Renato de Vasconcelos Carvalho. De acordo com Albuquerque (2012) não existem levantamentos estatísticos acerca da quantidade de grupos de capoeira no Estado do Ceará, fato que comprova uma grande difusão dessa manifestação cultural na atualidade. Ainda Silva (2013), ao analisar o trabalho de Câmara (2010), que tem como foco de estudo o Grupo de Capoeira Angola do Ceará, traz um esboço da história de vida de Mestre Zé Renato. Dentre as afirmações mencionadas, é possível deduzir primordialmente o estilo angoleiro do jogo desse mestre, além de também ser reafirmada a importância do 55 repasse de conhecimentos e saberes da capoeira na década de 1970. O protagonismo de José Renato no ensino da capoeira mostra se de grande relevância, contribuindo para a crescente popularização da prática. Nesse trabalho são citados os quatro mestres que Zé Renato formou, porém a história da capoeira na perspectiva desses mestres não foi abordada em nenhum momento. Isso ocorre porque eles não possuem relação direta com o grupo de capoeira estudado, conferindo ineditismo a este texto. A partir desse momento iniciaremos maior aprofundamento sobre o protagonismo no ensino da capoeira cearense. Como já dito, o foco desta pesquisa se restringe aos quatro mestres formados por José Renato de Vasconcelos Carvalho, José Ivan, Jorge Negão, Everaldo Ema e João Baiano. Procuraremos, entretanto, elucidar brevemente o questionamento de alguns capoeiristas mais antigos sobre a hipótese de a capoeira cearense haver se manifestado anteriormente pela orla marítima de Fortaleza.

8 NASCIMENTO, Ricardo. Políticas e performances: Um estudo de caso sobre o processo de patrimonialização da capoeira do Ceará. IN ACENO, Vol. 4, N. 7, p. 65 82. Jan. a Jul. de 2017. ISSN: 2358 5587. Cultura Popular, Patrimônio e Performance (Dossiê).

1972, Mestre Zé Renato regressa a Fortaleza, e começa o processo de implantação da capoeira no Estado. Ensinou nas Escolas Oliveira Paiva e Castelo Branco. Apresentou se na TV, divulgando a cultura afro

Depois de retornar, em 1967, volta a procurar novas referencias, indo para o Rio de Janeiro e, em 1971, está no SilvaMaranhão!!!(2013)nos

Carvalho Filho (1997) conta que: [...] um militar que chegara a cidade [Fortaleza] vinha da Bahia e trazia consigo a arte da capoeira. O Mestre muito curioso fazia perguntas sobre a cidade do baiano, encantara se com a ginga e com a habilidade do mesmo. Depois de terminado o primeiro grau, atual ensino fundamental, o Mestre inicia suas viagens pelo mundo da Capoeira, vai para a Bahia e conhece o famoso Mestre Bimba. Mestre Zé Renato terminou o Segundo Grau, atual Ensino Médio, em Ilhéus, onde jogava Angola na praia. Todo final de semana estava em Salvador para jogar na capital. Em 1967, retorna à sua terra natal. Mas com seu espírito inquieto, vai ao Rio de Janeiro, onde treinou com Mestre Leopoldina, grande nome da capoeira carioca. [...]Zé Renato defronta se com a saída da família Cipolati da cidade, em decorrência de deslocamento militar. Desse modo procura novos companheiros de treino e, apesar da insistência em tentar convencer amigos a treinar, mestre Zé Renato passou a treinar sozinho. [...] aquilo ficou dentro de mim e por outra sorte, que eu digo que foi sorte, eu tinha um tio que também era sargento do exército, sargento Carvalho, passou a servir o exército lá em Crateús e certo tempo foi mandado pra Bahia. Ele tinha um filho, e pedi para ele pedir o meu pai pra eu ir com ele. Porque eu pensei, Bahia! Capoeira né! (CARVALHO, 2012).

É o próprio Zé Renato que inclui a influência do samba de gafieira, atividade tradicional que acontece de forma autêntica na região da Barra do Ceará desde meados da década de 50 do século XX. Pouca gente vai entender agora, mas um dia quando eu partir é que vão descobrir que o gingado cearense tem um diferencial dos outros, vem da gafieira [...] Mestre Armandinho que é uma pessoa de fora observou que nossa capoeira é diferente... Essa ginga trouxe esse diferencial. (CARVALHO, 2012).

conta, ao dar continuidade a trajetória de José Renato, que é importante ressaltar que nesse período que passou na Bahia adquiriu uma meta na vida, que era partir para o Rio de Janeiro e posteriormente para o Maranhão: De volta a Crateús e à família, porém permanece por quase um ano na terra natal, para logo em seguida partir para o Rio de Janeiro, aos 18 anos de idade, devendo ter ficado nesse Estado por volta de três anos. No Rio, foi jogar capoeira na Central do Brasil com o famoso mestre Leopoldina. Conhecido por Ceará e pelo jogo diferenciado, Zé Renato dedica se ao aprendizado da capoeira em solo carioca, adquirindo sempre novos conhecimentos.

Ainda seguindo Silva (2013), pouco tempo depois, ao surgir uma oportunidade de trabalho no Maranhão, na área de topografia, o jovem José Renato ficou tentado atingir mais outra meta na vida que era a de conhecer o “berço de negros”, como ele mesmo diz: As experiências do Maranhão pelos idos de 1970 gravitavam ao redor de práticas de capoeira Angola, Tambor de Crioula e de todas as manifestações de que pôde participar. Amante das artes popularescas, Zé Renato defendeu a ideia de que naquela época os praticantes viam capoeira como arte, apenas isso. Os pesquisadores cearenses, que se dedicam ao resgate da sua memória confirmam que ela, a capoeira, praticada no Ceará é ‘cheia de floreios”... não teria sido influência de Sapo?

A Capoeira cearense é uma prática cultural, onde a luta e o espetáculo se misturam. Fortaleza, cidade praiana, é um cenário ideal para a prática de acrobacias que são aprendidas sem técnicas específicas nas praias aos domingos ou nos campos de futebol da cidade. Os movimentos acrobáticos, ou floreios, como são chamados pelos capoeiristas são utilizados para transformar o jogo em um espetáculo aos olhos de quem o vê. São movimentos de equilíbrio e flexibilidade como saltos, bananeiras e giros onde o capoeirista desafia seus limites corporais mostrando uma imensa capacidade sinestésico corporal. O capoeirista executa esses movimentos também na intenção de enganar o outro jogador e de se movimentar de um lado para o outro da roda.

Teve como primeiro aluno Demóstenes. Devem ser também lembrados por serem cofundadores Jorge Negão, Everaldo, João Baiano, Márcio, Sérgio, Zé Ivan, George, Juarez, Datim, Antônio Luiz.9

FOTO: Bimba y Cisnando FUENTE: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp020539.pdf 1997, é publicada em Fortaleza, a história do Mestre Zé Renato através de um cordel de autoria de José Bento de Carvalho Filho, vulgo Zelito. O referido autor conta através de versos a história do Mestre Zé Renato, relatada pelo mesmo e confirmada pelos capoeiristas e alunos que conhece tão admirável nome que inicia a caminhada da Capoeira na Terra da Luz: Em vinte e quatro de maio, / De cinqüenta e um nasceu,/ Em Crateús e cresceu / Na arte fazendo ensaio, / Para brilhar como um raio,/ O artista Zé Renato; / Mestre em artesanato/ E também em capoeira,/ Essa luta brasileira/ Feita por negros no mato . (CARVALHO FILHO, 1997, p. 1)

Nas décadas de 1980/90, em Fortaleza só havia dois grupos de capoeira, Senzala e Zimbi10. Neste apareciam nomes como Espirro Mirim, Geléia, Jean, Soldado, Lula, Ulisses, figura como Paulão, Canário, Dingo, Gamela, Araminho, Gurgel.

José Olímpio Ferreira Neto, em sua dissertação intitulada “A HISTÓRIA DA CAPOEIRA NO CEARÁ NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990 ATRAVÉS DA MEMÓRIA E ORALIDADE” 11 nos traz que o ponto de partida é a participação do cearense Cisnando na constituição da Capoeira Regional de Mestre Bimba: Ele era um jovem que foi estudar Medicina na Bahia, pois na época não havia tal curso no Ceará. Lá conheceu Manoel dos Reis Machado, o famoso Mestre Bimba, criador da Capoeira Regional. No documentário Mestre Bimba: A Capoeira Iluminada de 2007, o Mestre de Capoeira, Doutor Decânio fala sobre Cisnando e o início da Capoeira Regional. Referindo se a história da Capoeira de Bimba, ele diz: “A história começa para mim, quando Cisnando chega na Bahia. Ele corre aos capoeiristas, só encontrou um que ele respeitou, que era um negão, que era carvoeiro na Liberdade, que era Bimba” (sic). Cisnando foi um capoeirista que contribuiu para a história da Capoeira, mas infelizmente não desenvolveu trabalho no Ceará e até onde se sabe não formou discípulos.

9 CARVALHO FILHO, José Bento de. Capoeira: a história do Mestre Zé Renato. Literatura de cordel. Fortaleza CE, 1997. 10 QUEIROZ, Robério. Mestre Ratto. Disponível em: acessado em 30/05/2011. 11 Disponível em http://www.uece.br/eventos/encontrointernacionalmahis/anais/trabalhos_completos/52 5434 26082012 231518.pdf

brasileira.

Carlos Magno Rodrigues Rocha (2006)13 afirma que “Diferentemente da Capoeira de rua praticada até hoje em Salvador, a Capoeira de Fortaleza caracteriza se por ser ensinada e festejada em ambiente fechado, como clubes, academias e 12 FERREIRA NETO, José Olímpio. A HISTÓRIA DA CAPOEIRA NO CEARÁ NAS DÉCADAS DE 1980 E 1990 ATRAVÉS DA MEMÓRIA E ORALIDADE (Direito UNIFOR) jolimpioneto@hotmail.com História, Memória e Oralidade 13 ROCHA, Carlos Magno Rodrigues. A CAPOEIRA NO CEARÁ Monografia apresentada ao Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará, para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Sociais. Orientadora: Profa. Dra. Simone Simões Ferreira Soares. Fortaleza Ce, 2006

Carvalho Filho (1997) não deixa de citar também o Mestre Paulão do Ceará que na década de oitenta divulgou bastante a Capoeira no Estado, indo para o exterior no início dos anos 1990. Ele teve discípulos como os mestres: Ratto, Zebrinha, Ferrim, Picapau, Envergado, dentre outros que formaram seus grupos. E outros como Kim, Cibriba, Marcão, Juruna que continuam a divulgar a Capoeira do estado no Brasil e no ParaExteriorFerreira Neto (?) 12, outro nome que é destaque mundial é o Mestre Espirro Mirim. Ele iniciou na Capoeira em 1979, com o Mestre Everaldo, do Grupo Favela, que mais tarde mudou o nome para Grupo Zumbi. Em uma matéria de uma revista especializada em Capoeira o Mestre Mirim (2001, p. 25) diz o seguinte: “Em 1984, fui formado pelo Mestre Everaldo, porém eu não parei de treinar […] resolvi viajar para o Rio de Janeiro […] onde treinei no grupo Palmares com os Mestres Branco e Gomes”. Lá quiseram colocá lo para dar aulas, mas ele queria aprender mais, então foi para São Paulo, onde se identificou com o Mestre Suassuna com o qual está até hoje. Em 1988, Espirro Mirim formou se professor pelo Grupo Cordão de Ouro, ano em que trouxe o grupo para Fortaleza e começou seu trabalho. Em 1991, ele recebeu o título de Mestre, depois de pouco mais de uma década de treino. O Mestre Espirro Mirim inicia sua carreira internacional em 1992 quando vai para São Francisco nos EUA, através do Mestre Caveirinha, para ministrar cursos para os americanos, retornando diversas vezes. Em 1996, foi para Israel também através do Mestre Caveirinha. Realiza seu primeiro encontro internacional em 1999 trazendo diversos nomes da Capoeira mundial como o Mestre Caveirinha e o capoeirista e ator César Carneiro que trabalhou no filme Desafio Mortal, ao lado de Van Damme; e Esporte Sangrento, ao lado de Mark Decassos.

A Associação Zumbi do Mestre Everaldo tem entre seus Mestres associados, Lula, Ulisses, Júnior, Jean, Geléia e Wladimir. Este último mora no exterior, divulgando a capoeira do Ceará. O Mestre Lula atua na Prefeitura de Fortaleza ajudando capoeiristas, de qualquer grupo, a desenvolverem projetos na cidade. (CARVALHO FILHO, 1997). O Mestre Ulisses atua no Centro Social do Bairro Henrique Jorge. Os demais também dão sua contribuição através de aulas e rodas. (CARVALHO FILHO, 1997).

Além do Mestre Zé Renato outro mestre que contribuiu para o início do desenvolvimento da Capoeira cearense foi o Mestre Esquisito. Ele trouxe o estilo Regional ao Estado. Onde tem atualmente o Grupo Terreiro que contou em seu elenco com os saudosos Mestres Soldado e Samurai. Este último deu uma contribuição para o ingresso na Capoeira no meio acadêmico. (CARVALHO FILHO, 1997).

Continuando com esse pesquisador, apresenta nos: Robério de Queiroz, conhecido como Mestre Ratto, fundou o Centro Cultural Água de Beber. O mesmo atua através desse centro cultural composto por vários alunos em diversas frentes da capoeira. Ofereceu um curso de Capacitação e Formação de Profissionais de Capoeira com certificado emitido pela UFC, em 2009 e no mesmo ano a segunda etapa do curso, dessa vez com apoio da Faculdade Católica, Governo Federal e Banco do Nordeste. O Mestre Chitãozinho, por sua vez, fundou o Grupo Negaça Capoeira, publicou quatro livros, oferecendo uma contribuição bibliográfica ao mundo da capoeira e em especial ao estado cearense. Seu primeiro livro foi Capoeira sob uma nova visão, seguido de O ABC da Capoeira, Consciência Capoeirística e A morte de Besouro. Todos produzidos por sua iniciativa pessoal sem grande apoio.

CAPOEIRA EM PARACURU 1981 Fundada em julho de 1981 a Escola Ogã de Capoeira Angola é a precursora da capoeira no Município de Paracuru. Portanto: "Quem não é filho da Ogã é neto!" A Escola Ogã de Capoeira Angola, foi a precursora da capoeira no Município de Paracuru. Tudo começou nos anos 80. Na época, o José Teixeira da Silva, conhecido como “Zezim do Peteta” hoje Contra Mestre, já jogava capoeira. Também foi nessa época que o Mestre Jorge Negrão em suas visitas de final de Semana à Paracuru conheceu o Zezim e vendo o interesse do mesmo, decidiu formar um grupo e assim unir o útil ao agradável, passar o final de semana em Paracuru e poder contribuir com o aprendizado daqueles que foram os primeiros capoeiristas de Paracuru. O grupo era formado por: José Teixeira da Silva (Zezinho) Francisco (Kim,) hoje residente em Manaus, Aderlô, Nilton, Nêgo da Raimundinha, Crissóstomo, Pepinha e Valcir, sendo que o os dois últimos partiram para o andar de cima nos deixando boas lembranças. Mas, foi no dia 17 de julho de 1981 que aquele grupo foi batizado como Escola Ogã e ela passou a ser filiada a Escola Xangô de Capoeira Angola do Mestre José Renato de Vasconcelos, Precursor da Capoeira no Estado do Ceará e Mestre do Mestre Jorge Luiz Natalense de Sousa (Jorge Negão), fundador da Associação Negro Livre de Capoeira Angola, fundada em 20/03/75. Diversos foram os lugares que a Ogã passou levando a capoeira Angola. O início da jornada deu se nas dependências do antigo CIEP, hoje Escola Antonio Sales, depois veio o Educandário, Conselho Comunitário, Colônia de Pescadores, Espaço de Reunião da Igreja de São Francisco (Campo de Aviação), Padre João da Rocha, Escola Maria Luiza Sabóia Hermínio Barroso e Escola Municipal de Poço Doce. Mas, a Escola Ogã não foi além, cruzou as fronteiras do Município, formando um Grupo em 1998 no Distrito de Siupé (São Gonçalo do Amarante) onde permaneceu por um ano. Escola Ogã de Capoeira Angola, Makati (2022) (schoolandcollegelistings.com)

residências, e de uma maneira mais pontuada nas praças e nas praias, geralmente motivadas por eventos ou datas comemorativas”

Continuando com Nascimento (2017), este autor traz duas outras hipóteses da introdução da Capoeira: [...] outras narrativas existentes, alimentam a ideia de que, os primórdios da prática da capoeira do Ceará teve início com o retorno de cearenses, formados em Direito e Medicina nas universidades baianas, que teriam aprendido capoeira naquele estado com Mestre Bimba, criador da capoeira Regional baiana (Neto, 2012). De volta ao estado, após o término dos seus respectivos cursos, alguns destes ex alunos de Bimba, teriam dado aulas e iniciado alguns neófitos na arte da capoeiragem. Uma terceira narrativa, mais remota, argumenta que existiam escravizados ou negros libertos nos munícipios do Ceará que saberiam e utilizavam formatos gestuais da capoeira e que, estas referências estariam presentes em alguns relatos de passagens em livros locais.

CURSOS Formação de Bailarinos Aulas de musicalização, ballet clássico, terminologia do ballet, jazz, barra ao solo, dança moderna, dança contemporânea, interpretação teatral, capoeira, folguedos populares, danças sociais, contato e improvisação, anatomia e cinesiologia, história das artes, história da dança, filosofia, oficinas de criação coreográfica e estágio supervisionado. Nesse curso também são realizadas oficinas de socialização e cidadania, sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis, drogatização e discutidos problemas comuns na adolescência. De forma transversal, ética e estética. LINKS http://www.escoladedancadeparacuru.com.br

Flávio Sampaio/Escola de Dança de Paracuru No litoral do Ceará, distante 87 quilômetros de Fortaleza, Paracuru tem aproximadamente 32 mil habitantes e costuma atrair turistas no verão. A cidade, porém, tem chamado atenção não apenas pelas belezas naturais, mas pela Escola de Dança de Paracuru, existente desde 2003. Parte da escola, a Paracuru Companhia de Dança funciona como uma porta de entrada para a profissionalização de bailarinos recém formados. O grupo atua na produção e na exibição de espetáculos e desenvolve pesquisas sobre a cultura e as danças nordestinas, como o frevo e a capoeira Nascido em Paracuru, Flávio Sampaio foi professor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e da escola do Balé Bolshoi no Brasil. Ao retornar à sua cidade natal, criou a Escola de Dança de Paracuru. Já passaram pela instituição 1.300 meninos e meninas. Atualmente, há cerca de 170 crianças e adolescentes na escola, recebendo educação artística em balé clássico, dança contemporânea e cultura popular. DanciturasdadiferençanaescoladedançadeparacuruthaisgonçalvesbyFlavioSampaio Issuu 2016 ELISANDRO informa que treina capoeira desde o ano de 1997; é monitor desde o ano 2000; após um intervalo parado retorna as atividades e formado instrutor em 2016, pela FUNDAÇÃO INTERNACIONAL CAPOEIRA ARTES DAS GERAIS FICAG, PELO FORMADO LOURINHO(PARACURU CE) E MESTRE MUSEU (BELO HORIZONTE MG).

2003 ESCOLA DE DANÇA DE PARACURU A Escola de Dança de Paracuru nasceu do sonho de 10 jovens que se reuniam na praça da cidade litorânea cearense para dançar forró, tendo como acompanhamento um pequeno equipamento de som. Para melhorar a performance, procuraram o bailarino Flávio Sampaio, que era da terra e, à época, atuava em Fortaleza. Acreditando no potencial dos jovens, o renomado bailarino e professor aceitou o desafio, capacitou os jovens em outras técnicas de dança e, em 2003, criou a Paracuru Companhia de Dança que se apresenta regularmente em festivais locais e nacionais.

2020 Escola De Capoeira Artes Das Gerais razão social Jose Valdeney Silva Mendes , encontra se com a situação cadastral ATIVA. Ela foi aberta em 06/11/2020, possui 01 anos 9 meses e 2 dias, capital social de R$2.000,00, natureza jurídica 213 5 Empresário (Individual), do tipo MATRIZ. julho INSTITUI O DIA MUNICIPAL DA CAPOEIRA E DÁ OUTRAS capoeira artes das Gerais FICÁGI tem o prazer de convidar

O vereador Zé Maria (DC), durante o expediente da última quinta feira, 17/10, agradeceu a presença dos capoeiristas na sessão e a todos os vereadores pela aprovação da lei que institui o Dia Municipal da Capoeira em Paracuru. Disse que acompanha a muito tempo o esforço e o trabalho do Mestre Lourinho, para o bem estar da juventude, que a capoeira é um esporte educador e agradeceu ao Lourinho pelo trabalho que vem executando no município. O vereador apresentou o Projeto de Lei 30/2019, aprovado por unanimidade, que institui o Dia Municipal da Capoeira, a ser comemorado sempre no dia 17 de julho de cada ano, cria também a comenda Capoeira Amor, que passa integrar o conjunto de honrarias da Câmara Municipal, A comenda destina se a homenagear personalidades do Município, do Estado ou País, que tenham efetivamente prestado relevantes serviços em apoio ao desenvolvimento da prática da capoeira. A comenda será entregue anualmente no mês de julho, na data comemorativa do Dia Municipal da Capoeira No dia comemorativo o poder público através da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer, Assistência Social, Turismo e Cultura realizará a consecução de atividades direcionadas a capoeira. Serão realizadas durante a semana, atividades, ações, apresentações, cujo calendário deverá ser amplamente divulgado através dos meios de comunicação.

2019 Dia Municipal da Capoeira

2022 LEIS MUNICIPAIS: 2026/2022 13 de

A FUNDAÇÃO INTERNACIONAL CAPOEIRA ARTES DAS GERAIS FICÁGI tem o prazer de convidar a população paracuruense, simpatizantes e praticantes de capoeira para prestigiar o 1* jogos de verão FICÁGI, na cidade de Paracuru, nos dias 05 e 06 de agosto. O evento iniciará no dia 05,sexta

CliquePROVIDÊNCIAS.aquiparavisualizar o documento agosto, 02 A fundação Internacional

feira, as 20:00Hrs na praça da matriz com: uma roda de capoeira, apresentação dos convidados e maculelê. No dia 06 sábado, entre 09:00hrs e 11:30hrs, na quadra da escola Antonio Sales, haverá: uma oficina com o Mestre Wlisses do grupo Zumbi de capoeira, em seguida entrega de troca de graduação dos alunos. Inicia a tarde as 16:00 horas com o Maculelê. Oficina com Mestre Museu (fundador da FICÁGI) Entrega do título do Mestre Lourim. Formatura dos novos instrutores, professores e formandos da FICÁGI no Ceará. As 19:00 encerramento com uma Roda de capoeira. O evento contara com a presença de renomados Mestres da capoeira Cearense, instrutores professores e contramestres de várias cidades Cearenses e outros estados Brasileiros. Partipação especial Mestre Museu presidente e Fundador da ficági .

PESQUISA MEMÓRIA ORAL OS PAULISTAS E A CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA MARANHENSE

ANTONIO EDUARDO BRANCO Dados biográficos: nome completo, local e data de nascimento, filiação, escolaridade Antonio Eduardo Branco Filiação: Sebastião de Oliveira Branco e Elzy de Abreu Branco Data de nascimento: 19 de fevereiro de 1954 em Maringá Paraná Escolaridade: formação superior em Educação Física, FEFI Faculdade de Educação Física do Norte do Paraná Hoje UNOPAR, especialização em Metodologias do Ensino Superior; duas técnicas esportivas (voleibol e handebol); mestrado em Educação; tem o brevê internacional de voleibol que dá o direito a atuar como técnico em qualquer país do mundo; professor universitário na UNOPAR, em Londrina, e na Universidade Federal do Maranhão.

o curso de três meses da CBV nível 1, realizado em Minas Gerais, conheci o professor do Maranhão Zartu Giglio Cavalcanti e mostrei a ele todos os meus projetos desenvolvidos em Londrina. Zartu, ao chegar após o curso em São Luís do Maranhão, conversou com Dr. Olímpio, então assessor do secretário do esporte, Eli Gomes, destacando que havia um rapaz no Paraná que se encaixava nas pretensões do voleibol maranhense. Fui convidado para uma entrevista com o secretário e, em uma semana, mudava para o Maranhão, onde fiquei por 4 anos e meio. Contribui para o processo de sedimentação da Secretaria de Esportes e Lazer do Maranhão o mesmo aconteceu com a UFMA , onde lecionei por três anos. Fui técnico de todas as seleções masculinas de voleibol do infantil ao adulto, inclusive as seleções universitárias. Destaco que foi uma passagem maravilhosa pelo Maranhão.

Como começou com o esporte/educação física. Comecei com esporte muito cedo. Em Maringá pratiquei várias modalidades esportivas: tênis de mesa, atletismo (salto triplo, salto em altura e 100 metros rasos), e natação. Com o falecimento do meu pai e a mudança para Santos (SP), comecei a treinar voleibol no Colégio Canadá, local onde a Seleção Brasileira de Voleibol treinava e lá era um esporte era muito forte. Mas quem começou a me ensinar foi um leigo, colega levantador. Com seis meses treinamento passei a integrar a seleção de voleibol do colégio e com um ano fazia parte da seleção de Santos. Também fui convocado para a seleção paulista. Com 18 anos, fui jogar profissionalmente em Araçatuba (SP). De lá foi para Maringá (PR) para formar um time também profissional, que se sagrou campeão dos jogos abertos em 1979. No final de 1979, fui convidado por Marco Antonio Lafranti, proprietário, naquela época, da atual UNOPAR, para montar o primeiro time profissional de voleibol do Paraná, que se sagrou três vezes campeão do Estado e terceiro lugar no campeonato brasileiro de seleções. No adulto acredito ter sido o melhor resultado alcançado pelo voleibol paranaense. Fui técnico da seleção londrinense de voleibol por 10 anos. Fui aprovado, ao lado de mais 20 pessoas de toda a América Latina, no concurso da Confederação Brasileira de DuranteVoleibol.

Como veio para o Maranhão? Data, circunstâncias, a convite de quem, plano de trabalho. Fui para o Maranhão a convite de Zartu Giglio Cavalcanti, do governador do Estado e do secretário de Esportes, Eli Gomes. Foi um processo muito rápido. Trabalhei na Secretaria de Esporte e Lazer na chefia do Departamento de eventos especiais.

Fui professor do Colégio Meng, professor da Universidade Federal do Maranhão, vicepresidente da Federação Maranhense de Voleibol, durante algum tempo, e técnico de todas as seleções maranhenses de voleibol, formando o primeiro quadro de arbitragem da Federação, na época, com a ajuda de muitos amigos, inclusive o atual presidente da Federação Maranhense de Tênis, (Clineu Filho).

Qual a importância da vinda desses 'estrangeiros', naquele período, e dadas as circunstâncias, para o desenvolvimento do esporte, da educação física, e do lazer no/do Maranhão? Não gosto do termo “estrangeiros”. As pessoas do Sul que chegavam ao Maranhão, naquele período, eram tratadas como “os estrangeiros”. Eu nunca recebi esta pecha e ela nunca me coube. Chegando ao Maranhão me tornei um maranhense. Sempre fui muito bem tratado por todos. Rapidamente me comuniquei com todos. E guardo grandes amigos até hoje. E visito todos quando vou ao Estado. Foi muito importante a ida desse pessoal para o Maranhão. Muitos auxiliaram nas universidades outros deram grande impulso ao desenvolvimento do voleibol e aos esportes em geral.. Acredito que, numa época em que o Maranhão carecia de pessoas que conheciam a Educação Física, ele foi bem servido daquelas pessoas que chegaram de fora. A partir do momento que pisei lá era maranhense. Só deixei de ser quando voltei ao Paraná. Mas meu coração continua lá. O que ficou desse legado? Para mim, só felicidade, alegria, realização e um grande conhecimento. A gente quando vai para um lugar que, pretensamente, entende como um lugar menos desenvolvido que o seu, você tem a falsa impressão de que vai ensinar algo. Eu saí de lá com a impressão que eu aprendi junto com eles. Nós crescemos juntos. Houve um crescimento tanto dos colegas de trabalho e dos atletas e como o meu profissionalmente, mas isso foi uma ação conjunta. Isso é o que me mais dá orgulho desse processo enquanto estive lá. Eu cresci enquanto ser humano e cresci enquanto profissional. Acredito que tenha deixado vários ex atletas que se tornaram grandes técnicos de voleibol e que jogaram em vários estados brasileiros. O legado que deixei foi bastante interessante no sentido de aproximação das duas pontas do país num crescimento mútuo. Alguma coisa sobre o Laércio? Sidney? Lino? Dimas? e mais alguém que queira se referir Dimas foi quem me recebeu no Maranhão, extremamente gentil, já era um profissional e professor de Educação Física formado no Rio de Janeiro. Dimas é uma pessoa maravilhosa. Pai da Denise, presidente do CREF21/MA. Dimas é uma pessoa calma, acolhedora e sempre nos recebeu com muito carinho. Por esse carinho que tenho ao Maranhão, lutamos por mais de 20 anos para a efetivação do CREF21 no Maranhão. Eles merecem. É um povo pujante, trabalhador, que eu guardo no meu coração o folclore e as comidas típicas até hoje. Nestes últimos dois anos, estive lá por três vezes. E assim me aposentar quero ir para lá e passar uns seis meses para pode ver todo mundo. Laércio cabeça pensante, muito à frente do nosso tempo, uma pessoa se sujeitou a largar tudo em São Paulo para vender cachorro quente para ter uma experiência na Alemanha nas Olimpíadas de Munique, e voltar de lá com grandes inovações. Sidney meu contato foi muito pouco com ele. Uma pessoa assim bastante fechada. Lino homem de tremenda cabeça, mas nós tivemos alguns desencontros numa edição dos jogos universitários. Não tive muita relação com ele, que era presidente da Federação Universitária. Mas sei que ele tem uma carreira brilhante como agente político, advogado e sociólogo.

Ao lado de Zartu (técnico das seleções femininas) conseguimos elevar as seleções de terceira divisão para primeira e segunda divisão. Lá deixei grandes amigos e me tornei um maranhense. Só voltei para o Paraná porque precisei encontrar um centro maior para o tratamento de saúde de minha esposa.

Sua carreira no Maranhão?

Valeu a pena? Muito. Valeu muito a pena. Não querendo plagiar Fernando Pessoa: tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Quando você está aberto a conhecer novos horizontes e participar da realidade das outras pessoas, vale a pena. Valeu a pena pelo meu crescimento pessoal e profissional. E acredito que tenha contribuído para o conhecimento de muitas pessoas que lá conheci. É uma terra extremamente pujante. Os políticos tem que tratar aquele estado com muito carinho. É um grandioso estado, que já foi um dos primeiros do país, principalmente, na exportação de tecido e algodão.

Sobre a história do chapéu cagado essa não lembro bem, mas quem lembrar conta aqui. Há anos em Paraibano, o fantasma da CAEMA é a falta de água que assusta pela falta da mesma e não é lenda. E todos sabem que a CAEMA morreu, mas os governos teimam em não sepultá la. Enquanto isso vamos seguindo o barco na Rua da Poeira para ver se ainda encontramos as frutas de espinhos na Rua do Pequi e encher o Chapéu Cagado de lembranças.

PARAIBANO NO TEMPO: OS PRIMEIROS CAMPOS DE FUTEBOL LEO LASAN

A primeira foto mostra a primeira caixa d'água da CAEMA em Paraibano. A época os anos 70. O local a Rua Coêlho Neto com Travessa Coelho Neto. Claro que na época dos anos 70 onde hoje é a travessa Coêlho Neto era um terreno em que se encontravam os fundos dos quintais das Ruas São Francisco e Boa Vista, que por falta de calçamento e ainda com matas e árvores frutíferas eram conhecidas as citadas ruas como Rua da Poeira (São Francisco) e Rua do Pequi (Boa Vista) e no fundo desses quintais um terreno que chegava até a caixa d'água que era cercada de arames. Nesse local foi capinado e limpo o primeiro campinho de futebol de Paraibano, onde os primeiros times criados por Zé Carneiro e Onildo Brito disputavam os jogos. O espaço do campo devido a animais como cavalos, jumento, bois, cachorros que dormiam no local, foi apelidado de Rua do Chapéu Cagado, devido as fezes dos animais. Hoje se chama Travessa Coelho Neto. Sobre a caixa d'água da Caema, no local tinha uma lavanderia, e a meninada depois dos jogos, esperava a caixa encher até derramar em uma cachoeira de água para deleite da galera, haja vista água nas casas ainda era escasso. E para assombrar os mais traquinos que usavam o espaço para outras coisas, inventaram a lenda das visagens (fantasmas) que afogava no poço quem ia a meia noite deixar as torneiras ligadas.

Moto Club campeão maranhense de 1966, em jogo de faixas contra o Clube do Remo (PA): em pé Salomão Mattar, Alexandre Francis, Rinaldi Maia, Vila Nova, Campos, Paulo, Alvim da Guia, Alzimar, Laxinha, Corrêa, Baezinho, Ronaldo e Bacabal. Agachados Baé, Zezico, Nabor, Hamilton, Jocemar, Chico, Pelezinho e Rubens. No ano seguinte, o jovem foi cursar Educação Física na “Escola Nacional de Educação Física”, no Rio de Janeiro. Voltou dois anos depois, onde já havia abandonado em definitivo o futebol, passando a dedicar se á sua segunda paixão, o basquete. Entre 1946 e 1948, passou a ser inspetor de Educação Física da Secretaria do Maranhão. Em 1949 partia para exercer a mesma função na Secretaria de Educação do Território de Roraima. Em 1960, de volta a São Luis, passou a trabalhar no Departamento de Educação

RINALDI LASSALVIA LAULETTA MAYA, UM TÉCNICO NA VERDADEIRA CONCEPÇÃO DA PALAVRA HUGO JOSÉ SARAIVA RIBEIRO Blogger: Perfil do usuário: Hugo Saraiva Quando ministrava as aulas de Educação Física na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde ministrava as disciplinas de Basquete e Futebol, o professor Rinaldi Maia já demonstrava a sua marca que o tornaria conhecido dentro dos gramados, sobretudo por aqueles que tiveram a oportunidade de trabalhar com Rinaldi: seriedade, profissionalismo e pontualidade. Essas são as características do lendário treinador, uma verdadeira expressão do esporte maranhense, com passagens, além do Papão do Norte, por Sampaio Corrêa, Maranhão e Ferroviário. Muitos craques passaram pelas mãos dele. E todos o elogiam pela seriedade e disciplina com que trabalhava. Nascido a 05 de Fevereiro de 1924, Rinaldi conviveu com o esporte desde cedo e durante toda a sua juventude. Filho de Vicente de Deus Saraiva Maia e Júlia Lauletta Maia, o jovem Rinaldi iniciou a sua vida dentro do esporte pelo América, clube formado por garotos do 2º ano do Ginásio e que praticava o futebol ainda descalços. Em 1929, o jovem atleta já era jogador do Liceu Maranhense, chegando mesmo a alcançar o titulo de bi campeão estudantil invicto, nos anos de 1941 e 1942. Após a sua passagem pelo profissional do Vera Cruz, na Primeira Divisão do nosso futebol, Rinaldi figurou pelo Sampaio Corrêa, atuando como meia direita e sendo cognominado de ‘Menino de Ouro’ da Bolívia, dada a maneira como defendia as cores auri rubro verde. Em 1941, iniciou a sua carreira nas quadras, defendendo as cores do time de basquetebol do Vera Cruz. Em 1942, Rinaldi conquistou três grandes e importantes títulos: Campeão invicto de futebol pelo Sampaio Corrêa; Campeão invicto de futebol pelo Liceu Maranhense e campeão de basquetebol pelo Vera Cruz.

Física, Esporte e Recreação do Maranhão (DEFER), como treinador e preparador físico. Já em 1974, Rinaldi era professor da UFMA, onde ministrava futebol e basquete como práticas desportivas obrigatórias para os universitários de todos os cursos. Foi Rinaldi, inclusive, um dos responsáveis, ao lado dos professores Dimas e Cecília Moreira, pela implantação do curso superior de Educação Física naquela universidade, que recebeu os seus primeiros alunos desse novo curso em 1978. Era ele, no seu tempo o único treinador do futebol maranhense diplomado pela Escola Nacional de Educação Física e professor de Educação Física. Professor Rinaldi Maia (primeiro em pé) com o Moto Club de 1966 Todos os ex atletas que contribuíram em depoimento pessoal para este trabalho e que treinaram com Rinaldi comentaram sobre a sua postura séria e exigente. Rígido, honesto e extremamente pontual, cobrava de todos os atletas uma postura série e comprometedora. Era o primeiro a chegar aos treinos e o último a sair. Não admitia as famosas farras após os jogos. Quem ele encontrava bebendo recebia um sermão. Ensinava que álcool era inimigo da preparação física. E orientava para a importância do estudo, para que no futuro, quando o futebol passasse, ninguém ficasse sem uma profissão. Tanta determinação com os seus atletas lhe renderam alguns títulos: foi Campeão Maranhense pelo Sampaio Corrêa (1965 e 1975), pelo Moto Club (1966/67), pelo Maranhão Atlético Clube (1969) e pelo Ferroviário (1970). Rinaldi faleceu no dia 20 de Maio de 1984, aos 60 anos. Pai de três filhos, Rinaldi Maia deixou para o desporto maranhense um grande legado, que deve ser seguido por aqueles que almejam sucesso em sua carreira profissional: seriedade, profissionalismo e pontualidade.

