MARANHA Y 28- MAIO-JULHO 2025

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MARANHAY

A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.

EXPEDIENTE

MARANHA-Y REVISTA DE HISTÓRIA(S) DO MARANHÃO

Revista eletrônica

EDITOR

Leopoldo Gil Dulcio Vaz

Prefixo Editorial 917536 vazleopoldo@hotmail.com

Rua Titânia, 88 – Recanto de Vinhais 65070-580 – São Luís – Maranhão (98) 3236-2076 98 9 82067923

CHANCELA

Nasceu em Curitiba-Pr. Licenciado em Educação Física (EEFDPR, 1975), Especialista em Metodologia do Ensino (Convênio UFPR/UFMA/FEI, 1978), Especialista em Lazer e Recreação (UFMA, 1986), Mestre em Ciência da Informação (UFMG, 1993). Professor de Educação Física do IF-MA (1979/2008, aposentado); Titular da FEI (1977/1979); Titular da FESM/UEMA (1979/89; Substituto 2012/13), Convidado, da UFMA (Curso de Turismo). Exerceu várias funções no IF-MA, desde coordenador de área até Pró-Reitor de Ensino; e Pró-Reitor de Pesquisa e Extensão; Pesquisador Associado do Atlas do Esporte no Brasil; Diretor da ONG CEV; tem 16 livros e capítulos de livros publicados, e mais de 430 artigos em revistas dedicadas (Brasil e exterior), e em jornais; Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Membro Fundador da Academia Ludovicense de Letras; Membro da Academia Poética Brasileira; Sócio correspondente da UBE-RJ; Premio “Antonio Lopes de Pesquisa Histórica”, do Concurso Cidade de São Luís (1995); a Comenda Gonçalves Dias, do IHGM (2012); Prêmio da International Writers e Artists Association (USA) pelo livro “Mil Poemas para Gonçalves Dias” (2015); Prêmio Zora Seljan pelo livro “Sobre Maria Firmina dos Reis” – Biografia, (2016), da União Brasileira de Escritores – RJ; Diploma de Honra ao Mérito, por serviços prestados à Educação Física e Esportes do Maranhão, concedido pelo CREF/21-MA (2020); Foi editor das seguintes revista: “Nova Atenas, de Educação Tecnológica”, do IF-MA, eletrônica; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, edições 29 a 43, versão eletrônica; Editor da IHGM EM REVISTA, desde 2023; Editor da “ALL em Revista”, eletrônica, da Academia Ludovicense de Letras, números 1 a 10; Editor da Revista do Léo, desde 2017, e desta MARANHAY – Revista Lazeirenta, dedicada à(s) História(s) do Maranhão; Editor da Revista Ludovicus, dedicada à literatura ludovicense/maranhense, desde 2024; Condutor da Tocha Olímpica – Olimpíada Rio 2016, na cidade de São Luis-Ma.

Novo ciclo se inicia. Voltarei a publicar com a periodicidade trimestral, embora chegado ao limite das 300 páginas permitidas pelo ISSUU, colocarei no ar...

Continuo com os sócios-atleta Áureo e Gaspar, para garantir as Histórias do Maranhão.

Continuo com a edição da LUDOVICUS e com a REVISTA DO LÉO, além desta – MARANHA Y, e ainda edito a revista eletrônica do IHGM.

Depois da última reunião da ALL, em que foram dadas novas regras para a publicação no Mural, do Jornal Pequeno, sob a alegação de que meus escritos não se coadunavam com os objetivos daquele mural – somente assuntos sobre literatura -, foi-me dito que, de ora em diante, deveria submeter tudo ao Prof. José Neres, que, após analise de sua adequação, autorizaria, ou não, a publicação naquela página.

Mandarei meus escritos diretamente ao editor do JP, Vinícius Bogéa, e ele publica, ou não.

Após as determinações do Sr. Presidente da ALL, já saíram tres artigos naquela página. Como dito, ele só publica artigos quase semanalmente, meus, pois nenhum outro membro da ALL manda alguma coisa para publicar. E é preciso preencher o espaço. Ponto!!!

Neste mês de maio 2025, em Imperatriz-MA será comemorado os 50 anos dos primeiros jogos escolares – a principio OCOI, Olimpiadas Escolares de Imperatriz, iniciativa do Mestre ALBERTO MILLÉO FILHO, e de Roberto Gelobom. Depois, a partir de 1976, em lá me estabelecendo, dei continuidade aos mesmos, até minha mudança para São Luis.

Ano que vem, pois, comemoro 50 anos d Maranhão...

CINQUENTA ANOS DE OCOI/JEI

Consultando a IA, sobre os 50 anos de introdução da Educação Física, Esportes e Lazer em Imperatriz-MA Deixou de lado muitas informações, que se seguem após esses relatos. Interessante, que ao se dar informações ao Copilot, este se retrata imediatamente e as corrige. Daí que:

Alberto Milleo Filho foi um dos criadores da Olimpíada Colegial de Imperatriz (OCOI), um importante evento esportivo estudantil realizado pela primeira vez em 1975, na cidade de Imperatriz, Maranhão. Ele também foi o coordenador da primeira edição da OCOI, ao lado de Roberto Gelobon

A OCOI teve três edições com esse nome (1975, 1976 e 1977). A partir da segunda edição, a coordenação passou para Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Marilene Mazzaro . Posteriormente, o evento foi renomeado para Jogos Escolares de Imperatriz (JEI)

Esse projeto teve um papel marcante na promoção do esporte entre os jovens da região e é lembrado até hoje como um marco na história esportiva e educacional de Imperatriz.

Impacto da OCOI no Esporte em Imperatriz

1. Incentivo ao Esporte Escolar - A OCOI criou um ambiente competitivo e saudável para que estudantes praticassem esportes, despertando talentos e promovendo hábitos saudáveis desde cedo.

2. Base para Eventos Futuros O sucesso da OCOI foi essencial para a criação dos Jogos Escolares de Imperatriz (JEI), que deram continuidade à tradição esportiva nas escolas da cidade.

3. Integração da Comunidade O evento uniu escolas, famílias e autoridades locais, fortalecendo os laços comunitários e valorizando o esporte como ferramenta educacional e social.

4. Formação de Lideranças A atuação de organizadores como Alberto Milleo Filho foi fundamental para o sucesso da primeira edição, servindo de exemplo para futuras lideranças no esporte escolar.

5. Legado Cultural e Esportivo A OCOI ajudou a consolidar uma cultura esportiva em Imperatriz, influenciando gerações de jovens e contribuindo para a identidade esportiva da cidade.

Aqui está a linha do tempo visual destacando os principais marcos da transição da OCOI (Olimpíadas Colegiais de Imperatriz) para os JEI (Jogos Escolares de Imperatriz):

Destaques:

• 1976: Realização da 1ª OCOI.

• 1977: 2ª edição da OCOI.

• 1978: 3ª e última edição com o nome OCOI.

• 1979: Início da nova fase como JEI

Eventos Históricos Relevantes para a Linha do Tempo JEI

• Década de 1960 – Início do esporte escolar em Imperatriz

Alunos do Ginásio Bernardo Sayão formam o time GBS, marcando o início da prática esportiva escolar organizada na cidade

• 1976 – Criação da OCOI (Olimpíadas Colegiais de Imperatriz)

Primeira edição realizada com apoio do Projeto Rondon e coordenação do professor Leopoldo Gil

• 1978 – 3ª e última edição da OCOI

Marca o fim da era OCOI e o início da transição para os JEIs.

• 1979 – Nascimento oficial dos JEIs (Jogos Escolares de Imperatriz)

Nova identidade e estrutura, com maior participação de escolas e atletas.

• Início dos anos 2000 – Interrupção temporária dos JEIs

Os jogos foram suspensos por dois anos por motivos administrativos.

• Gestão José de Ribamar Fiquene (2005–2008) – Retorno e fortalecimento dos JEIs

Com a professora Mary de Pinho à frente da Secretaria de Desporto e Lazer, os jogos voltam com força total.

• 2018 – Participação recorde

78 instituições de ensino e mais de 4.500 alunos/atletas participaram dos JEIs

• 2025 – Edição atual com mais de 8 mil atletas

JEIs se consolidam como o maior evento esportivo escolar da região. linha do tempo atualizada com os principais marcos históricos dos Jogos Escolares de Imperatriz (JEI), desde o surgimento do esporte escolar na cidade até a edição de 2025:

Década de 1960 – O nascimento do esporte escolar em Imperatriz

• O marco inicial foi a formação do time GBS, sigla de Ginásio Bernardo Sayão, por alunos da própria escola.

• O time foi criado para disputar campeonatos locais organizados por desportistas da cidade, como Frei Epifânio da Badia.

• Na época, o GBS competia com clubes tradicionais como:

• Renner, liderado por Renato Moreira;

• Comercial, com Amadeu Caveira;

• Imperatriz, formado por estivadores;

• União, ligado à União Artística, Operária e Agrícola de Imperatriz.

• Além do futebol, os alunos também praticavam voleibol, futebol de salão (futsal) e outras modalidades em campinhos espalhados pela cidade.

• Esse movimento espontâneo e comunitário foi o embrião que, anos depois, culminaria na criação da OCOI em 1976

O nascimento dos esportes em Imperatriz está profundamente ligado ao crescimento urbano da cidade e à mobilização comunitária a partir da década de 1960. Aqui estão os principais destaques históricos:

Origens do Esporte em Imperatriz

• Década de 1960 – Formação dos primeiros clubes e times amadores

• O esporte em Imperatriz começou de forma espontânea, com a criação de clubes de bairro e times escolares.

• Um dos primeiros registros é o time GBS (Ginásio Bernardo Sayão), formado por estudantes e considerado o embrião do esporte escolar na cidade.

• 1962 – Fundação da Sociedade Atlética Imperatriz

• Criada em 4 de janeiro de 1962, a agremiação nasceu a partir do time amador do Sindicato dos Arrumadores de Imperatriz.

• Posteriormente, foi rebatizada como Sociedade Imperatriz de Desportos, conhecida como o Cavalo de Aço, o clube mais tradicional da cidade

• Década de 1970 – Consolidação de espaços esportivos

• O Estádio Frei Epifânio foi reinaugurado em 1973 com a presença de Garrincha, ídolo da Seleção Brasileira, marcando um momento simbólico para o esporte local.

• A cidade passou a contar com quadras, campos e ginásios que incentivaram a prática de esportes como futebol, voleibol e futsal.

• 1976 – Criação da OCOI (Olimpíadas Colegiais de Imperatriz)

• Primeira competição escolar organizada, com apoio do Projeto Rondon e professores locais.

• Representou o início da estruturação do esporte escolar como política pública.

Antes dos anos 1960, é provável que existissem práticas esportivas informais, como jogos entre amigos ou atividades recreativas, mas não há registros oficiais ou estruturados de clubes, campeonatos ou organizações esportivas.

Antes da década de 1960, embora não houvesse prática esportiva organizada em Imperatriz, havia sim atividades esportivas informais, praticadas de forma espontânea por moradores, estudantes e trabalhadores. Aqui estão os principais esportes que provavelmente eram praticados:

Futebol Era o esporte mais comum, jogado em terrenos baldios, ruas de terra e campos improvisados Praticado por jovens e adultos, muitas vezes com bolas feitas de pano ou borracha. Clubes amadores começaram a surgir ainda de forma desorganizada, como o time dos estivadores, que mais tarde daria origem ao Cavalo de Aço

Capoeira Embora mais documentada em São Luís, há registros de que a capoeira era praticada no Maranhão desde o século XIX, trazida por escravizados de origem angolana Pode ter sido praticada em Imperatriz de forma marginalizada, como em outras cidades do estado.

Corridas e brincadeiras atléticas Corridas de rua, saltos e jogos de perseguição (como “pega-pega” e “esconde-esconde”) eram comuns entre crianças e adolescentes. Essas atividades, embora recreativas, têm raízes em práticas físicas que mais tarde seriam institucionalizadas como atletismo.

Voleibol e futebol de salão (futsal) Começaram a surgir no final dos anos 1950 e início dos anos 1960, especialmente em escolas e clubes sociais. Praticados em quadras improvisadas ou pátios escolares. Essas práticas foram fundamentais para a formação da cultura esportiva local, que se consolidaria com a criação da OCOI em 1976 e, posteriormente, dos JEIs.

Após a década de 1960, Imperatriz passou por uma expansão significativa na prática esportiva, tanto em número de modalidades quanto em estrutura organizacional. Aqui estão os principais esportes que surgiram ou se consolidaram na cidade nesse período:

Basquete Começou a ser praticado em escolas e clubes sociais no final dos anos 1960 e início dos anos 1970. Ganhou força com os Jogos Escolares de Imperatriz (JEI) e os JEMs (Jogos Escolares Maranhenses)

Handebol Introduzido nas escolas por professores de Educação Física nos anos 1970 e 1980. Tornou-se uma das modalidades mais praticadas nos JEIs.

Voleibol Já existia de forma informal, mas se estruturou como modalidade competitiva nas décadas seguintes. Muito popular entre estudantes, especialmente em escolas públicas e particulares.

Atletismo Ganhou espaço com a criação de pistas improvisadas e eventos escolares.Modalidades como corrida de velocidade, salto em distância e arremesso de peso passaram a ser incluídas nos JEIs.

Tênis de mesa e xadrez Introduzidos como esportes escolares a partir dos anos 1980. Valorizados por seu apelo intelectual e acessibilidade.

Artes marciais (judô, karatê, capoeira) A capoeira, já presente de forma marginalizada, foi incorporada aos jogos escolares a partir dos anos 1980. Judô e karatê ganharam espaço com academias locais e apoio de projetos sociais.

Ciclismo e esportes radicais Começaram a surgir nos anos 1990 e 2000, com jovens praticando BMX, skate e mountain bike em praças e ruas da cidade.

Atualmente, os esportes mais populares em Imperatriz refletem tanto a tradição local quanto o destaque de atletas da cidade em competições nacionais e internacionais. Aqui estão os principais:

Futebol Continua sendo o esporte mais popular, com grande apoio da torcida ao Cavalo de Aço (Sociedade Imperatriz de Desportos). O time disputa o Campeonato Maranhense e atrai grande público ao Estádio Frei Epifânio

Skate Ganhou enorme visibilidade com o sucesso da Rayssa Leal, a “Fadinha do Skate”, natural de Imperatriz. Acidadetem promovido eventos epistas públicas paraincentivarapráticadoesporteentrejovens

Judô Atletas de Imperatriz têm conquistado títulos em campeonatos nacionais e internacionais, como o Campeonato de Judô em Manaus

Tênis de Mesa Cresceu muito nos últimos anos, com destaque para atletas locais em competições como o Mundial Sub-15 no Equador

Kart Um piloto imperatrizense foi finalista em uma competição nacional e disputará vaga para o Mundial na Suécia, mostrando o crescimento dos esportes motorizados

Paradesporto Imperatriz também se destaca nas Paralimpíadas Escolares, com atletas conquistando medalhas e quebrando recordes em modalidades como atletismo e natação

Imperatriz sedia diversos eventos esportivos importantes ao longo do ano, que envolvem desde o esporte escolar até o futebol profissional. Aqui estão os principais:

1. JEIs e PARAJEIs 2025 (Jogos Escolares de Imperatriz) - Data: 16 a 27 de maio de 2025. Participação: Mais de 8 mil alunos de cerca de 100 escolas públicas e privadas.Modalidades: 27 esportes, incluindo atletismo, futsal, handebol, judô, xadrez, entre outros. Objetivo: Fomentar o esporte escolar e promover inclusão por meio dos PARAJEIs (versão paralímpica dos jogos)

2. Campeonato Maranhense de Futebol 2025 Clube local: Sociedade Imperatriz de Desportos (Cavalo de Aço). Formato: 14 rodadas na primeira fase, seguidas por semifinais e finais em jogos de ida e volta. Importância: Classifica para a Copa do Brasil, Série D do Brasileirão e Copa do Nordeste

3. Fórum Municipal do Esporte Evento anual que reúne professores, gestores e atletas para discutir políticas públicas, regulamentos e inovações no esporte local. Serve como preparação para os JEIs e outras ações esportivas da cidade principais atletas de Imperatriz que se destacam atualmente em 2025, tanto no cenário local quanto nacional:

Rayssa Leal – Skate Conhecida como a “Fadinha do Skate”, Rayssa é a atleta mais famosa de Imperatriz. Medalhista olímpica e campeã mundial, ela continua sendo uma referência no esporte e inspiração para jovens da cidade.

Augusto Neto – Beach Tennis Um dos maiores nomes do beach tennis maranhense, Augusto é natural de Imperatriz. Em 2024, foi campeão de dois torneios BT10 na cidade e vice-campeão em competições nacionais como o BT10 de Campinas-SP. Em 2025, disputa torneios BT200 e BT400, buscando subir no ranking nacional

André Penalva – Futebol Ídolo do Cavalo de Aço (Sociedade Imperatriz de Desportos), André Penalva é zagueiro e multicampeão com o clube. Retornou ao time em 2025 para disputar o Campeonato Maranhense, sendo um dos líderes da equipe

Atletas da Copa do Trabalhador O time Nacional, bicampeão da Copa do Trabalhador de Imperatriz, reúne atletas amadores que se destacam no futebol local. Apesar de não serem profissionais, esses jogadores conciliam trabalho e esporte com alto desempenho

Aqui estão alguns atletas nascidos ou que moraram em Imperatriz e se destacaram no passado, representando a cidade em níveis nacional e internacional:

Rayssa Leal – Skate Nascida em Imperatriz, é a atleta mais conhecida da cidade. Medalhista olímpica (prata em Tóquio 2020) e campeã mundial. Tornou-se símbolo do skate brasileiro e inspiração para jovens atletas.

Marlon Zanotelli – Hipismo Nascido em Imperatriz, é um dos maiores nomes do hipismo brasileiro. Representou o Brasil em Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas Em 2023, ocupava a 7ª posição no ranking mundial da Federação Equestre Internacional

Ítalo Mazzili – Judô Natural de Imperatriz, começou no judô aos 3 anos. Conquistou quatro campeonatos brasileiros e foi vice-campeão pan-americano em Quito (2019). É um dos maiores nomes do judô maranhense.

Weberth Silva – Boxe Chinês (Sanda) Campeão mundial da modalidade em Buenos Aires.Primeiro brasileiro a conquistar esse título, levando o nome de Imperatriz ao topo do esporte

Welington Silva Morais ("Welington Maranhão") Modalidade: Arremesso de peso. Naturalidade: Imperatriz-MA. Destaque: Classificado para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, sendo um dos dois brasileiros na modalidade (ao lado de Darlan Romani). Histórico: Medalhista em edições do Grande

Prêmio Brasil de Atletismo, com 14 anos de dedicação ao esporte. Frase marcante: “De Imperatriz para o mundo”

O handebol foi introduzido em Imperatriz no ano de 1976 pelos professores Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Marilene Mazzaro. Essa informação foi confirmada pelo próprio professor Leopoldo em um relato publicado no portal do Centro Esportivo Virtual (CEV)

Eles foram os responsáveis por implantar a modalidade na cidade, promovendo as primeiras atividades e competições escolares. A introdução do handebol em Imperatriz fez parte de um movimento mais amplo de expansão do esporteno Maranhão, que começou nos anos 1960 em São Luís, massó chegou aointerioralguns anos depois.