Hugo José Saraiva Ribeiro, 33 anos, é maranhense de Pinheiro (MA) e Professor de Educação Física licenciado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Pós Graduado em Educação Física Escolar pela Faculdade Integrada Jacarepaguá (RJ). Já trabalhou com Recreação no Hospital do Câncer Aldenora Belo, em São Luis, e com Educação Física Escolar nas cidades de Pinheiro, Paço do Lumiar, São Benedito do Rio Preto, Urbano Santos e atualmente trabalha em escolas do Estado em São Luis. É o autor dos livros "Sampaio Corrêa, uma Paixão dos Maranhenses", lançado em Fevereiro de 2011, "Memória Rubro Negra: de Moto Club a Eterno Papão do Norte", lançado em Setembro de 2012, "Salve, Salve, meu Bode Gregório: a História do Maranhão Atlético Clube", lançado em Setembro de 2014, e "Menino Jesus de Praga e José Justino Pereira: Duas Histórias, Uma Só Paixão", lançado em Setembro de 2017. CONTATO E mail: hugosaraiva_3@hotmail.com

“... eu me lembro de ter ouvido dizer já tem o curso na UEMA , mas a UEMA, FESM, eu cheguei a dar aula na FESM seis meses; dei aula de Prática Esportiva; eu me lembro que a 14 Lei no. 3.489, de 10 de abril de 1974. Cria a Escola Superior de Educação Física do Estado do Maranhão e dá outras providências.

O curso foi criando com toda a estrutura, com coordenação, área, dotação orçamentária... Mas não foi implantado, porque na mesma época, a Universidade Federal estava implantando o dela e, parece que houve um acordo em que o Estado abriria mão então de abrir o seu curso, para dar oportunidade para que a Universidade Federal abrisse o dela.

A esse respeito, Laércio Elias Pereira esclarece: "... conversei bastante com o Dimas e Cláudio Vaz sobre a possibilidade de criar um curso de Educação Física no Maranhão. Em setembro do mesmo ano, fui convidado, junto com o Biguá, para apitar os jogos de Handebol dos JEM's.

"Voltei em janeiro de 1974, para morar no Maranhão. Resolvemos Cláudio e eu, chamar o Prof. Domingos Salgado para montar o processo de criação do curso de Educação Física na Federação das Escolas Superiores [FESM, hoje UEMA], o que aconteceu com o empenho do secretário Magno Bacelar e o Assessor João Carlos, ainda em 1974.

OS (PRIMEIROS) CURSOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO MARANHÃO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Em 1974, pela Lei no. 3.489, de 10 de abril 14, o Governo do Estado cria a Escola Superior de Educação Física do Estado do Maranhão, com o objetivo (art. 1º) de formar professores e técnicos de Educação Física e Desportos, bem como desenvolver estudos e pesquisas relacionados com a sua área específica de atuação.

"Quando o curso foi criado oficialmente, eu já estava no mestrado." (PEREIRA, Laércio Elias, entrevista)15

"Fiquei sem emprego e o Heleno Fonseca de Lima batalhou uma bolsa pelo antigo CND. Fui assessor da Secretaria de Educação e, como estava demorando em andar o curso no Estado, teve a iniciativa da Profa. Terezinha Rego, do ITA, para montar o curso particular, com os professores que já tínhamos arrastado para o Maranhão.

"Simei Bilhio, Rinaldi Maia e Dimas eram da Universidade, depois entrou o Domingos Salgado, que fez o velho trabalho de montagem do curso [da UFMA]. Acho que teve a pressão na inação da Universidade enquanto a FESM e o Pituchinha já tinham saído na frente em criar o curso de Educação Física.

DIÁRIO OFICIAL, São Luís, Sexta feira, 10 de maio de 1974, ano LXVII, no. 88, p. 1 15 Laércio, quando foi embora, entregou me uma cópia dessa Lei Diária Oficial, com a Lei de criação mas nunca colocada em prática. Nessa época se falava na UEMA da necessidade de se criar um curso de Educação Física, e o Laércio informou que não precisava porque o curso já estava criado e entregou uma cópia dessa Lei , sendo levada a cópia para o Reitor na época, e eles ficaram de tomar uma providência. Foi quando se ouviu essa história de pessoas que estavam ainda na UEMA, na época, FESM, de que o curso realmente havia sido criado, mas não tinha sido implantado porque havia um acordo de não se criar o curso no Estado e que aquele acordo ainda estava valendo e eles não iam conseguir autorização para mais um Curso de Educação Física, este no âmbito da Universidade Federal.

Sidney Zimbres outro dos "paulistas" que participou desse processo, também não lembra como ocorreu a criação do curso da FESM:

Secretaria de Administração ficava lá no Santo Antônio, eu fui lá para assinar o contrato, dei aula seis meses de Prática Esportiva lá, depois, quando eu entrei na UFMA, não fui mais; a FESM sempre era vista como uma Universidade mal organizada, vista assim de uma forma ruim...". (ZIMBRES, Sidney. Entrevista). Para Dimas, isso realmente deve ter acontecido. A seguir, passa a tecer consideração sobre as dificuldades de implantação da Educação Física/Prática Esportiva, que culminou com a criação do Núcleo de Educação Física e, em conseqüência da demanda, com a criação do Departamento de Educação Física e do Curso de Educação Física. De acordo com Castellani Filho (2009) 16, em 1977 a obrigatoriedade da Educação Física no ensino superior já estava prevista em Lei desde 1969, por conta do Decreto Lei 705, que declarava a obrigatoriedade da EF em todos os níveis e ramos de escolarização. Os motivos desse Decreto que contrariava o previsto no Artigo 40, letra "C" da lei nº 5540 de 1968 (que reformava a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional [lei nº 4024/61], pela qual a EF deveria ser incentivada na educação superior através da contratação de profissionais qualificados e de construção de instalações esportivas, dando ênfase à prática esportiva explicitados nas obras desse pesquisador: “Educação Física no Brasil: a história que não se conta17", e mais tarde retomada e publicada no livro "Política Educacional e Educação Física” 18

17 CASTELLANI FILHO, Lino. A educação física no Brasil: a história que não se conta Campinas: Autores Associados, 1998.

16 CASTELLANI FILHO, Lino. Correspondência eletrônica pessoal lino.castellani@uol.com.br a Leopoldo Gil Dulcio Vaz vazleopoldo@hotmail.com, postada em 1º de abril de 2009. in ANDRAEDE, José Nilson; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. HISTORIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA UEMA. Pesquisa em andamento.

18 CASTELLANI FILHO, Lino. Política educacional e educação física. Campinas: Editores Associados, 1998; CASTELLANI FILHO, Lino. A educação física no sistema educacional brasileiro: percurso, paradoxos e perspectivas. Campinas: UNICAMP. Tese de Doutorado em Educação.

No entanto, foi com a Regulamentação da Lei nº 6251/75 pelo Decreto nº 80228 de 1977 que a denominada "prática esportiva" foi sistematizada no ensino superior através da criação legal da figura das "Associações Atléticas Acadêmicas" vinculadas a um quadro que enaltecia tanto o seu caráter formativo (por conta de sua dimensão lúdico esportiva) quanto o seu lado competitivo, que a articulava com o esporte universitário coordenado nacionalmente pela CBDU Confederação Brasileira de Desporto Universitário e estadualmente pelas federações universitário acadêmicas: “Fui então contratado pela FESM para ao lado do professor Zartú Giglio Cavalcante dar conta do Projeto de Implantação da Prática Desportiva, naquela instituição de educação superior, nela permanecendo até o ano de 1978 quando me insiro na Universidade Federal do Maranhão, compondo o grupo responsável pela criação do curso de EF naquela universidade, como também, junto à sua Pró Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis PREXAE onde elaboro e passo a desenvolver o "Projeto de Assessoramento ao Desporto Universitário" responsável pela estruturação das Associações Atléticas Acadêmicas no âmbito da UFMA, da retomada das atividades da FAME Federação Acadêmica Maranhense de Esporte no universo da qual assumo a direção técnica que me levou a coordenar a realização dos Jogos Universitários Maranhenses de 1978, 79, 80 e 81; chefiar sua delegação esportiva aos Jogos Universitários Brasileiros de 1978 (Curitiba, PR), 1979 (João Pessoa, PB) e 1980 (Florianópolis, SC) e culminando com a coordenação geral dos 32º JUBs, realizados em São Luis em 1981.” Outros cursos de Educação Física Mais ou menos nesse início década de 70 , quando a UFMA ainda estava passando por esses problemas de implantação da parte esportiva, aqui havia um colégio chamado Pituchinha na parte de 1ª a 4ª série e ITA na 5ª a 8ª e segundo grau , dirigido pela Profa. Terezinha Rego; depois, quando passou para a administração do prof. Márcio Ribeiro, passou a chamar se MENG. Segundo o Prof. Zartú Giglio

Recorremos ao Prof. Sidney para esclarecer a fundação desse curso de Educação Física do Ita, da professora Terezinha Rêgo: “... nesse tempo em 77 como a UFMA não queria, não tinha intenção de fazer o curso, o Laércio teve amizade com a professora Terezinha Rego, do ITA, Pituchinha, depois MENG... hoje o Objetivo... eu também tomei muita amizade com ela logo que eu cheguei aqui, fui muito bem recebido por ela, lembro da primeira vez que eu fui jantar na casa dela, ela recebia o pessoal de fora... “O Laércio convenceu a Terezinha em criar um curso de Educação Física... então ai nós criamos o curso de Educação Física no ITA Instituto Tecnológico de Aprendizagem , era Pituchinha, ela mudou a razão social para ITA, ficou a parte do primário com Pituchinha e o 2º grau acho, que essa parte ficou como Instituto Tecnológico de Aprendizagem... bom, ai nós criamos o curso, quem criou o curso do MENG foi Laércio, Sidney e Lino, nós três sentamos e montamos o currículo do curso, lógico, como a gente fez basicamente em cima do currículo do curso da USP na época ninguém tinha noção de currículo, ninguém tinha lido nenhum livro sequer sobre currículo a coisa foi feita de forma bem empírica; então montamos um curso que era feito em dois níveis; um nível era para formar um curso de curta duração, no primeiro modulo; e no segundo módulo, o aluno continuava, era curso superior; o curso chegou a ser aprovado no Conselho Estadual de Educação e estava em tramitação para ser aprovado no Conselho Federal de Educação; funcionou, acho que uns dois anos, não me lembro direito exatamente se 2 ou 3 anos, nesse período quase fez o curso aqui do ITA ... Deve ter sido nesse período... Foi 77, eu acho que foram um ano e meio e dois anos; "Os professores nessa época eram: o Domingos Fraga Salgado dava Organização Esportiva; tinha eu, que dava Voleibol, dava Ginástica, como Ginástica tinha 1, 2 e 3; a professora Cecília dava Educação Física Infantil e Ginástica Rítmica, Demóstenes dava Judô e teve uma época que deu Recreação; o Lino dava Recreação, depois foi embora, dava aula de Recreação, dava mais uma outra aula; tinha uma professora, era uma negra ... Dilmar ... dava Estrutura e Funcionamento, professora da UFMA; tinha uma aluna de Medicina, que dava Anatomia; mais ou menos o corpo era esse... Lopes era Atletismo; e a turma era essa...". (ZIMBRES, Sidney. Entrevista).

O Prof. Zartú Giglio Cavalcante, em correspondência pessoal afirma ter dado duas disciplinas nesse curso. Sidney conta, então, porque aquele estabelecimento de ensino denominou se ITA Instituto Tecnológico de Aprendizagem:

Cavalcante19 o MENG foi transferido para um grupo de ex professores que assumiram a razão social e o nome fantasia (MENG), até que o mesmo foi fechado há vários anos atrás. Márcio Ribeiro (então dono do MENG) alugou o último andar do prédio do colégio MENG ao Mauro Fecury, criando o Objetivo; foi quando começou o CEUMA. No Ita foi criado um Curso de Educação Física de licenciatura curta: "esse curso até eles tentaram fazer também mais não foi a frente, já foi quando os paulistas já estavam aqui, em 75,76 por aí, o Sidney seria coordenador, mas era desse aqui, não era o outro [o da FESM] ... esse também não foi para a frente, que também não acho que tivesse condições" (DIMAS, Entrevista).

19 CAVALCANTE, Zartú Giglio. DEPOIMENTOS. In Correspondência eletrônica pessoal, enviada em 08/04/2009 a Leopoldo Gil Dulcio Vaz.

Dimas refere se ainda a convênio entre o CND e a SEDEL, para formação de Técnicos Esportivos, que iriam atuar em 40 Centros Esportivos que iriam ser construídos no interior do Maranhão. Pelo convênio, a ETFM formaria esse pessoal. Quando a Escola conseguiu formar a primeira turma, os prefeitos já haviam pegado parte do dinheiro, mas não construíram os núcleos, as quadras; as pessoas que foram indicadas ou eram sobrinhos, ou filhos, ou parentes do prefeito, quando não indicaram pessoas, ex atletas aqui de São Luís, e nenhum quis voltar para o interior. Foram absorvidas pela própria SEDEL, pelo Município onde a maioria já trabalhava ; apenas um voltou para o interior, só um; e dos 40 núcleos, parece que foi liberado verba para quatro ou cinco, mas que não foi construído.

O Projeto dos Parques Esportivos do CND "mas aí está faltando uma melhor informação sua, os núcleos, a área física foram construídas alguns, eu inclusive nessa época trabalhava na SEDEL, fui na inauguração do de D. Pedro, do de Chapadinha, mas só que os prefeitos além de ficarem com a verba, construíram, mas não deu funcionabilidade, porque o MEC dava dinheiro para construir..."

O Autor esclarece a questão, informando que os recursos eram do antigo CND, não eram do MEC; esse dinheiro que a que Dimas se refere da construção desses núcleos já era recurso do MEC, de outra verba, também em convênio com a SEDEL; por exemplo, o "Barjonas Lobão", em Imperatriz que é um núcleo de esportes foi construído com recursos do MEC, em 1979/80; mas não com esse do CND é bem anterior. Havia dois órgãos, o CND com o projeto desses núcleos esportivos que o Pelé, depois tentou fazer , e havia o do MEC, que era para a construção de complexos esportivos. Ao que parece, foram construídos cerca de 15 complexos esportivos com dinheiro do MEC; em Imperatriz tem um, porque o entrevistador foi quem fez o projeto de Imperatriz, ainda na intervenção de Antônio Baima, quando trabalhava naquela cidade. Mas os recursos do CND já na administração do Sr. Elir Jesus Gomes, na SEDEL o dinheiro

Eu sei que nós chegamos, avançamos, não foi concretizado, eu sei nós avançamos nesse ponto, o Salgado veio para cá fazer isso, eu trouxe ele para cá. No tempo eu tinha muita liberdade de pagar ... Magno quando queria o serviço, pagava do próprio bolso, não tinha o Wellington e ele me dava um cheque, hoje ele é um homem de porte limitado, na época ele era o mandão, então ele me apoiou demais. Quando o Magno assumiu eu fiquei muito forte na Secretaria." (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista).

Cláudio Vaz lembra porque se aventou em criar um curso de educação física: "Nós íamos fazer uma Escola de Educação Física particular, já tinha toda a documentação, o professor Salgado deu para mim. Como eu sentia a necessidade de ter professores formados, e os que eu trazia eram poucos em relação à necessidade que nós tínhamos, nós achamos um início para formar a Escola de Educação Física particular. Nós começarmos a trabalhar e deve ter sido isso que chegou lá, nós tínhamos um interesse de fazer uma Escola de Educação Física aqui, eu não posso dizer assim com certeza. Domingos Fraga Salgado, foi quem eu trouxe para criar e Escola de Educação Física, com o Magno Bacelar. Ele que obteve toda documentação, foi quando a UFMA criou, aí parou. Salgado e Laércio participavam ativamente nesse projeto.

“... vou contar uma história engraçada, dizem que ela usou o ITA porque é um Santo que tem ai em Ribamar, um famoso Pai de Santo ou um Santo... Eu também pensei que fosse o ITA de São José dos Campos, mas não tinha nada a ver, era mais ligado à questão religiosa, ela era adepta a um Santo ai em Ribamar, o tal ITA, foi por isso que ela colocou ITA... pai de Santo, eu não entendo dessas coisas ai, um santo como tem orixá sei lá o que tem o ITA... Tinha um [Pai de] Santo em Ribamar que era ITA, que ela era fã desse [Pai de ] santo por isso que ela colocou...” (ZIMBRES, Sidney. Entrevista).

chegou a ser liberado a primeira parte, para a implantação de curso de Educação Física e uma parte seria depois, na metade do curso, seria liberado recurso para a construção física; sabe se que eram 40 prefeituras que estavam sendo beneficiadas, e que dessas 40 prefeituras, salvo engano, só 20 tinham indicado pessoas para fazer o curso aqui; então eram os primeiros vinte, desses primeiros vinte, sabe se que não foi liberada toda a verba.

esclarecimento, pois afinal, está se contando a História da Educação Física e dos Esportes em Maranhão: o primeiro curso de Educação Física da ETFM teve a duração de oito meses, com tempo integral oito horas de aula por dia , e era um convênio SEDEL/CND com a interveniência da Secretaria de Educação do Município São Luís também receberia recursos do CND. Então nós Lino, que depois passou a coordenar esse curso; Laércio, como o elemento de ligação da SEDEL, responsável pelo projeto; e eu, pela Escola Técnica, o Guaracy Martins Figueiredo, que na época era professor da Escola e da Universidade, como o Lino e o Laércio montamos uma primeira turma com 40 vagas, sendo 20 vagas por conta do CND e 20 por conta da SEDEL; então eram 20 pessoas indicadas pela SEDEL e 20 pessoas indicadas por essas prefeituras do interior que na realidade quem indicou foi a SEDEL , então essa primeira turma com esses 40 alunos, foi montada dessa forma.

O Curso de Formação de Professores de Educação Física da ETFM "... eu estou falando é que a Escola Técnica teve um curso a nível médio para professor de Educação Física, esse que todos esses técnicos daqui de São Luís fizeram..." (DIMAS, Novamente,entrevistas).cabeaquinovo

Quando chegou à metade do curso, o CND viu que não dariam certo, que não iria para frente os prefeitos estavam recebendo o dinheiro e não estavam construindo , então ele cortou, por falta de prestação de contas e denunciou o convênio com a SEDEL; aí a SEDEL assumiu completamente o curso, e depois absorveu todo esse pessoal, a exceção de um, que era o filho de um prefeito do interior. Aí foi criada a segunda turma, já direto em convênio com a SEDEL, com a Secretaria de Educação e com a Secretaria de Educação do Município; foram criadas duas turmas, uma pela manhã e uma a noite; já foram 80 alunos na segunda turma, voltada para a formação de técnicos esportivos e técnicos de recreação da SEDEL e de professores para as secretarias de educação; a terceira turma só que a SEDEL nunca repassou o dinheiro para a Escola, então a Escola acabou assumindo e dando o curso , a terceira turma, a SEDEL já estava de fora, não interessava mais, e a SEEDUC já tinha recriado o seu Departamento de Educação Física a Silvana Farias era a coordenadora , e se fez um novo convênio, com a SEDUC, e ficou de dar alguns professores, todo o material esportivo, e a ETFM com alguns professores e as instalações também nunca repassou , pagaria pelo curso, nunca repassou um tostão para o curso , e a Escola teve que assumir também isso, teve prejuízo financeiro, pois prestou o serviço e não recebeu pelo mesmo. Lino Castellani fala da implantação desse curso: “... aí eu fui para Escola Técnica e me torno professor de segundo grau na Escola Técnica. Aí dentro da Escola Técnica, desenvolvemos o projeto de criação do curso de Formação de Magistério em Educação Física em nível de segundo grau, eu fui o primeiro coordenador do curso. Elaborei o projeto junto com os colegas que estavam presentes naquela ocasião, e outros que foram para lá depois, inclusive você também não é, aí fiquei na coordenação; mas entro na Escola Técnica em 77, 78; eu me afasto para sair para o mestrado e você assume a coordenação20. Ah! Tá, o Manoel Trajano, mas aí eu já estava na Universidade do Maranhão eu saí do Maranhão Atlético Clube, eu tive outro trabalho de futebol no Tupã. No Tupã eu fui técnico.". (CASTELLANI FILHO, Lino. Entrevista).

O Depoente aqui comete alguns equívocos, quanto às datas. Lino trabalhou na Escola Técnica por duas vezes. Uma delas, quando chegou, para se estabelecer na cidade. A outra, quando foi aberto o curso de educação física, já em 1981, quando foi seu coordenador. Quando saiu para o Mestrado, o Prof. Manoel Trajano Dantas Neto assumiu a coordenação do mesmo.

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Assim, tivemos um curso na Universidade, que na época estava passando por dificuldades, pela falta de professores qualificados, pela falta de alunos; uma tentativa na UEMA, que não deu certo; o curso do ITA, o curso de nível médio da Escola Técnica. Foi feito um estudo em 1982, para justificar o convênio entre ETFM/SEEDUC em que, só na Secretaria de Educação havia necessidade de 980 professores de Educação Física; a UFMA naquela época não estava formando nenhum professor por ano. Só o curso em 84, 85, 86 da Escola Técnica formou mais de 280 professores; e havia o pessoal que estava vindo de fora muitos maranhenses que foram para Belém, como o Oswaldo Telles de Sousa Netto; e a Educação Física praticamente a partir da instalação dos Jogos Escolares Maranhenses, com mais de dois, três mil alunos em 75, 76, já tinha se consolidado completamente , a Educação Física “morre”... Era só “pratica esportiva”, uma distorção que observa até hoje, com as “escolinhas de esporte”, em que as escolas cobram pelas aulas, por se tratar de “atividade extra curricular”, e não oferecem aulas de educação física. Todas estavam voltados para os JEM's e, em conseqüência, para os JEB's. Cláudio Vaz, o Alemão, fala, com orgulho, como conseguiu implantar as escolinhas de esportes e revitalizar o esporte escolar maranhense, com a ajuda daqueles jovens que na década de 50 a "Geração de 53" , praticava esportes na Atenas brasileira: "Aí o Jaime telefonava para o Duailibe que era diretor do D.E.R, e disse o Alemão tá com um problema, aí ele tá precisando de 300 agasalhos; manda ele vir falar comigo; "comprava pelo D.E.R (Departamento de Estradas e Rodagens), não tinha nada a ver com o Departamento de Educação Física, porque tínhamos a facilidades de amizades, o Jaime era Secretário da Fazenda, então o que Jaime falava era uma ordem: Zé Carlos, Alemão tá precisando de 30 bolas... Zé Reinaldo, o Ginásio tem de reformar... "o Zé Reinaldo, Secretário de Viação e Obras, uma semana o estádio ia reformar, o que eu precisasse eu não tinha dinheiro em espécie, mas eu tinha todo o apoio logístico, tudo o que eu queria eles me davam; vamos viajar, passagem aérea, o Maranhão passou 4 anos viajando por esse Brasil inteiro, não tinha um campeonato brasileiro que o Maranhão não praticasse. Por que? material à vontade, técnicos à vontade, uma constância de trabalhos, o Costa Rodrigues não tinha porta fechada, começava 4 horas, 4, 5 horas da manhã, ia até meia noite ou uma hora e continuava de novo e era uma hora e continuava de novo e era numa dedicação dos professores, teve um lance gozadíssimo, eu tinha uma equipe na coordenação, eu trabalhava na coordenação e no departamento de Educação Física. O Bordalo que era o Secretario resolveu resumir nossa folha nesse tempo era 100 mil reais passou para 50. Eu reuni meu pessoal todinho, e nesse tempo não tinha esse negócio de leis trabalhistas, Vocês são meus professores, eu não quero perder nenhum. Reduziram o meu custeio de 100 mil para 50, eu não quero perder nenhum de vocês eu não sei se vocês vão aceitar, mas a única maneira que eu posso fazer eu quero todos vocês aqui, eu vou reduzir 50% o salário de todo mundo aqui... "não saiu nenhum, ficou todo mundo ganhando a metade do salário. Gafanhoto vai te contar essa história e ele morre de rir. É que na equipe houve uma irmandade, todos tinham o prazer e brigar para você pegar uma hora no Costa Rodrigues, era uma guerra, todo mundo querendo trabalhar. Foi assim uma motivação maior que fez esse trabalho aparecer, eu tive uma equipe muito boa, meu professor, era meu árbitro, meu professor era meu conselheiro, então tinham um trabalho coletivo e todo mundo querendo essa grandeza de educação física, no desporto e surgiu os colégios, se empolgaram, o colégio que não tivesse participação no JEMS, não tinha aluno, a vibração dos colégios que aguardavam o ano todinho se preparando então foi aí que surgiu...". (VAZ DOS SANTOS, Cláudio. Entrevista).

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21 Trata se de ARY FAÇANHA DE SÁ, maranhense de Guimarães, um dos maiores atletas brasileiros, tendo participado de três Olimpíadas (anos 50). Formou se em Educação Física, pela Escola Nacional, da Universidade do Brasil, hoje UFRJ. Trabalhou no Ministério do Educação, sendo um dos idealizadores dos Jogos Estudantis Brasileiros JEBs, coordenador do Convenio Brasil Alemanha (década de 70) para desenvolvimento do esporte brasileiro. Contemporâneo de Dimas, a quem encontrou no Rio de Janeiro, já atleta consagrado, nos anos 50. Pelos depoimentos, observa se que foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento do esporte escolar maranhense, nos anos 70, mandando cursos e professores para o Maranhão. Nunca teve o reconhecimento de sua terra... 22 Refere se ao Clube Recreativo Jaguarema, fundado em 1953, e que encerrou suas atividades em 1994.

O ingresso na UFMA "o Reitor solicitou do MEC que mandasse uma pessoa para fazer implantação aqui, e para a minha alegria foi a Simei era maranhense, e que eu acredito até ter sido mandada pelo Ary Façanha , ela veio fazer a implantação; como nós já éramos conhecidos, já tínhamos feito curso juntos, e ela já conhecia minha história, ela me convocou para ajudar na implantação. Eu entrei na Universidade logo na implantação, junto com a Simei, apenas com um contrato... para a implantação das práticas de Educação Física obrigatória, não o curso... ainda não era o Departamento, era só implantação, o Departamento veio depois. Ela veio, foi feita a implantação, ela ficou aqui uma temporada, nós começamos as primeiras aulas no Jaguarema22 , as primeiras aulas que nós demos foi lá, e eu já estava contratado nessa época... (DIMAS, Entrevistas).

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA UFMA LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

"Quando eu levei a minha primeira equipe de ginástica olímpica para o JEB's, nessa época o governo militar, com a criação dos JEB's houve um... surgiu um grande dilema, só três ou quatro Estados do centro sul ganhavam tudo [São Paulo, Rio, Minas Gerais e Paraná, e Rio Grande do Sul às vezes disputando o terceiro ou quarto lugar], tinham destaque em tudo e os outros Estados eram um fracasso total... "Então o que acontece, era um desnível fabuloso... até hoje; então, os dirigentes sentiram a necessidade de reciclar e dar incentivo para os Estados, foi a melhor coisa que existiu para a Educação Física do Brasil, que eu considero, foi a criação dos JEB's, porque ai eles abriram o curso a três por quatro, para a melhoria do nível técnico pedagógico dos professores dos "então,Estados;todo ano tinha curso de handebol, de basquetebol, de ginástica olímpica só eu fiz cinco cursos nacionais de ginástica olímpica, todo ano eu fazia um ; eu estou adiantando um pouco para depois voltar um pouco , quando foi criado o primeiro curso de ginástica olímpica lá em Brasília, que eu fui convocado por ter levado uma equipe para os JEB's, lá encontrei... Simei Ribeiro Bilho, maranhense inclusive tinha sido Miss Maranhão anteriormente , professora de Educação Física e estava também fazendo este curso, no Rio de Janeiro... não... este primeiro curso de ginástica olímpica foi em Belo Horizonte, depois houve no Rio de Janeiro , e eu me reencontrei com Simei, porque a gente não se conhecia antes, ela era uma grande amiga de Ary21, que era contemporâneo dela; o Ary Façanha Sá, que era coordenador e sempre estava envolvido nesses cursos todos, e eu fiz essa amizade com ela, lá no curso, isso tudo para chegar lá na Universidade na criação do curso na Universidade , então quando a Lei tornou obrigatória a prática de Educação Física no terceiro grau, nossa Universidade teve necessidade de eu não sei precisar bem a data [a Lei 69.450 é de 72] ... então para implantação do curso a Universidade nossa, aqui, mandou buscar... (DIMAS, Entrevistas).

Os primeiros professores concursados "Quando ela foi embora, que deixou implantado abriu o concurso para três professores, então prestou concurso, eu, professora Cecília23, e professor Rinaldi Maia, foram os três primeiros concursados; e entramos apenas para atender as práticas desportivas... (DIMAS, Entrevistas).

O Departamento de Saúde Pública, o Núcleo e o Departamento "... nós pertencíamos ao Departamento de Saúde Pública, éramos agregados ao Departamento de Saúde Pública, depois é que foi aumentando a quantidade de alunos e nós não estávamos mais dando conta, aí é que veio a criação do Núcleo de Educação Física, começaram as instalações, e a criação de Departamento de Educação Física; e aí começaram a entrar já novos professores que eram os paulistas , que já estavam aqui; aí eles fizeram o concurso também para preencher mais vaga na época foi Laércio, Demóstenes, Moacir [Moacir veio depois, já em 1979], Lino, Zartú [veio depois], eles já estavam aqui no Maranhão... "esses professores vieram em função dos JEM's, todos esse vieram em função de JEM's e de JEB's... agora eu já estou falando nesses que já estavam aqui, que foram aproveitados para ir para a Universidade, então aí eu estou nesse ponta já... os três primeiros ... Paschoal ....eu estou falando de quando o Departamento foi criado...O Curso de Educação Física foi criado em 84...". (DIMAS, Entrevistas).

CECÍLIA MOREIRA, professora de Ginástica; foi chefe do Núcleo de Esportes e Coordenadora do Curso de Educação Física por vários anos; foi Secretária de Desportos e Lazer, já falecida.

24 MOACIR MORAES DA SILVA, paulista, mas não daquela equipe trazido por Claudio Vaz; chegou aqui em 1978, trabalhando como professor contratado. Professor de Atletismo, já aposentado.

25 DEMÓSTENES MANTOVANI, professor de Judô, já aposentado. SIDNEY FORGIERI ZIMBRES, um dos paulistas trazidos por Claudio Vaz; Mestre em Educação Física.

Sidney Zimbres fala da contratação dos demais professores, em 1981, já para atender o Curso de Educação Física:

"Ai depois a criação da SEDEL, em 81 eu era Técnico da SEDEL, tinha 40 horas na SEDEL, e trabalhava 20hs como professor substituto, colaborador horista na UFMA, dando aula; ai em 81 aconteceu o Concurso, eu fiz o concurso, fui aprovado, na época foi aprovado o Moacir24 , Demóstenes25, eu26, Laércio27, Paschoal, Isidoro; Ulisses ficou em quinto lugar, mas não entrou; eram cinco vagas, ele ficou em sétimo, por causa do Currículo, embora tenha ficado em segundo lugar na classificação das provas, ele caiu para sexto ou sétimo, para o sétimo lugar por causa do currículo e ai foi quando nós ficamos efetivados como professores da Universidade; foi quando eu pedi demissão da SEDEL e fiquei com dedicação exclusiva na Universidade, a partir do Concurso em 81.” (ZIMBRES, Sidney. Entrevistas).

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Tínhamos um corpo discente muito bom e um corpo docente muito fraco" “... eu não te garanto, mas até acredito que seja realmente, tanto que o nosso curso, você bem sabe como ele começou devagar, teve uma época que nós tínhamos um corpo discente muito bom e um corpo docente muito fraco, porque os alunos não conseguiam passar no vestibular [refere se à concorrência do Curso de Medicina, ou quando passavam logo depois que terminavam o ciclo básico pediam transferência para Medicina, Odontologia, Farmácia]...

27 LAÉRCIO ELIAS PEREIRA, paulista, daquela equipe do Claudio Vaz, o grande responsável pela evolução da educação física e dos esportes maranhense, responsável pela vinda de todos os outros; criando do Centro Esportivo Virtual www.cev.org.br Doutor em Educação Física. Hoje, um dos mais respeitáveis pensadores da educação física brasileira, junto com o Lino Castellani Filho. Ambos, viveram por quase 30 anos no Maranhão, contribuindo pela formação de várias gerações de esportistas, professores, dirigentes. Estão a merecer um justo reconhecimento por seu treabalho...

29 Aqui, refere se àquele curso da FESM, que não chegou a funcionar, embora criado antes do da UFMA.

"Teve um período, isso também acontecia além de entrar poucas pessoas, também acontecia isso, o curso de Educação Física, eu tenho também um trabalho de pesquisa que eu fazia, com a primeira turma, que eu também dou caracterização profissional, eu aplicava um questionário para traçar o perfil do aluno e numa das perguntas, perguntava qual o interesse, se ele tinha 28 Segundo pesquisa que o Autor fez, de 79 até 82, em que eram 25 vagas, preenchiam as 25 vagas, mas ao término do primeiro período havia apenas 15 alunos, 10 já tinham migrado para Odontologia ou Medicina; quando terminava o ciclo básico, ficavam quatro ou cinco alunos que efetivamente queriam Educação Física, os outros já tinham todos sido transferidos para os outros cursos.

“o curso não tinha assim uma grande aceitação, então eram poucos candidatos, mais ex atletas [que só se dedicavam aos esportes, e não tinham uma boa base educacional, não conseguiam passar porque concorriam com o pessoal de Medicina como segunda opção]... então aconteceu numa época em que o número de alunos que passava era tão pequeno, que tinha até dificuldade de funcionar o curso, porque o básico de nosso de Educação Física, da área médica era todo igual, Medicina, Odontologia, Farmácia, Educação Física28, era tudo a mesma coisa, depois que mudou um pouco, ainda tem... mudou um pouco, isso tudo para te dizer se tivesse outro curso realmente não tinha, não tinha lógica de ter dois cursos de Educação Física naquela época29 “Só completando, mudou completamente, agora o curso de Educação Física tem uma aceitação muito boa, tem um número de candidatos concorrendo muito grande; eu estive olhando o número de vagas, estão todas preenchidas, os alunos que estão entrando agora, todos são alunos com base teórica, o que ocorreu uns anos atrás foi o inverso, o corpo docente foi que caiu muito, muitos professores foram embora, outros foram fazer mestrado e não voltaram mais, outros se aposentaram e outros morreram, então caiu muito, o corpo docente uns anos atrás, agora é que já está melhorando um pouco mais. A gente tem que reconhecer que já houve uma melhoria, alguns que estavam mestrado, doutorado, já voltaram, está um pouco melhor agora". (DIMAS, entrevistas).

Sidney esclarece melhor essa fase do Curso de Educação Física, ao falar da administração da Profa. Cecília quando coordenou o Curso de Educação Física: "Minha relação com Cecília foi essa eu tive alguns atritos com a professora Cecília era uma pessoa também muito séria, eu tive alguns atritos acadêmicos com ela; eu separo a Cecília como mulher, como mãe, como profissional; eu vejo que a professora Cecília atrasou muito a Educação Física dentro de Universidade Federal do Maranhão, ela tinha uma visão de Educação Física, ela tinha uma forma dela coordenar o curso, forma de administrar, muito centralizada, ela dificultou muito, lembro que o curso chegou uma época, um período que os cursos de Licenciatura da Universidade, como Educação Artística, Matemática e tal, estavam entrando no Vestibular, um, dois alunos por semestre, no Curso de Educação Física; o curso todo chegou a ficar numa época com uma faixa de sessenta alunos, uma média de sessenta alunos, o curso todo, o que estava entrando a cada semestre um, dois, três alunos, “eu cheguei a dar uma aula para uma turma de um aluno, aula de didática 120hs para um aluno por semestre... Oitavo Período, que dizer, oito aulas por semana para uma aluno, foi até o Mauro Santiago, então foi o problema, ela achava que o curso de vestibular devia ser bem difícil e só poderiam entrar aqueles que realmente tinham condições, por que isso iria engrandecer o curso, aí quando ela saiu houve uma mudança no vestibular, a gente mudou a área, mudou o peso, aumentou o número de vagas, e hoje o curso conta com quase seiscentos alunos ou mais.

Lembra que teve um ano, que ficaram dois ou três semestres letivos sem ter um único aluno que tenha concluído o curso, isso até recentemente, até três anos atrás [1988/89], lembrando que Sidney Zimbres dava Didática a um único aluno, no oitavo período de Educação Física; isso ocorreu até que se desvinculou aquela segunda opção, e o aluno de Educação Física, só faz opção por Educação Física, não tendo mais a opção de mudar para outro curso.