Essas competições foram inicialmente realizadas em ambiente escolar, como parte das atividades dos Jogos Escolares de Imperatriz (JEIs), que estavam sendo estruturados na época.

Destaques das primeiras competições:

• 1976: Primeiras partidas experimentais de handebol em escolas de Imperatriz.

• Final da década de 1970: A modalidade passou a integrar oficialmente os JEIs, com equipes representando escolas públicas e particulares.

• As partidas eram realizadas em quadras improvisadas, muitas vezes em pátios escolares com marcações feitas com fita adesiva ou cal.

Essas competições foram fundamentais para a popularização do handebol na cidade e para a formação de atletas que mais tarde representariam Imperatriz em competições estaduais e nacionais.

Nas primeiras competições de handebol em Imperatriz, realizadas a partir de 1976, algumas escolas se destacaram porsuaorganizaçãoedesempenho,segundorelatos históricos do professor LeopoldoGilDulcio Vaz, um dos introdutores da modalidade na cidade

Escolas que se destacaram nas primeiras competições:

• Ginásio Bernardo Sayão (GBS) Já era referência no esporte escolar desde os anos 1960. Teve papel importante na introdução do handebol, com professores engajados e alunos participativos.

• Colégio Dorgival Pinheiro de Sousa Uma das primeiras instituições a formar equipes femininas e masculinas de handebol. Participou ativamente das primeiras edições dos JEIs com destaque.

• Escola Santa Teresinha Conhecida por incentivar o esporte entre as alunas, teve destaque nas primeiras competições femininas.

• Colégio Dom Bosco Também participou das primeiras disputas e ajudou a consolidar o handebol como modalidade escolar.

Essas escolas foram pioneiras e ajudaram a estabelecer o handebol como um dos esportes mais praticados nos Jogos Escolares de Imperatriz.

Colégio Santa Teresinha Foi a primeira escola de Imperatriz a praticar handebol, logo após a introdução da modalidade em 1976. Os professores Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Marilene Mazzaro, que introduziram o esporte na cidade, eram docentes dessa escola. A equipe feminina do colégio foi pioneira nas primeiras partidas e competições escolares.

Introdução do Basquetebol em Imperatriz – Contexto Histórico

• O basquete já era praticado no 50º Batalhão de Infantaria de Selva (50 BIS), por volta da década de 1970, por oficiais do Exército. Um dos principais incentivadores foi o Major Abud, que organizava jogos recreativos entre militares e convidados. Outro nome de destaque foi o Coronel Carlos Alberto Barateiro da Costa, conhecido como Cel. Bebeto, que: Era jogador de basquetebol. Atuou como interventor municipal em Imperatriz Participava ativamente de jogos no quartel e também no SESI, onde havia uma quadra esportiva.

Esses espaços militares e comunitários foram fundamentais para a difusão inicial do basquete na cidade, antes mesmo de sua consolidação nas escolas e nos Jogos Escolares.

Consolidação do Basquetebol nas Escolas de Imperatriz Embora o basquete já fosse praticado informalmente no 50º BIS e no SESI, sua introdução formal no ambiente escolar se consolidou com a chegada da Equipe 49 do Projeto Rondon, em 1976 Dois integrantes da equipe, os professores Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Marilene Mazzaro, retornaram a Imperatriz após a missão e passaram a atuar como docentes. A partir de então, o Colégio Santa Teresinha tornou-se o primeiro colégio da cidade a incluir o basquetebol em sua grade esportiva, com turmas regulares e participação em competições escolares. Essa iniciativa foi fundamental para a expansão do basquete para outras escolas e para sua inclusão nos Jogos Escolares de Imperatriz (JEIs)

As primeiras competições escolares de basquetebol em Imperatriz ocorreram a partir da segunda metade da década de 1970, especialmente após a consolidação da modalidade nas escolas com o apoio do Projeto Rondon e o trabalho dos professores Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Marilene Mazzaro no Colégio Santa Teresinha. Embora os registros específicos sobre as primeiras edições ainda sejam escassos, sabe-se que: O basquete foi incluído nas primeiras edições dos Jogos Escolares de Imperatriz (JEIs), que começaram a ser organizados entre 1976 e 1979. As primeiras disputas ocorreram entre escolas como: Colégio Santa Teresinha (pioneiro na prática escolar da modalidade), Escola Fortaleza, e outras instituições que aderiram ao esporte nos anos seguintes.

Essas competições foram realizadas em quadras como a do SESI, do 50º BIS, e posteriormente em ginásios escolares.

Os professores Leopoldo Gil Dulcio Vaz, Marilene Mazzaro e Alberto Milleo Filho tiveram papel fundamental na introdução e implementação de esportes escolares e comunitários em Imperatriz-MA, especialmente entre as décadas de 1970 e 1990. Aqui está um resumo do que cada um contribuiu: Leopoldo Gil Dulcio Vaz Foi um dos pioneiros da Educação Física escolar no Maranhão, com forte atuação em Imperatriz. Atuou na organização dos primeiros Jogos Escolares da cidade, promovendo modalidades como: Atletismo Futebol de salão Voleibol Basquetebol Também incentivou atividades lúdicas e excursões educativas, integrando esporte e meio ambiente

Marilene Mazzaro Trabalhou em Imperatriz entre 1976 e 1978, período considerado formativo para a Educação Física local. Foi uma das responsáveis por estruturar o currículo de Educação Física nas escolas públicas. Participou da formação de professores e treinadores, além de apoiar a criação de eventos esportivos escolares

Alberto Milleo Filho Embora menos citado diretamente nas fontes disponíveis, é reconhecido como um dos colaboradores do movimento de institucionalização do esporte escolar em Imperatriz. Provavelmente atuou em parceria com os demais na implantação de práticas esportivas regulares nas escolas e na organização de competições intercolegiais.

Esses professores foram fundamentais para transformar a Educação Física em Imperatriz em uma prática sistematizada, com foco tanto no rendimento esportivo quanto na formação cidadã dos alunos.

As ações dos professores Leopoldo Gil Dulcio Vaz, Marilene Mazzaro e Alberto Milleo Filho em Imperatriz-MA tiveram impactos significativos e duradouros no desenvolvimento do esporte e da educação física na cidade. Aqui estão os principais efeitos a longo prazo:

Institucionalização da Educação Física Escolar Esses professores foram pioneiros na implantação sistemática da Educação Física nas escolas públicas de Imperatriz, o que:

• Estabeleceu a disciplina como parte essencial do currículo escolar.

• Formou gerações de alunos com acesso regular à prática esportiva.

• Criou uma cultura de valorização do esporte como ferramenta educativa e social. Criação e Fortalecimento dos Jogos Escolares

Eles participaram da criação dos Jogos Escolares de Imperatriz (JEIs), que:

• Tornaram-se um dos principais eventos esportivos da cidade.

• Revelaram talentos locais em diversas modalidades.

• Estimularam a prática esportiva entre crianças e adolescentes. Formação de Professores e Multiplicadores

A atuação desses educadores também influenciou:

• A formação de novos professores de Educação Física, muitos dos quais foram seus alunos ou colegas.

• A disseminação de metodologias pedagógicas voltadas para o esporte educacional.

• A criação de uma rede de profissionais comprometidos com o desenvolvimento esportivo local. Infraestrutura e Projetos Comunitários Com o tempo, suas iniciativas contribuíram para:

• A melhoria da infraestrutura esportiva escolar e comunitária.

• A implementação de projetos sociais e esportivos voltados para a inclusão e cidadania.

• O uso de espaços públicos para práticas esportivas regulares, como corridas, caminhadas e torneios. Legado Cultural e Educacional O impacto mais duradouro talvez seja o legado cultural:

• O esporte passou a ser visto como um instrumento de transformação social.

• Muitos ex-alunos desses professores tornaram-se atletas, professores ou gestores esportivos.

• A cidade consolidou uma identidade esportiva, com destaque em modalidades como atletismo, futsal e vôlei.

A contribuição de Alberto Milleo Filho para o desenvolvimento do esporte, da educação física e do lazer em Imperatriz-MA está ligada principalmente à sua atuação como educador, formador de professores e organizador de práticas esportivas escolares e comunitárias. Embora não haja uma biografia amplamente publicada sobre ele, registros históricos e acadêmicos indicam que ele teve um papel importante nos seguintes aspectos:

1. Implantação da Educação Física Escolar

• Participou da estruturação da disciplina de Educação Física nas escolas públicas de Imperatriz, especialmente durante os anos 1970 e 1980.

• Contribuiu para a formação de professores e para a valorização da prática corporal como parte do currículo escolar.

2. Promoção do Esporte Educacional

• Atuou na organização de competições escolares, como os primeiros Jogos Escolares de Imperatriz (JEIs)

• Incentivou a prática de esportes como atletismo, futsal, vôlei e basquete entre crianças e adolescentes.

3. Integração entre Esporte, Lazer e Cidadania

• Defendia uma visão de esporte não apenas como competição, mas como ferramenta de inclusão social e formação cidadã.

• Participou de projetos que integravam lazer, cultura e educação física, promovendo atividades em espaços públicos e escolares.

4. Legado como Educador

• Muitos professores de Educação Física que atuam hoje em Imperatriz foram formados ou influenciados por ele.

• Seu trabalho ajudou aconsolidaruma culturaesportivalocal,quehoje serefleteem eventos, projetos sociais e no surgimento de atletas de destaque.

Do livro do Moisés Charles – Processo histórico da Educação Física em Imperatriz-MA: seus personagens e sua trajetória de 1973 a 2010, editora ética, 2012 – www.eticaeditora.com.br para quem desejar adquir.

Conversando com o Charles e o Isnande, durante a belíssima festa de lançamento, comentamos que antes do Projeto Rondon e da Equipe 49 já havia educação física em Imperatriz. Nosso mérito, do Milléo, meu e da MarileneMazzaro, quandoretornamos a cidade, foi aoocupar os cargosdedireção do DEFER, inclui-lacomo matéria obrigatória nas escolas da rede municipal de ensino.

Algumas escolas já tinham alguma atividade, como o Complexo Mourão Rangel (estado), com dois professores – Cabo Edilson (dava aulas fardado e com o revolver na cintura, e só futebol de salão; e a Mary de Pinho, que ainda dava alguma coisa além das aulas de Voleibol para as meninas e aos menjinos que se desejassem); a Zezita e um outro professor, não recordo o nome, no SESI, com as aulas de Recreação e Lazer, aos industriários, e aos alunos da escola de 1a. a 4a, série, além de atividades esportivas para os filhos dos associados; a Escola Santa Teresinha, sempre teve alguma atividade, mais recreativa, ministrada pelas próprias irmãs.

Com a realização da OCOI (1975) houve um despertar de algumas escolas, com a contratação de algumas pessoas – ex-atletas – para ensinar e participar do evento. A partir de 1976, segue a história e a trajetória evidenciada no livro.

Charles, em novo projeto, vai escrever sobre a História do Handebol em Imperatriz; e vai resgatar essa protohistória da educação física e esportes escolar na cidade.

Lembrei a ele de um depoimento do Prof. Eurípedes – Euripão – quando foi prefeito de Imperatriz, que reproduzo aqui:

L – Professor, COM as suas constantes missões, que o senhor tinha que fazer no Interior… sabemos do episódio do GENERAL BASTINHO …

E – Em todas elas eu colocava Educação Física. Em Cajarí mataram o Prefeito, mataram o Delegado e mataram o Presidente da Câmara, mataram o Presidente do Correio, o homem da oposição, mataram o chefe do destacamento…. Fazia tudo isso, e eu fui o delegado, mas nunca deixei de pegar de manhã de 7 às 8. uma turma de 30 a 40 meninos de educação física; quando encontro gente por aí esse filho do Jurivê Macedo (Sérgio Macedo) foi meu aluno no Bairro de Fátima [Bairro de Imperatriz]. Eu, já eleito Prefeito, dando aula de educação física lá no Bairro de Fátima dando aula para 50, 60, alunos, para ver exercício em prática e atuais e atuais evoluções, jogos e diversões e exercícios individuais e coletivos.

L – E Imperatriz? você foi prefeito de Imperatriz?

E – Fui, por um caso acidental mais destoante do mundo.

L – Foi como interventor ou como prefeito eleito?

E – Como Prefeito eleito, fui delegado de polícia nomeado pelo governo de Newton Belo e prefeito de Imperatriz aconteceu o impossível. O Delegado de Polícia que quando prende é violento e se não prende é relaxado. Foi nessas condições que eu consegui ser eleito Prefeito de Imperatriz, delegado de terra, delegado de polícia, um ruim acordo é melhor que uma boa questão e vamos atenuar a violência do micróbio e evitando os males; dessas condições fui eleito prefeito, perdi por 13 votos e passei a assistente militar encarregado do convenio fiscal Maranhão e Pará, Maranhão e Goiás, Maranhão e Piauí, Maranhão e Pará e dessa movimentação de jovens e diversões; e de fiscalização das fronteiras do Estado. Eu era senhor absoluto dessas fronteiras Maranhão e Pará, Maranhão e Goiás, e Maranhão e Piauí e até o Oceano Atlântico, Tutóia…. L – Por quanto tempo o senhor foi prefeito de Imperatriz?

E – Não deu 6 meses. Aconteceu o seguinte: no mês de março chegou uma verba de 4,5 milhões e meio, vamos receber esse dinheiro, vamos fazer a cadeia, fazer o meio-fio da Av. Presidente Vargas, vamos também fazer o muro do cemitério, mais algumas benfeitorias e em março não veio o dinheiro e me abril não veio o dinheiroeem maio não veio odinheiro…chegou 42 milhõesissofoisó seismeses echegouquatroprefeituras em Imperatriz ficou 42, quando eles vieram [os vereadores] em cima de mim, tipo urubu atrás da carniça, aí eu disse -esse dinheiro não é nosso, não pode ser eu podia aumentar dois ou três mas se eu aumentar 36 não

pode de jeito nenhum, mas é daqui, é da prefeitura de Imperatriz a sua disposição para recebê-lo, mas eu não quero, um queria 4, outro queria 2, outros queria 6 no total queriam 24 milhões para eles . Eu fiquei tão enojado com aquilo, vocês sabem de uma coisa, peguei a máquina cansado de escrever…( ? )…, – “senhores vereadores, minha presença aqui representou um cachorro fiel encarregado de uma carniça gorda, os urubus famintos não permitiram que eu zelasse até o fim, só assim seu instintos podres e imundos que eu saberei cumprir meu dever. Mulher embarcada com a caixa arrumada através da cerrada, adeus!” …Vim embora, se alguém mandou me buscar no avião Pepê velho não retorna mais. Tinha alguém lá no aeroporto, qual é Zé as suas últimas palavras para…?… de Imperatriz para prefeito Eurico Novaes. E vim embora, mas aí ganhei a eleição, recorreram aqui para o Tribunal, eu ganhei, recorreram para o Supremo, no dia do julgamento lá, o outro morre, aí eu assumi, passaram os direitos para mim como segundo mais votado, aí fui, reassumi o que deu essa argolada toda lá.

L – E lá o senhor chegou a colocar alguma coisa sobre educação física como prefeito? ou não deu tempo?

E – Não deu tempo; só fazendo turmas de exercícios.

L – Dava aulas no colégio ou alguma coisa, não?

E – Muito pouco, muito pouco, só orientando os professores no colégio Sebastião Archer, que tem lá, nesse eu ainda peguei os professores, convidei a Maria de Lourdes que era a minha colega e Zé Brandão encarregados de fazer exercícios lá, nessa parte até com os preso, bota esses preso para pegar sol aí, toma banho de sol, banho de água e descansar para melhor o espírito para ver se eles sossegam e diminuem ou atenuar as evidências das falhas cometidas…. (QUERIDO PROFESSOR DIMAS – (ANTONIO MARIA ZACHARIAS BEZERRA DE ARAÚJO) E A EDUCAÇÃO FÍSICA MARANHENSE – UMA BIOGRAFIA (AUTORIZADA) ENTREVISTAS CORONEL PMMA EURÍPEDES BERNARDINO BEZERRA Entrevistador: Leopoldo Gil Dulcio Vaz Entrevista realizada no dia 21/02/2001, na residência do Coronel Eurípides Bezerra, à Travessa Parque Atenas, n° 25.

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

1949 – julho – fundado Imperatriz Esporte Clube e o Tocantins Futebol Clube, dois dos primeiros clubes de futebol da cidade

1954 – 05 de maio, fundação do Renner de Futebol e Esportes, um dos primeiros clubes de futebol de Imperatriz;

1960 – fundado como Clube Juvenil Católico, o hoje Clube dos Meninos, pelo italiano Ambrósio Albé; dentre outras atividades, havia a prática esportiva

1962 –em 04 de janeiro, éfundado o Imperatriz AtléticoClube,pelo capitão daPMM JosédeRibamarBraga; começou a disputar o campeonato maranhense em 1980, com o nome de Sociedade Atlética Imperatriz – SAI -, quando ficou em sexto lugar; não participando dos campeonatos de 1991, 1992 e 1996; vice-campeão em 1993; outras colocações: cinco vezes me 3º. lugar, duas vezes em 4º. lugar, e tres vezes em 5º. lugar; é chamado de Cavalo de Aço e de o Mais Querido;

- agosto, em uma das inúmeras crises da administração João Meneses, o gerente da cerâmica do prefeito é assassinado pela Polícia; motivo: o vereador Epitácio Carvalho Brito, que estava bebendo em companhia de amigos, e recebe ordem de prisão de um cabo da PM, que ordena ao destacamento que o amarrem; como luta karatê, evita a situação, desarmando os soldados; o cabo e um de seus subordinados foram mortos; Acácio foi assassinado depois, na cadeia.

1963 – fundação do Clube Recreativo Tocantins, em 1º. De outubro;

1965 – 28 de junho, o prefeito Pedro Ribeiro Gonçalves inicia a construção do Estádio Municipal Frei Epifanio d´Abadia, inaugurado em 30 de janeiro de 1966

1966 –30 dejaneiro – inauguração do EstádioMunicipal Frei Epifanio d´Abadia,pelo prefeitoPedro Ribeiro Gonçalves, cujo mandato encerraria no dia seguinte

1968 – 07 de abril, realizado o primeiro salto de pára-quedas em Imperatriz, por Edson e patrocínio da Casas Novo Mundo;

1970/73 – na primeira administração Renato Moreira, embora ainda departamento de educação com status de Secretaria Municipal Educação e Cultura, com uma Coordenação de Educação Física, Esportes e Recreação;

1971 – em 08 de dezembro, foi instalada a Liga Imperatrizense de Desportos, tendo como líderes principais, Severino Silva, Pedro Faustino Neto e Divino Monteiro.