A Educação Física na UFMA, Parte II o Curso de Educação Física Sidney Zimbres contesta Laércio Pereira quando afirma, em sua entrevista, que o mérito do curso ter vingado seja de Dimas, Domingos Salgado ou de Cecília Moreira. Em sua entrevista esclarece como foi a fundação do Curso de Educação Física da UFMA: “... Mas ai que entra a questão, quando ele [Laércio] coloca que [o curso] foi criado por Cecília, Dimas e Rinaldi, os três não tiveram participação efetiva na criação do curso, tiveram uma participação mínima na criação do curso...

interesse em ficar ou passar para outro curso e uma boa parte dos alunos respondiam que tinha interesse de pular, houve uma época que eu era coordenador, que a Pró Reitora de Graduação era? (Margarida Leal) que foi um escândalo, dentro da Universidade, foi até chamado de O TREM DA ALEGRIA, houve uma transferência de dezessete alunos dos cursos, vários cursos, entre eles Educação Física parece que foram cinco alunos do Curso de Educação Física e do Curso de Medicina, foi em escândalo na época, isso foi parar no Conselho e rolou, como a Universidade vivia na época em clima de opressão um clima de, o reitor era o Cabral, ele não havia essa, o Conselho não tinha muita força, passou isso mudou depois, depois que o Cabral saiu entrou o reitor Jerônimo Pinheiro, aí acabou isso daí, houve conselho, e proibiu essa transferência de um curso para outro, mas isso acontecia muito." (ZIMBRES, Sidney. Entrevista).

José Maranhão Penha, hoje professor de Educação Física do CEFET MA, lembra dessa época, como aluno do Curso de Educação Física, quando de sua entrevista foi dito que Dimas havia colocado que o grupo de alunos era muito bom, com o pessoal vindo de uma carreira esportiva muito grande; já o corpo docente, tinha seus problemas:

“... Porque, na realidade era isso que acontecia, a maioria desses alunos foram para Universidade só para legalizar a sua situação porque, a realidade era essa, todo mundo, tinha uma experiência de atleta muito grande, não tinha a parte didática, mas a parte de vivência muito grande, tanto é que tinha professor que dava aula e virava aluno dos próprios alunos, né, o Pascoal, perguntava para o Reinaldo se estavam certas as atividades do Basquete; o Moacir tirava muita dúvida comigo, no Atletismo, na hora das demonstrações dos arremessos; tem muita fotos, por sinal, das aulas; que foram tiradas... se quiser, até posso mostra alguma coisa, a gente tem; mas é isso mesmo, a turma era muito boa, muito experiente, essa turma; seriam os alunos maduros também, em termo de idade, era uma turma acima de vinte, vinte e dois anos, Jorge Luís, Jorge Luís Ferreira; Rubem Goulart Filho pegou algumas cadeiras, Rubem passou na terceira turma; ... Reinaldo Reinaldo Conceição Cruz, que hoje é professor de Basquetebol; Dionete, Silvana Cintra, Liana Fiquene; Reinaldo Estrela, que era professor da Universidade; Viché veio depois; Paulão veio depois; Paulinho, que hoje é mestre, Paulo Neres, Doutor, terminando Doutorado, professor da Universidade; Braide Ribeiro, hoje é Técnico de Futebol, na Túnisia; Tem o Reinaldo, que era funcionário da Polícia Rodoviária, também não atuou na área não, era funcionário da Polícia Rodoviária e tinha uma frota de caminhão que puxava óleo dos postos de combustíveis, esse não trabalha na área, deixa eu ver quem mais ... só eu vendo...eu tenho na fotografia..." (PENHA, José Maranhão. Entrevista).

Dimas tece alguns comentários sobre o Curso de Educação Física e o difícil início: 30 Refere se a Profa. Terezinha Rego

"Eu tenho a impressão eu fui do curso do ITA, eu fui o coordenador do curso do ITA , então eu tinha uma relação muito íntima com Terezinha30, de trabalho; a gente trabalhava muito junto, conversamos muito e eu tenho a impressão que a Terezinha estava torcendo para que se criasse um curso na UFMA... ela tinha interesse que o curso da UFMA fosse criado, porque ela já estava com interesse de vender ou passar o ITA; e isso aconteceu; ela alugou a sala lá do 3º andar, eu lembro bem disso, ela alugou para o Márcio que fez um cursinho, o Márcio depois foi... vendeu o 2º grau, eu me lembro até hoje quando ele assinou um cheque lá e pagou para ela, comprar o 2º grau, ai ela foi passando, foi e vendeu tudo para Márcio, ele acabou adquirindo o ITA e transformou em MENG, ela mesma tinha interesse que esse curso passasse... "... eu [já] estava dando aulas de Prática Esportiva na UFMA; teve uma pessoa que foi fundamental para a criação do curso de Educação Física na UFMA, essa coisa que passou assim, a história apaga... Houve um envolvimento do Laércio; eu, conversando lá no Centro nós éramos lotados em Educação Física, nessa época a Educação Física era lotada no Departamento de Saúde Pública; o diretor do Centro, que ficava lá no CCS, lá atrás da Igreja da Praça Gonçalves Dias, era um prediozinho que ficava ali atrás da Igreja, funcionava o Departamento de Saúde Pública, junto com o Departamento de Saúde Pública, CCS Centro de Ciências da Saúde ; o Diretor do CCS era o Carlos Borges, o Dr. Carlos Borges, médico, que tinha um grande poder político dentro da Universidade, era muito bem conceituado naquela época, e a companheira dele era Glória Leitão, que eram uma enfermeira, tinha um cargo até de chefia como diretora, muito forte; e Glória Leitão, talvez por questões pessoais, que encabeçou a criação do curso de Educação Física... ela, se não fosse política dela, não teria sido criado o curso, e ela foi assessorada por duas pessoas para montar o currículo: por mim e pelo Lino; e nessa época, o Lino não era professor da UFMA; ele era técnico da UFMA; o Lino, ele entrou não como professor... "então a criação do curso se deve a Glória, ao Lino e a mim, então nós trabalhamos o currículo todinho; o Dimas, a Cecília e o Rinaldi Rinaldi nem aparecia, era um professor meio tímido, meio calado, que trabalhava com o futebol fora da Universidade. então ele não teve participação nenhuma... Era professor da UEMA, era técnico do Ferroviário, às vezes pegava o Sampaio, o Moto e então, ele não tinha nenhuma afinidade com isso, ele não gostava disso; "... o Dimas também, não tinha nenhuma afinidade com currículo, não tinha nenhuma experiência; a Cecília também ficava ali, ela não tinha nenhum conhecimento sobre o assunto, então fui eu... até gostaria de ressaltar, o curso da UFMA só saiu, só foi em frente, porque teve um padrinho muito forte que foi a Glória Leitão, que era esposa, a companheira, do Dr. Carlos Borges, que era um chefão dentro da Universidade;

(ZIMBRES, Sidney. Entrevistas)

"... e ai começou o processo, o curso foi fundado em 1978, começou a primeira turma... isso eu me lembro bem, que a gente fez o currículo mínimo, que era ainda aquela resolução 69/69 do currículo mínimo; o curso era curso de licenciatura em Educação Física e Técnicas Esportivas; a Legislação só cabia para isso, então a pessoa fazia o curso e no final um esporte e se especializava entre aspas porque não seria especialização como hoje, em futebol, basquete; essa foi a origem do curso de Educação Física... Praticamente Dimas não participou, ele chegava lá, olhava e tal, mas ia embora, também a Cecília fazia a mesma coisa, pouco participava, porque também não entendia nada sobre o assunto, currículo é uma coisa... Hoje eu tenho bastante conhecimento, por que eu venho trabalhando há muito tempo, mas na época, era uma coisa muito diferente, estranha".

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SILVANA MARTINS DE ARAÚJO, Professora de Educação Física, graduada pela UFMA; Mestre em Educação; Professora do Curso de Educação Física da UFMA; filha de Dimas.

"Olha o nosso curso teve muitos altos e baixos, como eu comentei antes, no início, nós tínhamos um corpo docente muito bom você conhece a maioria deles todos , e nós tivemos infelizmente... aliás, não podemos mudar que nas primeiras turmas tivemos bons alunos, esta aí a Denise31 que foi das primeiras turmas... e tivemos bons alunos, a Silvana32, posso dizer que as minhas três filhas foram boas alunas33, elas tinham conteúdo, e saíram boas profissionais, haja vista que a Silvana hoje é uma professora de lá muito credenciada ela quando fez seleção para o Mestrado, foi primeiro lugar dentre todos os alunos, ela estava fazendo na área de educação e foi classificada em primeiro lugar e tem um conceito muito bom, é estudiosa, é competente, eu reconheço, não é pelo fato de ser minha filha, ela seguiu os meus passos, até as minhas disciplinas ela assumiu quando eu sai, ela foi professora de ginástica olímpica, de recreação, hoje ela tem outras ... "então, nós tivemos bons alunos no começo, depois eu acho que caiu um pouco e agora novamente está entrando uma leva muito boa de alunos, isso eu falando em nível de discente, então estivemos bons no começo, teve uma queda e agora novamente tem bons alunos, as últimas turmas que eu ensinei eu tive oportunidade de constatar alunos de nível muito bom, de conhecimento geral, técnica de aprendizagem, meninos de conteúdo bom... "mas houve uma época que o nosso corpo docente estava um desastre, não só pela saída dos primitivos, como pela entrada de alguém que chegou como que se diz assim, veio do inferno para nós34... então aquela época foi um desastre, esse pessoal volto a dizer , veio do inferno para infernizar nosso departamento, felizmente eles foram embora, nós conseguimos nos libertar deles [embora] ainda tenha um restinho, mas já não têm mais força, porque o Departamento teve uma época que... tinha uma divisão muito forte, entre nós os primitivos, os que carregavam e vestiam a camisa e nós éramos considerados por eles os radicais, os pelegos, os atrasados e eles é que eram os donos da verdade, e eles é que estragavam tudo, eles eram que estragavam tudo, eles eram os vermelhos, os comunistas vermelhos que vieram aqui para "bagunçar o coreto", então ficou uma época em que para conseguir ir numa Assembléia Departamental, ter mando, ter predominância nas resoluções, era uma luta muito grande, porque eles tinham uma força muito grande, eles conseguiram... manipulavam os alunos, alguns alunos ingênuos, mais a proporção que eles foram indo embora, as reminiscências foram perdendo força, perdendo força, e o que tem agora acho que já não pesa mais, então foi a proporção que os nossos próprios alunos nossos primeiros alunos, que hoje são professores foram assumindo e foram ficando do lado da terra, pode se dizer e eu até que acho que hoje eu perdi um pouco contato, não tenho indo muito , mas eu acho, que pelo o que eu converso com a minha filha, melhorou... "... melhorou o corpo discente, está muito bom, e o corpo docente está melhor, pelo menos tem mais harmonia, não tem muita briga, uma coisa que se falava era que nós éramos só

DENISE MARTINS DE ARAÚJO, Professora de Educação Física, graduada pela UFMA; Sócia propretária e Diretora Pedagógica da Escola de Natação Viva Água; uma das maiores especialistas brasileiras em natação para bebês; filha de Dimas.

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VIVIANE MARTINS DE ARAUJO, outra das filhas de Dimas que também cursou educação física na UFMA; trabalhou no Serviço Público Federal, por onde se aposentou. Dimas refere se ao ingresso de FRANCISCO MÁURI DE CARVALHO FREITAS Máuri de Carvalho licenciado em Educação Física pela Universidade Federal de Fortaleza (1978); Especialista em Ciência do Treinamento Esportivo, pela UGF; Mestre em Educação Física (UGF, 1988); foi professor da UFRJ, de onde passou para a UFMA; transferindo se para a UFC e dali para a UFES; autor de "A miséria da Educação Física" (Papirus, 1991); o Sr. Máuri é conhecido, além de suas posições de esquerda, pela truculência com que aborda aqueles que não aceitam suas idéias, o que lhe vem causando inúmeros processos por agressão e de tentativas de homicídio, além de dispensa naquelas instituições em que trabalha. Sempre acompanhado por um grupo de professores, que o seguem em todas as instituições de ensino em que ingressa, implantando células do projeto Brasil Brasis; alguns remanescentes desse grupo, ainda se encontram em São Luís, porém sem a virulência do passado recente, que quase afundou o Curso de Educação Física.

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"... o que mais me entristece, era que alguns professores, inclusive um que eu tinha amizade, desde quando cheguei aqui, que foi o Vicente [Calderoni], ficou da mesma forma, ficou do lado dele chamando ele de pai.

"... destruíram tudo, inclusive chegaram a destruir até o material do departamento como quadro de giz, quebraram televisão, vídeo cassete, riscaram meu carro várias vezes.

“... Eu tenho esses documentos todos guardados comigo até hoje, ele era uma pessoa completamente desequilibrada, eu considero o Mauri assim, uma pessoa esquizofrênica, um paranóico, uma pessoa altamente agressiva, que na segunda ou terceira palavra que você não concordasse com ele, partia para porrada, aconteceu uma vez uma Assembléia eu contestei, educadamente, academicamente, com todo cuidado, ele levantou para mim me dá uma porrada, foi agarrado, aquela coisa toda, foi horrível, eu tive que sair do departamento, porque eu era agredido verbalmente, diariamente por ele, nos corredores, na sala de aula;

"É um "trenero", você vê técnico de handebol, mas fica nisso, uma pessoa que não consegue ler um capítulo e resumir e fazer uma critica do capítulo, uma pessoa limitadíssima acadêmica, eu falo isso porque eu morei com o Viché muitos anos, convivi muito com ele é um excelente técnico, mas como professor universitário é muito limitado; e o Viché, hoje, se acha que é um intelectual, um grande revolucionário, ele é um, com todo respeito aí a gravação; um idiota, totalmente idiota, hoje dá pena de ver, tá lá totalmente isolado, para você ver a extensão da gravidade, desse Mauri, depois que ele fez isso tudo aqui, ele voltou algumas vezes aqui, participou do Congresso Latino Americano, agrediu um professor peruano que estava na mesa,

"Ficou doido, está totalmente desequilibrado, uma pessoa que tem uma dificuldade muito grande para elaborar uma teoria, para pensar, para ler, é uma pessoa muito limitada.

"... eu abri todos os processos contra o Mauri, por tentativa de agressão, e por agressão verbal, abri um processo dentro da Universidade e um processo na Polícia Civil; o Moacir abriu um processo também contra ele, pois ele ameaçava mesmo.

licenciados, poucos eram, eram... Pós graduados por sinal eu ainda não falei na minha pós graduação em Manaus, ainda falta a gente falar nisso , "então isso era uma crítica muito grande que a gente sofria, mais a partir de um tempo vários nossos professores foram fazer mestrado e doutorado, então esse nosso corpo docente hoje está bem melhor, temos ai já.". (DIMAS, entrevistas)

Sidney também se refere a essa fase negra do Curso de Educação Física da UFMA: "Esse foi a maior desgraça que aconteceu para a Educação Física aqui no Maranhão. Aí eu tenho uma parte uma parcela de culpa... foi uma época em que o Maranhão estava carente de professores; o professor Lino tinha ido embora, o Laércio tinha ido embora, tinha um pessoal saindo e aí eu pensei; eu era Coordenador eu falei: olha temos que trazer pessoas de fora, com Mestrado, para dar uma levantada. Aí por indicação de um professor que o conhecia, o professor Tarcísio ele tinha muita relação com o Tarcísio porque ele foi o seu orientador ele estava trabalhando na Vale do Rio Doce, lá na serra do Carajás, então ele sempre ligava para mim, ele fez um concurso aqui, ficou em segundo ou terceiro lugar, quando ele vinha para cá, ele ficava hospedado às vezes na minha casa, e aí quando teve aquele concurso Tarcísio já era professor do departamento, aí entrou, se inscreveram o Mauri, entrou o Adriano, entrou a Cássia ... "aí explodiu o departamento, porque eles entraram com uma visão, a filosofia deles era desobediência, desordem e guerra civil, então eles achavam que, dentro de uma visão marxista, comunista... da linha Albanesa, você só poderia construir, se você destruísse primeiro, primeiro você tem que fazer a revolução, destruir o que existe, para depois construir de novo, então eles queriam destruir tudo, fizeram coisas absurdas.

Naquela época o que mais ficou na minha memória foi o sentimento de trabalho colegiado, trabalho coletivo, trabalho em equipe, resistência por parte de Dimas e de Cecília, nunca explicitada, não é porque aquele receio dos "paulistas" ocuparem o espaço dos maranhenses, muito comum, numa postura muito regionalista, não é? E a gente apontando aquilo ali, como seria bom para o desenvolvimento da Educação Física, para o Maranhão, para a própria São Luis e para o interior, e que aquele medo não tinha sentido, não é? mas eu diria que foi o esforço dessas pessoas aí, não saberia dimensionar ou quantificar, mais ou menos o esforço (...).

ele na platéia fez uma crítica, para o professor, o professor respondeu a crítica dele, e quando terminou o debate que o professor saiu, ele deu um tapa na cara do professor, lá fora, num caso, desse, a APRUMA a ASSUMA o sindicato deveria tomar uma decisão firme, aí pelo cooperativismo acoberta, porque ele faz parte; não deixa para lá. Para você ver o grau de loucura desse Mauri e como ele foi embora daqui, quando ele viu os processos que haviam contra ele, quando ele ia acabar numa demissão por justa causa, ele conversou com o reitor e fez um acordo com o reitor, ele fez um concurso lá em Vitória do Espírito Santo, na Universidade Federal e havia sido aprovado, e fez um acordo com o reitor ... Para se livrar, que acho que foi um erro, acho que ele deveria levar até o final, liberou o Mauri, e ele foi embora, e ele tirou todos os processos, que haviam dentro da Universidade, foi apagado dos computadores se você for hoje no computador não tem nada, eu tenho esses documentos todos mas apagaram dos terminais, todo esse processo contra ele, foi uma coisa interessante isso, com uma semana no departamento, lá em Espírito Santo ele brigou com o chefe do departamento, ele quebrou o braço do chefe do departamento. ... Pois é, com uma semana; então uma pessoa dessa não pode ser normal, a poucos tempos atrás talvez uns oito meses atrás, ele deu cinco tiros num orientando dele, o orientando foi se concursar, quando conseguiu voltar, não morreu, acusou, é a última informação que eu tive agora recente, faz dois dias atrás, que o Mauri estava preso, um aluno do curso que estava dependente da nota dele ligou lá para ele ver se podia resolver o problema da nota, falou com a esposa dele, o Abelardo Teles, eu vou até confirmar isso com ele, e a esposa disse que ele estava preso, eu acho que finalmente ele encontrou o lugar certo dele." (ZIMBRES, Sidney. Entrevistas).

“Ficou faltando eu falar do papel do Domingos Salgado. O Salgado já estava na Universidade com a prática desportiva, antes da nossa chegada, mas ele foi um personagem muito controvertido e polêmico, ele não se envolveu nesse processo de criação desse curso, não saberia dizer exatamente quais os motivos, não senti atrapalhando, certamente ele não ajudou, eu não saberia dizer se ele atrapalhou. Eu não me lembro, não tenho notícias de presença dele impedindo, dificultando o trabalho. Mas, logo depois ele saiu do País e se afasta da Universidade, e ele criou, deixou uma imagem ruim para a Educação Física, por algumas coisas que ele desenvolveu lá dentro que nós tivemos que, devagarzinho, construindo outra imagem e tal; principalmente é isso que dificultou um pouco mais ainda a assimilação de outros paulistas, não é? mas eu também não saberia dizer até que ponto isso influenciou muito; eu sei que o trabalho foi feito, eu me tornei docente do curso só praticamente na época de eu sair da Universidade para o mestrado e tudo mais; desenvolvi na Universidade um projeto de desporto universitário, me envolvi no refortalecimento da Federação Acadêmica, tinha o projeto de criação das atléticas; criei as Atléticas para os Centros Estudos Básicos, de Saúde, de Ciências Humanas, aquela coisa toda.

Lino também se refere a esse momento da criação do Curso de Educação Física: "Quando eu entro em 78, na Universidade nessa função de técnico nós estávamos já envolvidos na criação do curso, tinha a Cecília, o Dimas... diria que o movimento de criação, a construção das instâncias organizadoras, construtoras do material do processo necessário para a criação junto às instâncias Federais do curso, o envolvimento foi o Laércio, que era a pessoa mais antiga e com mais influência. Isso aí em 75, não é? O Sidney fazia parte desse grupo, eu fazia parte de outro grupo eu não saberia dizer quem se envolveu mais, quem se envolveu menos.

“Fui chefe de delegação universitária maranhense em 77, para Natal; em 78, para Curitiba; em 79, para João Pessoa; em 80, para Florianópolis; e fui o coordenador geral dos XXX Jogos Universitários Brasileiros e foi minha última ação articulada nesse setor de desporto universitário.

“Em 83, eu me afastei para o mestrado; eu legitimei minha presença na Universidade a ponto do Reitor não colocar obstáculos na minha saída para o mestrado, na condição de Técnico; não era docente, e eu saí com todo respaldo do Cabral na época, pelo trabalho desenvolvido nesse setor; os jogos foram um sucesso, conseguimos recursos federais para fazer o restaurante, que até hoje está lá, Universitário. Recurso para construir o Complexo do Castelão, também veio por conta dos jogos universitários. Lá, o Ginásio, a pista, a piscina, isso em 82; e foi uma experiência esportiva muito valiosa naquela época.". (CASTELLANI FILHO, Lino. Entrevista).

Aqui, em seu depoimento, há um equivoco do Prof. Dr. Lino Castellani Filho. Os recursos para a construção do Complexo Social e Esportivo de São Luís chamado de Castelão pelo povo foi inteiramente recurso do Tesouro estadual. Havia um projeto de construção de um estádio de futebol; havia um projeto elaborado pela construtora SEEBLA, de Minas Gerais, inclusive com maquete. E havia o interesse do Governador, João Castelo, em escrever seu nome numa obra monumental. Havia criado a SEDEL. Fora de São Luis, a capital, não havia praticamente nada em relação à educação física, aos esportes e ao lazer, a não ser algumas iniciativas em algumas poucas cidades, como Imperatriz, Caxias, Bacabal, Carolina. Pista de Atletismo, por exemplo, havia duas em São Luis a do 24 BC, com cerca de 300 metros, e a da Escola Técnica, com 250 metros. Em Imperatriz havia uma de tamanho oficial, no 50 BIS. Só. Ginásio de Esportes, o Costa Rodrigues e o da Escola Técnica, o do SESC; isso em todo o estado do Maranhão... Algumas quadras poliesportivas em algumas cidades interioranas, em alguns poucos colégios, a sua maioria particulares. Esse era o retrato. Havia um dinheiro disponível, cerca de U$ 2 milhões, para a terraplanagem do terreno... Mas não havia o terreno... Então o Secretário de Desportos, o Sr. Elir de Jesus Gomes, um dia me chamou e disse estar com um problema, pois o Governador exigia uma solução. Levou me até a sede da SEEBLA, num prédio por traz do Casino Maranhense, na Beira Mar e lá vi o projeto, a maquete e conversei com o engenheiro responsável. Era apenas um estádio de futebol... Falei das experiências do Paraná, em que se construíam instalações esportivas aproveitando se de encostas de morro, para evitar gastos com terraplanagem, e depois erguer se o prédio; nas encostas, cortavam o morro, e aproveitavam essa terra para fazer a base, nivelada, e os cortes, as arquibancadas; ate mesmo a cobertura era facilitada, pois feita entre as duas encostas em arco, levava menos tempo, menos material e custava menos... Dei exemplo de Paranavaí... Ficou de ir lá verificar. Nesse tempo, fui encarregado, junto com o Coordenador Geral, Dr. Olimpio de Sousa Guimarães, de encontrar uma área para alocar a obra. Ouvi falar da Chácara Barreto, que era do Estado e havia sido cedida em comodato à Prefeitura para construção de um novo estádio de futebol. Foi o Prof. José Maranhão Penha quem me disse isso, e o Prof. Reinaldo Conceição da Cruz não só confirmou como me levou ao local. Comentei com o Dr. Olimpio, que verificou ser verdade.

O Sr. Elir e o Dr. Olimpio foram à Prefeitura. Não houve acordo com o Prefeito não lembro se era o Roberto Macieira ou o Mauro Fecury ; então acionaram um assessor parlamentar o então Deputado Nan Sousa, para anular o ato oficial junto à Assembléia Legislativa, que concedia a área à Prefeitura. O terreno fora cedido com prazo determinado para uso e já se passara quase dez anos e nada fora feito. Lembro que a anulação da Lei cedendo a área foi anulada em menos de um mês, graças a atuação do Nan. Tínhamos a Oárea...engenheiro da SEEBLA retorna; fora ao Paraná, vira a técnica de construção. No Barreto havia um morro, alto, que o levantamento planialtimetrico demonstrou ser suficiente para construção do Estádio. Utilizando o corte das encostas, em forma de escada e a terra retirada, para o nivelamento do solo. O projeto foi refeito. Os custos baixaram consideravelmente... A idéia inicial era apenas de se construir as arquibancadas do lado do morro, sem fechar o perímetro, que teria que ser em concreto.

Sidney dá maiores detalhes sobre esses cursos promovidos pela UFMA: "... foram dois os cursos, inclusive eu participei da coordenação dos dois, um foi sobre Ciências dos Esportes. Laércio começou depois eu continuei; o outro foi Lazer e Recreação, que começou com Dimas, eu acabei terminando a coordenação. O que aconteceu? Aquilo foi, na época que foram feitos os cursos, pouquíssimos, acho que dois alunos que terminaram com a monografia, um foi você. "... eu lembro que eu fechei a coordenação, me entregaram a coordenação no final eu fechei, teve um que o Paulinho terminou, acho que foi o único aluno; é o outro foi você, não foi?... Foi você por quê? Porque não tinha quem orientasse, não havia tradição aqui dentro da Universidade, não tinha ninguém, com mestrado, não tinha ninguém com Doutorado, então essa foi a dificuldade, falta de orientação e tradição dentro da Pesquisa, agora uma coisa, interessante, porque que não tem mais curso de especialização? É uma pergunta que eu fico até um pouco revoltado.

Ampliamos o projeto, pois haveria sobra de dinheiro. Foi planejado outro ginásio de esportes, o Castelinho; a Piscina Olímpica, junto o tanque de saltos ornamentais; e um kartodromo... Ai me ‘rebelei’; ‘exigia’ uma Pista de Atletismo... Seria mais útil e serviria para toda uma população do entorno do Barreto, não apenas para um grupo de empresários brincarem de piloto. Tanto que o projeto da pista foi feito depois... E ainda sobrou dinheiro, e o Governador mandou, então, construir a parte da arquibancada que faltava. Depois de o projeto pronto, o Complexo planejado, ai sim, a SEED/MEC se interessou, e praticamente exigiu participar com algum recurso. Com a construção do Complexo, nos habilitamos para os JUBs e para os JEBs. Ai entrou mais dinheiro, não para a construção, mas para equipamento... Fui fiscal da obra, discutindo com os engenheiros das diversas empresas contratadas detalhes técnicos de construção esportiva, sempre com os livros de regras nas mãos, quanto às medidas exatas, recomendadas, e quanto ao material. Especialmente a Pista de Atletismo. Trazíamos os dirigentes máximos das confederações esportivas para ver a obra e dar palpites na construção. Deve se louvar aqui o posicionamento do Dr. Olimpio responsável pela construção, presidente da Comissão de Obras, e do Sr. Elir. Sempre que nós, um de seus técnicos, dizíamos que alguma coisa não estava correta, mandava parar e só prosseguir quando tirássemos nossas duvidas e fosse feito da forma que achássemos melhor, pois nos éramos os professores e os técnicos da área e que iríamos nos utilizar daquele Umespaço.detalhe: a não ser na época da construção, nunca entrei no Castelão... Lembro que o Sr. Elir me telefonava lá pelas 10, 11 horas da noite. Avisava que o Governador queria ir ver a obra. Ele passava em minha casa, íamos ate o Complexo, e aguardávamos o Governador. Devia ficar a disposição para algum detalhe, alguma explicação... Lá pelas três, quatro da manhã, terminada a inspeção da obra, estávamos liberados, o Sr. Elir, o Dr. Olimpio, o Dr. João Rodolfo (Secretário de Transportes e Obras Públicas, sempre chegava com o Governador). Algumas vezes, o Gafanhoto acompanhava... Sempre tinha um ou dois deputados juntos, Nan sempre... Pós graduação Em 84,85, a UFMA ofereceu dois cursos de especialização: Ciências do Esporte que não terminou, faltando duas disciplinas , e outro, Recreação e Lazer, em que apenas um aluno terminou: "Que foi você, o único que apresentou monografia, todos terminaram o conteúdo, o de Recreação o conteúdo todo foi dado, mas monografia quem apresentou foi só você." (DIMAS, Entrevistas).

Sidney lembra das condições em que foram para Manaus, fazer a especialização, e a convivência com os colegas, especialmente Rinaldi Maia, à época, chefe do departamento: "... quando nós fizemos esse curso de especialização em Manaus, nós ficamos juntos, nós alugamos um apartamento, o pessoal do Maranhão alugou um apartamento com exceção da Cecília e o Dimas que ficaram morando no... a Cecília ficou num Hotel, e o Dimas no apartamento de um amigo; eu, Isidoro, Moacir mais um pessoal de Goiás, ficamos num apartamento juntos, durante algum tempo, o professor Rinaldi Maia, foi quando o conheci bastante, a gente conviveu durante dois meses morando juntos, uma pessoa muito integra, uma pessoa muito séria, talvez o infarto dele tenha sido por causa disso, por que ele era uma pessoa muito integra, e não aceitava uma série de coisas. É professor de futebol, foi a experiência que eu tive dele, sempre jogava Basquete na Escola, Eu já peguei o Rinaldi já com uma idade bastante já, na época eu tinha 28, ele já devia ter uns 55, 60 anos, não me lembro." (ZIMBRES, Sidney. Entrevistas)

“... Com tantos mestres, porque quando a gente adotou essa política, até a criação do Prata da Casa, foi na UFMA, a idéia era a seguinte: o grande problema aqui na Educação Física, é que nós não temos mestres e doutores suficientes, então é preciso criar essa elite, para que possa desenvolver a Educação Física, aí se criou o Prata da Casa para fazer isso, não só com a Educação Física, mas em outras áreas; o Prata da Casa, é um projeto da Universidade Federal do Maranhão, que pega os ex alunos brilhantes da Universidade, e os coloca em várias universidades para fazer mestrado. E aí saíram vários professores daqui, que foram fazer mestrado; Paulo fez Mestrado e Doutorado, a Silvana Moura, a Silvana, filha do Dimas, fez o mestrado aqui na Educação; hoje temos, o departamento tem vários mestres: o Zartú, está fazendo Doutorado, só que o Departamento nunca mais fez um Curso de Especialização. Eu pensei que hoje, com esse Corpo Docente, o departamento teria obrigação de tr, no mínimo, dois cursos de especialização permanentes, um na área de esporte, outro na área escolar; deveria ter além desses dois cursos, e permanentes, deveria ter uma revista, deveria ter pelo menos um Congresso ou Simpósio Estadual, e o departamento não faz absolutamente nada disso; é uma pergunta que a gente deve fazer a essas pessoas, porque essas pessoas, hoje estão à frente desses departamentos, como o Paulo foi chefe do departamento, porque, que o departamento não faz isso?" (ZIMBRES, Sidney. Entrevistas).

A Produção Intelectual

Dimas e Sidney referem se, ainda, a um curso de especialização o primeiro em que participaram professores do Maranhão: "Agora, o primeiro curso para docente, que nosso Departamento fez, foi em Manaus; esse curso foi dado para toda a Região, do Centro Sul e Norte Nordeste; foi feito um no sul, e outro no norte; então fomos daqui eu, Moacir [Moraes da Silva, professor de Atletismo], Isidoro [Cruz Neto, professor de Voleibol], Cecília [Moreira, coordenadora do Curso de Educação Física, professora de Ginástica], Rinaldi Maia [professor de Futebol]... nós fomos os primeiros que fizemos o curso a nível de Especialização, em Didática da Educação Física; esse curso nós fizemos em dois módulos, então fomos nós os primeiros, deve ter sido em 82, 83 depois eu posso te dar esta data. Depois disso é que os outros começaram a fazer, começaram a sair para fazer mestrado, que você já falou, que a maioria deles só ia [Laércio Elias Pereira, em 82 fazer mestrado em Educação Física; em 83, foi Lino Castellani Filho, que levou 6 anos para terminar o mestrado na PUC] ... se ele não foi, não apresentou monografia, nem Demóstenes [Mantovani], mas a partir daí os que têm ido tem cumprido...". (DIMAS, entrevistas).

Sidney Zimbres também concorda com essa data, quando perguntado porque a Divisão de Estudos dos Desportos, da SEDEL, não funcionou, haja vista que ele, Sidney, foi o primeiro coordenador e já atuava na UFMA: "Olha, por um motivo simples: a Educação Física na época, não tinha... nós professores de Educação Física, não tínhamos tradição em pesquisa, isso era uma coisa nova, porque eu não defendi minha tese de mestrado? Porque quando eu entrei no mestrado em 81/82 as primeiras turmas do mestrado, a primeira turma entrou em 80, a turma do Laércio, parece que foi em 80/81, eu entrei em 82 , então as primeiras turmas, nos cinco/seis anos, isso tem até um 35 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Produção do Conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro. In REVISTA HUMANO & SOCIEDADE, São Luís, v. 2, n. 5 ...ANAIS DA III JORNADA DE INCIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFMA, São Luís, 05 a 08 de dezembro de 1995. São Luís : NEPAS, 1995, p. 14 21

Também em 1980 apareceu a "Revista Desportos & Lazer", editada pela SEDEL, tendo o Prof. Sebastião Jorge como Editor Chefe e o Laércio Pereira como responsável ambos professores da UFMA. Durou nove números, apenas (foi publicada até 1983), mas teve uma boa repercussão a nível nacional, com inúmeros trabalhos de pesquisa divulgados. O primeiro trabalho de pesquisa publicado foi o do Prof. Sidney Zimbres; apareceu o no. 2, janeiro/março de 1981, p. 20 23 "Futuros campeões do voleibol passam pela análise científica".

Lembro que em 1980 foi realizada a I Conferência sobre Documentação e Informação Esportiva na América Latina, na Colômbia Participou, representando a SEDEL, o Prof. Laércio Elias Pereira, então professor da UFMA. A segunda Conferência seria realizada em 1982, em São Luís do Maranhão.

Ainda em 1980 foi realizado em São Luís o Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte Região Norte/Nordeste, no período de 10 a 13 de setembro; trabalhos de pesquisa foram apresentados: Isidoro Cruz Neto (Ascensão social do negro através do desporto); Lino Castellani Filho (Análise dos aspectos do desenvolvimento política/desporto, face aos XXII Jogos Olímpicos); Demóstenes Mantovani (Prescrição de treinamento aeróbio levando em consideração somente a distância percorrida); Sidney Zimbres (Voleibol infanto juvenil do Maranhão: características das qualidades físicas, dados antropométricos e aspectos Podegerais).se estabelecer como o ano de 1980 como o do início das atividades de pesquisa científica no âmbito da UFMA, da SEDEL e da então Escola Técnica Federal do Maranhão, hoje CEFET MA." 35

MOVIMENTO

Mas o que apresentar ? Qual era nossa produção científica ? A SEDEL, com sua Divisão de Estudos e Pesquisa não estudava nada e não pesquisava nada, embora contasse com um quadro de funcionários lotados; a UFMA estava ainda se debatendo com a formação de seu quadro de professores. Partiu se então, para produzir alguns trabalhos que pudessem ser apresentados naquele evento. Surgiu, então, na área da documentação, o "Índice da Revista Brasileira de Educação Física e Desportos", do Prof. Laércio Pereira, publicado pelo MEC em 1983; o "Índice da Revista Stadium", dos Prof. Leopoldo G. D. Vaz e Laércio Pereira, publicado pela SEDEL, em microficha, em 1984; o Prof. Sidney Zimbres iniciou uma pesquisa sobre aptidão física de jogadores de voleibol; a Profa. Tânia Araújo, sobre menarca de atletas; o prof. Demóstenes, sobre aptidão física; o Vicente Calderoni era acadêmico à época, começa a resgatar a história do Handebol maranhense.

Uma das coisas que chama muita atenção, na Universidade Federal do Maranhão, é a produção intelectual de seu corpo docente. Há uns anos atrás 1995 quando se fez a III Jornada de Iniciação Científica da Educação Física da UFMA, em que se tratou sobre a produção intelectual da Educação Física no Maranhão, o que se notou, foi que não havia produção nenhuma, ninguém escrevia, ninguém fazia pesquisa. Encontrou se apenas uma pesquisa do Sidney Zimbres; outra de Tânia Biguá quando ela não tinha saído da Universidade ainda, sobre menarca de atleta; o Isidoro Cruz Neto, com a eterna pesquisa dele sobre o negro no esporte; Demósthenes Mantovani sobre avaliação física.

trabalho, numa revista do CBCE, quase 70; 80% de quem fez o mestrado ninguém defendeu tese, porque não havia tradição de pesquisa dentro da área de Educação Física.

Perguntado, se chegou a escrever alguma coisa, produzir alguma coisa, Dimas respondeu: "Não, eu participei de uma banca, foi a respeito de recreação; mas eu não apresentei como trabalho de pesquisa, apresentei como trabalho pelo lado da experiência, que por sinal foi muito bem aceito, a professora que veio na época, eu não me lembro o nome dela, ela gostou das minhas colocações; esse eu já tinha feito três ou quatro cursos de recreação conforme eu te disse, naquela época eu fiz cinco cursos nacionais de Ginástica Olímpica; fiz quatro na área de recreação; fiz dirigente esportivo; fiz a primeira vez que Kennet Cooper veio no Brasil, sobre o método dele, e sobre condicionamento físico em geral; fiz sobre handebol; "com esse embasamento todo que eu adquiri e à proporção que eu fui me dedicando também para recreação, porque ultimamente eu fui deixando os esportes de competição e fui me concentrando... eu ainda fui professor de Ginástica Olímpica na Universidade, as primeiras turmas eu era professor, depois, quando eu saio, passei para Silvana, que ela tinha sido minha atleta e monitora, e não tinha outra pessoa, até chegar o Molusco [José de Ribamar ?] que foi meu atleta e tem até especialização em Ginástica Olímpica, então ele é que é atualmente.