- a Sociedade Atlética Imperatriz passa a ser dirigida pelo Sindicato dos Arrumadores, era, ao lado do Renner, Cruzeiro, Fabril e do Industrial, um dos cinco clubes existentes na cidade e um dos que mais ganhava torneio até então;

1972 – 23 de setembro é instalado oficialmente o Campus Avançado de Imperatriz, da Universidade Federal do Paraná, Fundação Projeto Rondon; seu primeiro diretor foi Valfrido Piloto, que, dentre outras atividades, promoveu o esporte e a recreação na cidade, trazendo, nos períodos de férias, equipes de acadêmicos de educação física; seu segundo diretor foi o professor de educação física Alberto Milléo Filho;

1973 – disputado o primeiro campeonato de futebol amador de Imperatriz, vencido pelo Vasquinho, do bairro Juçara (título não-oficial)

1974 – 05 de março, instalado em Imperatriz o Serviço Social da Indústria (SESI); seu primeiro diretor foi Muracy de Oliveira Santos, que incentivou muito os esportes na cidade, especialmente entre os industriários e seus filhos;

-fundadooAeroclubedeImperatriz,emagosto,emreuniãorealizadanoRotaryClubedeImperatriz;primeiro presidente: Augusto B. Quiroga

1975 – o Prof. Alberto Milléo Filho assume a direção do Campus Avançado de Imperatriz, da Fundação Projeto Rondon; Milléo é professor de educação física da UFPR (hoje, aposentado); na sua gestão, cria a Olimpíada Colegial de Imperatriz – OCOI -, em parceria com o Lions Clube, apoio da Prefeitura Municipal,

e ajuda de amigos, destacando-se, entre os colaboradores, Roberto Santos (Gelobon); foi Roberto Gelobon quem desenhou o símbolo da OCOI; a equipe técnica para coordenar a I OCOI veio de Curitiba; eram acadêmicos de Educação Física; em Imperatriz, antes da chegada de Milléo, havia jogos e corridas de forma esporádica em escolas ou comemorações especiais, mas jogos escolares competitivos ainda não havia acontecido.

Todas as escolas, tanto oficiais quanto particulares, foram convidadas. Os atletas de ambos os sexos, com idademáximaaté17anos foraminscritos;osjogossãorealizadosnoperíodode30deagostoa06desetembro, com as seguintes modalidades: Atletismo, Basquetebol, Futsal, Natação. Participam mais de 300 atletas do Ginásio Bernardo Sayão, Escola Técnica, Mourão Rangel, Cristo Rei, Municipal Adventista, São Francisco de Assis, SESI, São Vicente de Paula, Dorgival Pinheiro de Sousa, Olavo Bilac, Fortaleza e Santa Teresinha. A Escola Santa Teresinha foi a campeã geral.

- nos anos subseqüentes, 1976 e 1977, são realizadas as II e III OCOI, já incluídas no Calendário Oficial do órgão municipal responsável pela Educação e Cultura.

- em novembro, fundação do Tocantins Esporte Clube – TEC; 1976 – em janeiro, os Professores Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Marilene Mazzaro participam da equipe 49 do Projeto Rondon, formada por acadêmicos de educação física, medicina e bioquímica, totalizando 30 pessoas; realizam uma Colônia de Férias com aproximadamente 1200 crianças inscritas, em oito locais distintos, durante 25 dias;

- em março, retornam a Imperatriz, contratados pelo Ministério do Interior, dentro do programa de interiorização de profissionais, e assumem a Coordenação de Educação Física, Esportes e Recreação, da SEDUC de Imperatriz, sendo Secretária de Educação a Profa. Lorena Salvatori, e Interventor Municipal, o Tent.Cel.PMCarlosAlbertoBarateirodaCosta–oCoronelBebeto–umdosgrandesatletasqueoMaranhão, destacando-se no Futebol e no Basquetebol e Voleibol; incentivou muito os esportes, sendo responsável pela criação das Olimpíadas Colegiais de Imperatriz, junto com o Prof. Alberto Milléo Filho.

- uma das primeiras providencias, numa parceria UFPR/FUNRON/PMI foi a realização de um curso para qualificarpessoasdacomunidadeeex-atletasem atividadesfísicaseesportivas,paraimplantaçãodaeducação física e esportes nas escolas da rede pública municipal; foram matriculadas 100 (cem) pessoas; no segundo semestre, houve a participação da Secretaria Estadual de Educação, através do Departamento de Educação Física,Esporteserecreação –DEFER-,queenviouosProfessoresSidneyForghieriZimbres,Marcos Antonio Gonçalves, Gilmário Pinheiro e Lino Castellani Filho; o curso teve a duração de um ano, ocorrendo principalmente durante as férias escolares, no que chamaríamos hoje de treinamento em serviço.

- a Divisão de Educação Física, Esportes e Recreação, da SEDUC, é estruturada, elaborando-se um calendário de atividades, ministrando cursos e treinamentos a professores e ex-atletas, introduzindo-se as modalidades de Basquetebol (só o Santa Teresinha e o SESI disputaram na I Olimpíada), Handebol, e Ciclismo.

- é realizado a II OCOI, agora sob a coordenação dos Professores Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Marilene Mazzaro, contando ainda com a colaboração do Professor Alberto Milléo Filho. A Escola Santa Teresinha, tendo os dois professores como professores, é a grande vencedora das Olimpíadas, sagrando-se bi-campeã. São disputadas as seguintes modalidades: Atletismo, Basquetebol, Ciclismo, Handebol, Futebol de Salão, Futebol de Campo, Natação, Voleibol, e Xadrez.

1977 – toma posse como prefeito o médico Carlos Amorim; em sua administração (1977/83) é construído o Centro Esportivo Bajorna Lobão;

- o Centro Esportivo Bajorna Lobão foi projetado pelo Prof. Leopoldo Gil, ainda na administração do Interventor Carlos Alberto Barateiro da Costa, com recurso do então CND;

-pelaLei Delegada2/77 écriadaaSecretariaMunicipal deEducação eCultura, assumindo-aBeneditoBatista Pereira; com um Departamento de Educação – Chefe Edelvira Marques de Moraes Barros; e a Divisão de Educação Física, sob a responsabilidade de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - já estruturada, a DEFER, conta com um quadro de instrutores de educação física e esportes, em formação, atuando em diversas escolas da rede municipal – e por extensão, nas diversas escolas estaduais, particulares e confessionais-, é realizada a III OCOI, agora sob a supervisão do DEFER/SEDUC do Estado, que enviou vários técnicos para auxiliar na coordenação e execução dos jogos. Como já se disputavam os Jogos Escolares

Maranhenses – JEMs -, a III OCOI foi organizada seguindo o regulamento daquela competição, em duas classes – Infanto-juvenil (até 16 anos) e Juvenil (até 18 anos), em ambos os sexos, e disputadas em nove modalidades. A Escola Santa Teresinha conquista o seu tri-campeonato.

1978 – o Prof. Leopoldo Gil afasta-se da direção da DEFER, e as atividades esportivas sofrem um abalo. A Profa. leiga Mary de Pinho assume a Divisão e realiza o que seria a IV OCOI, agora mudada a denominação para Jogos Escolares de Imperatriz, disputado em sua primeira versão – I JEIs – embora continuidade dos jogos anteriores (deveria ser os IV JEIs…); a nova denominação, justificou, seria para se adequar as regras ditadas por São Luís; a Escola Santa Teresinha foi novamente a grande vencedora, sendo campeã, como nos anos anteriores (76 e 77) de todas as modalidades em disputa, sob a direção dos Professores Leopoldo Gil e Marilene Mazzaro;

- a partir daí, os Jogos Escolares aconteceram normalmente, com exceção do ano de 1992, quando acampanha para as eleições municipais foi tão acirrada que não houve espaço para a realização dos jogos.

1979 – os professores Leopoldo Gil e Marilene Mazzaro deixam Imperatriz; Leopoldo transfere-se para São Luis indo para a então ETFM, e no Estado, trabalhar no grupo que implantou a primeira Secretaria de Desportos e Lazer do Brasil – SEDEL; Marilene, para a Paraíba.

- Como reflexo do trabalho implantado por eles nas escolas municipais, as equipes vencedoras eram sempre oriundas de escolas públicas: Dorgival Pinheiro de Sousa (município), Graça Aranha e Polivalente (ambos, do estado), por exemplo. Com o decorrer dos anos, as escolas particulares foram selecionando os melhores atletas e passaram à vanguarda.

1980 –em06dejunho,éfundadaaprimeiraescolinhadefuteboldeImperatriz.A“Marwel”,porJoséMoreira da Silva; em 1987, quando deixou o Exército,onde serviu a partir de 1984, ganhou apoio do 50º. BIS para continuar o trabalho social com crianças casrentes

- fundação do Clube de Regatas América por Francisco Valdenê, entidade não filiada a LIF; apesar do nome dedica-se ao futebol;

1983 – na administração Fiquene, A SEDUC é desdobrada, criando-se a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEDEL); coube a Mary de Pinho, então diretora da Divisão de Esportes assumir a nova Secretaria, com sede no Centro Esportivo Bajorna Lobão, construído na administração Carlos Amorim;

- é construído o Ginásio de Esportes Fiqueninho

1985 – é organizado o corpo de arbitragem da Liga, sendo relacionados e aprovados, passando a fazer parte do quadro da COBRAF, da CBF. O decano da arbitragem é Jackson Pereira Silveira, sendo indicado, em 1988, para o quadro especial de arbitragem. Em 1990, foi indicado aspirante a FIFA, onde permaneceu ate 1995, quando se aposentou. Outro indicado a apitar jogos de campeonatos regionais e brasileiros é Alfredo Silva Filho. Ainda pertencem ao quadro da COBRAF Juscelino Miranda Silva e Reinaldo Martins Filho.