“O mestrado era novo, professores de fora, de outros países, não havia orientação; nós tínhamos dificuldades para realizar, então não havia tradição em pesquisa, a pesquisa era feita, era muito ligada à questão biológica, menarca da criança, estudos de qualidade física; foi a época da criação dos Laboratórios de Fisiologia, então era uma coisa assim, não havia essa tradição de pesquisa, “Mas trabalhos de pesquisa na divisão, foram feitos trabalhos de pesquisa, eu fiz um trabalho, foi até publicado naquela revista, você até divulgou, houve um trabalho interessante que não foi levado ao final, porque eu acabei saindo da divisão, ficou para outra pessoa, que ficou na divisão, mas não tocou isso em frente, foi um trabalho, um levantamento dos dados antropométricos, feitos pelo Osmar Rio, da UNB, de Brasília; ele tinha um trabalho que fazia sobre a caracterização, tipo do atleta em relação ao esporte (o entrevistador interrompe e lembrando sobre o JEM’s e o JEB’s) se pegou a seleção, houve um trabalho enorme todo tabulado todo em cima do, foi feito pelo Osmar Rio, só que não foi levado ao fim, foi quando eu acabei saindo da divisão, ficou esse trabalho, ficaram esses dados na divisão, quem entrou depois na divisão eu acho até que foi até.... [Tânia]. Acho que deve ter sido ela. [Demóstenes fez outro sobre] Condicionamento Físico; e não havia tradição como tem hoje, esse é o grande problema da Educação Física, foi esse." (ZIMBRES, Sidney. Entrevistas).

"Recreação é que se tornou sendo a minha disciplina predileta no final da minha carreira... eu me aposentei em..., eu estou péssimo agora para datas viu, mas você sabe que existe uma coisa impressionante, a memória recente e a memória primitiva, as coisas da minha infância eu me lembro muito melhor que as coisas mais recentes, então essas ultimas datas assim, eu estou com uma deficiência muito grande de precisar as datas, eu me lembro de todos os fatos, mais até ano que eu me aposentei...". (DIMAS, entrevistas).

MEMÓRIAS DA DOCUMENTAÇÃO ESPORTIVA NO/DO BRASIL36 LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ Academia Poética Brasileira Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão Academia Ludovicense de Letras LAÉRCIO ELIAS PEREIRA Centro Esportivo Virttual Uma observação: vou publicar uns textos recuperando a memória da Educação Física, Esporte, e Lazer por provocações do Laércio Pereira; ele reclama que não pode aparecer como autor... mas vai, sim!!! Provoca certas situações, ligando e perguntando sobre determinado assunto, ou acontecimento: ‘me clareia ai’; conversamos um bocado de tempo, vou buscar as minhas anotações, artigos, e entrevistas, e acabo colocando no papel. Daí, ele é o responsável, sim, pelos acomentimentos, além de esclarecer, depois, com ‘pitacos’ sobre o escrito...

A Documentação

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37 BASTOS, Maria Lícia Bastos. Situação atual da informação desportiva na América Latina. Revista Brasileira De Ciências Do Esporte, 11(2): 123, jan. 1990. 38 I Conferencia sobre Documentacion e Informacion Deportiva em Latinoamerica, Medellín Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS...

Esportiva no Brasil tem um nome: LAÉRCIO ELIAS PEREIRA! O nosso Prof. Laércio ex professor da UFMA!!! Tomou se conhecimento do SIBRADID em 1990, através de Maria Lícia Bastos (1990)37 que Laércio havia encontrado na Colômbia38 , onde ela apresentou um trabalho com Manfred Loecken: “Situação atual da documentação em ciências do desporto no Brasil” onde colocaram que “até cinco anos atrás 1975”, a MARANHAY Revista Lazerenta, 29 FEVEREIRO 2020, by LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Memórias da Documentação Esportiva No/do Brasil. In CEV/Biblioteconomia e Ciencia da Informação em EF & Esportes; 06/05/2016, disponível em http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/debate/arquivo/tema/tesauro

produção, coleta, organização e difusão da informação bibliográfica em ciência do desporto era desconhecida; naquele encontro também houve a participação de Renate Sindermann39 A ida do Laércio para a UFMG 1990/91 se deu pelo fato de a sede do SIBRADID ter sido instalada lá. Depois, fui eu, para o Mestrado em Ciência da Informação 1992/93 , em busca de um referencial teórico melhor, para sua operacionalização… nem Laércio, nem eu, tivemos chance devido ao corporativismo das bibliotecárias da UFMG, embora tivéssemos inúmeros trabalhos já publicados sobre Informação e Documentação Esportiva… (VAZ, ANDRADE FILHO, FERREIRA NETO, 1991; VAZ, PEREIRA, 1993, a, b; VAZ, PEREIRA, LOUREIRO, 1993; VAZ, 1995; PEREIRA, VAZ, 1995) 40 Ainda em 1979, quando Laércio e eu planejávamos o que fazer na SEDEL, em uma reunião na casa dele, e ouvindo Som Brasil com o Rolando Boldrin, e ao fundo Chitãozinho e Xororó e Pena Branca e Xavantinho, criamos um Decálogo, do que seria nossa atuação naquela recém criada Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão... Não sei onde está esse documento, mas foi por ele que baseamos nosso trabalho desde essa época; e um deles estava a criação de um sistema (ferramenta) para disseminação de informação daí o CEDEFEL… Os Primeiros Trabalhos Acadêmicos Ainda na década de 1940, Doria (1942, 1942)41 apresentou sugestões para uma classificação decimal de educação física e esporte, e Versezzi (1989)42 deu continuidade ao trabalho; Laércio se empenhou no funcionamento do SIBRADID43 , instalado na UFMG de triste atuação, chegando ao ponto de proibir 39 Renate V. H. Sindermann Documentação e Informação do esporte no Brasil CEDIME (Porto Alegre) Inicia em 1974 CEDIME Centro de Documentação e Informação em medicina desportiva Porto Alegre DeRose, Henrique 40 VAZ, L. G. D.; ANDRADE FILHO, S. S.; FERREIRA NETO, F. D. Implantação da Informática no CEFET MA. Seminário De Informatização Da UEMA, I, 1991. VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Da 45ª Reunião Anual Da SBPC, Recife, 11 a 16 de julho de 1993, Vol. 1 p. 394, A.11 Motricidade Humana e Esportes, 6 A. 11 VAZ,(Resumo).Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Congresso Brasileiro De Ciências Do Esporte, Belém Pará, 06 a 10 de setembro de 1993, Universidade Federal do Pará, p. 136 VAZ,(Resumo)L.G.D.; PEREIRA, L. E.; LOUREIRO, Luis Henrique. Protocolo De Indexação De Periódicos Dedicados A Educação Física, Esportes E Lazer Em Língua Portuguesa. 1993. Software sem registro de patente VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Produção do conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro. Jornada De Iniciação Científica Da Educação Física Da Ufma, III, São Luis, 05 a 08 de dezembro de 1995. in Revista Movimento Humano 7 SOCIEDADE, n. 5, ano II, Edição Especial. ANAIS…, p. 14 21 PEREIRA, L. E.; VAZ, L. G. D. . Centro Esportivo Virtual CEV. In: Lamartine Pereira da Costa. (Org.). Atlas do Esporte no Brasil. 1 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005, v. 1, p. 769 770. 41 DORIA, Irene Meneses. Sugestões para uma classificação decimal de educação física e esporte. In Congresso Paulista De Educação Física, 1, São Paulo, 1940. ANAIS. São Paulo, 1942, p. 243 6 42 SILVA, Maria Stella Vercesi. Adaptação da Classificação Decimal de Dewey para Educação Física. Revista Paulista De Educação Física, 3 (4): 43 49, jun. 1989. 43 SIBRADID O Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Desportiva SIBRADID é uma rede de informações cuja unidade central, está sediada na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG. A parceria com Instituições de ensino superior e de pesquisa (denominados Centros Cooperantes) é realizada através da assinatura de convênios de cooperação técnica. O objetivo da unidade central é prestar serviços e fornecer produtos de informação em Ciências do Esporte, Educação Física e áreas afins à comunidade e aos demais setores da sociedade, promovendo e disseminando o uso das informações contidas nas bases de dados do Sistema, possibilitando a prestação de serviços de acesso a documentos através da Comutação Bibliográfica (Biblioteca da EEFFTO). O principal serviço do Sistema é disponibilizar, através da Internet, a seguinte base de dados: SIBRA Base de Dados Bibliográficos Nacional que contém referências bibliográficas da produção científica nacional (monografias, artigos de periódicos, capítulos de livros, anais de congressos, dissertações e teses). https://www.bu.ufmg.br/bu/index.php/base de dados/sibradid . Oficialmente o SIBRADID teve as suas atividades encerradas no dia 5 de dezembro de 2011, conforme ata da congregação da EEFFTO. PEREIRA, Laércio Elias. O Sibradid Encerrou Suas Atividades em Dezembro de 2011. CEV/ Biblioteconomia e Ciência da

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pesquisadores da área das ciências do esporte de fazer… pesquisa!!! fui um dos proibidos de entrar na Biblioteca da Escola de Educação Física da UFMG, no tempo em que fiz meu mestrado em Ciência da Informação; a então bibliotecária chefe, que também era responsável pelo SIBRADID ficou com medo de que eu viesse a assumir seu lugar na sua operacionalização… Até onde nossa revisão avançou, é possível afirmar que as primeiras iniciativas acadêmicas sobre o tema tesauro e Educação Física no Brasil foram registradas em 198744; em 90, apresentamos durante o I Encontro de Pesquisadores do Maranhão nossa proposta de trabalho que vínhamos realizando já desde 1980 (ANDRADE FILHO; FERREIRA NETO; VAZ; PEREIRA, 1990; PEREIRA; VAZ; REIS; ANDRADE FILHO; FERREIRA NETO, 1990; VAZ; PEREIRA; REIS, 1990)45

nacionalidades diferentes e falar línguas diversas. O que os une é o objeto da pesquisa. Hoje pode se também usar a expressão "colégios virtuais". https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_invis%C3%ADvel ; MOREIRA, Walter. Os colégios virtuais e a nova configuração da comunicação científica. Ci. Inf. [online]. 2005, vol.34, n.1 [cited 2011 03 19], pp. 57 63 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100 19652005000100007&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0100 1965. doi: 10.1590/S0100 19652005000100007.

expressão

fisicamente próximos,

O Laércio pensava num “centro referencial” informação sobre a informação. Hoje, vejo que já estava pensando o CEV46. O Pereira sempre foi de “unir as pontas”. O que admiro é a sua capacidade de idealizar as coisas rápido, num piscar de olhos, enquanto fala…; e a sua incapacidade de “fazer as coisas”. O negócio dele é pensar, e arranjar quem coloque em prática. Desde que o conheço desde 1976… foi assim. Acho que por isso nosso trabalho junto deu tão certo. Esse “juntar pontas” consiste na principal atuação do Laércio. Veio da Sociologia, do jornalismo, de sempre ouvir as duas partes… Quem sabe o que e quem precisa dessa informação; como colocar os dois em contato. Isso é o CEV! (PEREIRA, VAZ, 2005)47. Consiste na formação de um grande “colégio invisível”48 hoje, chamaríamos de ‘colégios virtuais’, em que aqueles que “pensam”, os que agem na ‘fronteira do conhecimento’ comunicam se entre si, e trocam ideias antes que essas ideias teorizações cheguem ao “grande público”, nós pobres mortais na ponta oposta, na sala de aula… Eu, um professor de uma escola pública da periferia (estou no Maranhão…) consigo saber do Nélio técnico da Maureen um detalhe para minha aula de atletismo que estou dando para os alunos do primeiro ano do curso de design que estão fazendo educação física… Essa a grande sacada! Tiro minhas dúvidas com aquele que é o “bambambã do pedaço”! Informação em EF & Esportes, 04/05/2014, http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/debate/o sibradid encerrou suas atividades dezembro 2011/ 44 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. CONSTRUÇÃO DE UM TESAURUS EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES. IN I SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES De 19 a 20 11 1987 Brasil. Campinas SP 45 PEREIRA, Laércio Elias. CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL: Um Recurso de Informação em Educação Física e Esportes na Internet. Tese apresentada a Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas como requisito para a obtenção do titulo de Doutor em Educação Física, área de Educação Motora, por Laércio Elias Pereira, Orientador Prof. Dr. Joao Batista Andreotti Gomes Tojal, Campinas, 1998. Disponível em http://cev.org.br/biblioteca/centro esportivo virtual um recurso informacao educacao fisica esportes internet/ VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias; REIS, Lúcia. Indexação: em busca da construção de um tesauro em ciências do esporte. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais… São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 50. 46 O Centro Esportivo Virtual (CEV) é uma ONG brasileira sem fins econômicos de gestão do conhecimento em Educação Física, esportes e lazer. Ele tem o objetivo de ser a porta de entrada para a informação esportiva nacional e internacional, dando suporte gratuito a esportistas e estudantes com interesse geral até pesquisadores e profissionais das Ciências do Esporte. Como recurso mais valioso, os grupos de discussão são importantes ferramentas para o desenvolvimento da Educação Física nos países de língua portuguesa https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Esportivo_Virtual PEREIRA, L. E. ; VAZ, L. G. D. . Centro Esportivo Virtual CEV. In: Lamartine Pereira da Costa. (Org.). Atlas do Esporte no Brasil. 1 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005, v. 1, p. 769 770. A Colégio Invisível, ou muitas vezes encontrada no plural como "colégios invisíveis", foi criada pelo físico químico Robert Boyle (1627 1691), e define um grupo de pesquisadores que trabalham juntos, mas não estão não trabalham na mesma instituição, podendo ter

irlandês

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Mas vai mais além, trata se de juntar os “gatekeepers” 49 os sentinelas da tecnologia50. Não o professor que está se graduando, ou fazendo sua especialização, ou o seu mestrado. Mas aqueles que estão no pós doutorado lembro que é tão recente essa especialização em nossa área… Aqueles que estão fazendo pesquisas de ponta, não interessando se ela esteja “nas humanas e sociais” ou nas “gias”, na área medica biológica…

Figura2 Ciclodainformaçãonapesquisa Fonte:JORDANapudCEPEDA1986,p.87 FONTE: SANTANA 199951 49 a person whose job is to open and close a gate and to prevent people enteringwithout permission http://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/gatekeeper

Gatekeepers em inglês significa porteiro, ou seja, o que controla o fluxo dos que entram e saem. Em comunicação, conota o indivíduo que controla o fluxo de informações vindas de fora, aquele que está em contato com muitas pessoas no mundo exterior e na sua organização e veicula informações a seus colegas. 50 SANTANA, Celeste Maria de Oliveira Santana. A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA NA COMUNIDADE CIENTÍFICA DO CENTRO DE PESQUISAS GONÇALO MONIZ/FIOCRUZ: OS “COLÉGIOS INVISÍVEIS E OS “ GATEKEEPERS ” DA CIÊNCIA. Síntese da dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Ciência da Informação da Universidade de Brasília. LE COADIC, Yves François A CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO. Tradução de Maria Yêda F. S. de Filgueiras Gomes. Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 1996. CEPEDA, L.M.R. O processo da transferência da informação científica entre os profissionais da área da saúde. CIÊNCIA E CULTURA, [S.l.], v.38, n.1, p.86 92, 1986. ACOSTA HOYOS, L.E. Colégios invisíveis: uma nova alternativa para o problema de informação técnico científica. Brasília: EMBRAPA, Departamento de Informação e Documentação, 1980. Apud GUEDES, 1993. FIGUEREDO, Nice M. O processo de transferência da informação. CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, Brasília, v.8, n.2, p.119 138, 1979. GUEDES, Maria das Graças Targino M.; BARROS, Antonio Teixeira de. Comunicação informal do corpo docente da Universidade Federal do Piauí. TRANSINFORMAÇÃO, Campinas, v.5, n.1/2/3, p.43 71, jan./dez. 1993. 51 SANTANA, Celeste Maria. Estudo dos canais de comunicação utilizados pela comunidade científica do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz CPqGM/FIOCRUZ, Salvador Bahia, Brasil 1999. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) Universidade de Brasília, Brasília, DF, 1999.

CONSTRUÇÃOCOMUNICAÇÃO USO

Figura1 Ociclodainformação Fonte:LECOADIC,1996,p.11.

Criamos Laércio e eu um Centro de Estudos52 que funcionou em uma pasta de papelão que tínhamos, e era itinerante funcionava onde estávamos em minha casa, na casa dele, na SEDEL, na ETFM, na UFMA, na UEMA. Locais onde trabalhávamos era um “centro virtual”, pois só existia em nossa mente daí considerar como a base do CEV53. Laércio jamais abandonou a ideia e a aprofundou… Mas fizemos acontecer… A ideia surgiu da necessidade. Laércio foi para um congresso internacional de documentação esportiva acontecido na Colômbia Medelín; por conta disso, o 2º viria para o Brasil Maranhão… nunca aconteceu… Como não sei se aconteceram os demais conforme programado…54 Mas o Heiz Guiberhienz do Convenio Colômbia Alemanha (veio, junto com o Ulrich Jonathan técnico da seleção olímpica de atletismo da Alemanha; viveu alguns anos da Argentina…) …chegaram a vir ao Maranhão para tratar desse assunto e vendo o trabalho de ‘organização da informação’ que fazíamos, propôs outros convênios… (1980) 55 O CEDEFEL MA Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Esportes e Lazer do Maranhão, integrado pelas UFMA e SEDEL (Laércio) e ETFM e UEMA (eu) teve um importante e vasta produção 52 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. PEREIRA, Laércio Elias. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DO ESPORTE: A EXPERIÊNCIA DO CEDEFEL MA. Tema livre apresentado no XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, São Caetano do Sul, outubro de 1992 53 PEREIRA, Laércio Elias. CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL: Um Recurso de Informação em Educação Física e Esportes na Internet. Tese apresentada a Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas como requisito para a obtenção do titulo de Doutor em Educação Física, área de Educação Motora, por Laércio Elias Pereira, Orientador Prof. Dr. Joao Batista Andreotti Gomes Tojal, Campinas, 1998. Disponível em http://cev.org.br/biblioteca/centro esportivo virtual um recurso informacao educacao fisica esportes internet/ 54 “DECLARACION DE MEDELLIN...”, em seu Acuerdo 2, decide se pela realização dos próximo eventos: 1981 II conferencia en SAN Luis, Maranhão, Brasil; 1982 III Conferencia em BUENOS AIRES, Argentina; 1983 IV Conferencia en CARACAS, Venezuela. (p. 255 (in. MAIER, Jürgen (Editor). I Conferencia sobre Documentacion e Informacion Deportiva em Latinoamerica, Medellín Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS.

55 Dos acordos 1981 II Conferencia en São Luis Maranhão Brasil!!!! I Conferencia sobre Documentação e Informação Desportiva na America Latina; Literatura Desportiva latino americana; Declaração de Medellín. Educacio Fisica y Deporte n.2, ano 2, maio 1980 Órgão oficial do Instituto de Ciências do Desporto Universidade de Antioquia Convenio Colombia Alemanha;

Aliás, há cerca de 38 anos (hoje, 2021, 43), naquele papo ao som de Pena Branca e Xavantinho, “decidimos” que trataríamos a Educação Física ou as Ciências do(s) Esporte(s) como da área da Antropologia, e não da Medicina… Eu sempre preferi o termo mais tradicional, “Educação Física” e o ManoPereira sempre o das “Ciências”… acho que influencia do Manoel Sergio…

científica… cinco trabalhos apresentados naquele I Encontro de Pesquisadores; depois, dois trabalhos na SBPC, e mais dois trabalhos apresentados nos encontros do CELAFICS, além de alguns CONBRACEs… tudo virtual, de dentro daquela pastinha… Começamos a elaborar a indexação de periódicos especializados o primeiro saiu da minha coleção da Revista Brasileira de Educação Física, editado pela SEED/MEC e feito pelo Laércio, publicado pelo MEC/SEED; depois comecei a adquirir a coleção da Stadium, um ano por mês, e a indexar fizemos 23 anos da revista… (PEREIRA, 1983)56 56 PEREIRA, Laércio Elias. INDICE DA REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS. Brasília : SEED/MEC, 1983 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Stadium. São Luis: SEDEL, 1984 (Edição em microficha). A “Stadium”, da Argentina, cujo índice foi publicado no formato de microficha, e distribuído através de um ‘clube de microficha’ inventado pelo Prof. Laércio Elias Pereira e distribuída a edição por todo o Brasil, aos “assinantes”; VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Corpo & Movimento. São Luis: UEMA, 1987 (inedito); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Desportos & Lazer. São Luis: UEMA, 1987 (inédito); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Comunidade Esportiva. São Luis: UEMA, 1987 (inédita); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Índice da Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Revista Brasileira De Ciencias Do Esporte 10 (1): 33 45, set. 1988. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Handebol Bibliografia básica. Encontro De Treinadores De Handebol, I, Campinas, 1988. ANAIS..., Campinas, 1988. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Kinesis. Santa Maria: UFSM, 1990. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Natação Bibliografia Básica. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 1 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Natação Bibliografia. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 2 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Psicologia aplicada ao esporte. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 3

Por fim, junto com o pessoal da ETFM depois, CEFET MA, hoje IF MA (VAZ, ANDRADE FILHO, FERREIRA NETO, 1991) 57, criamos um banco de dados, utilizando (dinossauro) DBase, depois o DBase III, e utilizando Clipper e DBase III Plus; o LTI da EB UFMG Luizinho ajudou muito na fase final, com os programas e as ferramentas computacionais (VAZ, PEREIRA; LOUREIRO, 1993)58; lembro que a Escola de Engenharia da UFMG tinha acesso, já, à Internet; fizemos nossos endereços e começamos a utilizá la; depois já era possível o acesso através do LTI EB e por fim, da EEF/SIBRADID… Chegamos a ter 5.013 artigos indexados, de 13 revistas dedicadas em português/Brasil… ( VAZ, PEREIRA, 1993, a, b)59

Para os primeiros trabalhos de indexação foi criada uma “ficha de Coleta de Bibliografia” a partir do modelo e das sugestões oferecidas pela Sra. Ofélia Sepúlveda, documentalista do BIREME60 Os artigos eram indexados61 com até cinco palavras chave, que poderiam ser recuperadas, remetendo ao artigo; e por autores: ATLETISMO CORRIDAS VELOCIDADE TREINAMENTO TECNICA numa ordem hierárquica, da mais ampla para a mais especifica recuperável por qualquer uma das palavras… BASQUETEBOL FUNDAMENTOS PASSES PASSE DE PEITO TREINAMENTO EDUCAÇÃO FISICA METODOLOGIA DE ENSINO JOGOS PRE DESPORTIVOS JOGOS COM BOLA MINI DesdeHANDEBOLoinício

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O tesauro tem sido considerado como uma linguagem de indexação. Isto é verdade, quando ele está em uso num serviço de recuperação de informação, e destinado ao uso para o qual é desenvolvido, com regras para sua utilização. (in GOMES, Hagar Espanha; CAMPOS, Maria Luiza de Almeida. Tesauro e normalização terminológica: o termo como base para intercâmbio de informações. DATAGRAMAZERO Revista de Ciência da Informação v.5 n.6 dez/04, disponível em http://www.dgzero.org/dez04/Art_02.htm)

O principal problema era o resgate da informação; daí termos desenvolvido empiricamente, um tesauro somente eu dominava, pois era o responsável pela catilografia(gração) (hoje, seria digitação); começamos com aquelas fichinhas de referência bibliográfica, que se aprende nos cursos de iniciação a pesquisa, depois passamos a utilizar um COBRA 286 o máximo da tecnologia da época; e poderia haver consulta on line via MANDIC quem lembra? era pré internet, só depois (final de 92) havia acesso via internet….

o trabalho sofreu a dificuldade da inexistência de um tesauro62 que servisse de repertório para obtenção de palavras chave essenciais à indexação. Seguiram se as indexações dos seguintes periódicos: ‘Arquivos’ da Escola Nacional de Educação Física (1992); ‘Boletim da FIEP’ (1992); ‘Artus’ (1992); ‘Homo Sportivus’ (1992); ‘Motrivivencia’ (1993), e o vol 4 dos “Cadernos Viva Água”, sobre Natação para Crianças, com a produção de Stephen Langersdorff (1994). 57 VAZ, L. G. D. ; ANDRADE FILHO, S. S. ; FERREIRA NETO, F. D. Implantação da Informática no CEFET MA. Seminario De Informatização Da UEMA, I, 1991. 58 VAZ, L. G. D. ; PEREIRA, L. E. ; LOUREIRO, Luis Henrique. Protocolo De Indexação De Periódicos Dedicados A Educaçao Fisica, Esportes E Lazer Em Lingua Portuguesa. 1993. Software sem registro de patente. 59 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Da 45ª Reunião Anual Da SBPC, Recife, 11 a 16 de julho de 1993, Vol. 1 p. 394, A.11 Motricidade Humana e Esportes, 6 A. 11 VAZ,(Resumo).Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Congresso Brasileiro De Ciências Do Esporte, Belém Pará, 06 a 10 de setembro de 1993, Universidade Federal do Pará, p. 136 (Resumo) BIREME Centro Latino americano e do Caribe de Infortmação em Ciências da Saúde, é um Centro Especializado da Organização Pan Americana de Saúde OPAS, estabelecido no Brasil desde 1967, em colaboração com Ministério de Saúde, Ministério da Educação, Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e Universidade Federal de São Paulo In http://www.bireme.br/local/Site/bireme/homepage.htm) A indexação é a operação que consiste em descrever e caracterizar um documento com o auxilio de representações dos conceitos contidos nesses documentos, isto é, em transcrever para linguagem documental os conceitos depois de terem sido extraídos dos documentos por meio de uma análise dos mesmos. A indexação permite uma pesquisa eficaz das informações contidas no acervo documental (in http://joaquim_ribeiro.web.simplesnet.pt/Arquivo/pdf/class_index_pdf.pdf).

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Terminologia, em sentido amplo, refere se simplesmente ao uso e estudo de termos, ou seja, especificar as palavras simples e compostas que são geralmente usadas em contextos específicos. Terminologia também se refere a uma disciplina mais formal que estuda sistematicamente a rotulação e a designação de conceitos particulares a um ou vários assuntos ou campos de atividade humana, por meio de pesquisa e análise dos termos em contexto, com a finalidade de documentar e promover seu uso correto. Este estudo pode ser limitado a uma língua ou pode cobrir mais de uma língua ao mesmo tempo (terminologia multilíngüe, bilíngüe, trilíngüe etc.). (in BARROS, L. A. Curso Básico De Terminologia. 2002. KRIEGER, Maria da Graça; FINATTO, Maria José B. Introdução À Terminologia. São Paulo: Contexto, 2004). 65 TUBINO, Manoel José Gomes. Terminologia Aplicada Á Educação Física. São Paulo: IBRASA, 1985. 66 DORIA, Irene Meneses. Sugestões para uma classificação decimal de educação física e esporte. In Congresso Paulista De Educação Física, 1, São Paulo, 1940. ANAIS. São Paulo, 1942, p. 243 6. 67 Bibliotecário Supervisor de Seção do SSD da EEFUSP. 68 FRICK, B. M. Sears List F Subject Headings. 8. ed. New York, H. W. Wilson, 1959; WESTBY, B. M. Sears List F Subject Headings. 10a. ed. New York, H. W. Wilson, 1972, citados por SILVA, 1989. 69 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Organização da Informação em Ciências do Esporte a experiência do CEDEFEL MA. In: Encontro De Bibliotecários Do Estado Do Maranhão, 8, 1991, São Luis MA. Anais APBEM. São Luís: CRB 13, 1991. V. 1; VAZ, L. G. D. ; PEREIRA, L. E.; LOUREIRO, Luis Henrique. Protocolo De Indexação De Periódicos Dedicados A Educação Física, Esportes E Lazer Em Língua Portuguesa. 1993. (Software sem registro de patente). INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR SPORTS INFORMATION. World Index Of Sportperiodicals. Holanda: IASI, 1984. BUNDSINSTITUT FÜR SPORTWISSENCHAFT KLN. Literatur der Sportwissenchaft. Sportdokumentation 1/78.

Construiu se um glossário a partir da listagem acumulada em 20 anos de experiência da Escola de Educação Física da USP pela documentalista Maria Stella Vercesi da Silva63, que recebeu modificações por parte dos dois autores, já que a “Terminologia aplicada à Educação Física”64 de Tubino (1985)65 se mostrou Silvainsuficiente.(1989), em seu estudo, refere se a trabalho anterior também desenvolvido na USP, com a extensão da classe 796 da CDD, já insuficiente para atender a uma biblioteca específica. Essa extensão foi apresentada por Irene Meneses Dória, durante o I Congresso Paulista de Educação Física, realizado no ano de 194066, aplicada na Biblioteca do Departamento de Educação Física e Esportes. Durante 15 anos essa extensão atendeu às necessidades de classificação de livros da Biblioteca da EEF/USP: “Há algum tempo, com o acumulo de novos documentos ficou patente o desdobramento de itens que estavam defasados na área de Educação Física e Recreação. Este fato levou me a idealizar uma nova ampliação, em colaboração com Olga S. Martucci67, que atendesse à demanda atual. Essa ampliação das classes 790 e 796 é divulgada com o intuito de auxiliar os bibliotecários que atuam na área de Educação Física e Esportes (p. 43) “[...] O Índice de Assuntos, inicialmente foi adotado o ‘Sears listo f subject headings’ (Frick, 59 e Westby, 72)68 que foi idealizado para auxiliar as bibliotecárias e unificar os assuntos nas Bibliotecas, mas a convivência na área fez sentir a necessidade de inúmeras adaptações para atender o interesse do usuário. Criou se um Thesaurus, vocabulário específico de uma área do conhecimento, apropriado para Educação Física e Esportes, que poderá ser solicitado à Biblioteca da Escola de Educação Física da Universidade, pelos interessados”. (p. 45). (grifos nossos).

Iniciou se então um cotejamento69, primeiro com o tesauro da EEFUSP, e, depois com o “Thesaurus em Ciências do Esporte” da UNESCO, o da IASI70, e outros71 , dos quais tomaram conhecimento a partir 63 SILVA, Maria Stella Vercesi. Adaptação da Classificação Decimal de Dewey para Educação Física. Revista Paulista De Educação Física, 3 (4): 43 49, jun. 1989.

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COMITE DE INFORMACION Y DOCUMENTACION DEPORTIVA DE LATINO AMERICA. Declaracion de Medellín sobre información y documentación deportiva en Latinoamérica. Educación Física Y Deporte 2 (2): 39 43, maio de 1980. GARCIA ZAPATA, Francisco; MAIER, Jorge; MEDINA, Baltazar; SONNESCHEIN, Werner.. Bibliografia Deportiva: Artículos De Revistas. Medellín: Universidad de Antioquia, 1979. Serie Bibliografia 2; SONNESCHEIN, Werner. Literatura deportiva em latinoam,erica. Educacion Física Y Deporte 2 (2): 29 37, maio 1980. BRASIL, Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução Ao Sistema Minisis. Belo Horizonte: EEF/UFMG, 1989 (Mimeo).

GASPAR, Anaiza Caminha. Biblioteca. Curso De Atualização Em Documentação E Ciência Da Informação. São Luis: UFMA; Brasília: Associação dos Arquivistas Brasileiros, 1989 (Mimeo). GOMES, Hagar Espanha (Coord.). Manual De Elaboração De Tesauros Monolíngües. Brasília: Programa nacional de Bibliotecas de Instituições de Ensino Superior, 1990. 72 SCHWARZ, Erika. Terminologia deportiva. Características y problemas en el área de habla española. in. MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica, I, Medellín Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 81 93. 73 SCHWARZ, Erika; ROMERO, Daniel. Informe sobre La X reunión internacional de La comisión ‘Thesaurus’ de La I.A.S.I. 11 A 17 DE NOV., 79. Macolin (Suiza). In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 97 100 74 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. DEPOIMENTO. In CEV/BIBLIOTECONOMIA E CIENCIA DA INFORMAÇÃO EM EF & ESPORTES. 03/08/2009, DISPONÍVEL HTTP://CEV.ORG.BR/COMUNIDADE/BIBLIOTECA/DEBATE/DEPOIMENTOEM 1/ VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. PIONEIRISMO. In CEV/BIBLIOTECONOMIA E CIENCIA DA INFORMAÇÃO EM EF & ESPORTES. 03/08/2009, DISPONÍVEL HTTP://CEV.ORG.BR/COMUNIDADE/BIBLIOTECA/DEBATE/PIONEIRISMO/EM

daquela participação do Prof. Dr. Laércio Elias Pereira na “I Conferencia sobre Documentacion e Informacion Deportiva em Latinoamerica”. Lá, se discutiram problemas relacionados com a “Terminologia deportiva” 72, e foi apresentado um “Informe sobre La X reunión internacional de la comisión ‘Thesaurus’ de la I.A.S.I. 11 a 17 de nov., 79. Macolin (Suiza)73: “El Thesaurus del deporte em lengua alemana proyecto de investigacion a cargo de W. Kneyer BISP (Colônia); “Control por computadora del Thesaurus Basico y de Facetas terminadas em IBM Viena”; e “Solicitud de financiacion del proyecto ‘Thesaurus multilíngüe’ por El CIEPS UNESCO” (p. 97 98). Ainda, daquele informe, foi apresentado o programa de trabalho para o biênio 1980 1981 (item 2) dos aspectos e resultados mais importantes da 10ª Reunião da Comissão “Thesaurus”: elaboração e aprovação da estrutura básica (Thesaurus Básico) do Thesaurus e suas partes e facetas, as normas para confecção das distintas facetas (já em fase de conclusão); e o início de uma segunda fase, cujos aspectos fundamentais seriam terminar o Tesauro do esporte em língua alemã; e traduzir o Tesauro alemão a outros idiomas. O Item (3) referia se ao “Tesauro do esporte em língua alemã, projeto de pesquisa a cargo de Kneyer, em colaboração com o Instituto Federal de Ciências do Esporte/Colônia”; e o item (4) “Generacion y control em computadora del Thesaurus Básico, a ser desenvolvido pela IBM Viena sob a direção de Lang”.

Ouvia se falar, no âmbito das Ciências do Esporte no Brasil, de “Thesaurus”. Estava lançada a semente... Assim, descobrimos depois, poderia vir a ser um tesauro cheguei a apresentar um trabalho na UFMG sobre isso…; tomamos conhecimento da IASI; depois, do trabalho de uma bibliotecária da USP, o que levou o Laércio para a UFMG estava se implantado o SIBRADID ; e depois, eu, para o Curso de Mestrado em Ciência da Informação… (VAZ, 2009, a, b)74 A então bibliotecária da EEF/UFMG, responsável pelo núcleo do SIBRADID já mudara a bibliotecária e entrara a Jane ficou com medo de perder o emprego e de todas as formas, boicotou nosso trabalho… migrei para outra área, não fiz minha dissertação em documentação esportiva e a proposta de um tesauro, mudei o rumo de meus estudos e fui trabalhar com produção do conhecimento na área tecnológica… fim! Ainda tenho esse material, em disquete de 8! (quem lembra?) e depois em cinco de 3 1/2! O máximo da tecnologia caros…; perdi o arquivo, junto com um com puta dor que tinha um 286! Perdi na mudança de tecnologia, para um 386!!! E nunca mais vi quando fui para um 486… Mas ainda guardo os artigos em casa, brigando com o mofo e as traças e cupins… Tenho alguns dos índices em papel…

Entre os anos de 1994 e 1996, a professora Hagar Espanha Gomes coordenou a primeira tradução do Tesauro do SIRC para o português brasileiro, para ser usado pelo Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Desportiva (SIBRADID) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).75 Depois, apareceram trabalhos semelhante ao que vínhamos fazendo, tanto no Maranhão início dos anos 1980 , quanto em Minas Gerais 1992/1993; trabalho apresentado pelo Victor Melo e Patricio Falco (1998, a, b)76… estava se reinventando a roda… Quem manda trabalhar na periferia? (Maranhão…) Agora, quase 38 anos depois começamos em 1979!!! Voltamos a ouvir falar em tesauro em educação física… Há um trabalho da década de 40 do século passado, proposto pela biblioteca da USP não levado a efeito acréscimo à CDD77; depois outro na década de 80, da Stela Vercesi, dando continuidade àquele trabalho da década de 40, também na biblioteca da USP, com novos acréscimos à CDD78; o do Tubino, sobre terminologia aplicada79; a nossa proposta, do fim dos anos 80 inicia dos 90 que seria cotejada com o tesauro da IASI via SIBRADID… Mestre (Capoeira e em Administração) André Lacé disse, repete se sempre o PRIMEIRO, a cada nova tentativa… i simpósio paulista de educação física (cev) I Simpósio Paulista de Educação Física De 20 07 1940 até 22 07 1940 Programa I SEÇÃO Educação Física no MariaEnsinoLucia Sampaio Pinto A Educação física no ensino. Inezil Penna Marinho A Educação Física nos estabelecimentos de ensino secundário, ênfase dos preceitos legais que o regulamentam. Alaor Pacheco Ribeiro Projeto de reorganização do Serviço de Educação Física no ensino profissional do MarioEstadoMiranda Risa Ensino secundário oficial do Estado de São Paulo. Cezar de Fonseca e Silva Sugestões para a resolução do problema da educação física nos estabelecimentos de ensino. Inezil Penna Marinho Que exigências devem satisfazer quanto à Educação Física, os estabelecimentos que desejam obter a inspeção peliminar 75 GOMES, Hagar Espanha (Coord.). Manual De Elaboração De Tesauros Monolíngües. Brasília: Programa nacional de Bibliotecas de Instituições de Ensino Superior, 1990. 76 GENOVEZ, PATRICIA DE FALCO, MELO, VICTOR ANDRADE DE. Bibliografía brasileña sobre Historia de la Educación Física y del Deporte. LECTURAS: EDUCACION FÍSICA Y DEPORTES, Buenos Aires, ano 2, n.10, 1998 PAIVA, Fernanda Simone Lopes de; GOELLNER, Silvana Vilodre; MELO, Vitor Andrade de. Revista Brasileira de Ciência do Esporte Bibliografia e perfil. RBCE, número especial, 20 anos CBCE, setembro 1998. PAIVA, Fernanda Simone Lopes de; GOELLNER, Silvana Vilodre; MELO, Vitor Andrade de. Revista Brasileira de Ciência do Esporte Bibliografia e perfil. LECTURAS: EDUCACION FÍSICA Y DEPORTES, Buenos Aires, Año 3. Nº 11. Buenos Aires, Octubre 1998, http://www.efdeportes.com/ 77 DORIA, Irene Meneses. Sugestões para uma classificação decimal de educação física e esporte. In Congresso Paulista De Educação Física, 1, São Paulo, 1940. ANAIS. São Paulo, 1942, p. 243 6. 78 SILVA, Maria Stella Vercesi. Adaptação da Classificação Decimal de Dewey para Educação Física. Revista Paulista De Educação Física, 3 (4): 43 49, jun. 1989. Maria Stella Vercesi Silva lembra que o trabalho iniciou a partir de 1962, quando da [re] organização da Biblioteca da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo, quando foi então adotada a 16ª edição do Sistema de Classificação de Dewey e notou se que a classe 796 não era suficiente para atender a uma biblioteca específica. (In SILVA, Maria Stella Vercesi. Adaptação da Classificação Decimal de Dewey para Educação Física. Revista Paulista De Educação Física, 3 (4): 43 49, jun. 1989, p. 43). 79 TUBINO, Manoel José Gomes. Terminologia Aplicada Á Educação Física. São Paulo: IBRASA, 1985.

Como

O artigo que falei que foi um dos primeiros a tratar do assunto, não com um tesauro, mas com um vocabulário controlado lembrei do termo! que estávamos construindo, a partir do estudo da Stella

Ermida Vial Ribeiro Educação física infantil. II SEÇÃO Ensino Da Educação Física

Vercesi publicada na revista Paulista de Educação Física vol.3, n. 4, jun 198980

Lembrando: Em 1979 foi criada a Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão SEDEL a primeira do Brasil, com um Departamento de Estudos e Pesquisas; Laércio era assessor especial; eu estava na Coordenação de Esportes, depois passei a assessorar o assessor… Sai em 1981 voltei para a Secretaria de Educação, mas continuei prestando ‘consultoria’ isto é, trabalhando sem receber… Logo em 1980 a I Conferência Latino americana de Informação e Documentação Esportiva a segunda seria em São Luís, em 1981… O Laércio foi um dos representantes do Brasil fez uma exposição sobre o CBCE e sobre o CEDEFEL MA aí que ele passou a existir… foi ‘inventado’ para esse encontro, na Colômbia81 O problema seguinte O CEFEL MA e a SEDEL MA, junto com a UFMA, UEMA, e CEFET MA seriam os responsáveis pela organização do evento seja, Laércio e eu…, mas… não tínhamos pesquisas… passamos a incentivar alguns professores a produzirem alguma coisa para apresentar no ano seguinte… foi o início da pesquisa em Educação Física e Esportes no Maranhão82 O Índice da Revista Brasileira de Educação Física e Desportos83 saiu em 1983, assinada pelo Laércio (a coleção utilizada, do n. 1 ao 50, foi a minha…); garimpávamos os números que faltavam… especialmente os últimos; daí já procurávamos unificar a linguagem controlar o vocabulário com revisões constantes dos termos de indexação… A seguir, fizemos o Índice da Revista Stadium84, da Argentina passei a adquirir as revistas, já encadernadas, com os números correspondentes ao ano, de uma livraria de Curitiba… Até que a Receita Federal se intrometeu uma época em que estavam proibidos gastos em dólares no exterior importação particular; tive que levar as notas fiscais, de que as havia adquirido em dinheiro da época, brasileiros nem lembro mais qual era e com a nota fiscal emitida por uma empresa brasileira; todo mês era a mesma coisa; e nessa época, já passara a assinar a revista, recebendo os números mensalmente. Já havíamos esgotados os números publicados; diante dessa dificuldade e a malha fina que se seguiu, não mais renovei a assinatura e ficamos nos primeiros 23 anos da revista… Depois, já num trabalho do CEDEFEL MA, começamos a reunir outras publicações, muitas doações, algumas aquisições, e outros empréstimos não devolvidos… E indexamos 13 revistas dedicadas85 80 SILVA, Maria Stella Vercesi. Adaptação da Classificação Decimal de Dewey para Educação Física. Revista Paulista De Educação Física, 3 (4): 43 49, jun. 1989. 81 I Conferencia sobre Documentacion e Informacion Deportiva em Latinoamerica, Medellín Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. MAIER, Jürgen (Editor). I Conferencia sobre Documentacion e Informacion Deportiva em Latinoamerica, Medellín Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 82 “DECLARACION DE MEDELLIN...”, em seu Acuerdo 2, decide se pela realização dos próximo eventos: 1981 II conferencia en SAN Luis, Maranhão, Brasil; 1982 III Conferencia em BUENOS AIRES, Argentina; 1983 IV Conferencia en CARACAS, Venezuela. (p. 255 (in. MAIER, Jürgen (Editor). I Conferencia sobre Documentacion e Informacion Deportiva em Latinoamerica, Medellín Colômbia, 04 a 07 de feveriero de 1980. ANAIS... 83 PEREIRA, Laércio Elias. INDICE DA REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS. Brasília : SEED/MEC, 1983 84 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Indice Da Revista Stadium. São Luis: SEDEL, 1984 (Edição em microficha). A “Stadium”, da Argentina, cujo índice foi publicado no formato de microficha, e distribuído através de um ‘clube de microficha’ inventado pelo Prof. Laércio Elias Pereira e distribuída a edição por todo o Brasil, aos “assinantes” 85 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Índice Da Revista Corpo & Movimento. São Luis: UEMA, 1987 (inedito);

INEF; Paulo Medina Centro de Documentação e Informação do ISEFL (1971/72) (Portugal?); Juan Angel Maañon a informação e documentação esportiva na Argentina; Jesus Diaz Zurita idem, Venezuela; Eduardo Garraez idem, México; Alberto Pereja Castro Centro de documentação e informação desportiva do Instituto de Ciências do Esporte Colômbia VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Índice Da Revista Desportos & Lazer. São Luis: UEMA, 1987 (inédito); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Índice Da Revista Comunidade Esportiva. São Luis: UEMA, 1987 (inédita); VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Índice da Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Revista Brasileira De Ciências Do Esporte 10 (1): 33 45, set. 1988. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Handebol Bibliografia básica. Encontro De Treinadores De Handebol, I, Campinas, 1988. ANAIS..., Campinas, 1988. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Índice Da Revista Kinesis. Santa Maria: UFSM, 1990. VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Natação Bibliografia Básica. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 1 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Natação Bibliografia. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 2 VAZ, Leopoldo Gil; PEREIRA, Laércio Elias. Psicologia aplicada ao esporte. Cadernos Viva Água, São Luis, Escola de natação Viva Água, 1991, vol. 3 Seguiram se as indexações dos seguintes periódicos: ‘Arquivos’ da Escola Nacional de Educação Física (1992); ‘Boletim da FIEP’ (1992); ‘Artus’ (1992); ‘Homo Sportivus’ (1992); ‘Motrivivencia’ (1993), e o vol 4 dos “Cadernos Viva Água”, sobre Natação para Crianças, com a produção de Stephen Langersdorff (1994). 86 BOLETEFE era um jornal mural que Laércio Elias Pereira criara já, no Maranhão, e servia para comunicação de eventos e notícias, na UFMA; quando foi para a UFMG, levou o BOLETEFE para as paredes da Escola de Educação Física. Crescia como ‘rabo de cavado’: as notas eram coladas uma abaixo da outra, formando uma longa tira... renovada semanalmente... 87 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Da 45ª Reunião Anual Da SBPC, Recife, 11 a 16 de julho de 1993, Vol. 1 p. 394, A.11 Motricidade Humana e Esportes, 6 A. 11 VAZ,(Resumo).Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Congresso Brasileiro De Ciências Do Esporte, Belém Pará, 06 a 10 de setembro de 1993, Universidade Federal do Pará, p. 136 (Resumo)

algumas feitas já em 1992/93, quando já estava no Mestrado, e antes da proibição de entrar na Biblioteca da Escola de Educação Física veja só, um pesquisador proibido de entrar numa biblioteca de uma universidade pública para fazer… Pesquisa! Alguns artigos publicados pelo Boletefe86 jornal de parede editado pelo Laércio sobre a produção da pesquisa na educação física da UFMG perturbaram… Esses dados foram transformados em informação e viraram artigos apresentados em congressos87 Ainda era o CEDEFEL MA funcionando em Belorizonte… Fiz um trabalho sobre o SIBRADID, para uma das disciplinas do Mestrado em Ciência da Informação do qual a Bibliotecária Chefe da EEF UFMG não gostou e o corporativismo das bibliotecárias fez o resto o curso era na Escola de Biblioteconomia… Cessaram, assim, os trabalhos referentes à construção do tesauro em educação física e esportes… nem ao mesmo me matriculei na disciplina, extra, que poderia fazer no curso de graduação da EB/UFMG não fui aceito! E Laércio acabou se aposentando do Serviço Público, lá mesmo pela UFMG… o sonho, acabara… Sobre a Conferencia de Medellin foi de 4 a 7 de fevereiro de 1980. Lá foram representados vários Espanhacentros:

Ha uma Declaração de Medellín sobre a informação e documentação desportiva na América Latina. Assinam na, pelo Brasil: Laércio Elias Pereira (SEDEL MA) e Manfred Loecken (SEED/MEC) . adido cultural da Alemanha que prestava consultoria à SEED/MEC na época Do/pelo Brasil: Laércio Elias Pereira O CBCE inicia em 1968: olimpíada escolar Tijucurru Clube São Caetano; 1972 I Simpósio de esporte escolar; CELAFISCS; 1977 Congresso Brasileiro de Medicina Desportiva; os professores de educação física não poderiam se filiar à Federação Brasileira de Medicina Desportiva surge a ideia do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte VI Simpósio de esporte escolar 1978 e criado o CBCE88 Laércio Elias Pereira Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Desportos e Recreação do Maranhão cedefel89 Renate V. H. Sindermann Documentação e Informação do esporte no Brasil CEDIME (Porto Alegre) Inicia em 1974 CEDIME Centro de Documentação e Informação em medicina desportiva Porto Alegre DeRose, Henrique90 Maria Licia Bastos Marques e Manfred Loecken Situação atual da documentação em ciências do desporto no Brasil: ( Bibliotecaria chefe da EEF UGMG) até cinco anos atrás, produção, coleta, organização e difusão da informação bibliográfica em ciência do desporto era desconhecida (1975) Maria Licia Bastos Marques Documentação para ciência do desporto um problema brasileiro; artigo Suplemento Apoio do Boletim Informativo da Escola de Educação Física da UFMG (ano 1, n. 3)91 Dos acordos (2) 1981 II Conferencia en São Luis Maranhão Brasil!!!! Educacio Fisica y Deporte n.2, ano 2, maio 1980 Órgão oficial do Instituto de Ciências do Desporto Universidade de Antioquia Convenio Colombia Alemanha; I Conferencia sobre Documentação e Informação Desportiva na America Latina; Literatura Desportiva latino americana; Declaração de Medellín O Processo de Tradução do SIRCThesaurus Entre os anos de 1994 e 1996, a professora Hagar Espanha Gomes coordenou a primeira tradução do Tesauro do SIRC para o português brasileiro, para ser usado pelo Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Desportiva (SIBRADID) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).92 88 PEREIRA, Laércio Elias. O Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... P. 191 193. 89 PEREIRA, Laércio Elias. Centro de estúdios y documentacion em Educacion Física, Deportes y Recreacion de Maranhão. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 197 198. 90 SINDERMANN, Renate V. H. Documentacion e Informacion Del Deporte em El Brasil. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 169 173. 91 BASTOS M., Maria Licia. Documentação para ciência do desporto um problema brasileiro. In MAIER, Jürgen (Editor). Conferencia Sobre Documentacion E Informacion Deportiva Em Latinoamerica,, I, Medellín Colômbia, 04 a 07 de fevereiro de 1980. ANAIS... p. 185 187; MARQUES, Maria Lícia Bastos. Situação atual da informação desportiva na America Latina. Revista Brasileira De Ciências Do Esporte, 11(2): 123, jan. 1990. 92 GOMES, Hagar Espanha (Coord.). Manual De Elaboração De Tesauros Monolíngües. Brasília: Programa nacional de Bibliotecas de Instituições de Ensino Superior, 1990.

Há um tópico que fala do glossário e da terminologia técnica: glossário consiste em um catalogo ou vocabulário de palavras técnicas, obscuras ou em desuso, com definição ou explicação detalhada de cada uma delas. A unificação de critérios e fator fundamental para o resultado que se espera obter do nos leitores, portanto, o uso de termos técnicos que criam confusão e/ou dupla interpretação, exige uma definição clara e completa.

93 CASTELANNI, Alexandre Moreno. Tesauro Agora é Tema na Comunidade Biblioteca. CEV/Biblioteconomia e Ciencia da Informação em EF & Esportes. 02/07/2009. disponível em http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/debate/tesauro agora tema comunidade biblioteca/ Ver também http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/debate/arquivo/tema/tesauro

94 MOURA, Maria Aparecida. Tesauro em Educação Física e Esportes Coord. Sibradid/ECI UFMG [Oficina]. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO ESPORTIVA, 2., 2008, Belo Horizonte. Programação… Belo Horizonte: UFMG, 2008. 95 JOB, Ivone. Educação física no PPGCMH/UFRGS : uma visão a partir da análise de citações e perfil dos pesquisadores. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Ciência da Informação. Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação. http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/7771?show=full, 2006 96 JOB, Ivone; ALVARENGA, Lídia. Citações presentes em teses e perfis de pesquisadores: fontes de indícios para se estudar a área da educação física. Perspect. ciênc. inf. vol.13 no.3 Belo Horizonte Sept./Dec. 2008. http://dx.doi.org/10.1590/S1413 99362008000300010 97 Lazzarotti Filho, Ari, Silva, Ana Marcia, Cesaro Antunes, Priscilla de, Salles da Silva, Ana Paula, Oliveira Leite, Jaciara, O termo práticas corporais na literatura científica brasileira e sua repercussão no campo da Educação Física. Movimento [en linea] 2010, 16 (Enero Marzo) : [Fecha de consulta: 4 de septiembre de 2017] Disponible en:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=115312527002> ISSN 0104 754X

Em dezembro de 2008, foi realizada a oficina Tesauro em Educação Física e Esportes (MOURA, 2008), como parte do segundo Congresso Brasileiro de Informação e Documentação Esportiva (CONBIDE) 94 Ivone Job (2006) 95 e Job e Alvarenga (2008)96 procederam à análise de perfis de 16 professores e 1.171 citações de teses do Programa de Pós graduação em Ciências do Movimento Humano (PPGCMH) da Escola de Educação Física (EsEF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), defendidas nos anos de 2003 e 2004, com os objetivos de: detectar as características das fontes de informação utilizadas pelos doutores; contribuir para aos estudos epistemológicos do campo; caracterizar elementos textuais e explorar suas potencialidades, visando ao conhecimento do campo científico da educação física.

Criação da Lista Cevtesauro Em 2007, Laércio Elias Pereira, Rafael Guimarães Botelho e Cristina da Cruz de Oliveira criaram e coordenaram a lista de discussão Tesauro em Educação Física e Esportes (cevtesauro), que surgiu como lista privada no Centro Esportivo Virtual (CEV). No início de 2008, a lista foi aberta à comunidade científica. O escopo principal da lista era retomar a ideia de Criação do Tesauro Brasileiro em Educação Física e Esporte e, ao mesmo tempo, verificar a demanda de inscrições na lista. Como houve apenas uma inscrição na lista, decidimos convidar alguns participantes. Durante o período ativo da lista, que reuniu um total de 15 pessoas, o fluxo de informação gerado foi de 20 mensagens, enviadas por quatro participantes (os três coordenadores e o professor Leopoldo Gil Dulcio Vaz). Isto, decerto, nos levou a interromper a lista temporariamente e a repensar a melhor estratégia para disseminação do tema em âmbito nacional.

93 Iniciativas Acadêmicas sobre o Tema Tesauro e Educação Física

Em 2009, durante o do II Encontro de Gestão da Informação e do Conhecimento em Acervos Esportivos no Estado de São Paulo foram apresentadas as palestras Tesauros internacionais existentes em Educação Física, por Rafael Guimarães Botelho e Critérios a considerar para a construção de tesauros e aplicação à área da Educação Física, por Cristina da Cruz de Oliveira. Não conseguimos acesso à esse material... Lazzarotti Filho, Silva, Cesaro, Antunes, Salles, Silva, Oliveira Leite (2010) 97 publicam “O termo práticas corporais na literatura científica brasileira e sua repercussão no campo da Educação Física”, buscando identificar os significados/sentidos com os quais o termo práticas corporais vem sendo utilizado na literatura acadêmica brasileira, mediante análise de conteúdo de 260 artigos e 17 teses/dissertações, capturados com o uso de palavras chave em sistemas de busca e bases de dados.

De acordo com Kroeff e Leoneti (2012) 98 ainda não existe no Brasil um tesauro que atenda a demanda de necessidades das Ciências do Esporte. Por meio de um estudo preliminar esses autores desenvolveram um Tesauro Brasileiro destinado às Ciências do Esporte, com as divisões do tesauro seguindo o estabelecido por Tubino (2011)99, Tubino e Garrido (2007, cap.16) 100 e Barbanti (2003)101 . O tesauro foi elaborado por meio do software livre TheW33, de autoria de Tim Craven. O Tesauro tem sua estrutura descrita em formato ALFA e TREE. O tesauro deverá ser disponibilizado eletronicamente, para consulta aos usuários, em versão on line, disponível na World Wide Web (WWW). e dessa forma foi subdividido de acordo com a demarcação científica aceita internacionalmente, ou seja, as áreas estabelecidas por Herbert Haag e pelo International Council of Sport Science and Physical Education. Santos (2013) 102 apresenta TCC de graduação em Biblioteconomia com o tema: Indexação sobre futebol: estudo de caso em Biblioteca Universitária, com o objetivo de diagnosticar o processo da indexação na Biblioteca Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina (BU/UFSC), na área de esportes, para o termo ‘futebol’. A pesquisa foi fundamentada na literatura científica, referente aos princípios, as ferramentas e os métodos adotados na indexação da área da Biblioteconomia e Ciência da Informação. A pesquisa ainda, externa sobre o histórico, os aspectos sociais e a contribuição em publicação cientifica do Delgadofutebol.

Este trabalho foi dividido em duas etapas: a primeira tratou dos aspectos teóricos e práticos da representação descritiva, abordando os itens mais relevantes sobre descrição dos recursos eletrônicos, sob a perspectiva da AACR2 campos mais relevantes; a segunda, dos aspectos teóricos e práticos da representação temática da informação, sob a égide da indexação e da análise de assunto e respectivas etapas de processo, para definição dos seus escopos / categorias (gêneros e temas), tomando como base a linguagem desenvolvida e registrada em plataformas colaborativas (wiki's) no ciberespaço.

(2016)103 disserta sobre o tratamento da informação em uma coleção particular de 55 jogos de Nintendo 64, objetivando levantar discussões sobre a representação da informação desses tipos de recursos eletrônicos, através dos fundamentos teóricos e práticos da representação temática e descritiva.

Santos (2017) 104 analisa a preservação da memória dos clubes de futebol, a partir da construção de um repositório digital, levando se em conta a aplicação da descrição arquivística e contando com a participação do torcedor do Esporte Clube Vitória, clube de Salvador BA. 98 KROEFF, Márcia Silveira; LEONETI, Fabiano Contart. ESTUDO PRELIMINAR DO TESAURO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis (Brasil) ISSN 1414 0594, v. 17, n. 1 (2012). Disponível em https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/825 99 TUBINO, Manoel José Gomes . EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE: DA TEORIA PEDAGÓGICA AO PRESSUPOSTO DO DIREITO. Disponível em: . Acesso em: 6 jul.2011. 100 ENCONTRO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO EM ACERVOS ESPORTIVOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2., 2009, São Paulo. Anais… São Paulo: Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, 2009. Disponível em: <http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/esportes/servicos/biblioteca/0038>. BARBANTI, V.J. DICIONÁRIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2003. SANTOS, Andrea dos. INDEXAÇÃO SOBRE FUTEBOL: ESTUDO DE CASO EM BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA TCC (graduação) Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Curso de Biblioteconomia. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/103790 DELGADO, Vitor Rabelo. A representação da informação em games: um acervo particular de jogos de Nintendo 64. 2016. 94 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Faculdade de Biblioteconomia, Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016. 104 SANTOS, Luciano Souza. Repositórios digitais na preservação da memória de clubes de futebol: a descrição arquivística na análise do Esporte Clube Vitória. Dissertações Mestrado Acadêmico (POSICI), UFBA, Instituto de Ciência da Informação Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21751

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Proporciona aos estudantes, profissionais, pesquisadores e interessados em geral conferências eletrônicas, mesas redondas, cursos à distância e eventos interdisciplinares relativos à formação profissional em seus vários aspectos. Cria produtos educacionais, geradores e divulgadores de informação específica, como consultoria e monitoria para escolas, programas de tv, rádio e outras mídias.

O CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL COMO AMBIENTE DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA EM VOX SCIENTIAE 2008 N.8 Vox Scientiae 2008 n.8. Brasil. Por Andréa Ramirez e Fernanda Ramirez http://cev.org.br/biblioteca/o centro esportivo virtual como ambiente de divulgacao cientifica/ Centro Esportivo Virtual História Desde 1996, o Centro Esportivo Virtual (CEV) é um sítio de livre acesso (www.cev.org.br) para a informação, documentação e gestão do conhecimento esportivo. Mantém o objetivo de convergir pessoas (vetores de tecnologia) e instituições nacionais e internacionais relacionadas às Ciências do Esporte. O CEV dirige se a um público amplo e variado. Estimula atitudes pró ativas através de múltiplas possibilidades de interatividade virtual, explora as potencialidades da informação em seus aspectos temáticos, históricos e científicos, utiliza recursos tecnológicos e de comunicação, tendo como matéria prima básica a internet, oferece ao visitante um diálogo permanente entre conteúdos e abordagens variadas e propicia uma experiência democrática. Também emprega a filosofia de constituir se em um núcleo científico cultural e de divulgação científica capaz de informar, atrair, fixar e formar profissionais qualificados para refletir e re significar permanentemente o processo de formação, consumo e prática das Ciências do Esporte.

O CEV apresenta uma base única de conhecimentos e documentos produzidos sobre as Ciências do Esporte e áreas afins, através, principalmente, de suas “listas de discussão”, cujas mensagens, produzidas e distribuídas por usuários, são reunidas a partir de assuntos e interesses específicos e guardadas no provedor de modo a serem recuperadas por pesquisas de palavras chaves.

No "quem é quem" há uma extensa listagem, de inclusão voluntária, de nomes dos atores das Ciências do Esporte com a finalidade de aproximar e promover o diálogo dos vetores de tecnologia. Na “Biblioteca Virtual” o usuário pode ter acesso a vários documentos eletrônicos e a outros sítios da internet que os possuam. Atualmente os documentos giram em torno de: artigos, leis, bibliografias sobre assuntos específicos, catálogos e links de acesso a revistas e jornais especializados, teses e resumos científicos nacionais e internacionais, acesso a publicações eletrônicas e a outras bases de dados, relações e

O CEV é, atualmente, constituído por mais de 21 mil participantes em mais de 200 comunidades virtuais, algumas das quais de sociedades técnicas e científicas de Educação Física e Esportes. Desta feita, o CEV se fortalece como um dos recursos mais importantes de organização e integração de vetores de tecnologia, projetos, e os principais atores da informação, documentação e comunicação esportiva que constituem as Ciências do Esporte nacional.

Em suas várias dimensões, possibilidades e com uma forma dinâmica a partir das Tecnologias de Informação e Comunicações (TIC), o CEV oferece aos profissionais da área e demais interessados um conjunto de informações audiovisuais de caráter histórico, social e cultural sobre as Ciências do Esporte e áreas afins. Constitui se num centro de pesquisa e documentação histórica sobre as Ciências do Esporte de modo a se tornar um centro de memória baseado em preceitos da arquivologia, sobretudo no que dizem respeito à criação, procedência e preservação de registros, bem como da criação de um centro de resgate oral (história oral), visual (arquivos fotográficos, imagens, etc) e da certificação de documentos eletrônicos.

informações sobre livros específicos, acesso a trabalhos publicados em congressos científicos e demais documentos de interesse. No portal encontram se, ainda, noticias sobre eventos da área e indicações de outros sítios de interesse na internet. Tem acesso a Instituições de Ensino Superior, Centros Especializados, Órgãos oficias e gerenciadores, centro de estudos, cursos específicos, etc.

O Prof. Dr. Laércio Elias Pereira, idealizador do CEV, contextualiza, conta a história e as perspectivas do CEV dentro do cenário da Divulgação das Ciências do Esporte. Andréa Qual foi o cenário no qual o CEV foi criado? Prof. Dr. Laércio O impacto das tecnologias de informação e conhecimento (TICs) foi e ainda tem sido extraordinário também na informação esportiva. O Centro Esportivo Virtual CEV é um resultado prático da chamada “explosão” das TICs. Criado no início das operações comerciais da Internet no Brasil, como parte de um doutoramento em Educação Física na Universidade Estadual de Campinas UNICAMP (PEREIRA, 1998a) com o suporte de tecnologia do Hospital Virtual e dos projetos da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo, o CEV tem se constituído num grande aglutinador de pessoas e de instituições nacionais e internacionais. Grande parte das sociedades técnicas e científicas da Educação Física e Esportes têm uma comunidade virtual ou partilha projetos de documentação e informação esportiva com o CEV. A criação da BITNET no final dos anos 80 (STANTON, 1998), proporcionou o início de um intercâmbio intensivo na área acadêmica entre as universidades conectadas. No início de 1990 esse movimento teve um impacto importante na área acadêmica com o lançamento das listas de discussão sobre administração esportiva Sportmgt e psicologia do esporte Sportpsy, na sequência deste movimento foi criada a primeira lista de discussão do CEV efesport L que, 10 anos depois, foi multiplicada por duzentas, com comunidades nacionais, como legislação esportiva (no mês de agosto de 2006: 880 participantes, 408 mensagens postadas, 359.040 mensagens distribuídas) e internacionais como a Lusofonia e EF&Esportes, Educación Física em Americalatina, TAFISA, Traditional Games e Olimpismo. As 202 listas de discussão do CEV contam atualmente com 130 administradores, 21 mil participantes e já distribuiu mais de 100 milhões de Fernandamensagens.Como lhe ocorreu a idealização do CEV?

Andréa Como o CEV conseguiu reunir estudantes, profissionais de Educação Física, pesquisadores, universidades e instituições relacionadas às Ciências do Esporte durante todos estes anos? Dr. Laércio Desde a criação do CEV foram estabelecidas várias parcerias nacionais com o Ministério do Esporte, Conselho Federal de Educação Física CONFEF, Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte CBCE, Associação Nacional de Pesquisa e Pós Graduação em Educação Física ANPPEF, Universidade de Uberlândia NUTESES, Escola de Educação Física de Muzambinho e Associações Profissionais APEFs. Parcerias internacionais também foram estabelecidas com a Federação Internacional de Educação Física FIEP, TAFISA, Universidad de Guadalajara, Revista Lecturas, proporcionando um amplo movimento de transfertilização da informação e gestão do conhecimento na área (PEREIRA&VAZ, 2005, PEREIRA, 2006).

Dr. Laércio A idealização que levou à concretização do CEV foi embasada na interação de três canais de comunicação: vetores de tecnologia (pessoas), páginas na rede e correio eletrônico, acumulando várias iniciativas na área da informação e documentação esportiva que geraram conhecimento de acesso irrestrito. Na medida em que as comunidades virtuais cresceram e se desmembraram em torno dos “colégios invisíveis” nas várias áreas do conhecimento em educação física, esportes, lazer e dança, realizaram se demandas por informação, que orientaram a construção de bancos de dados: teses e dissertações, revistas, legislação com entrada na biblioteca , instituições, escolas de educação física, congressos, cursos livres e de pós graduação e um portal geral de endereços eleitos como importantes para as ciências do esporte, na página Navegando. Alguns bancos de dados também foram hospedados no CEV, como por exemplo, o dos trabalhos do Congresso pré olímpico de 2004 (PEREIRA, 1997, 1998a,b, 1999a,b, 2000, 2005).

PEREIRA, L.E. La construcción del Centro Deportivo Virtual. In: XII Coloquio Comunicación, Deporte y Sociedad, 2000, Guadalajara: Universidad de Guadalajara, 2000. PEREIRA, L.E. Virtual Sports Center: an information resource in physical education on the internet. In: II International Symposium on Computer and Sport, 1999, Viena: Univie, 1999. v. 1. p. 83. PEREIRA, L.E. La red: nuestro encuentro cotidiano e virtual. In: Seminario Internacional Mercadeo social y calidad de vida, 1999, Bogota. SIMSCV Red Internacionl e Deporte para Todos. Bogota: TAFISA Comite Olimpico Colombiano, 1999. v. 1. p. 52 56. PEREIRA, L.E. Internet: ponto de reunião permanente dos programas de pós graduação em EF. In: I Encontro dos Programas de PG em EF do Brasil, 1998(b), Campinas SP. I Encontro de Pós Graduação em EF do Brasil. Campinas: I Encontro dos Programas de PG em Educacao Fisica do Brasil, 1998. v. 12. PEREIRA, L.E. Centro Esportivo Virtual. Um recurso de informação para a educação física e esportes na Internet, 1998(a).110p. Tese (Doutoramento em Educação Física). Faculdade de Educação Física da Unicamp, Campinas, 1998. PEREIRA, L.E. The Virtual Sport Center. In: X International Association for Sports Information Congress, 1997, Paris. X International Association for Sports Information Congress. Paris: Institut National dÉducation Physique et Sport, 1997. v. 1. p. STANTON,238. M. A Evolução das Redes Acadêmicas no Brasil: Parte 1 da BITNET à Internet NewsGeneration: Boletim bimestral sobre tecnologia de redes 10 de julho de 1998, volume 2, número 6. http://www.rnp.br/newsgen/9806/inter br.html

Referências

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Nos últimos anos o intercâmbio entre o CEV e seus parceiros tem se ampliado devido à participação decisiva do CEV na realização do I Congresso Brasileiro de Informação e Documentação Esportiva CONBIDE e Reunião do Comitê Executivo da IASI em Brasília. O evento foi transmitido ao vivo e documentado integralmente em vídeo disponível no endereço do próprio CEV. Além disto, o CEV mantém a versão da página da IASI em português Fernanda Quais são as perspectivas do CEV para os próximos anos? Dr. Laércio A partir do CONBIDE estão sendo levados a efeito vários acordos internacionais tais como o do Instituto Nacional de Esportes da França INSEP, a retomada do acordo com o Spolit e SIRC Canadá, além de entendimentos iniciados com o SIRC Austrália e com a Rede Norte Americana de Bibliotecas de Esporte NASLIN. Atualmente o CEV tem a parceria do Conselho Federal de Educação Física e da Editora Phorte que o auxiliam com recursos financeiros. Além disso, como o CEV é um ambiente altamente colaborativo entre atores do esporte, estudantes, pesquisadores, instituições e integrantes de outras áreas como jornalistas, médicos, advogados e biólogos entre outros, o CEV se apresenta como uma fonte rica “de” e “para” pesquisa e divulgação científica das Ciências do Esporte que abrangem a Educação Física e Lazer, dentre outros. Neste sentido “de” já temos jornalistas esportivos que utilizam o CEV como fonte de informação como, por exemplo, o Cruz do Correio Brasiliense. No sentido “para” já foi criada a Lista de Discussão sobre divulgação científica em esportes, a cevdc em parceria com o NJR ECA USP que tem como objetivo orientar os participantes do CEV para a disseminação científica com mais eficiência, capacitando os para atuarem como consultores científicos e da informação nos diversos tipos de mídia nos quais o CEV já atua como internet, rádio e tv.

Em 23 de Janeiro de 1943 ingressou no FAC Futebol Atlético Clube , time estritamente amador da primeira Divisão que disputava campeonatos ao lado de Moto, MAC, Sampaio e Tupan.

Com a extinção do FAC, aceitou o convite para defender o MAC. Nesse mesmo ano, 1943, o time foi campeão maranhense e ele estava no banco para o cearense Pintado, o gazo que passava carvão em volta dos olhos nos jogos noturnos do Estádio Santa Izabel.

Basquete da FAME em 1954. Em pé: Raul, Hugo, Bittencourt, Daniel, Rubem Goulart e Almeida e Silva; Agachados: Teopblister, Arruda, Bragança, Ronald Carvalho e Flávio Teixeira Matéria de Edivaldo Pereira Biguá e Tânia Biguá, página "Onde Anda Você?", do Jornal O Estado do Maranhão, de 20 de Outubro de 1997

RAUL GUTERRES, ATLETA COMPLETO Blog Futebol Maranhense Antigo: Raul Guterres, atleta completo HUGO SARAIVA

Quantas pessoas tiveram a oportunidade de treinar e chegar a ser atleta em várias modalidades? Com certeza pode se contar nos dedos. Raul Guterres é um dos que está no rol dos mais completos. Jogou futebol, basquete, vôlei e futsal; também atuou no atletismo. Uma demonstração de muita vitalidade. Raul, quase 71 anos de idade, contabiliza o saldo deixado pelo esporte com muito discernimento. Com uma memória fantástica, ele fez questão de lembrar o nome de outros atletas que foram grades como ele.

Se a nossa reportagem fosse atrás de tantas histórias, seria necessárias três páginas como esta para falar quem foi este homem, que “exclusivamente como amador”, como ele faz questão de frisar, defendeu com tanto esmero as equipes por onde passou. O início com 15 anos de idade, Raul, 1m60 de altura, passou a jogar no gol de futebol de campo. Era de uma impulsão e elasticidade que impressionavam. Esses dois predicativos aliados à garra terminavam fazendo com que ele fosse diferente. Sua carreira ficou marcada porque, além de tudo, Raul defendia muitos pênaltis. Foi campeão estudantil em 42 pelo Ateneu. Ele no gol e a zaga com Biló Murad e Mário Silva (já falecido).

O nosso atleta não media esforços para dar sua parcela de colaboração às equipes que integrava. Já cursando Direito na UFMA, participou dos Jogos Universitários pela FAME Federação Acadêmica Maranhense de Esportes: Recife em 50, Belo Horizonte em 52 e São Paulo em 54. Além de futebol, basquete e vôlei, competia no atletismo nos saltos em altura e distância, assim como nos arremessos e lançamentos de dardo. Lembra com orgulho do Presidente da FAME em 54, o também estudante de Direito, hoje desembargador, Almeida e Silva.

Na cabeça de Raul Guterres ainda estão bem nítidos os nomes de muitos jogadores de times da década dele, de 40. Pelo MAC: Raul Guterres, Erasmo, Arel, Batistão, Vicente, Mercy, Celso Cantanhede, Inaldo, Mozart, Duo, Nezinho, Moura, Coelho, Cosmo, Dilson, Tarrindo, Tataraí, Justino e Batista; Pelo Sampaio: Baltazar (gol), Cido, Cerejo, Reginaldo, Jejeca, Decadela, Bodinho, Albano, Govani e Zé Pequeno. Pelo Moto: Rui (gol), Santiago, Carapuça, Sandoval, Frázio, Nascimento, Pepê, Galego, Valentim, Zuza e Jaime; Raul coloca no alto do pedestal dos melhores que viu atuando no futebol maranhense: Pepê, Hamilton e OCroinha.complemento paralelamente ao futebol, Raul Guterres jogava basquete (o segundo em preferência) no Oito de Maio, de Rubem Goulart. Conquistou o tricampeonato m 1947/48/49. Era praticamente o mesmo time que jogava vôlei, também pelo Oito de Maio, muitas vezes campeão. Como um dos que estavam na casa de João Rosa para fundar o futsal, Raul terminou sendo goleiro da “bola pesada”. E voltou a conquistar títulos: tricampeã pelo Santelmo em 1948/49/50.