1987 – 10 de outubro, realizada a primeira corrida de kart da cidade, trazida pela Associação de kart da Ilha – AKAI -, de São Luís; a prova aconteceu na Praça Tiuradentes;

- 30 de outubro, fundado o Clube de Kart da Região Tocantina;

- com a inauguração do Kartodromo Luiz Salem,em São Luís, os kartistas imperautas passam a disputar corridas e a treinar na capital;

1990 – 20 de maio, o Clube de Regatas Flamengo, do Rio de Janeiro, vem a Imperatriz, onde joga e empata por0 a 0 com a Sociedade Atlética Imperatriz, no Estádio Municipal Frei Epifânio d´Abadia

1989 – fundado o Yate Clube de Imperatriz, de lazer e esportes aquáticos; em 20 de julho

1991 – XIII JEI – Escola Dorgival Pinheiro de Sousa

- 07 de junho, inaugurado o Kartódromo de Imperatriz, construído em regime de mutirão; na prova de inauguração compareceram 43 pilotos dos estados do Maranhão, Goiás, Tocantins, Piauí e Pará; a prova era de caráter festivo e foi vencida por Marco Antonio Lins

1992 – na administração Davi Alves Silva, pela lei678, a SEDEL é extinta, e seus dois departamentos, Esportes e Praças Esportivas, é incorporada pela Secretaria de Cultura

XIV JEI

Escola Rui Barbosa (particular)

1993 – o prefeito Renato Cortez Moreira reinstala a SEDUC, com abrangência maior e nova denominação –Secretaria Municipal de Cultura, Desportos e Turismo; o Departamento de Esportes é dirigido por Jucelino Miranda Silva, com uma Divisão de Eventos (Linda de Fátima Dias) e o de Praças Esportivas dirigida por Pedro Faustino Neto, e assistentes Raimundo Vale Leal e Rodolfo Ferreira Carvalho

- dezembro – é extinta a Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo; as responsabilidades esportivas passam ao Departamento de Esportes, agregadas a Secretaria de Educação, como em 1977;

- os últimos remanescentes dos times de futebol profissional dos anos 60 são o Tocantins e o Imperatriz. O Prefeito Renato Moreira, um apaixonado pelo futebol, tenta a recuperação desse esporte. Dos dois times, o que estava em melhores condições era o Imperatriz, ajudado pelo Sindicado dos Arrumadores. Moreira empenhou-se em recupera-lo, mas não era bem isso que o novo diretor desejava. Depois do assassinato de Renato, o Imperatriz foi definhando até não ter mais um time organizado capaz de sobreviver as dificuldades e competir em campeonatos.

- o Imperatriz Esporte Clube é dirigido por Damião Benício dos Santos, do grupo do prefeito Renato Moreira, que apóia o Clube, que faz a sua melhor campanha no Campeonato Maranhense, chegando ao vicecampeonato

– XI JEI – Escola Rui Barbosa (particular)

- fundada a Sociedade Esportiva Juduí, clube de futebol amador

1994 – XVI JEI – Escola Rui Barbosa (particular)

- realizada a I Copa CEFET, em Imperatriz; disputada por alunos do CEFET-MA e de escolas convidadas, nas modalidades de Futsal, Basquete, Futebol de Campo, Handebol, Voleibol, Nataçãoi e Tênis de Mesa, nas categorias juvenil e adulto; uma corrida rística marcou a abertura do evento

1995 – reformulada pela Lei 757/95, de 31 de março, com a denominação de Secretaria de Educação, Cultura, Desportos e Lazer

– XVII JEI – Escola Rui Barbosa (particular)

1996 – A Liga Imperatrizese de Futebol, subordinada a Federação Maranhense de Futebol, coordenou 35 equipes de futebol amador, classificados em masters, juniores, e juvenis, disputando torneio e campeonatos no Estadio Frei Epifânio d´Abadia e em campos particulares.

- apenas seis professores de educação física, da cidade, têm graduação

- BARROS (1996), de quem nos servimos para traçar a memória do esporte em Imperatriz, informa que neste ano, 1996, os esportes estavam estruturados desta forma:

Academias – a primeira foi a Academia Luzibel; depois vieram a Escola do Corpo e a Academia Movimento.

- outras academias:

- Só ela – estética feminina

- Corpo Livre – karatê

- Pró-cprpo – Ginástica e musculação

- Asdteca – karatê

- Aslam – ginástica e karatê

- Centauros Gin – ginástica e musculação

- Clube do Peso – musculação

1986 – a Academia Poliher foi inaugurada em 09 de dezembro, pelo professor de educação física José Hércio, atendendo ao público com musculação,ginástica aeróbica,ginásticalocalizada, eginásticaolímpica feminina. De lá saiu a equipe campeã maranhense na modalidade, nos JEMs 1995; especializada na parte estética, ainda oferece karatê, judô, jazz, e balé, prepara-se para instalar um parque aquático.

Judô – começou com o professor Adolfo; calcula-se que atualmente150 crianças pratiquem em Imperatriz Karatê – o médico Rui Guilherme é apontado como o melhor da cidade

Natação – a grande piscina sempre foi o rio Tocantins, com as suas travessias, especialmente no verão –época da seca:os cansados ou medrosos ficavam na praia do Meio. Não havia títulos nem premiação; hoje, faz-se com orientação técnica e apoio;

1975 – a primeira OCOI teve, entre os esportes disputados, a Natação; o primeiro campeão foi José Henrique dos Santos Barros, da Escola Cristo Rei; hoje,é um dos mais destacados professores de natação da região; Escolas de Natação: Juçara Clube (J. Henrique Barros); Associação Médica (Guilherme Pessoa), Fliper (50º. BIS, Joselina); SESI I e SESI II (Marizete)

Bicicross - ainda improvisdado, sem uma sede e sem uma pista definitiva, já produziu um campeão brasileiro,convocadopara um campeonato mundial na Europa: Esmeradson de Pinho.

Kart –

1987 – Giovanni Guerra trouxe da Anápolis um kart, e dentre em pouco havia uma frota de 12 veículos

- em outubro, promoveram a primeira corrida, na Praça Tiradentes, com 12 concorrentes, sagrando-se campeão Roberto dos Santos Brito – o Beto.

1991 – 07 de julho, inauguração do kartodromo, em terreno doado por d. Rosalina, uma área de dez hectares, as margens da BR, que levou três anos para ser construído; o campeão da corrida de inauguração foi Marcos Antonio Lins

1993 – o sócio Aruanâ Parreira organizou a categoria infantil, para ambos os sexos. Nesse mesmo foi filiado ao kartismo o garoto Fernando Teles Nunes Neto, de quatro anos de idade, considerado o mais jovem kartista do mundo em disputa de provas

1994 – Campeão estadual: Luciano Guerra

- campeão interestadual – Rodrigo Campolina

Tiro ao Alvo – 1986 – o Clube de Caça e Tiro foi inaugurado

Clubes Recreativos –

1963 – inauguração do Clube Tocantins; possui sede urbana e sede campestre; a parte esportiva é dotada de quadras de vôlei, vôlei de praia, futvolei, futebol soçaite; um grande ginásio esportivo esta sendo constrído; possui uma piscina natural, chalés e áreas para lazer

- Juçara Clube –

- AABB -

1989 – Yate Clube de Imperatriz é inaugurado a margem do rio Tocantins, numa área de35.000 m; objetivo e o lazer aquático

1998 – decisão do Campeonato de Futebol Amador da 2a. Divisão, que reuniu oito clubes; Botafogo e Volta Redonda, rebaixados no ano anterior, fazem a final;

- realizada a 3ª. Prova da Amizade de kart; vencida por Luciano Guerra; o evento contou com a participação do piloto Nelson Piquet

- fundado o Clube de Xadrez de Imperatriz

2000 – A Sociedade Atlética Imperatriz, fundada em 04 de janeiro de 1962, tem seu nome modificado para Sociedade Esportiva Imperatriz, que seria mudado posteriormente para Sociedade Imperatriz de Desportos, nome que mantém atualmente;

- fundado o Jeep Clube de Imperatriz

2001 – Geovanni Guerra funda a Federação de Automobilismo do Estado do Maranhão (FAEM) com sede em Imperatriz; a entidade foi reconhecida no mesmo ano pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

- A Petrobrás aprova a inclusão de Imperatriz no calendário da “Seletiva de Kart Petrobrás”;

-realizadaaprovaseletivadeKart,em Imperatriz,querecebeuonomedeCopaFiatMileniundeKart/Seletiva Petrobrás/Amir Near Racing

- a imprensa atribui a Imperatriz o título de Capital Norte-Nordeste de Automobilismo, após uma seletiva de Kart Petrobrás

2002 – em 06 de janeiro, começa a Exposição Esportiva Marwel de Craques, realizada pela Marwel Esporte Clube, em frente ao 50º. BIS, em homenagem aos 22 anos de fundação da escolinha de futebol, a primeira de Imperatriz

- morre Aruanã Pinto da Silva, desportista e empresário; foi aluno do Prof. Leopoldo Gil, na Escola Santa Teresinha, disputando as primeiras OCOI, nas modalidades de Atletismo, Basquetebol, Voleibol, e Handebol; era kartista.

Fontes:

BARROS, Edelvira. HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DE IMPERATRIZ. Imperatriz: Éticas; Academia Imperatrizense de Letras, 1993. Caderno de Debates 2

BARROS, Edelvira Marques de Moraes. IMPERATRIZ – Memória e registro. Imperatriz: Éticas, 1996 COUTINHO, Milson. IMPERATRIZ, subsídios para a história da cidade. São Luís: SIOGE, 1994 SANCHES, Edmilson (Editor). ENCICLOPÉDIA DE IMPERATRIZ. Imperatriz: Instituto Imperatriz, 2002

Na FEI havia a disciplina Educação Física, para os alunos dos cursos de licenciatura curta; o professor era o Renildo Martins – tinhacursadoaEscoladeEducaçãoFísicado Pará -; quandodoreconhecimento dos cursos, descobriu-se que Renildo ainda não tinha o diploma, pois o curso do Pará não estava reconhecido; ai o Milleo foi convidado para responder pela disciplina; como estava vindo embora, me indicou; assumi a Educação Física da FEI, tive que refazer todos os diários de tres anos de cursos, pois Renildo não dava as aulas, e preparar toda a documentação para o reconhecimento; passei a dar aulas, com tres turmas, uma de cada curso oferecido, aos sábados; nessas turmas que apareceram vários alunos da FEI que já tinham alguma experiencia de esportes, e buscava prepara-los para assumirem aulas de educação física; discutíamos métodos de ensino, condicionamento físico e, claro, técnicas de vários esportes, fundamentos, para que pudessem assumir aulas nas escolas; o Ribeirinho estava nessa turma, e daí que começou a dar aulas de educação física… tornou-se professor de educação física, embora sua licenciatura fosse em outra área…

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

Retornei nestafinal desemanade Imperatriz.Quem nãonasceulá,avisita,etomabanhonoTocantins, sempre volta, um dia. Eu, paranaense, nascido em Curitiba, fui à Imperatriz pela primeira vez, em janeiro de 1975. Passar 30 dias, em uma ação do então Campus Avançado da Universidade Federal do Paraná/Projeto Rondon. Era janeiro...