Outra grande lembrança foi o “não” que deu ao Ceará Sporting (para substituir o famoso Gutemberg), ao Remo paraense (que o queria no lugar de Vélez) e ao Juventus e Portuguesa, clubes paulistas. “O estudo e o quartel não me permitiam pensar em futebol para ganhar dinheiro”, justifica se. Em 1947 Raul Guterres largou todos os clubes e passou a jogar somente pelo 24 BC. Porém, não deixou a vida esportiva fora do quartel. Anos mais tarde, assumiu a presidência do MAC (1965) e ficou por lá até 1971. Dos muitos títulos conquistados, ressaltamos o de bicampeão maranhense profissional em 69 e 70. Time: Lunga; Neguinho, Negão, Clésio e Carlindo; Zuza e Barrão; Valdeci, Wilson, Croinha e Alencar. Banco: Adaulto Neto, Vareta e Moacir Bueno. Ainda foi técnico da Seleção de Pinheiro, campeão intermunicipal em 1966 e passou pela diretoria do Jaguarema de 1971 a 1973. Recebeu em 1987 a Medalha do Mérito Esportivo no fim da gestão do Secretário da SEDEL, Biló Murad. Nesse mesmo ano, na homenagem prestada no governo Cafeteira, quando assumiu a SEDEL o sobrinho Carlos Guterres, Raul recebeu uma placa que dizia: “Pela contribuição à grandeza do desporto maranhense, a homenagem do Governo do Estado”.

Com a ajuda do Professor Heliodoro Ferreira fomos em busca dos próprios jogadores, técnicos, e atletas de outras modalidades que estão vivos para contar essa aventura.

Sr.Deodoro Carvalho de Santana além de jogador foi técnico e empresário de um dos primeiros times de São João dos Patos na década de 1940 até os anos 80. Vereador por vários mandatos lutou para que fosse construído o Estádio Municipal Celsão entre outras conquistas.O nome do time? Estou escondendo para só escalar dentro de campo. O radialista Cléber Leite elevou o futebol patoense além dos jogos das periferias para partidas contra grandes atletas e times profissionais.

Na capoeira, Wellington introduziu o esporte brasileiro da luta dos escravos na cidade patoense em nome da liberdade democrática. E ainda tenho a missão de entrevistar atletas de outras modalidades como o voleibol, Kung Fu, Oatletismo,etc.prazoparamarcar o gol de placa? Dia 7 de Setembro.

GOL DE PLACA... LÉO LASAN A missão que me foi destinada para contar a História do Esporte de São João dos Patos é uma partida difícil e espero ao final do jogo marcar um gol de placa.

Quem puder me ajudar nessa partida me faz um lançamento na pequena área e não me derrubem na marca do pênalti, e vamos marcar o gol de placa e vencer esse jogo. Me enviem mais informações e fotos. Gooool, desculpem. Obigadooo.

Foi o primeiro jogador que envolveu negociação financeira entre equipes. Comprado pelo Rac Santos do Botafogo. O valor mais 50 cruzeiros, uma quantia volumosa para os padrões da época. Muitas histórias que colocaria os milionários jogadores de hoje na reserva. A entrevista completa será postada quando for editada. Até lá só nos resta aplaudir.

"Fiz um gol tão bonito em Colinas que a torcida invadiu o campo me colocaram nos ombros e outros botaram dinheiro nos meus meiões e chuteira...Parece que tem uma rua em Colinas com meu nome em homenagem a esse gol".

NEYMAR SERIA "Fichinha" PERTO DESSE JOGADOR.

LEO LASAN

A revelação é de José Dias Carneiro, conhecido por Zé Dias, ex jogador do Rac Santos, considerado pelos atletas antigos de São João dos Patos como um dos melhores jogadores da região nos anos 70.

Em uma entrevista inédita, Zé Dias contou sobre partidas e jogadas antológicas entre os times e seleções de futebol que jogou.

"Morando em Barão do Grajaú eu tinha que treinar em Floriano, então atravessava a nado o rio Parnaíba (que divide os Estados) de duas a quatro vezes por dia... e quando chegava dos treinos eu ia tocar com minha banda durante à noite nas festas" Diz o ex atleta que também é músico da banda Três Irmãos do ANordeste.torcidaia ao campo de bola de São João dos Patos para vibrar com os dribles, trivelas, chapéus, tesouras, bicicletas e outros lances que enlouquecia os adversários e encantava os torcedores "Eu dava até três banhos de cuia nos jogadores sem deixar a bola cair" disse Zé Dias.

A entrevista mostra a trajetória do craque que começou no MAC de São Luís, teve proposta do Flamengo do RJ, mas seguiu carreira no Ceará onde se tornou o melhor lateral esquerdo do futebol brasileiro em Chegou1972.

em São João dos Patos ainda na década de 70 após passar em concurso da antiga SUCAM (FUNASA) e logo foi convocado para jogar no Rener. Carlindo disse que o troféu Bola de Prata foi doado por ele aos torcedores do Ceará e hoje está no Museu do clube em Fortaleza. Outras histórias como perseguição ao seu talento, farras, superação, tristezas e alegrias foram reveladas na Essasentrevista.entrevistas fazem parte do Projeto Sobre a História do Esporte de São João dos Patos e que serão apresentadas de forma susinta no Desfile do 7 de Setembro em 2022 no município.

Carlindo jogou Rener time patoense, mesmo depois de ficar famoso nacionalmente.

HONRA EM ENTREVISTAR O PRIMEIRO JOGADOR DO FUTEBOL CEARENSE A GANHAR A BOLA DE PRATA DA REVISTA PLACAR.

LEO LASAN

Nesta semana eu e o Professor Heliodoro Ferreira entrevistamos os principais jogadores, técnicos, atletas de modalidades como capoeira, Kung Fu, e radialistas que vivenciaram o esporte no município.

O lateral esquerdo Carlindo foi o primeiro jogador do futebol cearense a ganhar uma Bola de Prata, no ano de 1972, quando jogava pelo Ceará Sporting Club. O prêmio foi concedido pela revista Placar, a maior revista de esportes do Brasil.

Nesta sexta feira, 19/8/2022, eu e o professor Heliodoro Ferreira, fomos até a casa do famoso jogador e fizemos entrevista sobre a História do Futebol em São João dos Patos.

A garotada da época, assim como toda garotada, gostava de dar nomes diferentes às coisas. Logo, não demorou muito para que nas escolas da alta sociedade inglesa o rugby passasse a ser chamado de rugger e o association football de assoccer. Com tempo encurtaram a palavra assoccer para um simples soccer.

A partir daí, o nome soccer caiu nas graças da elite. O que antes era gíria da molecada na escola, acabou se tornando o nome do jogo entre todo mundo.

Como estudante de inglês, você já deve saber que o nosso futebol é chamado de football no Inglês Britânico e soccer no Inglês Americano. Para embolar ainda mais o meio de campo, football nos Estados Unidos refere se ao que nós aqui chamamos de futebol americano.

O termo football naquela época era usado para se referir ao futebol como nós o conhecemos. Eis então, que em um belo dia em uma partida normal de futebol, um jovem de nome William Webb Ellis pegou a bola com as mãos e saiu correndo em direção ao gol. Essa partida ocorria no campo da Rugby School, na Inglaterra. O pessoal gostou da tentativa do jovem William e assim teve início o rugby football Para diferenciar um football do outro, a turma usava o termo association football para falar sobre o futebol jogado com os pés (o nosso futebol) e rugby footbal para falar do outro tipo de futebol. O termo association football foi usado pois na época eles vinham tentando formalizar o jogo e definir regras para padronizá lo.

Ao aprendermos isso as perguntas que naturalmente surgem são: Por que nos Estados Unidos o nosso futebol é chamado de soccer? Por que eles inventaram outra palavra? Por que dizem soccer e não football? De onde vem esse tal de soccer? Pois bem! Se você gosta de curiosidades linguísticas, continue lendo. Ao contrário do que muita gente acredita, a palavra soccer teve sua origem no Inglês Britânico. Isso mesmo! A primeira turma a se referir ao futebol como soccer foram justamente os ingleses, criadores do esporte. Mais especificamente a elite inglesa da segunda metade do século XIX (dezenove).

Com tempo o esporte caiu nas graças do povão, que acharam melhor se referir ao esporte apenas como football. Os ingleses se espalhavam pelo mundo e assim levavam a ideia do football para tudo quanto era canto. As novas populações ao terem contato com o esporte, acabavam adotando o nome football. Aqui no Brasil queriam chamá lo de ludopédio, mas, como sabemos, o nome não pegou!

Charles Wreford Brown, de Oxford, Inglaterra, um dos principais defensores da organização do futebol naqueles tempos, foi um dia questionado se ele gostava de ir aos jogos de rugger. Por brincadeira (ou intencionalmente), ele respondeu dizendo algo como “I actually prefer going to a game of soccer”. Pronto!

Nos Estados Unidos, o pessoal que por lá chegava continuava usando a palavra soccer para diferenciar do esporte que eles já chamavam apenas de football: rugby. O curioso é que originalmente as associações de futebol (jogado com os pés) nos EUA usavam o termo football em seus nomes. Mas, intrigas entre as duas maiores associações daquela época fizeram com que o esporte não progredisse e assim o termo football acabou sendo adotado pelas associações de futebol americano. O que fez com que o termo soccer fosse usado para diferenciar um do outro.

DENILSO DE LIMA

QUAL A DIFERENÇA ENTRE SOCCER E FOOTBALL?

Vale acrescentar aqui que em outros países o termo soccer também é usado para diferenciar do tipo de football local: Canada, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul são exemplo. Só recentemente alguns desses países passaram a usar a palavra football no nome de suas associações para se alinharem à FIFA. Na

História

Austrália, por exemplo, o nome mudou de Soccer Australia para Football Federation Australia apenas em 2006. No entanto, a seleção australiana ainda é carinhosamente chamada de socceroos Acho que é isso! Agora você já não precisa mais dizer que americano é tão louco que resolveu criar uma palavra sem noção para o futebol. Na verdade, eles não têm culpa de nada. Para ser bem sincero, eles se mantêm fiéis à história.

Damas chinesas jogam cuju.

NOTAS DO PrimórdiosEDITOR Não é certa nem incerta de polémica a atribuição a uma cultura ou país da invenção do futebol. Sabe se entretanto que as primeiras manifestações do chamado football (do inglês foot, pé; e ball, bola) surgiram entre 3.000 e 2.500 a.C, na China, desde que se considere jogos com chutes em objetos esféricos ou similares, sem seguir as regras oficiais do jogo, que surgiriam apenas no século XIX

Uma curiosidade na língua inglesa: se referem às diversas modalidades de football como "codes", seja o Association, o Rugby Union, o Rugby League, o Gaélico, o Australian Rules. Cada um é um "football code". A diferença entre o Rugby Union (o mais popular) e o League (mais popular somente na Austrália) se deve ao número de jogadores (15 e 13) e algumas regras que dão a fluidez ao jogo. O Rugby foi separado em dois "codes" por questões de profissionalização há muito muito tempo. O Rugby Union só veio a se tornar profissional em 1995.

TSU CHU Cuju (em chinês: 蹴鞠, em pinyin: cùjú, pronuncia se tsudji, significa literalmente "chutar a bola", às vezes chamado de ts'uh Kúh, é um antigo jogo de futebol com semelhanças ao futebol atual. De fato, ele é reconhecido pela FIFA como um dos principais precursores do futebol moderno. Originou se na China, mas também era praticado na Coreia, Japão e no Indochina. Atualmente, o cuju não é um esporte institucionalizado, porém alguns países orientais ainda o praticam com as regras tradicionais a fim de preservar seu valor histórico e cultural. Cuju Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Imperador Song Taizu joga cuju com o primeiro ministro Zhao Pu; pintado por Qian Xuan (1235 1305).

O Cuju foi mencionado pela primeira vez no Zhan Guo Ce e mais tarde no Registros do Historiador escrito por Sima Qian, escrito durante a Dinastia Han Há fontes que afirmam que o Imperador Amarelo inventou o jogo para fins de treinamento militar, enquanto outras posicionam sua origem durante o Período dos Reinos Combatentes. De qualquer forma, certamente existiu durante este período. Nos primeiros tempos, o esporte era usado de forma competitiva como treinamento físico para cavaleiros militares, enquanto que em outros lugares, principalmente em cidades ricas como Linzi, era praticado como forma de divertimento.

O cuju se aperfeiçoou com a Dinastia Tang (618 907). Nessa época, acredita se que a bola feita com penas em seu interior foi substituída por uma bola cheia de ar com um casco de duas camadas. Além disso, dois tipos diferentes de gols/balizas surgiram: o primeiro, tinha postes com uma rede entre eles, que os dividia, e o segundo composto de apenas um poste no meio do campo. Changan, capital da Dinastia Tang, abrigava vários campos para a prática do cuju, em quintais das grandes mansões da cidade, e alguns eram até estabelecidos nos fundamentos dos palácios. Alguns soldados que pertenciam à Guarda do Pássaro de Ouro, que era o exército imperial, muitas vezes formavam equipes de cuju para o deleite do imperador e de sua corte. O nível das equipes femininas de cuju também melhorou; registros indicam que uma vez, uma menina de 17 anos venceu um time de soldados do exército. O futebol cuju tornou se popular até mesmo entre os eruditos e intelectuais, e se faltassem habilidades a um cortesão, ele poderia perdoar a si mesmo agindo como marcador das pontuações.

Pintura do artista chinês Su Hanchen, Dinastia Song, século XII

Imperador Yongle da Dinastia Ming observa eunucos jogando cuju. O esporte era amplamente jogado nas cortes imperiais.

Durante a Dinastia Han (206 aC 220 d.C.), a popularidade do cuju se propagou do exército para as cortes reais e as altas classes Diz se que o Imperador Han Wu Di gostava do esporte. Ao mesmo tempo, os jogos de cuju foram padronizados e as regras começavam a ser estabelecidas. Partidas de futebol eram frequentemente praticadas no interior do palácio imperial. Uma espécie de tribunal com seis postes de forma crescente em cada extremidade, chamado Chang ju, havia sido especialmente construído para os jogos de cuju.

O esporte foi criado para fins de treinamento militar, por Yang Tsé, integrante da guarda do Imperador, na dinastia Xia, em 2197 a.C KEMARI (em japonês: 蹴鞠) é uma variante do futebol, muito popular no Japão durante o Período Heian Kemari foi revivido nos tempos modernos. A primeira evidência do kemari é de 644 d.C. Fontes indicam que o Kemari foi influenciado pelo esporte chinês Cuju Significando pontapear a bola (ke = chutar, mari = bola) é uma variação do tsu chu com origem no Japão. Ao contrário do desporto chinês, as mulheres não podiam participar do kemari. E difundido pelos imperadores Engi e Tenrei, e era proibido qualquer contacto corporal. O campo (kakari) era quadrado e em cada lado havia uma árvore: cerejeira (sakura), salgueiro (yana gi), bordo (kaede) e pinheiro (matsu). Os jogadores (mariashi, de mari = bola e ashi = pé) eram oito. Esse jogo era mais um ritual religioso do que propriamente um esporte, antes de se iniciar era realizada uma celebração para abençoar a "bola" que simbolizava o Sol e era criada artesanalmente com bambuJaponeses jogam kemari, 2006. Embora não seja institucionalizado, o kemari ainda é praticado no Japão com o intuito de preservar seu valor histórico.

O esporte era chamado de tsu chu, que em chinês, significa (tsu) uma "bola recheada feita de couro" (chu).

Devido ao seu desenvolvimento econômico e social, a Dinastia Song (960 1279) testemunhou um certo florescimento do cuju, estendendo a sua popularidade a cada classe social. Neste período, os jogadores profissionais de cuju começaram a gozar de popularidade e idolatria, e a partir disso o esporte começou a ter uma vantagem comercial. Os jogadores profissionais eram divididos em dois grupos: um treinados para jogos apresentados à corte real (como mostram certos vasos de pincel que retratam também o uso de música durante os jogos) e outro composto de civis que ganhavam a vida como jogadores de cuju. Na Dinastia Song, apenas um poste de gol foi criado no centro do campo. As organizações de cuju eram criadas em grandes cidades chamadas Qi Yun She ou Yuan She agora reconhecidos como os mais antigos e quiçá primeiros clubes profissionais de cuju cujos membros participantes eram geralmente artistas profissionais apaixonados por esse esporte. Os amadores que desejavam se aventurar numa carreira profissional precisavam pagar uma taxa antes de se tornarem membros dos clubes e deveriam se designar formalmente a um profissional que seria seu tutor e professor. Esse processo organizado propiciou e garantiu uma renda para os atletas do esporte, ao contrário do cuju praticado na Dinastia Tang.

Seu declínio começou durante fins da Dinastia Ming (1368 1644) ou na metade da Dinastia Qing (1644 1911), de onde foi desaparecendo de vez e perdendo popularidade por outras práticas e esportes. E, hoje em dia, o cuju não é um esporte institucionalizado, porém alguns países orientais ainda o praticam com as regras tradicionais a fim de preservar sua história, valor e cultura. Durante a dinastia do imperador Huang ti, era costume chutar os crânios ou cabeças dos inimigos derrotados. Os crânios, que mais tarde viriam a ser substituídos por bolas de couro, tinham que ser chutados pelos soldados chineses por entre duas estacas cravadas no chão, no primeiro indício de traves.

OS SACRIFÍCIOS MAIAS

O CALCIO FIORENTINO Não é por acaso que os italianos chamam hoje o futebol de calcio. O desporto foi criado em Florença, e por isso, chamado de calcio fiorentino. As regras só foram estabelecidas em 1580, por Giovanni di Bardi. O jogo passou a ser arbitrado por dez juízes, e a bola podia ser impulsada com os pés ou as mãos, e precisava ser introduzida numa barraca armada no fundo de cada campo. Não havia limite de jogadores (levando se em conta o tamanho do campo, claro), por isso a necessidade de tantos juízes. O desporto se espalhou rapidamente por todo país, e hoje é uma festa anual em várias cidades da Itália. Calcio Storico desporto tradicional italiano Calcio fiorentino, também conhecido como calcio storico ("futebol histórico"), é uma forma antiga de futebol e rúgbi que se originou na Itália no século XVI

O SOULE Durante a Idade Média, na região onde atualmente fica a França, foi criado o soule, uma versão do harpasto, introduzido pelos romanos entre os anos de 58 e 51 a.C.. As regras do soule variavam de região à região. Seu nome também, onde era chamado de choule na Picardia O soule foi um esporte da realeza, praticado pela aristocracia. O rei Henrique II da França, proibiu o jogo, pois o mesmo era violentíssimo e barulhento. Sendo assim, criou a lei que decretava a proibição desse esporte, e aqueles que o praticassem poderiam ir até para a prisão.

O EPÍSQUIRO

A primeira referência ao epísquiro vem do livro Esferomaquia (Sphairomachia), de Homero, um livro grego só sobre esportes com bolas Nele é citado o epísquiro, um esporte disputado com os pés, num campo retangular, por duas equipes de onze jogadores. O número desses, porém, podia mudar de acordo com as dimensões do campo. Podia se ter até 17 jogadores de cada lado, como acontecia no século I a.C. em Esparta. A bola era feita de bexiga de boi e recheada com ar e areia, que deveria ser arremessada para as balizas, no fundo de cada lado do campo.

Entre os anos de 900 e 200 a.C., na Península de Iucatã, atual México, os maias praticavam um jogo (pok ta pok) com os pés e as mãos. O objetivo do jogo era arremessar a bola num furo circular no meio de seis placas quadradas de pedras. Na linha de fundo havia dois templos, onde o atirador mestre (o equivalente ao capitão da equipe) do grupo perdedor era sacrificado.

HARPASTO Descendente do epísquiro, o harpasto foi um esporte praticado por volta de 200 a.C. no Império Romano

O harpasto era disputado num campo retangular, divido por uma linha e com duas linhas como meta. A bola, feita de bexiga de boi, era chamada de fole (follis). O harpasto era um exercício militar, o que fazia uma partida poder durar horas. Com as conquistas romanas, ele foi difundido por outras regiões da Europa, da Ásia Menor e do Norte da África

Regras Os jogos duram 50 minutos e são jogados em um campo de areia, aproximadamente 80 x 40 metros. Uma linha branca divide o campo em dois quadrados idênticos e uma rede de meta na largura das duas extremidades opostas uma a outra. Cada equipe tem 27 jogadores e nenhuma substituição é permitida para jogadores lesionados ou expulsos. As equipas são compostas por quatro Datori indietro (guarda redes), 3 Datori innanzi (zagueiros), 5 Sconciatori (zagueiros), e 15 Innanzi ou Corridori (atacantes). A tenda do capitão com o estandarte senta se no centro da rede do gol. Eles não participam ativamente do jogo, mas podem organizar suas equipes e ocasionalmente atuar como árbitros, principalmente para acalmar seus jogadores ou parar as lutas.

História Uma vez amplamente jogado, considera se que o esporte tenha começado na Piazza Santa Croce, em Florença. Lá ficou conhecido como o giuoco del calcio fiorentino ("jogo de chute florentino") ou simplesmente calcio. O jogo pode ter começado como um renascimento do esporte romano harpasto O interesse pelo Calcio diminuiu no início do século XVII. No entanto, em 1930, foi reorganizado como um jogo no Reino da Itália, sob Benito Mussolini. Foi amplamente praticado por amadores em ruas e praças usando bolas artesanais de pano ou pele de animal. Hoje, três partidas são disputadas todos os anos na Piazza Santa Croce, em Florença, na terceira semana de junho. Uma equipe de cada quarteirão da cidade é representada: Santa Croce / Azzurri (azuis) Santa Maria Novella / Rossi (vermelhos) Santo Spirito / Bianchi (brancos) San Giovanni / Verdi (verdes) Depois de se enfrentarem em dois jogos de abertura, os dois vencedores chegam à final anual em 24 de junho, mais conhecida como San Giovanni ( São João ), o padroeiro de Florença. Durante décadas, este combate violento resultou em ferimentos graves, incluindo a morte. Durante as primeiras décadas, a fim de encorajar as apostas e conseguir um vencedor que pudesse ser apostado, havia momentos em que os touros seriam introduzidos no ringue na esperança de adicionar confusão e incitar a vitória. A versão moderna do calcio não mudou muito de suas raízes históricas, o que permite táticas como dar cabeçadas, socos, cotoveladas e asfixia. No entanto, devido a lesões muitas vezes fatais, socos e pontapés na cabeça são atualmente proibidos. Também é proibido para mais de um jogador atacar um adversário. Qualquer violação leva a ser expulso do jogo. O Calcio era reservado a ricos aristocratas que jogavam todas as noites entre a Epifania e a Quaresma Mesmo papas, como Clemente VII , Leão XI e Urbano VIII, jogaram o esporte na Cidade do Vaticano. Os jogos podem ficar violentos quando as equipes competem para marcar gols. Uma variação de Calcio Fiorentino provavelmente foi jogada no século XV, assim como uma partida foi organizada no rio Arno em 1490, notável como um dia tão frio que as águas estavam completamente congeladas. Em outra ocasião famosa, a cidade de Florença realizou uma partida em 17 de fevereiro de 1530, desafiando as tropas imperiais enviadas por Carlos V, enquanto a cidade estava sitiada. Em 1574, Henrique III da França participou de um jogo de "combate em ponte" em sua homenagem durante uma visita a Veneza O rei está registrado dizendo: "Muito pequeno para ser uma guerra real e cruel demais para ser um jogo".

O árbitro e os seis bandeirinhas oficializam o jogo em colaboração com o juiz comissário, que permanece fora de campo. O árbitro, acima de todos os outros, é o Mestre do Campo, e é responsável por garantir que o jogo corra bem, entrando em campo apenas para manter a disciplina e restabelecer a ordem quando ocorrem as lutas. Um pequeno tiro de canhão anuncia o início do evento. O jogo começa quando o Pallaio[9] (árbitro) arremessa e chuta a bola em direção à linha central, em seguida, ao primeiro apito, quando a bola repousa

no campo, 15 atacantes ou corredores começam a lutar, socando, chutando, dando rasteiras, atacando e combatendo uns aos outros em um esforço destinado a cansar as defesas dos adversários, mas que muitas vezes acaba em uma briga total. Eles tentam fixar e forçar a submissão do maior número possível de jogadores. Uma vez que há jogadores incapacitados o suficiente, os outros companheiros de equipe vêm com a bola e seguem para o gol.

ATLAS ESPORTEDONOMARANHÃO SEGUNDA EDIÇÃO REVISTA E ATUALIZADA 2022 PARTIDO ‘CAPOEIRO’ EM SÃO VICENTE DE FERRER 1868 LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

1930 UmesportemuitoantigonoMaranhão,masdesconhecidodograndepúblico,é oaeromodelismo. OsprimeirosaeromodeloserampequenosplanadoresqueosadolescentesdeSãoLuísiamatiraraos ares no final dos anos 1930, no Estádio Santa Isabel, da Companhia Fabril Maranhense. Provavelmente, foi o aviador alemão Fritz Schulibe, chegado aqui após a Primeira Guerra Mundial, quemtrouxeabonitaeinteressanteartedefazerospequenosaviões.

1997 Fundada em 26 de novembro de 1977 por um grupo de aeromodelistas pioneiros comandados pelo saudoso Gualhardo. A nossa associação (União Maranhense de aeromodelismo UMA ) dispõe de uma Pista de pouso com 130 x 10 m , asfaltada , cabeceiras concretadas , Hangar de 40 m2 e cerca de 30 filiados. Em nossa ilha a maior dificuldade para quem se inicia no hobby é sem dúvida , o vento forte e constante que faz com que até os mais experientes façam pousos de novatos parecerem verdadeiros campeões . A nossa nova sede está localizada em um local privilegiado (pouca gente e muito mato) situada nas dependências do Parque independência (EXPOEMA)ao lado da associação dos criadores . A nossa antiga pista era localizada em uma área cedida pela Universidade Estadual que com o passar dos anos se tornou perigosa pela proximidade com casas , carros , curiosos e até um posto de gasolina... 2019 7 de julho 23 anos de Amam: Amam, dos dias hodiernos, sucedeu a União Maranhense de Aeromodelismo, a antológica UMA e a Associação Ludovicense de Aeromodelismo (Alarc), agremiações precursoras do aeromodelismo U control e RC no Maranhão dos tempos idos. “A Amam é o primeiro grupo grande de aeromodelistas aglutinados depois da desativação da União Maranhense de Aeromodelismo e da Associação Ludovicense de Aeromodelismo”, rememorou Mochel.Joaquim Mochel 1980 O esporte atingiu seu auge no final dos anos 1980, quando a UMA União Maranhense de AeromodelismotinhasuaspistasnocampusdaUEMA,ejá colecionavamuitostroféusdetorneiros realizadosportodoopaís!

Aeromodelismo é o conjunto de atividades que envolvem a construção e o voo de mod reduzida (modelismo), de aeronaves e espaçonaves (aviões, balões, foguetes e é de miniaturismo. Existem várias categorias de aeromodelismo. Radio controlado o aeromodelo é controlado por meio de um transmissor de rádio quais podem ser FM, AM, PCM para sistemas de rádio mais antigos porém ainda muito os sistemas mais modernos são utilizados sistema 2.4 GHz que são mais seguros por ter menos interferência.

AEROMODELISMO DIOGO GUALHARDO NEVES LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

EDUARDO ESTRELA ARANHA Vice Presidente INFORMAÇÕES DA PISTA Endereço Rodovia Ma 204 N 1975 Ilha Race Ilha Race Perímetro Paço do Lumiar/MA CEP: 65130 000 Telefone: (98) 98418 5336 Ilha Race Autódromo no Paço do Lumiar, Maranhão; Endereço: Av. Gen. Arthur Carvalho, 2046 Maioba do Mocajituba, Paço do Lumiar MA, 65130 000 Telefone: (98) 99974 1010 2020 domingo, 19 de janeiro de 2020 Tarde de chuva, voos e revelações surpreendentes na Amam A máxima segundo a qual “na Amam nunca chove!” se evidenciou, de fato, na tarde deste sábado, 18 de janeiro de 2020, quando bravos e destemidos pilotos, mesmo à guisa da intempérie, não deixaram de comparecer ao aeródromo da grande Ilha, no Paço do Lumiar, enfrentando nuvens densas e pancadas de chuvas.

Voos no Asas de Sumaúma, na grande Imperatriz Na outra banda do Maranhão a tarde de sábado, 18 de janeiro de 2020, também foi movimentadíssima, com o comparecimento de pilotos da Aeroescolinha, do comandante Mesaque, na pista de Sumaúma, um das melhores praças do hobby na região. Estiveram no aeródromo Asas de Sumaúma, os pilotos Alvaro Vi Pão (Extra 300, 30cc, e Mustang P51, 50cc), Danilo (Tractor 20cc), Mesaque (Decatlon 30cc), Divino (Edge 120cc), Filipe (Águia, motor 46 glow, Coiote, motor 61, glow), Silvino (Edge 120cc), Djaldo (Ugly Stik elétrico), Isaías (Piper 46, glow) e Cintura (Edge 20cc). O piloto aposentado de aeromodelo visitou o local matando a saudade dos tempos em que foi um dos precursores do hobby.

AMAM Associação Maranhense de Aeromodelismo; Endereço: Maioba do Mocajituba, Paço do Lumiar MA, 65130 000 DIRETORIA IVAN CARNEIRO BRITO Presidente (98) 98418 5336

5º Encontro de Aeromodelismo movimentou o último Domingo em BACABAL PAULO MONTEL 10:19:00 0 Na manhã do último domingo (15 de abril), aconteceu o 5º Encontro de Aeromodelismo de (Bacabal). Centenas de praticantes do esporte participaram do evento, no Aeródromo aeroporto de Bacabal. O vento faz parte da programação organizada pelos amantes da categoria, que conseguiu atrair a grande público simpatizante ao hobby em dois (2) dias e contou com um grande público de diversos lugares do Maranhão e até de outros estados como Piauí. Tem para todos os gostos e de todos os tamanhos, e porque não dizer de todos os valores. O empresário Davi é da capital do Piauí é o piloto de um aeromodelo Jato Bandit BVM, pode chegar ao valor de R$ 40.000,00 (Quarenta mil reais). O jato chega a atingir 586 km por hora. O amor pelo hobby surgiu quando ele ainda tinha 8 anos de idade, e com o passar dos anos, só aumentou. Paulo, veio da cidade de Balsas, para participar da 5ª edição do aeromodelismo, e disse que a paixão surgiu depois que

ganhou da esposa, um carrinho de controle remoto, e agora não pretende parar. Esposa e filho acompanham ele em todos os eventos. A cada edição evento ganha notoriedade e vai conquistando mais adeptos por esse esporte que não tem faixa etária e nem distinção de gênero. Mais de 120 aeromodelos participaram do evento. Os amigos Lucas Silva, Thiago Oliveira, Charles, Isael e Naã Ramos de Zé Doca, disseram que hoje são amantes da categoria e é uma paixão desde infância os mesmos não veem a hora do próximo evento e convidam todos os amigos para o segundo AERO na cidade de Zé Doca e em breve teremos data e local do evento, os mesmos agradeceram a recepção de todos. Durante os dois dias a população pode comparecer ao Aeroporto Regional de Bacabal e prestigiar bem de perto como os aeromodelos eram preparados para apresentações e conferir as acrobacias precisas que eram realizadas.

MANUEL SÉRGIO VIEIRA E CUNHA Manuel Sérgio Vieira e Cunha Título do site (46graus.com) nasceu em Lisboa em 20 Abril de 1933 e é filósofo, professor, educador, ativista e político português. É licenciado em Filosofia pela Universidade Clássica de Lisboa e Doutor e Professor Agregado em Motricidade Humana pela Universidade Técnica de Lisboa. A sua tese de doutoramento, intitulada "Para uma Epistemologia da Motricidade Humana", defende a existência da ciência da motricidade humana, de que a educação física é a pré ciência. É sócio da Associação Portuguesa de Escritores e autor e coautor de 40 livros e de inúmeros artigos, em revistas nacionais e estrangeiras. É professor catedrático convidado aposentado da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. Foi professor

Em 1972, passou a pertencer ao Comité Director do Bureau Internacional de Documentation et d'Information d'Éducation Physique et Sport (CIEPS UNESCO), cargo que deixou em 1978, para seguir a vida universitária.

Em 1982, foi prelector, no ciclo de palestras “O Desporto e a Sociedade Moderna”, organizado pelo Instituto Nacional dos Desportos. Neste mesmo ciclo de palestras, orientou um colóquio na companhia dos Profs. Doutores José María Cagigal e José Barata Moura. Em 1983, nos dias 8 e 9 de Abril, participou nas I Jornadas Científico Desportivas da Associação de Profissionais de Educação Física de Braga. Em 1983, de 4 a 6 de Junho, participou no XIV Congresso do Grupo Latino de Medicina Desportiva, realizado em Madrid, no Hospital Provincial, a convite do vice presidente, Dr. Marcos Barroco.

Em Setembro de 1983, visitou pela primeira vez o Brasil, a convite dos Profs. Doutores Laércio Elias Pereira e Lino Castellani Filho (secretário nacional do Desenvolvimento do Esporte e do Lazer do primeiro mandato do presidente Lula), para participar no Congresso do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, de que foi

catedrático da Universidade Fernando Pessoa e do Instituto Superior da Maia, e ainda da Faculdade de Educação de Física da Universidade Estadual de Campinas. Entrebiografia1952 e 1965, foi funcionário do Arsenal do Alfeite (Ministério da Marinha).

De 1965 a 1968, professor de Português e História, na Escola Comercial e Industrial "Emídio Navarro" e professor de Filosofia, no Colégio Padre António Vieira, ambos em Almada.

Em 1976, 1983 e 1985, respectivamente, recebeu convites para ensinar no INEF (Madrid), Universidade Gama Filho (Rio de Janeiro) e UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas).

A partir de 1977, é colaborador da Editorial Verbo, na sua enciclopédia Polis. É também director da colecção "Educação Física e Desportos" da Editorial Compendium colecção que fundou, na companhia de Noronha Feio. Acedendo a convite de Pierre Parlebas, foi representante, em Portugal, da revista "Motricité EmHumaine".1980é equiparado a professor auxiliar convidado, sob parecer dos Doutores João Evangelista Loureiro, Augusto Mesquitela Lima, Henrique de Melo Barreiros e Francisco Sobral Leal, o qual acentuava, no Dr. Manuel Sérgio, "um currículo científico brilhante", de que resultará "um inestimável benefício e prestígio para a instituição que acolher o seu fecundo labor". Foi também depois conferencista no I Congresso Nacional de Medicina Desportiva, organizado pela Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva (Lisboa, 22 a 24 de Outubro de 1981).

Em 1975, a convite de uma delegação de alunos do INEF que se deslocou a sua casa, com este objectivo, foi convidado para professor do INEF, onde começou a leccionar "Introdução à Política". Seria depois professor no ISEF/UTL das disciplinas de "Introdução à Educação Física", "Filosofia das Actividades Corporais" e, já na Faculdade de Motricidade Humana, "Epistemologia da Motricidade Humana".

Em 1968, ingressou no Centro de Documentação e Informação do Fundo de Fomento do Desporto e começõu por leccionar na Escola de Educação Física de Lisboa, que diplomava instrutores de Educação Física. Era presidente do Fundo de Fomento do Desporto e director geral da Educação Física, Desportos e Saúde Escola o Dr. Armando Rocha. Manuel Sérgio nutre por Armando Rocha grande admiração e estima.

Em 1971, acompanhando os Doutores António Leal de Oliveira, primeiro subdirector do INEF (Instituto Nacional de Educação Física) e presidente da FIEP (Fédération Internacional d'Éducation Physique) e Celestino Marques Pereira, professor do INEF, participou, em Madrid, no Congresso da FIEP, e passou a ser redactor da revista da FIEP, para os países de língua portuguesa.

Em 20 de Julho de 1984, foi eleito, em Assembleia Geral do Clube de Futebol “Os Belenenses”, por proposta de Acácio Rosa, “sócio de mérito” deste mesmo clube. Durante o mês de Novembro de 1984, proferiu palestras em sete ilhas da Região Autónoma dos Açores, a convite do director regional de Educação Física e Desportos, Dr. Eduardo Monteiro.

Em Agosto de 1985, publica no Brasil (Palestra Edições Desportivas, Rio de Janeiro) um opúsculo intitulado “Ciência da Motricidade Humana uma investigação epistemológica”. Nela, no prefácio, o Prof. Doutor Manuel José Gomes Tubino, que seria depois Secretário de Estado do Desporto nos Governos de José Sarney e é hoje Presidente da FIEP (Fédération Internationale d’Education Physique), escreveu, no prefácio: “Tenho a oportunidade de introduzir, no meu país, o saber do maior pensador vivo da Educação Física contemporânea”.