Convidado que fomos, em reunião para detalhes de nossa formatura em Educação Física, na qual o Prof; Alberto Milléo Filho, então diretor do Campus Avançado, nos convidou para integrar uma equipe de professores de educação física e acadêmicos, acadêmicos de medicina e de bioquímica. Seria a 49ª Equipe a visitaraquela cidade... Alguns dos colegas aceitaram aincumbência: alémdemim, MarileneMazzero eEliane Demio; outros acadêmicos se juntaram também, num total de 20, da educação Física. A proposta era realizar uma Colônia de Férias.

Em lá chegando, refizemos o planejamento, após observar as condições físicas dos espaços disponíveis: além do próprio campus, com um campo de futebol e uma quadra de vôlei de areia, e outros espaços, a Escola Santa Teresinha, alé próxima, com uma quadra de esportes poliesportiva, o SESI, com uma outra quadra poliesportiva, o Mourão Rangel, com uma quadra poliesportiva, e o 50º BIS, com uma quadra poliesportiva e uma pista de atletismo.

Realizada a Colônia, em que foram oferecidas modalidades esportivas, como Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futebol de Salão, Futebol de Campo, Atletismo, Recreação... Fizemos uma competição entre os vários locais, de Atletismo, no 50º BIS, Volei, Basquete e Handebol, além do Futebol de Salão e Futebol de Campo.

Nas quadras do Santa Teresinha (basquete), Mourão Rangel (20x40), 50º BIS (basquete), SESI (basquete), marcamos as linhas para o Handebol, e apresentamos a modalidade.

JAMAIS DEIXEI IMPERATRIZ ! IMPERATRIZ NUNCA ME DEIXOU!!

Àquela época, a Educação Física se resumia a umas poucas escolas. E havia apenas tres ou quatro professores, atuando em uma escola estadual, em duas municipais, e no SESI, como recreação. E só Voleibol feminino e Futebol, campo e salão, para o masculino.

Milleo, professor de educação física, então diretor do Campus, havia iniciado, no ano anterior, um projeto de implantação da Educação Física e dos Esportes, com a realização de uma primeira colônia de férias, e de uma competição esportiva, envolvendo escolares, apenas: criou a OLIMPIADA COLEGIAL DE IMPERATRIZ –OCOI.

Chegamos, a equipe 49, em 1976. Milleo, amigo da minha família, convidou-me para permanecer em Imperatriz, para dar continuidade ao seu trabalho. Acabei aceitando, junto com a Marilene Mazzaro. Assim, ao terminodaquelejaneiro,retornamos àCuritiba, enos preparamos paraoretornoà Imperatriz, oque fizemos em Março. Uma breve para em Brasilia, onde fomos ao então MEC/DED, e lá encontramos o Prof. Ary Façanha de Sá, criador dos Jogos Escolares Brasileiros, e coordenador dos convênios de educação física, ao redor dso mundo, em especial, Alemanha.

Famos de nossas intenções, e prometeu-nos todo o apoio. Fomos para Imperatriz, então. Ficamos hospedados com Milleo por alguns meses, até alugarmos casa própria.

Milleohaviaprovidênciaparanós empregos –naEscolaSantaTeresinha,como professores deeducação física e esportes; junto à Prefeitura Municipal, a criação do Departamento de Educação Física e Recreação, junto à Secretaria de Educação, e fomos contratados. Mais tarde, fui chamado para professor da Faculdade de Educação – FEI.

Junto co Milléo, iniciamos, então, o planejamento de nossas ações – a implantação da educação física nas escolas da rede municipal de Imperatriz, pelo agora DEFER/SEDUC, e no Vale do Tocantins, pelo Campus Avançado. Daí que fui contratado pelo Ministério do Interior, FunRondon, para implementar esse projeto. Reorganizamos aOCOI, epromovemosasegundadisputa.Demosumcursodeeducaçãofísica,paraformação de monitores, para mais de 100 inscritos, nas várias etapas. Além da parte pedagógica e planejamento do ensino, as várias modalidades esportivas. Alguns, fizeram todos as etapas,, outros, apenas em um outro esporte. Enfim, quase todos esses monitores foram aproveitados pela rede escolar, não só na publica, mas na privada e confessional.

Ao termino de meu contrato com a FunRondon, de um ano, permanecei em Imperatriz até 1978. Fiz concurso para o Estado, Centro de Ensino de 2º Grau Graça Aranha, onde dei aulas por um ano.

Tomei conhecimento da criação da Secretaria de Desportos e Lazer, que estava sendo planejada pelo Plano de Governo do então nomeado Governador João Castelo, me interessei, e pedi transferência para São Luis, o que foi acatado. Fui para o então Centro de Ensino de 2º Grau Liceu Maranhense, e em seguida colocado à disposição do Plano de Governo.

Deixei Imperatriz...

Claroque retornei várias vezes, em visita.Muitas vezes atrabalho. Mas semprevoltando... sempre procurando fazer o que podia, por aquela cidade, e pela educação física e os esportes.

Este ano, as comemorações dos 50 anos de criação dos Jogos Escolares – da OCOI -, e me convidaram, assim como ao Milleo e à Marilene, para recebermos as homenagens pelo trabalho. Só eu pude comparecer, pois resido próximo, em São Luis. Milleo, numa cidade litorânea do Paraná, e Marilene em João Pessoa-PB.

É gratificante ver como seu trabalho evoluiu. A maioria dos professores que hoje estão atuando, e os dirigentes! São – como disse – seus meninos! Muitos participaram da Colônia de Férias e da OCOI, depois JEMs e tiveram uma carreira, como atletas, brilhante! E se tornaram professores de educação física e técnicos esportivos! E estão lá, dando continuidade ao seu trabalho, formando novos professores, novos atletas, e se destacando no cenário esportivo estadual, nacional, sul-americano e mundial!

Obrigado, Imperatriz!!!

IGREJA SÃO JOÃO BATISTA, VINHAIS VELHO, PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX

Fotografias que mostram aspectos externos e internos da Igreja São João Batista, localizada no Vinhais Velho, nas margens da Via Expressa. Vinhais Velho ou simplesmente Vinhais, é um dos lugares que tem importância no que tange aos indígenas e as ações dos jesuítas na época colonial, por esses motivos que essas fotografias estariam no Arquivo Central do Iphan, localizado no Rio de Janeiro. Provavelmente, essas fotografias foram feitas na primeira metade do Século XX. Agora, imagina a trajetória que o pesquisador, o fotógrafo ou o pesquisador fotógrafo teve para chegar a Vinhais quando não existia uma estrada terrestre, tinha que pegar uma canoa para chegar no cais do Vinhais. O pesquisador que chegou até o Vinhais para fazer esses registros, com certeza era maranhense ou teve ajuda de algum pesquisador maranhense que conhecia essas localidades históricas que são distantes da urbe. Um dos maranhenses que conhecia São Luís e ia para todos os cantos da cidade, passando por estradas de terra, pegando embarcações, atravessando distâncias e obstáculos, era o vianense Raimundo Lopes. Raimundo Lopes foi o primeiro pesquisador que realizou os primeiros processos de tombamentos no Maranhão, quando surgiu o Iphan no fim dos anos 1930.

Lembrando que esse belo patrimônio quase foi destruído ou mutilado com a construção da Via Expressa, mas graças aos moradores, pesquisadores e militantes que lutaram para evitar impactos maiores.

: Arquivo Central do Iphan(@iphangovbr)

Texto e Pesquisa: São Luís Memória(@slzmemoria)

NA FOTO: Agricultores Japoneses e o Governador Newton Bello, São Luís-MA, 1963

Fonte: SLM. SÃO LUÍS MEMÓRIA. Grupo Facebook. Setembro 2022. Ronald Almeida SLZ-MA 27SET2022.

Agricultores japoneses entregando os seus produtos ao governador Newton Bello.

Pra quem não sabe: famílias japonesas chegaram aqui no Maranhão no início da década de 1960, durante o governo Newton Bello que fez um acordo com o Estado japonês. Famílias [nipônicas] foram morar no município de Rosário e em Pedrinhas, zonal rural de São Luís, para trabalhar na produção de hortas e frutas e criar granjas para abastecer os mercados e feiras [da capital do Maranhão].

[RELEITURA: PASSADOS 60 ANOS 1962-2022. Essa promissora iniciativa social, cultural, ecológica e econômica, ao contrário do que aconteceu muito positivamente em São Paulo, aqui não deu certo!

Não conseguimos ajudar a desenvolver a parceria com os imigrantes japoneses, trabalhadores resilientes oriundos de uma sociedade de cultura sólida com vários milênios e uma mais avançadas em tecnologia do Século XX. Resultado: poucos japoneses aqui permaneceram, não vieram outros grupos, e o Maranhão continua, na terceira década do Século XXI ainda dependente de importações maciças de hortifrutis de outros estados, em especial do CEARÁ, e até coco, que vem da PARAÍBA.

ISTO É UMA VERGONHA e um dos fatores que colocam o Maranhão com os piores IDHM do país, com destaque para a pobreza familiar (péssima distribuição de renda e terras), fenômeno crescente em dezenas de municípios maranhenses.