A CMH é, para Manuel Sérgio e para a Sociedade Internacional de Motricidade Humana, uma nova ciência social e humana. Para eles, a educação física, epistemologica e ontologicamente, não existe, porque não existe uma educação unicamente de físicos. Manuel Sérgio, no entanto, nas aulas e em conversas particulares, já vai chamando também à CMH um “híbrido cultural”, misto de ciência, tecnologia, arte, filosofia e senso comum. De igual modo e de acordo com o que este autor defende, há mais de 20 anos, a própria “preparação fìsica” do desporto altamente competitivo não tem sentido, já que o treino se deve subordinar a um modelo de jogo, onde são trabalhados simultaneamente os vários aspectos do humano

Durante o mês de Setembro de 1985, visitou o Brasil, a convite da Universidade Federal da Paraíba e do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Em Novembro de 1985, é o director do I Curso de Treinadores de Futebol de Salão, organizado pela Associação de Futebol de Salão de Lisboa. Em 6 de Junho de 1986, defende a sua tese de doutoramento, sob a orientação do Prof. Doutor João Evangelista Loureiro, vice reitor da Universidade de Aveiro, no ISEF/UTL. Nesta sua tese, ele defende, não só a existência da ciência da motricidade humana (CMH) que integra, no seu entender, o desporto, a dança, a ergonomia e a reabilitação, como fundamentou, epistemologicamente, a criação da Faculdade de Motricidade Humana que, administrativa e politicamente, se deveu ao Prof. Doutor Henrique de Melo Barreiros, então presidente do Conselho Científico do ISEF/UTL. A tese é antidualista, antipositivista e pós moderna, dado que se integra numa transição paradigmática e num conhecimento emancipação (Boaventura de Sousa Santos) e portanto anticolonialista e anti imperialista. Do ponto de vista epistemológico, a tese é pós cartesiana, pois que rejeita o dualismo “res cogitans” versus “res extensa” (reflexo do dualismo social e político) e até as duas culturas sugeridas por C.P. Snow e aceita a complexidade humana. Manuel Sérgio cria mesmo uma definição nova de motricidade:”a energia para o movimento intencional da transcendência, ou superação”. Trata se de um “paradigma emergente”, mas que sabe que “o princípio da incompletude de todos os saberes é condição de possibilidade de diálogo e debate epistemológicos, entre diferentes formas de conhecimento” (Boaventura de Sousa Santos, “a gramática do tempo para uma nova cultura política”, edições afrontamento, Porto, 2006).

Os brasileiros Anna Feitosa (na Universidade do Porto), Ubirajara Oro (na Universidade Técnica de Lisboa), João Batista Tojal (na Universidade Técnica de Lisboa), Vera Luza Lins Costa (na Universidade Técnica de Lisboa) Luciana do Nascimento Couto e Ana Maria Pereira (na Universidade da Beira Interior), a espanhola Ana Rey Cao (na Universidade da Corunha), os portugueses Paulo Dantas e Abel Aurélio Abreu de

eleito “sócio benemérito”. De então até hoje, tem visitado anualmente o Brasil, designadamente a convite de várias instituições universitárias. Nos dias 23 e 24 de Maio de 1984, participou no ciclo de conferências “Motricidade Humana Ciência e Filosofia”, organizadas pelo Instituto Superior de Educação Física da Universidade Técnica de Lisboa (ISEF/UTL), na companhia Armando Castro, Luiza Janeira e Jorge Correia Jesuíno. Apresentou o trabalho seguinte: “A Investigação Epistemológica, na Ciência da Motricidade Humana”.

Figueiredo (na Universidade Técnica de Lisboa) e o chileno Sérgio Toro Arévalo (na Pontifícia Universidade Católica do Chile) fizeram as suas teses de doutoramento, fundamentados na CMH, que Manuel Sérgio criou. Outro tanto poderá dizer se das teses de mestrado dos Mestres Vítor Ló e Carlos Pires (na Universidade da Beira Interior), do Prof. Doutor Gonçalo M. Tavares (na Universidade Nova de Lisboa), da Mestre Fernanda Sofia da Silva Gonçalves (na Universidade de Trás os Montes e Alto Douro)[1] e do doutoramento de Ermelinda Ribeiro Jaques, doutorada em Ciências da Enfermagem (no ICBAS/Universidade do Porto).

Foi professor convidado, durante os anos de1987 e l988, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp Brasil). Leccionou nos cursos de graduação da Faculdade de Educação Física e nos doutoramentos da Faculdade de Educação. O convite foi subscrito pelo Reitor Paulo Renato da Costa e Souza (que seria depois o Ministro da Educação dos governos do presidente Fernando Henrique Cardoso), sob proposta do Prof. Doutor João Batista Tojal, ao tempo director da Faculdade de Educação Física da Unicamp. Foi depois conferencista, na 40ª. Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (S. Paulo, 10 a 16 de Junho de 1988). Em 1988, patrono, eleito pelos alunos, do primeiro de curso de Educação Física da Unicamp. E m 1989, o ISEF (Instituto Superior de Educação Física) passou a Faculdade de Motricidade Humana, à luz da Ciência da Motricidade Humana (CMH). A propósito, salienta se que é Manuel Sérgio o primeiro a dizer (em Portugal e não só): que a Educação Física é um cartesianismo; que a CMH é uma ciência humana tendo provocado uma verdadeira revolução na teoria e na prática do desporto. No livro “Motrisofia Homenagem a Manuel Sérgio”, José Mourinho refere a importância das ideias de Manuel Sérgio, na sua carreira de treinador (pp. 119/120). Em 1990, Medalha de Mérito Desportivo, concedida pelo Presidente da República do Brasil, Dr. José Sarney (Diário Oficial, de 19 de Fevereiro de 1990). Foi nomeado em Maio de 2013, Provedor da Ética no Desporto. "As Lições do Professor Manuel Sérgio": um livro com este nome, acaba de ser publicado. Ele é uma síntese do seminário realizado no Museu Nacional do Desporto, de 27 a 31 de Maio de 2013. principais obras Educação física ou ciência da motricidade humana? Publicado em 1989, Motricidade humana Publicado em 1986, António Oliveira Cruz Publicado em 2008, Alguns olhares sobre o corpo Publicado em 2003,Para uma epistemologia da motricidade humana Publicado em 1994,Para uma nova dimensão do desporto Publicado em 1974, Entre o nevoeiro da serra Publicado em 1963 Homo ludicus Publicado em 1978 Um corte epistemológico Publicado em 2003 atividade política De 1991 a 1995, foi deputado (Assembleia da República), na VI Legislatura (1991 1995), pelo Partido da Solidariedade Nacional, de que foi o primeiro presidente. O PSN deixaria o parlamento depois das legislativas de 1995 e decairia constantemente a partir de então até finalmente se extinguir depois de fracos resultados nas legislativas de 2002.

Condecorações e honras Em Fevereiro de 1990, foi distinguido pelo Governo Brasileiro, com a medalha de mérito desportivo. Em 21 de Junho de 2007 foi galardoado pelo Governo Português com a Honra ao Mérito Desportivo, durante uma sessão solene presidida pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto. Em 21 de Junho de 2007, a Presidente da Câmara Municipal de Almada anunciou a atribuição a Manuel Sérgio da Medalha de Ouro desta cidade, que recebeu, em cerimónia pública, no dia 10 de Julho do mesmo ano. No dia 14 de Setembro de 2007, a Assembleia Legislativa de São Paulo, por proposta do deputado Simão Pedro, líder parlamentar do Partido dos Trabalhadores, homenageou Manuel Sérgio, pela criação da Ciência da Motricidade Humana.

Osínteseautor apresenta a compreensão do ser humano a partir da corporeidade, não como uma contingência, mas como algo essencial à sua constituição.Em face das ideias expostas pelo autor, fica evidente a necessidade da interação entre teoria e prática para a compreensão da realidade e da atuação profissional, a partir da intencionalidade das ações desempenhadas. Além disso, a busca da superação (transcendência) é essencial nesse processo.A preparação profissional em Educação Física que tem por base a perspectiva da Motricidade Humana deve propiciar a relação e reflexão sobre conceitos, contextos, procedimentos, valores, significados e formas de investigação e pesquisa desde o início do curso, pois não há possibilidades de fragmentação do conhecimento quando o ser humano é totalidade em todos os seus sentidos. A Motricidade Humana lembra que todo e qualquer movimento está repleto de experiências, cultura, sentimentos, emoções, intenções. Assim, as práticas desenvolvidas nos cursos de graduação em Educação Física devem ser repensadas, pois aquela aula prática, que é apresentada após o estudo de um determinado conteúdo teórico, perderá todo seu significado se não lhe estiverem agregados os valores vistos na teoria, ou se a teoria não considerar a complexidade humana. A falta de significado da prática pode manifestar se, se a teoria apresentada deixar de considerar o ser humano com suas experiências, cultura, sentimentos, emoções, intenções; ou seja, se a prática for caracterizada apenas gesto padronizado, a aprendizagem acontecerá por imitação da forma, em detrimento da ‘reflexão na ação e sobre a ação’.

REMO 1900 RAMSSÉS DE SOUSA SIVA A prática do Remo começou em nossa cidade por volta do ano de 1900, às margens do rio Anil. O esporte ganhava mais visibilidade em períodos festivos, em especial nas comemorações da adesão do Maranhão à Independência, em que a elite local participava de competições que se iniciavam nas proximidades do Palácio dos Leões e findavam nas imediações da Praça Gonçalves Dias. Curiosidade: Um dos motivos que colaborou para a falta de sucesso do esporte em nossa cidade foi a presença de tubarões na região. HTTPS://SAOLUISEMCENA.BLOGSPOT.COM/2010/11/O REMO E AS REGATAS DE 19001929.HTML?M=1&FBCLID=IWAR1GXKGPDLKZW7ECX7E 430IMMZS34865F9OWLUMKPUQBNQYV1XG_HMXPYY

1908 A 13 de setembro voltou se a falar na implantação do remo chegando a ser organizada uma competição, envolvendo duas equipes que guarneciam os escaleres “Pery” e “Continental”. Os irmãos Santos estavam envolvidos em uma prática esportiva Nhozinho como era mais conhecido Joaquim Moreira Alves Dos Santos como timoneiro e Maneco Manoel Alves dos Santos como voga; A. Lima (sota voga); B. Azevedo (sota proa); e A. Vasconcelos (proa), na “Pery”. A largada deu se onde é a ponte do São Francisco, com chegada na rampa do Palácio, sendo vitoriosa a baleeira “Continental”, que tinha no timão, F. Oliveira; como voga, J. M. Sousa; voga, J. Sardinha; sota, Maneco Sardinha; e na proa, Raimundo Vaz. Essas atividades, realizadas no rio Anil, começam a se tornar hábito das manhãs de domingo e feriados, contando com uma boa afluência de público.

Origens Em 1900, os “sportmen” maranhenses tentam implantar mais uma modalidade esportiva desta vez, voltaram se para o remo, e a utilização dos rios Anil e Bacanga. É criado o “Clube de Regatas Maranhense”, instalado na Rua do Sol, 36. Manoel Moreira Nina foi seu primeiro presidente: “Club de Regatas Maranhense Director Presidente Manoel G. Moreira Nina; Vice Director Presidente Jorge Brown; Director Secretário José Carneiro Freitas; Director Thesoureiro Benedicto J. Sena Lima Pereira; Director Gerente Alexandre C. Moreira Nina; Supplentes: 1º Manoel A. Barros; 2º Othon Chateau; 3º José F. Moreira de Souza; 4º Antônio José Silva; 5º Almir Pinheiro Neves; Commissão d’Estatutos: Dr. Alcides Pereira; Eduardo de A. Mello; Manoel Azevedo; Arthur Barboza Pinto; João Pedro Cruz Ribeiro”. (“A Regeneração”, 21 de fevereiro de 1900). Essa iniciativa foi efêmera. Os primeiros passos foram dados, para colocar as coisas no rumo certo, mas faltaram recursos para aquisição das embarcações apropriadas e também faltou apoio do comércio e das autoridades constituídas.

Nas comemorações de 28 de julho em São Luis, houve outra prova de remo, tomando parte da mesma militares do 24º BC do Exército e da Marinha (Capitania do Porto e Escola de Marinheiros), sendo utilizado barco a dois remos. A elite maranhense fez se presente tomando parte ativa, pois atuaram como árbitros da competição: os coronéis Albino Noronha e Carlos, e os doutores João Alves dos Santos, Antônio Lobo, Domingos Barbosa, Viana Vaz foram os juizes de chegada. Na partida, funcionaram Braulino Lago, capitão tenente Rogério Siqueira, Dr. Armando Delmare, João José de Sousa, Francisco Coelho de Aguiar e o Dr. José Barreto; como juizes de raia, estavam o comandante João Bonifácio, Charles Clissot, Agnelo Nilo e Antônio José Tavares; sendo o diretor de regatas, o tenente Haroldo Reis. A saída deu se na Rampa do Palácio, tomando parte nos diversos páreos os escaleres: o do comércio tinha como patrão Antônio da Silva Rabelo; o “Fogo”, contava com o mestre João Tibúrcio Mendonça; o “Espírito Santo”, tinha como mestre Manoel Joaquim Lopes; o “Remedinhos”, com Hermenegildo A. de Oliveira; o “Alfândega”, Bernardo de Serra Martins; o “Oriental”, João Romão Santos; o “São José”, Raimundo Alves dos Santos; o “Flor da Barra”, de Carlos Moraes. Participaram ainda, os escaleres “João Lisboa”, “Gonçalves Dias”, “São Luís”, “Nero”, “28 de Julho”, “Correio” e “Bequimão”. O trecho entre a Rampa do Palácio e a Praça

1910 1915 Neste período, a modalidade esportiva de remo entrou em crise no Maranhão, voltando a reviver posteriormente graças ao empenho do cônsul inglês em São Luís, Sr. Charles Clissot.

Gonçalves Dias estava todo tomado por um grande público. A partir daí, quase todos os anos, no dia 28 de julho, essas competições faziam parte das festividades. Mesmo assim, as regatas foram se arrastando em São Luís, com os abnegados, aqui e ali, aproveitando uma comemoração para realizar uma prova no rio Anil. O “Clube de Regatas Maranhense” chegou a ser fundado novamente, muito embora as condições do rio não apresentassem as ideais, pois não oferecia segurança. O mar, em determinadas épocas, ficava muito agitado, temendo se que uma virada ou o desequilíbrio de um tripulante pudesse vir a ser fatal, dada a freqüência dos tubarões.

1916 Mesmo com contratempos, foram promovidas algumas competições de remo em São Luis, sempre no rio Anil, como a deste ano, que tinha como objetivo implantar, definitivamente, o remo, inclusive com a criação de uma “Liga do Remo”. (Martins, 1989, p. 217). Os amantes do “esporte do muque”, como era conhecido, adquiriram no Pará onde o remo estava plenamente consolidado duas baleeiras apropriadas, batizadas de “Jacy” e “Alcion”. Devidamente equipadas, eram guarnecidas por empregados do comércio, que se apresentavam bem adestrados no seu manejo. No dia 26 de março as duas embarcações fizeram se ao mar, realizando um “passeio”. A “Jacy” equipe branca tinha como guarnição J. Nava (timoneiro); Júlio Galas e A. Martins (vogas); A. Santos e Nestor Madureira (sota vogas); Humberto Jansen e A. Cunha (sota provas); e S. Silva e J. Travassos (proas); já a “Alcion” trajes azuis , contava com Humberto Fonseca (timoneiro); A. Paiva e Avelino Farias (vogas); e A. Rosa e M. Borges, como proas. As competições realizavam se isoladamente, no rio Anil, e não há registro do por que a “Liga do Remo” não se estruturou. Nas manhãs de domingo, as embarcações realizavam passeios, mais como recreação do que como disputa, não obstante os esforços do capitão Melo Fernandes, dos vogas Barão Mota, Agostinho e Manoel Tavares, dos sota proas Acir Marques e Haroldo Ayres, dos proas Joaquim Carvalho e Francisco Viana e do “crock” Maneco Fernandes. Na Escola de Aprendizes de Marinheiros o remo também era praticado, dispondo de uma guarnição que treinava diariamente. Contava com os vogas Cantuária e Fulgêncio Pinto; como sota vogas, com Almeida e Abreu; na proa, Belo e Matos; sota proas, Zinho e Oliveira e o patrão era Fritz. Neste ano em plena 1ª. Guerra Mundial , enchia se de esperança para os praticantes dos esportes. No Maranhão, dizia se que dois esportes marcariam presença definitiva para ficar, o remo e o futebol: “Apesar da guerra, das crises financeiras, do alto custo de vida, etc., a mocidade só pensava no futuro, olhos fixos no dia de amanhã, e, por isso, preparava se fisicamente. Pensar diferente era ir de encontro à lógica dos fatos que se nos apresentavam diariamente, onde se viam rapazes, que eram incapazes de levantar, como dizia o adágio popular, um gato pelo rabo. Era inadmissível e errônea a educação do espírito sem a educação dos músculos, como dizia Müller. De tudo o homem devia saber. Um organismo raquítico nada valia. Era o importante para suportar uma moléstia, comentavam os críticos. Pregava se o exercício do remo, porque esse esporte era de uma real utilidade. Esperava se para breve que, na capital do Maranhão, pudéssemos nos rejubilar da existência de um bom futebol e que o remo se tornasse um esporte definitivo, com prática assídua” (Martins, 1989).

1927 1929 Promoveram se alguns festivais, no rio Anil, em São Luís, sempre com receios de ataques de tubarões, que subiam para desfrutar dos dejetos despejados pelo Matadouro Modelo. Em 28 de julho de 1928, promoveu se uma regata, em homenagem ao comandante Magalhães de Almeida, tendo a frente os “sportmen” Antônio Lopes da Cunha, sempre envolvido com as coisas do esporte, Cláudio Serra, Hermínio Belo, Benedito Silva e Gentil Silva. As embarcações não eram apropriadas, usando se botes de quatro remos para a distância de 500 metros, embarcações de pesca à vela e outras de qualquer espécie, desde que não superiores a dez palmos de boca, embarcações com motores de popa ou internos, lanchas à gasolina, etc. As embarcações tinham os mais variados nomes: “Maranhão”, comandada pelo patrão Justo Rodrigues; “Sampaio Corrêa”, com Gino Pinheiro, como patrão; o bote “São José”, com Horácio dos Santos como patrão. A firma Marcelino Almeida & Cia proprietária do “Loyde Maranhense” , colocou os vapores “São Pedro” e “São Paulo” à disposição dos convidados especiais. Para as comissões, foram cedidos os

rebocadores “Mero”, “Loyd”, e “Satélite”, gentileza da “Booth Line Co.”, do “Loyd Brasileiro” e de “Santos Seabra & Cia”. Naturalmente que o homenageado Magalhães de Almeida foi o presidente do Júri de Honra, que contou ainda com as presenças de Dr. Pires Sexto, do comandante Martins, do coronel Zenóbio da Costa, Dr., Jaime Tavares, Major Luso Torres, Dr. Basílio Franco de Sá, Dr. Constâncio de Carvalho e João de Mendonça. A “comissão de chegada” era composta por Clóvis Dutra, Agnaldo Machado da Costa, Dr. Horácio Jordão, Dr. Waldemar Brito, e Sr. Edmundo Fernandes; a “comissão de partida e raia”, contava com Cláudio Serra, Hermínio Belo, Melo Fernandes e Américo Pinto; o cronista, Gentil Serra e o Diretor técnico da Regata, Arnaldo Moreira. Os dois primeiros páreos homenagearam o coronel Zenóbio da Costa, comandante da Força Pública do Estado, a Associação Maranhense de Esportes Atléticos AMEA , na pessoa do Dr. Waldemar Brito; o terceiro, foi em homenagem ao aniversariante do dia, o comandante Magalhães de Almeida, então governador do Maranhão; o quarto, foi em homenagem ao Capitão dos Portos, comandante Moreira Martins, com o quinto, sendo homenageado o Prefeito de São Luís, Dr. Jaime Tavares e, finalmente, no sexto páreo, o homenageado foi o major Luso Torres, comandante do 24º BC, do Exército. Dado ao êxito da manhã esportiva, cogitou se na criação do “Clube de Regatas Atenas”, que teve como incorporadores e fundadores, os esportistas Sílvio Fonseca, José Simão da Costa, Euclides Silva, Herculano Almeida, Carlos Aragão, Dário Gusmão, Anísio Costa, Murilo Viana, Francisco Lisboa, e José Teixeira Rego. Para começar, iria se adquirir uma iole a quatro remos, medindo 11 metros de comprimento a primeira no gênero a singrar águas maranhenses ; esperando se que outras fossem “financiadas”. Mas o novo esporte do remo em São Luis feneceu nos anos seguintes. Fontes: Martins, Dejard Ramos. Esporte: Um Mergulho no Tempo. São Luís: Sioge, 1989 Remo no Maranhão, 1900 1929 Leopoldo Gil Dulcio Vaz (2005) Foto: Maranhão 1908, Gaudêncio Cunha.

ACONTECEU

NAVEGANDO COM JORGE OLIMPIO BENTO

"As armas e os barões assinalados / Que da ocidental praia Lusitana / Por mares nunca de antes navegados / Passaram ainda além da Taprobana / Em perigos e guerras esforçados / Mais do que prometia a força humana / E entre gente remota edificaram / Novo Reino, que tanto sublimaram".

A consagração do direito a uma vida digna, realizada no caminho de perseguição da felicidade, implica a presença acrescida do desporto, a renovação das suas múltiplas práticas e do seu sentido. Sendo a quantidade e qualidade do tempo dedicado ao cultivo do ócio criativo (do qual o desporto é parte) o padrão aferidor do estado de desenvolvimento da civilização e de uma sociedade, podemos afirmar, com base em dados objetivos, que nos encontramos numa era de acentuada regressão civilizacional. Este caminho, que leva ao abismo, tem que ser invertido urgentemente.

Foinestecenárioqueumentedetipoespecial,acometidopeloexcessodoarrojoedadesmedida,emergiu do chão. Designado como ‘humano’, chamou a si o empreendimento da autonomeação. Não se contenta comopapeldeEpimeteu,nemtampoucocomodeAdão.Porenquantointitula seSísifo,nomeprecárioe provisório,aindaacaminhodobatismodefinitivo.Estejamaisacontecerá,porserarredioàcatalogação.A reinvençãocontínuadoprodígioéasuametaefixação.

As perguntas são formuladas pelo escritor Jean Giraudoux. Sei que não falta por aí gente com respostas prontas e definitivas. Não me bastam. Prefiro abordar as interrogações e dúvidas com quem não tem certezas apodíticas, nem as busca e se fia nelas. A mecânica e a vida ensinam que o equilíbrio é instável; exigeatençãoeexercícioconstantes.

VIAGEM DO CORAÇÃO DE D. PEDRO AO BRASIL Não sei em que estado se encontra o coração de D. Pedro, o primeiro doBrasil e o quarto dePortugal. E também não vejo, com todo o rigor, qual seja a finalidade da sua travessia do Atlântico; mas receio uma instrumentalização sem decoro algum. Obviamente, ele tem um considerável poder simbólico: pode contribuir para a regeneração do coração adoentado do presidente brasileiro e dos seus seguidores. Se issoacontecesse,aviagemvaleriaapena emuito!Sóquemilagressãocoisararíssima;epressupõema petiçãodequemosrecebe. Enfim,ofolhetimédetragicomédia,talcomoopapeldoPresidentedaCMP. CRIADOR DE HUMANIDADE Emergiu, por entre as pedras, arquejando sob o fardo do nada. Era meio dia, no pino do verão, e o sol abrasador. Levantou os olhos ao céu. Perdeu o equilíbrio, mas conseguiu soerguer se. Ao redor não lobrigou vivalma para lhe matar a sede de água. Fez se ao caminho, desenhando o conforme os passos cambaleantes que o levavam de um para o outro lado. O corpo endireitou se, obedecendo a sussurros confusosquevinhamdedentrodelee,poucoapouco,ficaramcadavezmaisprecisosetransformaram se em alma. Parava constantemente para medir o caminho andado e discutir o por andar com alguém invisívelque,soube odepois,eraaconsciência.Estapunha lhesobreosombrospesosdescomunais. Ládoalto,osdeusescontemplaramotranse.Econdoeram se.Queriamfalarcomacriatura,confortá lae dar lheumajustificaçãoparatamanhaprovação.Mas…comquenomehaviamdeainvocar?Acudiu lhes, depronto,queseriaapropriadochamar lhe‘Transmontano’,umavezqueestavaconstantementeasurgir edesaparecerpordetrásdemontes.Assimfizeram.Onomeadocorrespondeu,transbordoudegratidãoe

TRÁS OS MONTES Oquadroémitológicoesagrado.Acriaçãodomundocomeçouaqui.Aterralevantou sedasprofundezas doabismo,visandopreencheroespaçoinfinitoatéaocéu,comumasucessãodemontes,planaltosevales.

ESCUSA DE RESPONSABILIDADE?!

ORDEM DO DIA “Em que consiste a pior das cobardias? Parecer se cobarde perante os outros e manter a paz? Ou ser se cobardeperantenóspróprioseprovocaraguerra?”

Quem é professor sabe que nunca encontrou as condições ideais para exercer a função. Nem jamais as encontrará! Mas assume a assim mesmo e tenta cumprir a missão. De resto, se não fosse a congénita e persistenteimperfeição,nãohaverianecessidadedeescolaedeeducação. De modo similar, as doenças e inquietudes sobre a saúde levam nos a procurar médicos e medicação. Poderãoelesescusar se,invocandocarênciademeiosparaoatendimentodevidoearigorosaprescrição? Desculpemasimplóriainterrogação!

HABITANTES E HABITADOS

CAMINHOS António Machado, o poeta andaluz, disse mais ou menos assim: “Caminhante, não há caminho; faz se caminhoaoandar.”Ahermenêuticanãoficaporaqui. Acondiçãoeaidentidadenãonossãodadas;cadaumforma asnoscaminhosquepercorre,unsporsorte, obrigação e acaso, outros por escolha. Ao percorrê los apropria o porte e o aroma das plantas que os margeiam,bemcomooteordaspessoasquetomaporcompanhia.

Pois é, estas terras de heróis quotidianos são alfobre de relevantes figuras nacionais. Aqui ao lado, em Chacim, nasceu Nuno Martins, aio de D. Dinis, o primeiro rei inteiramente letrado, impulsionador da literatura trovadoresca e um dos mais ilustres soberanos da monarquia portuguesa. Também colada a MacedodeCavaleirosencontra seaaldeiadeGrijó,berçodosenadorAdrianoMoreira. Martim Gonçalves está sepultado no Mosteiro da Batalha, por vontade real, para acompanhar na morte aquelequesalvounavida.NunoMartinstevesepulturanoMosteirodeCastrodeAvelãs,juntoaBragança. Muito fica por contar emuitosnomes por referir. Istobasta para exaltar o extraordinário contributodas gentestransmontanasparaagloriosahistóriadePortugal.

Quem estuda a génese dos crimes de outrora no Nordeste Transmontano descobre que a maioria deles tinha origem em casos passionais e em roubos de água. Ademais, eram os mesmos os instrumentos de amanharaterraeosdelavarahonra.

Habitamosnumespaçofísico,esomoshabitadospeloemocional,espiritualeimaterial. Moro no Porto, mas sou habitado por memórias, experiências, convivências, saberes e sentimentos provenientesdevárioslocais.DaCidadeInvictasãoossólidosesteiosquemesustentam;outrostantose iguais vêm dos caminhos da vida iniciados em Bragada. A toda a hora, sinto que nunca saí da terra originária, mesmo parecendo firmemente atado à morada. Os olhos, a alma e o coração jamais se despegam do torrão natal, dos nasceres do sol, dos entardeceres e das vindas das estrelas e do luar, dos toquesdasave mariasedastrindades,dosquotidianosde outrora, dasmuitaspessoasquejá partirame das poucas que ainda andam por cá. Habitantes de mim são igualmente os encontros e as etapas da peregrinaçãopelomundopróximoedistante.Éistoquemeperfazpordentroediferenciaporfora.

FACETAS DOS PROMETEUS TRANSMONTANOS NasnoitesdeVerão,poucodepoisdocantardogalo,levantavam seestremunhadosdesono;deenxadaao ombro, seguiam até ao açude donde saía a agueira destinada a regar as hortas. Naqueles tempos estava combinadoodiaemqueaáguatocavaacadaum.Masasededasplantaçõeseratantaquehaviasempre alguém tentado a desrespeitar o acordo e a desviar o precioso líquido ao longo do trajeto. Quando o roubadoencontravaoladrãoemflagrantedelito,nãorarasvezes,oconflitoresolvia seàsacholada.

EVOCAÇÕES A PROPÓSITO DO DIA 14 DE AGOSTO Estou em Macedo de Cavaleiros. É imperioso que evoque a Batalha de Aljubarrota, realizada em 14 de agostode1385.NelaummacedenseteveumpapeldecisivoparapôrfimàspretensõesdoreideCastelaao tronodePortugal.OnossoD.JoãoI,filhodosamoresfurtivosdeD.PedroI,queperambuloudurantedois anos com Leonor de Castro pelas paragens bragançanas, estava prestes a ser abatido pelo fidalgo castelhanoAbranchesdeSoveral.SurgeentãoMartimGonçalvesdeMacedoquedesfereumgolpemortal nocastelhano,salvaomonarcae,concomitantemente,aindependêncianacional.

aceitou a missão. Estugou a passada, animado pela divina graça da energia telúrica e da vontade indomável:tinhaquerealizaravoltaaomundoeedificarpontescomosOutros,paraumdiaSerHumano!

Oleitodaribeira,ondeaprendianadar,nãolevaáguanesteverão;vaicheiodasaudadequesalva,nunca secaeirrigaaemoção.

CONFORME À CARTILHA Obviamente,oshumanosnãosãotodosiguais.Interessa mepoucoagentequemorre,sobbalas,bombase mísseis, lá longe. Não me dizem respeito, nem despertam compaixão as pessoas que se afogam no Mediterrâneo. Afegãos, iemenitas, eritreus, sudaneses, iraquianos, curdos, sírios, palestinos e outros que tais não são ocidentais; logo, as suas vidas têm diminuto valor, não carecem de atenção e comiseração, justiçaemisericórdia. Tomo partido,claro, definidoe assumido. Estoudoladodos‘bons’;nãoquerosaber dos‘maus’.Sou bem comportadoedoutrinado;tenholugarnocéu,merecidoeassegurado.

Quantasequãosurpreendentessãoasvoltasqueavidadeu!Nãoobstanteisso,fiqueiparasemprepreso ao lugar. Nem Hércules conseguiria soltar me dele. Os sonhos, aqui semeados, guiaram me pelo mundo, paracolhermultiplicadososseusfrutos.Écomelesqueregresso,todasasvezes,aopontodepartida.

COMEÇO E NEGAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO Sigmund Freud viu com apurada acuidade: a civilização começou no momento em que um humano, emvezdeatiraralança,dirigiuinsultosaosemelhante,invasordoseuterrenodecaça.Foiumgrande avanço,inauguradordenovoolhareprocedimento. Asdisputaspodemedevemserresolvidasatravésdepalavras,conversasediscussõesserenasouaté acesaseazedas,porémrenunciandoaoempregodeinstrumentosdemorte.Aguerrajamaisencerrou definitivamente qualquercontenda;aoinvés, semeia oódioquehádenascere florescernaprimeira Estaoportunidade.éumaerade abandonodas liçõesdopassadoedocaminhoandado,de surgimentode traumas, deenterrodolegadoculturalederegressãocivilizacional.

LUGAR DE PERTENÇA

Do alto do Calvário contemplo o território da infância. Bragada está ali em baixo. Já não existe quase nenhumdosatoresquecompunhamopalcodonascimentoecrescimento.Pessoas,cenas,hábitos,jogose rituaisdoquotidianodeoutroraforam seembora,desapareceram,nãoseencontrammais.Mastudovive intactodentrodemim,afloranítidonosolhosecorrequentenomeusangue.

ORAÇÃO DE DOMINGO Fui educado a encarar os países e povos distantes como estranhos e até hostis. E a pedir a Deus que os convertesseefizesseiguaisanós. Pouco a pouco, mudei de lentes, para ver melhor ao longe. Não alcanço tudo, nem coisa que se pareça; enxergo apenas o essencial. Imagino que russos, persas, etíopes, chineses e vietnamitas, por exemplo, tambémtêmvisãoedesejospróprios,diferentesdosmeus.Continuo,pois,arecorreràoração;masagora rezo do jeito de São Francisco de Assis: “Senhor, dai me força para mudar o que pode ser mudado. Resignaçãoparaaceitaroquenãopodesermudado.Esabedoriaparadistinguirumacoisadaoutra.”

AONDE LEVA A MENTIRA?! Inúmerosjornalistasecomentadoresestãoenvolvidosnumainfrenecompetição,paraverqualdeles ganhaamedalhadeouronamodalidadedenostratar,damaneiramaisdeslavadapossível,comoimbecis. Muitagentegostaerepete. Osrussostêmmaterialdeguerraarmazenadonumacentralnuclearebombardearam na.Éisso?São verídicasasduascoisas?Entãoelessãoidiotaseatacam seasipróprios?!Fazalgumsentido?Senãoé isso,oqueéafinal?Temoscérebroparaquê?ParacondenarainvasãodaUcrâniaseráprecisorecorrera patranhasdestejaez?Osfinsnãojustificamosmeios.Ademais,amentiratempernacurtaenãolevalonge. NãosouFausto.Nãohipotecoevendoointelectoanenhumaentidade,sejaelasagradaouprofana.

Alguns burros sentem a albarda, o cabresto e a vara. Mas muitos nada disso sentem; comem palha e julgam seinteligentes.

Foi há 77 anos. Toquemos os sinos para que a memória não adormeça. Hiroshima, meu amor, o que fizeramcontigoe,trêsdiasdepois,comNagasakinãorimacomfulgor.Éaexpressãomáximadohorror. Contra ambas investiu o touro da demência e maldade, rasgando e sangrando a carne da Humanidade. Não, nãoé possível esquecer. O ato bárbaro e frio visou apenas exibir poder. Não teve outra justificação. Erga sealtaefirmeaindignação.Mesmoquesejaperdoado,ocrimejamaisseráexpiado. É imperioso banir as armas nucleares; proibi las aos ‘maus’ e aos ‘bons’. Neste mundo não há em quem confiar;ninguémédignodecrédito.Honremosasvítimasdoholocausto!

BRINCAR COM O FOGO Éjádemasiadoofogoquelavraomundo.Eparecequenãotemosmeiosparaoapagar.É,pois,insensato atear mais. Precisamos de clarões e não de fogueiras da razão. A confrontação gratuita somente produz cinzas.Nelasnãosemeia,nemcolhefrutosaHumanidade.

CRIME SEM REMISSÃO

VIVA O FALONAUTA! RejubilamasboasgentesdePortugal Ecelebramoheróinovoedestemido. Ofalonautarealizouaviagemespacial Semoânussoltarummínimogemido. AnavelevantouafoitadePaud'Alho EaterrousuavenasCaldasdaRainha. Navegoucomlemefeitodecarvalho Ealcançouofinalhirsutaeinteirinha. Pratrásficaramosbarõesassinalados. Doravanteéeleoreieoastroprimeiro. Osfuncionáriosmalpagosepasmados Exibem lheogestodoBordaloPinheiro.

CURIOSIDADES DO REINO ANIMAL Ascobrastrocamdepele.Masalgumas enãosãopoucas! trocamderoupa. Asbestasmudamasferraduras.Masmuitasmudamdecalçado. Osescorpiõesferramasrãsqueoslevaramnodorso.Masamaioriaferraaspessoasqueosajudaram.

O que chamamos ‘civilização ocidental’ tem essa matriz, acrescida da grega e da romana. Porém não se pode esquecer que, no Oriente distante e alguns séculos antes de Cristo, viveram pensadores como Confúcio, Lao Tsé e Buda, cujos ensinamentos pontificam até hoje. E também não se deve olvidar o conhecimento e o apego à cultura e às artes que os árabes irradiaram; os cristãos da Idade Média não primavamporisso.

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol puniu, recentemente, jogadores por terem proferidopalavrasinsultuosasdeumclube.OditoConselhonãoregulabemdacabeça;andadistraídoea fazertristefigura.Entãonãoseapercebeudequeoinsultoestáliberadoeaclamadoentrenós?!Haja,pois, umaalmagenerosaqueaviseaentidade!Ouseráquearegraemcursocontémexceções,nomeadamente umalistadequempodeounãoserinsultador?Norelativismovigentetudoépossível.

Sou um acrisolado patriota; tenho orgulho em Portugal e na sua história, bem como no extraordinário contributo dado, ontem e agora, pelos filósofos, vates, escritores, artistas e cientistas europeus para o progresso da Humanidade. Todavia, não possuo muros por dentro. Sou igualmente cidadão universal e, assim,querosentir mebememqualquerparte,enelavivenciarosentimentodepertença.

MUNDO DO PASSADO, DO PRESENTE E DO FUTURO Durantemilhõesdeanosnãoexistiuoconceitoocidentaldomundo.Acivilização,talcomoaentendemos, começou no Médio Oriente, nomeadamente na Mesopotâmia. No Médio Oriente surgiram, mais tarde, as grandesreligiõesdolivro:judaísmo,cristianismoeislamismo,determinantesdocursodostempos.

Ojulgamentodopassadorequerserfeitoafrio;nãoélícitousarcomopadrãoosvaloresdopresente.Mas éinaceitávelqueodito‘Ocidente’atentecontrasipróprio;aquieali,aoarrepiodosprincípioshumanistas e iluministas, surgidosno seu seio, persiste em atitudesultramontanas.P. ex., no comunicadodareunião da NATO, recentemente realizada em Madrid, tal como nas afirmações do Presidente Macron, proferidas há dias durante a visita a África, ficou patente a noção que os autores têm de si e do mundo: uma visão colonialista, carecida de funda sepultura e de sublimação tão alta quanto possível. Quem quiser ser contemporâneodofuturonãopodenaufragarnummíseropresente.

DO CONSELHO DE DISCIPLINA DA FPF

ESPORTE & LITERATURA VINICIUS E O HINO DA CAPOEIRA NO MUNDO ANDRÉ LUIZ LACÉ LOPES www.andreluizlace.cjb.net in Jornal do Capoeira www.capoeira.jex.com.br

Carlos Alberto respondeu sobre o Poetinha no Programa o Céu é o Limite. Sabia tudo, como, agora, bem comprova seu Espaço Cultural, parada obrigatória de todo mundo, inclusive de pesquisadores de fora, quem vêm ao Rio pesquisar Vinicius, Bossa Nova, Jongo, Capoeira, Samba e outras bossas. Como editor, entre várias obras, produziu o livro Vinicius de Moraes, escrito por Geraldo Carneiro. Como animador cultural, entre várias promoções, idealizou e produziu uma Noite de Capoeira, onde fiz rápida palestra na calçada e o Professor Rudolf Hermanny teve suas mãos imortalizadas na Calçada da Fama. Não é fácil surpreender Carlos Alberto com alguma coisa que ele não saiba sobre Vinicius de Moraes, com orgulho, portanto, coloco no meu currículo que eu consegui. Justamente quando falei e expliquei para ele porque a canção BERIMBAU, de Vinicius deveria ser considerada , e um dia certamente será, o Hino da Capo eira no Mundo.

Em resumo, esta foi a explicação: 1. Mesmo preferindo, em termos de luta, a Capoeira utilitária de Sinhozinho, não posso negar que o casamento da Capoeira com o Berimbau deu certo.

Nas duas ocasiões a conversa foi rápida, mas suficientes para confirmar a genialidade do Poeta e, sobretudo, o seu imenso amor pela Vida e pelo Mundo. Imagino os desafios enfrentados pelo diretor do filme, particularmente dois deles: 1. Selecionar o que seria filmado (tudo mereceria ser filmado, mas seria impossível, demoraria, simplesmente, uma vida inteira, inviável para uma seção de cinema); e 2. O que cortar, na fase final, do que tinha sido selecionado e filmado. Minha esperança, a esperança de todos, é que possamos assistir, mais adiante, a continuação desta obra. De qualquer modo, mesmo reconhecendo o peso de tais desafios, particularmente lamentei a ausência do jornalista Carlos Alberto Afonso (Espaço Cultural Toca do Vinicius, em Ipanema. Cairia muito bem, também um breve registro sobre a CasaPueblo, em Punta Ballena, Uruguai, (Carlos Páez Vilaró!), que inspirou Vinicus a compor, com Toquinho, uma curiosa canção infantil (A Casa).

Edição 51 de 27/nov a 3/dez de 2005 Em quase todas as seções, ao final do filme VINICIUS, a platéia bate palmas. Ora, sabe se que o brasileiro não é muito de aplaudir. Nem em teatro, mesmo gostando muito. O fenômeno de se aplaudir uma tela, portanto, torna se muito mais significativo. Parabéns ao diretor Miguel Faria Júnior e a todo extraordinário "elenco", com destaque especial aos depoimentos de Tônia Carreira, Edu Lobo, Chico Buarque, Toquinho e Maria Bethânia. Não tive o prazer nem a honra de privar de sua amizade e de suas generosas rodas, mas esbarrei duas vezes com Vinicius de Moraes. A primeira, na Rádio Roquete Pinto, no Rio de Janeiro, onde era redator de jornal falado e produtor e apresentador do programa "Roda de Capoeira" (depois "Volta do Mundo"). Foi quando soube da canção Berimbau, razão maior dessa crônica. A segunda, como não poderia deixar de ser, foi na velha e fascinante Bahia, mais especificamente, num hotel modesto na Ladeira da Barra onde eu gostava de ficar com minha mulher e, acabei descobrindo, Vinicius de Moraes, gostava de ficar com a dele.

5. Sugiro que todos capoeiras do mundo escutem a música, prestem atenção na letra e reflitam profundamente sobre seu significado. De maneira iluminada Vinicius conseguiu colocar todos elementos filosóficos que definem a magia da Capoeira. Senão vejamos (avaliação crítica da canção Berimbau, letra de Vinicius de Moraes, música de Baden Powell): Quem é homem de bem não trai O amor que lhe quer seu bem Comentário: Vinicius teve nove casamentos, parece que alguns mestres de capoeira tiveram muito mais, só que, como o filme mostra muito bem, Vinicius amou todas as suas mulheres, crescendo mais com elas e as fazendo crescer também. Que me desculpem as feministas (muitas estão copiando o modelo machista), mas se é para ter mais de uma mulher, que se use a fórmula de Vinicius. Quem diz muito que vai, não vai Assim como não vai, não vem

2. O que significa que a CANTORIA também faz parte da Capoeira que mais se pratica hoje no mundo inteiro.

4. Já escrevi alguns artigos mostrando e demonstrando como o Canto na Capoeira Tradicional, praticada mais pelo negro e mulatos pobres, continha mensagens sociais (r)evolucionárias. Criticavam a injustiça social, a discriminação racial, a hipocrisia dos ricos etc. Já o Canto da Capoeira estilizada ou contemporânea (ou lá o nome que se queira dar), talvez até com a ajuda eventual de serviços secretos, é nitidamente reacionário, profundamente alienado e alienante, procurando sempre inventar e cultuar super homens, semideuses, louvando o poder individual, vendendo a idéia de um mundo mágico e venturoso, o Mundo do Capoeira.

4.5 Por isto mesmo é que está mais do que na hora de o Capoeira perceber o presente iluminado que o Grande Mestre Vinicius de Moraes, dentre os diversos presentes que deu ao mundo, ofereceu especificamente à Capoeira.

4.1 Mesmo assim, quem tiver a paciência de ouvir centenas de canções de capoeira, antigas e modernas, conseguirá selecionar algumas até razoáveis. Muito embora, por razões óbvias, todas sejam muito ingênuas, salvo uma outra, que vai para o extremo oposto, por excesso de hermetismo, linguagem muito cifrada, quase sempre inspirada nos segredos da Umbanda ou do Candomblé.

4.4 Mas o mérito persiste, especialmente quando cantadas (as chulas) na hora certa, no momento apropriado, em função da dinâmica da Roda e em harmonia com o toque (outro "mensageiro") do berimbau. Harmonia esta que, infelizmente, nem sempre acontece. Cada vez mais, um número maior de novos mestres parece ignorar duas funções básicas da parte rítmica e cantada da capoeira: 1. Comandar a roda, alterando, se preciso, a sua dinâmica e o seu formato; e 2. Descrever o que se passa, de tal modo que " como registrei no meu primeiro livro " "até um cego pode ver o que se passa".

3. Através da Cantoria da Capoeira, como se sabe, pode se fazer interessantes análises sociológicas

4.3 Da mesma forma que não se pode negar que parte dessa parte não nasceu dentro da Capoeira e sim foi aproveitada de alguma cantoria da literatura de cordel, do jongo e do folclore em geral.

4.2 Impossível negar, entretanto, grande sabedoria e teor poético em meia dúzia de chulas de capoeira, sobretudo nas letras mais antigas.

Comentário: é a perplexidade de alguns capoeiras frente à Vida, escondendo se por detrás de um desmedido amor pela Capoeira, fingindo viver intensamente, mas vivendo só pela metade. Egoística e

pretensiosamente. As frases lembram também a ginga falsamente maliciosa de certos mestres; lembra, finalmente, certos eventos que são marcados e desmarcados continuamente. Quem de dentro de si não sai Vai morrer sem amar ninguém Comentário; Um belo pensamento filosófico e, ao mesmo tempo, pragmático. Só esta parte deve ria ser repetida em todas as rodas e cds de capoeira. O dinheiro de quem não dá É o trabalho de quem não tem Comentário: talvez a frase mais importante em termos de engajamento social, uma das características históricas da Capoeiragem (que o aburguesamento tenta suprimir). Outra frase que deveria fazer parte obrigatória de todas as rodas do mundo. . Capoeira que é bom não cai Mas se um dia ele cai, cai bem Comentário: outra grande tirada, aparentemente contraditória. Mas o fato é que não "há quem bata, que também não apanhe". O bom capoeira, realmente é difícil de cair, mas, nas poucas vezes que ocorre a queda, sabe cair, cai na negativa, escorrega pelos cantos, levanta e parte para cima sem ninguém perceber. Dá para fazer uma analogia com a própria Vida, onde todo mundo, em algum momento, leva uma rasteira, mas, ao invés de ficar no chão e não mais se levantar, deve, a exemplo do capoeira, sair na negativa, escorregar para os lados, levantar e partir para dentro da Vida. Isto é Capoeira, isto é Vida, isto é um hino à Capoeira e à Vida Isto é Vinicius de Moraes, um grande mestre de nós todos.

Alguns mestres da Capoeira Contemporânea (ou que nome se queira dar), aburguesada, contraditória, preparam seus alunos para "trocação" e "finalização" mas jurando que Capoeira é Paz e Amor, jamais admitirão a frase acima. Por alguma necessidade freudiana tem misteriosa necessidade de vender a Capoeira como luta mortal praticada por super homens. Menos, meus prezados, menos. Capoeira é o que é, e não precisa de mais nada, é simplesmente fascinante. É pegar ou largar, sem a necessidade de mentir, omitir, distorcer, plagiar, inventar mitos ou mudar o passado.

Capoeira me mandou dizer que já chegou Chegou para lutar Berimbau me confirmou vai ter briga de amor Tristeza câmara

Comentário: Segundo alguns psiquiatras, a capoeira é uma dança marcial e de sedução. Não é fácil discutir com psiquiatras, ainda mais quando o argumento merece respeito e profunda reflexão...

Saravá Mestre Poeta!

Como Malcolm X percebeu muito bem ao visitar a África mulçumana e perceber que havia brancos também em condições miseráveis, o problema final, não será de racismo, mas de classes sociais. O que se pode perceber pela tendência de um pequeno grupo de milionários ficar cada vez mais milionário e um grande e crescente número de pobres ficar cada vez mais miserável. O caso dos subúrbios de Paris guarda grande semelhança com os guetos de New Orleans, com as favelas do Rio e com outros crimes sociais da nossa própria sociedade e governos, nesta fase diabólica de neo liberalismo. Vinicius ("o branco mais negro de todo o Brasil"), portanto, foi muito além, e equacionou questão com admirável precisão quando escreveu: O dinheiro de quem não dá É o trabalho de quem não tem. Para mim, esta canção é a cara, a alma e o espírito da Capoeira e do Capoeira.

Uma fonte onde os mestres compositores devem beber muita água santa. Água (santa) de beber, camarada!

Temos aí uma apreciação genérica e improvisada. Que cada mestre, agora, mergulhe mais fundo nesta análise. Talvez algumas dúvidas surjam, como por exemplo, a aparentemente ausência do fator Negritude (essencial) na canção. Não está ausente, não!

EducaçãoConvidados

O arqueólogo maranhense Arkley Bandeira (2013) traz que a ocupação do Vinhais Velho na Ilha de Upaon Açú, ou de São Luis é datada de pelo menos 3.000 anos. As datações obtidas, para as ocupações humanas que habitaram o Vinhais Velho, possibilitaram construir uma cronologia para a presença humana nesta região da Ilha de São Luis, que data desde 2.600 anos atrás se estendendo até a chegada dos colonizadores (1590 1612?).

APB LEOPOLDO DULCIO VAZ: DE ONDE VIERAM OS POVOS TUPI? (FIM DE UM MITO) Leopoldo Vaz é da Academia Poética Brasileira. FIM DE UM MITO LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Vieira afirmou que os Tupinambá e Tabajara contaram lhe que os povos Tupi migraram para o Norte do Brasil pelo mar, vindos de um país que não mais existia, e que o país Caraíba teria desaparecido progressivamente, afundando no mar. Os tupis salvaram se, rumando para o continente.

Os tabajaras diziam se o povo mais antigo do Brasil e se chamavam de "tupinambás", (homens da legítima raça tupi), desprezando parte dos outros tupis, com o insulto "tupiniquim" e "tupinambarana", (tupis de segunda classe), e sempre conservaram a tradição de que os tupis eram originados de sete tribos; e que o povo tapuia, do povo tupi, eram os verdadeiros indígenas brasileiros (RAHME, 2013).

Essas datações se relacionam com os três períodos de ocupação humana no Vinhais Velho em tempos pré históricos: ocupação sambaqueira/conchífera durou até 1.950 atrás, com uma permanência de 650 anos. (p. 76); ocupação ceramista com traços amazônicos em torno de 1840 anos atrás foi novamente ocupada por grupos humanos bastante diferentes dos povos que ocuparam o sambaqui. Esses grupos produziam

uma cerâmica muito semelhante às encontradas em regiões amazônicas, sendo prováveis cultivadores de mandioca. (p. 76). Esses grupos habitaram a região do Vinhais Velho até o ano 830 antes do presente, totalizando uma ocupação de 1.010 anos. A provável origem dos grupos ceramistas associados à terra preta é a área amazônica, possivelmente o litoral das Guianas e do Pará. (p. 76). Por último, a ocupação Tupinambá (p. 75) ocorreu em torno de 800 anos antes do presente e durou até o período de contato com o colonizador europeu, já no século XVII. Trata se de povos Tupinambás, que ocuparam essa região, possivelmente vindos da costa nordestina, nas regiões do atual Pernambuco e Ceará. A ocupação Tupi, a julgar pelas datações durou pouco mais de 800 anos (p. 76). Nos anos 1970, outro pesquisador deu visibilidade à ocupação humana pré histórica da Ilha de São Luís Mário Ferreira Simões, ligado ao Museu Paraense Emílio Goeldi que realizou o Projeto São Luís. A pesquisa inspecionou oito sambaquis com o objetivo de comparar os sítios residuais de São Luís com os do litoral leste e litoral paraense. Essas pesquisas resultaram nas primeiras datações para os assentamentos humanos pré históricos do Estado do Maranhão, em torno de 2.686 anos antes do presente. Outro pesquisador, Ludwig Schwennhagen (1924) afirma que a migração dos povos Tupi ao Norte do Brasil pode ser calculada para a data de 3000 a 2000 a.C. As ultimas levas entraram quando se quebraram as terras do golfo do México e do mar Caraibico. Assim se pode colocar a ocupação e cultivação da ilha do Maranhão na época de 2000 anos a.C., ou 3500 anos antes da chegada dos europeus.

Enéas Barros (s.d.), ao analisar a obra de Ludwig Schwennhagen, considera que “Tupi” significa “Filho de Tupã”, e foi dado aos povos indígena que habitavam a antiga Atlântida. Eram sete tribos, que fugiram para outra grande ilha, a Caraíba (situada no Mar das Antilhas), em função do desmoronamento da Atlântida. Essa outra ilha teve o mesmo fim, fazendo com que os indígenas fugissem para a região da Venezuela.

Varnhagem, Visconde de Porto Seguro, confirma na sua História Brasileira, que essa tradição a respeito da emigração dos Caris tupis, da Caraíba para o Norte do continente sul americano, vive ainda entre o povo indígena da Venezuela.

O país Caraíba todos os anos desligava se em pedaços até que desapareceu inteiramente afundado no mar. Contam que os tupis salvaram se em pequenos botes, rumando para o continente onde já está a República da Venezuela... Quando chegaram os primeiros padres espanhóis na Venezuela, contaram lhes os piegas aqueles acontecimentos do passado. Disseram que a metade da população das ilhas, ameaçadas pelo mar, retirou se em pequenos navios para a Venezuela, mas que morreram milhares na travessia. A outra metade foi levada em grandes navios para o Sul onde encontraram terras novas e firmes.

Para esse pesquisador, todos os momentos geográficos e etnográficos indicam que a ilha do Maranhão constituía, na primeira época das grandes navegações, isto é, entre 3500 a 1000 anos antes da era cristã, um empório marítimo e comercial. Essa época começou naquele momento em que se completou o desmoronamento do antigo continente Atlantis e que os povos que lá se refugiaram no ocidente, quer dizer na America Central, ou no oriente, nos países ao redor do mar Mediterrâneo.

Ao tomarem conhecimento da existência desses povos na Venezuela, os fenícios conseguiram levá los em seus navios para o norte do Brasil. O local para a ordem e Congresso dos povos Tupis foi batizado pelos piagas (pagés) de Piagui, de onde originou se Piauhy. Geograficamente, o lugar era Sete Cidades. Para Ludwig, a palavra Piauí significa terra dos piagas, condenando a interpretação de que o nome provém do peixe piau, abundante nas águas do Rio Parnaíba.

Para Ludwig Schwennhagen os fenícios transportaram os tupis, palavra que significa filho de Tupan, de lugar onde está hoje o Mar das Caribas onde havia”um grande pedaço de terra firme, chamado Caraíba (isto é, terra dos caras ou caris). Nessa Caraíba e nas ilhas em redor viviam naquela época as sete tribos da nação tupi que foram refugiados da desmoronada Atlântida, chamaram se Caris, e eram ligados aos povos cários, do Mar Mediterrâneo...

Luciara Silveira de Aragão e Frota (2014) afirma que a dispersão da grande família Tupi guarani parece ter sido das mais remotas. Bem mais remota que a verificada com os Aruaques. Sua origem seria dos protomalaios que, em várias correntes, acostaram no istmo do Panamá.

Os tabajaras diziam se os povos mais antigos do Brasil, isso quer dizer que eles foram aquela tribo dos tupis que primeiro chegou ao Brasil , e que conservou sempre as suas primeiras sedes entre o rio Parnaíba e a serra da Ibiapaba. Desse relato é, pois de se encaminhar para a conclusão de que os tabajaras foram precedidos pelos cariris no povoamento do Ceará, e antecederam aos potiguares dentro da divisão denominada de grupo Brasília (POMPEU SOBRINHO1955). Repetindo, o padre Antonio Vieira, o grande apóstolo dos indígenas brasileiros, assevera em diversos pontos de seus livros, que os Tupinambás, como os Tabajaras, contaram lhe que os povos tupis imigraram para o Norte do Brasil pelo mar, vindos dum país que não existia mais”, com os primeiros emigrantes teriam aportado em Tutóia e daí se dividiram em três povos: Tabajaras, entre o rio Parnaíba e a serra da Ibiapaba; os Potiguares além do rio Poti, e Cariris que tomaram as terra da Ibiapaba para o nascente. A segunda leva de emigrantes veio dar a um segundo ponto escolhido pelos fenícios a ilha do Maranhão que denominaram Tupaon (burgo de Tupan). Os Tabajaras duvidaram da legitimidade de tupi de tais emigrantes, pois eles trouxeram antigos indígenas Caraíbas que para eles trabalhavam. Adotaram eles então o nome referencial de Tupinambás [...]. Pois bem, esse o mito da primeira ocupação da Ilha do Maranhão a terra sem males... Mito que começa a ser desvendado pela recente divulgação (2013; 2016) de uma descoberta do ano de 2000 ocorrida a noroeste da costa de Cuba um grupo de cientistas canadenses descobriu uma cidade perdida a 700 metros de profundidade https://www.youtube.com/watch?v= gKEU3kkeMQ., quando um robô submarino tirou as fotografias das ruínas de edifícios, quatro pirâmides gigantes e um objeto parecido com uma Especialistasesfinge. sugerem que os edifícios pertencem ao período pré clássico do Caribe e da história da América Central. A antiga cidade podia ser habitada por uma civilização semelhante aos habitantes de Teotihuacán (cidade fantasma de cerca de 2000 anos, localizada a 50 km da cidade do México). Já pesquisadores independentes afirmam que as ruínas provavelmente são de Atlântida, o lendário continente desaparecido mencionado pela primeira vez pelo filósofo Platão.

https://www.youtube.com/watch?v= gKEU3kkeMQ. https://piramidal.net/2013/03/13/antiga cidade submersa e encontrada no triangulo das bermudas seria atlantida/; http://paralelosexperimentais rubensurue.blogspot.com.br/2013/05/gigantesca cidade submersa descoberta.html; http://descobertasarqueologicas.blogspot.com.br/2016/03/antiga cidade submersa encontrada no.html; http://thoth3126.com.br/atlantida restos de uma imensa cidade encontrada na costa de cuba/ BANDEIRA, Arkley Marque. VINHAIS VELHO: ARQUEOLOGIA, HISTÓRIA E MEMÓRIA. São Luis: Edgar Rocha, 2013. BANDEIRA, Arkley Marques. OS REGISTROS RUPESTRES NO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL, UMA ABORDAGEM BIBLIOGRÁFICA. In http://www.naya.org.ar/congreso2002/ponencias/arkley_marques_bandeira.htm BANDEIRA, Arkley Marques. POVOAMENTO PRÉ HISTÓRICO DA ILHA DE SÃO LUÍS MARANHÃO: SÍNTESE DOS DADOS ARQUEOLÓGICOS E HIPÓTESES PARA COMPREENSÃO DESSA PROBLEMÁTICA. Anais do V encontro do Núcleo Regional Sul da Sociedade de Arqueologia Brasileira SAB/Sul. De 20 a 23 de novembro de 2006, na cidade de Rio Grande, RS. http://www.anchietano.unisinos.br/sabsul/V%20 %20SABSul/comunicacoes/59.pdf

Justifica se a origem do nome Tupi pela língua dos Cários, Fenícios e Pelasgos, onde o substantivo Thus, Thur, Tus, Tur e Tu significa sacrifícios de devoção. O infinitivo do verbo sacrificar é, no fenício, tu na, originando tupã. “A origem de Tupã, como nome de Deus onipotente, recua à religião monoteísta de Car”, afirma Ludwig. Por volta do ano 1.000, os territórios amazônicos haviam sido conquistados pelos movimentos de expansão dos povos tupi guaranis, aruaques e caribes, principalmente. É por essa época que a Amazônia provavelmente atingiu uma das maiores densidades demográfica. (MIRANDA, 2007, p. 15).

BANDEIRA, Arkley Marques. A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM ARQUEOLOGIA: hipóteses sobre o povoamento pré colonial na Ilha de São Luís a partir das campanhas arqueológicas de Mário Ferreira Simões. Outros Tempos, www.outrostempos.uema.br, ISSN 1808 8031, volume 03, p. 18 36 25 BANDEIRA, Arkley M. UM PANORAMA SOBRE OS REGISTROS RUPESTRES NO ESTADO DO MARANHÃO. Monografia apresentada ao Curso de História como requisito para conclusão do mesmo. Universidade Estadual do Maranhão. Campus Paulo VI, São Luís, BANDEIRA,2003.Arkley M..O SAMBAQUI DO BACANGA NA ILHA DE SÃO LUÍS MARANHÃO: um estudo sobre a ocorrência cerâmica no registro arqueológico. Pré projeto de dissertação de mestrado apresentado ao Programa de Pós Graduação em arqueologia do MAE USP como requisito obrigatório para seleção dos ingressantes no segundo semestre de 2005, São Paulo, 2005; BANDEIRA, Arkley Marques. OCUPAÇÕES HUMANAS PRÉ HISTÓRICAS NO LITORAL MARANHENSE: um estudo arqueológico sobre o sambaqui do Bacanga na ilha de São Luís Maranhão. Dissertação de Mestrado, 2008. http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde 26092008 145347/pt br.php BARROS, Eneas. A TESE DE LUDWIG SCHWENNHAGEN. (s.d.), acessado em 25 de fevereiro de 2016. Disponível em http://www.piaui.com.br/turismo_txt.asp?ID=339, BlogPiauí. FROTA, Luciara Silveira de Aragão e. OS TABAJARAS E A LOCALIZAÇÃO DE TRIBOS CIRCUNVIZINHAS. GASPAR,Os%20Tabajaras%20e%20a%20Localização%20de%20Tribos%20Circunvizinhas.htmlPEDRO.InCanalverde.tv/arqueologia,PedroGasparArqPi,PESQUISADESAMBAQUIS REVELA PRÉ HISTÓRIA DO MARANHÃO in http://www.arqueologiapiaui.com.br/noticias/brasil/133 pesquisa de sambaquis revela pre historia do maranhao; http://arqueologiadigital.com/profiles/blogs/pesquisa arqueologica de POMPEU SOBRINHO, Thomas. HISTÓRIA DO CEARÁ PRÉ HISTÓRIA CEARENSE.Fortaleza: Editora Instituto do Ceará, 1955. RAHME, Claudinha. FENÍCIOS DESCOBRIRAM O BRASIL ANTES DE CABRAL? IN Gazeta de Beirute, Edição 57, disponível em http://www.gazetadebeirute.com/2013/05/fenicios descobriram o brasil antes de.htmlSCHWENNHAGEN, Ludovico. “SÃO LUIS NA ANTIGUIDADE”. A Pacotilha, 4 de setembro de 1924. MIRANDA, Evaristo Eduardo de. QUANDO O AMAZONAS CORRIA PARA O PACÍFICO. 2 Ed. Petrópolis: Vozes, 2007. SCHEWENNHAGEN, Ludwig . ANTIGA HISTÓRIA DO BRASIL DE 1.100 A.C a 1.500 D.C., apresentação de Moacir L. Lopes, 2ª edição: Rio de Janeiro. Livraria e Editora Cátedra. 1970. STUDART FILHO, Carlos. O ANTIGO ESTADO DO MARANHÃO E SUAS CAPITANIAS FEUDAIS, Biblioteca da Cultura, série b Estudos Pesquisas vol. I. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1960. VIEIRA, Antonio. RELAÇÃO DA MISSÃO DA SERRA DE IBIAPABA PELO PADRE ANTONIO VIEIRA DA COMPANHIA DE JESUS, REVISTA DO INSTITUTO DO CEARÁ. Tomo XVIII (1904) VIEIRA, Antonio; CÓPIA DE UMA CARTA A EL REY SOBRE AS MISSÕES DO CEARÁ, DO MARANHÃO, DO PARÁ E DAS AMAZONAS, REVISTA DO INSTITUTO DO CEARÁ, Tomo X (1896).

LEO LASAN

O Maranhão tem na capital São Luís, uma legado muito importante para comemoração, pois em 1997, recebeu o título de Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco. A cidade de Alcântara, no interior do Estado, recebeu em 1948 o título de cidade Monumento Nacional, por meio de um decreto federal. Além de manifestações culturais, como o Bumba Meu Boi, que em 2019 foi reconhecido Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. Mas além da ilha, as matracas das homenagens do dia não soam pelo resto do interior, o que se ver são monumentos culturais, abandonados e caindo aos pedaços em total desrespeito com a memória, que no futuro não haverá história para a geração “anita” (sic). Aqui nas bandas da Mesorregião do Leste Maranhense, bem na Microrregião das Chapadas do Alto Itapecuru (para os geógrafos) e sertão maranhense (para os políticos) e distante da capital (para as populações) não existe esse negócio de Patrimônio Cultural e IPHAN é uma sigla desconhecida pela maioria de quem olha os casarões e manifestações artísticas carcomidas pelo tempo e pela fata de interesse de políticos que de cultura só entendem se vislumbrar lucros nas urnas eletrônicas de siglas bancárias.

PATRIMÔNIO CULTURAL... O QUE É ISSO?

A*********propósito do Dia 17 de Agosto, Rodrigo Melo Franco de Andrade seu homenageado, foi o maior responsável pela consolidação jurídica do tema Patrimônio Cultural no Brasil e pela criação do Iphan em 1937, que presidiu até 1967. O Iphan, como forma de honrar sua memória, premia ações de proteção, divulgação e preservação do patrimônio cultural brasileiro anualmente, com o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade. Já pensou se não houvesse memória para contar isso?

Assim como no ano passado a data foi ontem, como NÃO houve manifestações por essas bandas, lembro Desdehoje. 1998, ano do centenário de Rodrigo Melo Franco de Andrade, o dia 17 de agosto é dedicado ao Dia do Patrimônio Cultural. A data foi escolhida para homenagear o centenário do historiador e jornalista mineiro, Rodrigo Melo Franco de Andrade, nascido no dia 17 de agosto de 1898.

A celebração e a importância desse dia estão na promoção e administração do processo de preservação dos bens culturais do país, no fortalecimento da identidade nacional, na garantia do direito à memória e na contribuição para o desenvolvimento socioeconômico do país.

Enquanto os prédios e manifestações culturais como a arte se desmoronam na ignorância de poucos que deveriam investir para no futuro ter memória histórica, o silêncio dos “poderoso” reina, pois “Patrimônio” mesmo, só os deles e de suas famílias, haja vista, é só andar por qualquer cidade desse fim do Estado para ver os nomes de ruas e prédios públicos... 17 de Agosto assim como sua data, vão desaparecendo nesse fim de mundo, onde quanto menos o povo souber melhor para os reis. A ignorância deve está de pé e reluzente bem à vista dos caolho$ de plantão. E viva a ‘curtura’ por que monumentos e manifestações culturais é coisa antiga, e o conhecimento deve ser dos privilegiados que segundo os mesmo deve conduzir o gado. Enquanto isso que caia sobre terra a história do nosso patrimônio, "afinal, quem se importa com cultura?"...deve se perguntar os rei$ das urnas...

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ FRAN PAXECO: recortes & memórias

OMARANHÃO(SUBSÍDIOSHISTÓRICOSECOROGRÁFICOS),DEFRANPAXECO. Daesquerdaparaadireita: a)Primeiraedição,daTipogravuraTeixeira,1913. b)Segundaedição,daAssociaçãoComercialdoMaranhão,1998. c)Terceiraedição,daAcademiaMaranhensedeLetras/EDUEMA,PublicaçõesdoCentenário,Série Fundadores 12,2008.

NÚMEROS PUBLICADOS: REVISTA DO LÉO – O RETORNO – NÚMEROS PUBLICADOS VOLUME 76 AGOSTO 2022 VOLUME 75 JULHO 2022 REVISTA DO LÉO 75 JULHO 2022 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz Issuu VOLUME 74 JUNHO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_l_o_74_2002 _junho_2022 VOLUME 73 MAIO 2022 REVISTA DO LÉO 73 ABRIL 2022 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz Issuu VOLUME 72 ABRIL REVISTA2022DO LÉO 72 ABRIL 2022 Revista Lazeirenta by Leopoldo Gil Dulcio Vaz Issuu MARANHAY REVISTA LAZEIRENTA NÚMEROS PUBLICADOS VOLUME 71 MARÇO MARANHAY2022 Revista lazeirenta 71, MARÇO 2022 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz Issuu VOLUME 70 FEVEREIRO MARANHAY2022Revista Lazeirenta 70 FEVEREIRO 2022 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz Issuu VOLUME 69 JANEIRO 2022 Issuu Publication VOLUME 68 DEZEMBRO 2021 Issuu Publication VOLUME 67 NOVEMBRO 2021 MARANHAY 67 NOVEMBRO DE 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz Issuu VOLUME 66 OUTUBRO DE 2021 MARANHAY Revista Lazeirenta 66, OUTUBRO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 65 SETEMBRO DE 2021 MARANHAY Revista Lazeirenta 65: SETEMBRO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 64 AGOSTO DE 2021 MARANHAY Revista Lazeirenta 64 AGOSTO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 63 JULHO DE MARANHAY2021Revista Lazeirenta 63: JULHO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 62 JUNHO DE MARANHAY2021Revista Lazeirenta 62 JUNHO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 61 MAIO DE MARANHAY2021Revista Lazeirenta 61 MAIO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 60 ABRIL DE MARANHAY2021Revista Lazeirenta (Revista do Léo) 60 ABRIL 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 59 ABRIL DE MARANHAY2021:Revista Lazeirenta (Revista do Léo) 55, abril 2021 Especial: ANTOLOGIA ALHURES by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 58 MARÇO DE 2021 MARANHAY 58 ANTOLOGIA: OS ATENIENSES, março 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 57 MARÇO DE 2021 MARANHAY 57 MARÇO 2021: EDIÇÃO ESPECIAL OS ATENIENSES, VOL. III by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 56 MARÇO DE 2021 MARANHAY (Revista do Léo ) 56 março 2021 EDUÇÃO ESPECIAL: ANTOLOGIA MULHERES DE ATENAS by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 55 MARÇO DE 2021 MARANHAY Revista Lazeirenta (Revista do Léo) 55, março 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 54 FEVEREIRO DE 2021 MARANHAY (Revista do Léo) 54 FEVEREIRO 2021 by Leopoldo Gil Dulcio Vaz issuu VOLUME 53 JANEIRO https://issuu.com/home/published/maranhay_2021 _revista_lazerenta_53_ _janeiro_2021 VOLUME 52 DEZEMBROhttps://issuu.com/leovaz/docs/maaranhay_2020 _revista_lazerenta_52__2020b VOLUME 51 NOVEMBRO https://issuu.com/home/published/maaranhay_2020 _revista_lazerenta_51__2020b/file VOLUME 50 OUTUBRO https://issuu.com/home/published/maranhay_2020 _revista_lazerenta_ _50_ _2020b VOLUME 49 SETEMBRO https://issuu.com/home/published/maranhay_2020 _revista_lazerenta_ _49_ __2020_ Comentado [LGDV1]:

VOLUME 48 AGOSTO https://issuu.com/home/published/maranhay_2020 _revista_lazerenta_ _48_ __2020_b VOLUME 47 JULHO 2020 https://issuu.com/home/published/maranhay_ _revista_lazerenta_ _47_ __2020_ VOLUME 46 JULHO https://issuu.com/home/published/maranhay_2020 _revista_lazerenta_ _46_ __2020_ VOLUME 45 JULHO https://issuu.com/home/published/maranhay_2020 _revista_lazerenta_ _45_ __2020_ _julhob VOLUME 44 JULHO https://issuu.com/leovaz/docs/maranhay_2020 _revista_lazerenta_ _44_ _julho__2020 VOLUME 43 JUNHO /SEGUNDA QUINZENA https://issuu.com/home/published/maranhay_2020 _revista_lazerenta_ _43_ segunda_quinzen VOLUME 42 JUNHO https://issuu.com/home/published/maranhay_2020 _revista_lazerenta_ _42_ junho__2020/file VOLUME 41 B MAIO https://issuu.2020com/leovaz/docs/maranhay_ _revista_lazerenta_ _41 b_ _maio___2020 VOLUME 41 MAIO https://issuu.com/leovaz/docs/maranhay_2020 _revista_lazerenta_ _41_ _maio__2020 VOLUME 40 ABRIL https://issuu.com/home/published/maranhay_2020 _revista_lazerenta_ _40_ _abril___2020.d VOLUME 39 MARÇO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_2020 _maranhay__39 _mar_o___2020 VOLUME 38 FEVEREIRO DE 2020 EDIÇÃO ESPECIAL PRESENÇA AÇOREANA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_ _maranhay__39 _fevereiro___2020 REVISTA DO LÉO NÚMEROS PUBLICADOS A PARTIR DESTE NÚMERO, CORRIGIDA A NUMERAÇÃO, COM SEQUENCIAL, DOS SUPLEMENTOS E EDIÇÕES ESPECIAIS: VOLUME 37 edição 24.1, de setembrp de 2019 EDIÇÃO ESPECIAL: I. XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_ _setembro__2019_ _edi__o_espec VOLUME 36 edição 23.1, de agoto de 2019 EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1 _agosto_2019_ VOLUME 35 edição 22.1, de julho de 2019 EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22 _julho_2019_ _ed VOLUME 34 edição 20.1, de maio de 2019 EDIÇÃO ESPECIAL FRAN PAXECO E A QUESTÃO DO ACRE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__20.1_ _maio_2019_ VOLUME 33 edição 16.1, de janeiro de 2019 EDIÇÃO ESPECIAL: PESCA NO MARANHÃO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__16_1__ _janeiro__20 VOLUME 32 edição 15.1, de dezembro de 2018 ÍNDICE DA REVISTA DO LEO 2017 2018 https://issuu.com/…/docs/122ndice_da_revista_do_leo_ _2017 201 VOLUME 31 edição 8.1, de maio de 2018 EDIÇÃO ESPECIAL FRAN PAXECO: VIDA E OBRA MAIO 2018 https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_8.1_ __especial__fra VOLUME 30 edição 6.1, de março de https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_especial__faculdade_2018 VOLUME 29 FEVEREIRO https://issuu.com/home/published/revista_do_leo_2020 _maranhay__29 _fevereiro___2020b VOLUME 28 JANEIRO https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo_2020 _maranhay__28_ _janeiro____2020b VOLUME 27 DEZEMBRO DE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__27_2019 _dezembro___2019 VOLUME 27.1 DEZEMBRO DE 2019 suplemento OS OCUPANTES DA CADEIRA 40 DO IHGM https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__27.1_ _dezembro___2019 VOLUME 26 NOVEMBRO DE https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__26_2019 _novembro__2019 VOLUME 25 OUTUBRO DE https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__25_2019 _outubro__2019 VOLUME 24 SETEMBRO DE 2019 LAERCIO ELIAS https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_PEREIRA _setembro__2019_ _edi__o_espec VOLUME 24.1 SETEMBRO DE 2019 EDIÇÃO ESPECIAL: IGNÁCIO XAVIER DE CARVALHO: RECORTES E MEMORIA https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__24_ _setembro__2019_ _edi__o_espec VOLUME 23 AGOSTO DE https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__232019 _agosto_2019 VOLUME 23.1 AGOSTO DE 2019 EDIÇÃO ESPECIAL: AINDA SOBRE A CAPOEIRAGEM MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__23.1 _agosto_2019_ VOLUME 22 JULHO DE https://issuu.com/leovaz/docs2019/revista_do_leo__22 _julho_2019 VOLUME 22.1 JULHO DE 2019 EDIÇÃO ESPECIAL: CAPOEIRAGEM TRADICIONAL MARANHENSE https://issuu.com/home/published/revista_do_leo__22 _julho_2019_ _ed VOLUME 21 JUNHO DE https://issuu.com/leovaz/docs/revista_do_leo__212019 _junho_2019 VOLUME 20 MAIO DE 2019

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