Indicação de leitura: 1 - IMIGRAÇÃO JAPONESA NO MARANHÃO: Uma jornada de 55 anos, livro de Etevaldo Alves de Siqueira Junior 2 - O Sol Oriente no Maranhão: Análise da Experiência Imigratória Japonesa na Década de 1960, artigo feito pela Hemelita da Silva(disponível em PDF na internet)

[Fonte original:] Jornal do Dia, [sem data.]

COLORINDO A HISTÓRIA DE IMPERATRIZ MARANHÃO.

Mais uma vez voltaremos ao início dos anos 1970 (1970 ou 1971), uma viagem no tempo, onde estaremos comabandamarcialdofamosoGinásioBernardoSayão(GBS).Nestaimportanteehistóricafotografia,t4mos os c9mponentes da banda, acompanhados do prefeito da cidade na época, o Senhor Renato Cortez Moreira, e também do promotor público, o senhor Delfino Sipaúba. Esta fotografia foi efetuada no amplo gramado da então Praça Castelo Branco, atual Praça da Cultura Renato Cortez Moreira.

Foto antiga: Wallace Bernardino Bezerra, que se faz presente na fotografia (o segundo da esquerda para direita).

Vídeo e fotos atuais de Fernando Cunha.

A música é um clássico internacional dos anos 1970, September da banda americana Earth, Wind & Fire.

TEORIA DA PRESENÇA DE FENÍCIOS NO BRASIL

TEORIA DA PRESENÇA DE FENÍCIOS NO BRASIL – WIKIPÉDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE

Cópia do texto da Pedra da Paraíba, enviado em 1872

Inscrição da Pedra do Ingá (PB).

Inscrição da Pedra Lavrada, Jardim do Seridó (RN), por Soares Retumba

Parte da interpretação da inscrição da Pedra Lavrada (Jardim do Seridó) por Silva Ramos

Inscrição registrada por Jean-Baptiste Debret no Rochedo dos Arvoredos, Ilhas do Arvoredo (SC).[carece de fontes]

Interpretação da inscrição fenícia da Pedra da Gávea (RJ) por Silva Ramos

livro de Ladislau Netto (PDF)

Navio fenício em “Illustrerad verldshistoria utgifven av E. Wallis. (v.I)”

Navio de guerra assírio 700-692 a.C. de Nínive, Palácio Sudoeste, Sala VII, painel 11; provavelmente construído e comandado por fenícios empregados por Senaqueribe.

Navio fenício gravado em um sarcófago, século II d.C.

Navios fenícios (“hipos”): relevo do palácio de Sargão II da Assíria em Dur Xarruquim (hoje Corsabade). Museu do Louvre

Restos do barco fenício Mazarron I século VII a.C., Museu Nacional de Arqueologia Subaquática (ARQUA) em Cartagena (Espanha)

A teoria da presença de fenícios no Brasil é uma controversa teoria levantada por alguns autores que sugere que o Brasil haveria sido visitado por navegadores fenícios na Antiguidade, baseando-se em registros sob a forma de inscrições e artefatos. Em complemento a estes testemunhos materiais, são apontadas também semelhanças entre as línguas indígenas do Brasil e das Américas e as antigas línguas semíticas e, ainda, a semelhança de tradições indígenas brasileiras, como por exemplo a mitologia tupi-guarani, a antigas tradições mediterrâneas. Alguns dos principais proponentes desta teoria são Ludwig Schwennhagen e Bernardo de Azevedo da Silva Ramos

História

As hipóteses mais antigas de que o continente americano poderia ter sido povoado por fenícios foram propostas por Robertus Comtaeus Nortmannus em 1644[1] e por Georg Horn, historiador e geógrafo alemão, em 1652.[2][3][4] Onffroy de Thoron[5] escreveu sobre viagens das frotas do rei Hirão de Tiro, da Fenícia, e do rei Salomão, da Judeia, no rio Amazonas, nos anos de 993 a.C. a 960 a.C..[6] Em apoio a essas ideias, Schwennhagen apresenta letreiros e inscrições como evidências, afirmando serem em maior parte escritos com letras do alfabeto fenício e da escrita demótica do Egito, observando encontrarem-se também inscrições com letras da escrita cuneiforme sumérica, antiga escrita babilônica, letras gregas e mesmo latinas.[7] A obra de Silva Ramos também apresenta letreiros e inscrições do Brasil e da América, que são comparados com inscrições semelhantes dos países do velho mundo, observando-se homogeneidade na escrita. Schwennhagen cita Diodoro Sículo, História Universal, Livro 5, Capítulos 19 e 20[8] como exemplo de relato da primeira viagem de uma frota de fenícios a ter atravessado o Atlântico e chegado às costas do Nordeste do Brasil Argumenta que, para esse fim, os navegadores fenícios teriam recorrido às correntes marítimas, propícias para a travessia. Schwennhagen afirma que a língua tupi pertence à grande família das línguas pelasgas, sendo um ramo da língua suméria. Em seu trabalho, refere que as sete tribos da nação tupi residiam em um país chamado Caraíba, um grande pedaço de terra firme localizado onde hoje fica o mar das Caraíbas, onde se tinham refugiado da desmoronada Atlântida. Chamaram-se “Caris” e eram ligados aos povos cários, da Cária, no Mediterrâneo. Em apoio a este conceito, cita a História do Brasil de Francisco Adolfo de Varnhagen para confirmar a tradição de uma migração dos caris-tupis de Caraíba para o norte do continente sul-americano, tradição que sobrevive ou sobrevivia ainda entre povos indígenas da Venezuela. Cita também o padre António Vieira, que afirma que os tupinambás e tabajaras contaram-lhe que os povos tupis migraram para o Norte do Brasil pelo mar, vindos de um país não mais existente. O país Caraíba teria desaparecido progressivamente, afundando no mar, e os tupis salvaram-se rumando para o continente. Os tabajaras diziam-se o povo mais antigo do Brasil, e se chamavam por isso “tupinambás”, “homens da legítima raça tupi”, pagando o desprezo de parte dos outros tupis, com o insulto “tupiniquim” e “tupinambarana”, tupis de segunda classe. Sempre se conservou a tradição de que os tupis tinham sete tribos, segundo o autor. Diferencia também o povo tapuia do povo tupi, dizendo serem os tapuias verdadeiros indígenas brasileiros.

De acordo com Schwennhagen, o continente americano é a lendária ilha das Sete Cidades. Diz o autor que tupi significa “filho ou crente de Tupã”. A religião tupi teria aparecido no Norte do Brasil cerca de 1050 a 1000 a.C., juntamente com os fenícios, propagada por sacerdotes cários, da ordem dos piagas. Os piagas (de ondederiva-seapalavra pajés)fundaramnoNortedoBrasilumcentronacionaldospovostupis,denominando Piaguia a esse lugar, de onde formou-se o nome Piauí. Esse lugar eram as Sete Cidades (hoje, o Parque Nacional de Sete Cidades). A Gruta de Ubajara teria sido fruto de escavações para retirada de salitre, produto comercializado pelos fenícios. A cidade de Tutóia, no Maranhão, teria sido fundada por navegadores fenícios

e por emigrantes da Ásia Menor que chegavam em navios fenícios, escolhendo o local para construir uma praça forte, onde dominariam a foz do rio Parnaíba.

“Seres, Sóis e Sinais”

Os relatos de navegantes do Novo Mundo em busca das Índias revelam mais do terreno do mito do que da experiência. O coronel inglês Percy H. Fawcett, que acreditava na existência da “civilização remota do Y Brazil” cujas sete cidades se alinhariam do Mato Grosso à Amazônia, em busca das “cidades perdidas” ressaltava em seus escritos o aspecto mais fantasioso do mundo primitivo brasileiro que, desde o século XVI, deixou de ser um campo aberto à fantasia estrangeira: ocasião em que vieram as "missões estrangeiras" em busca do "El Dorado".[9]

Descobertas recentes da arqueologia brasileira desconstroem a existência da "Cidade das Portas de Ouro", não acolhendo fenícios e nem marinheiros de Salomão em suas florestas. Não podiam saber que o Brasil era a terra dos "pardos nus", armados de arcos e flechas e com uma cultura originária. Ambrósio Fernandes Brandão foi o primeiro a assinalar no Diálogo das Grandezas do Brasil que havia no estranho país, sinalizações de uma arte "mui antiga".[9]

Interessado por antropologia, o Imperador Pedro II do Brasil contribuiu para a arqueologia com a criação de instituições de pesquisa.[9] Com a Proclamação da República do Brasil, os museus se tornaram centros de estudos do passado remoto, enquanto que, em Belém, o zoólogo suíço Emílio Goeldi reorganizava as suas pesquisas com influência da arqueologia da região. Foram estudiosos estrangeiros que deram início à pesquisa arqueológica no Brasil no século XIX, com ênfase nos "achados das pedras pintadas ou furadas" presentes nas narrativas do folclore. Auguste de Saint-Hilaire e Carl Friedrich Philipp von Martius tinham pesquisas voltadas especialmente para "antiguidades indígenas" e o botânico Peter Wilhelm Lund, pinturas rupestres. Este último, mais interessado no estudo de fósseis de animais extintos, fixou residência na aldeia de Lagoa Santa em 1834, para pesquisar as centenas de grutas da região. Lund viria a descobrir o Homem de Lagoa Santa, não tivesse interrompido as pesquisas, em 1844. J. A. Padberg–Drenkpol, pesquisador do Museu Nacional do Rio de Janeiro, realizou escavações arqueológicas em Lagoa Santa entre 1926 e 1929, porém, obteve resultados fracos. Kurt Nimuendaju, por exemplo, teve mais sucesso, com a descoberta da cultura "Santarém".[10][11]

Essa movimentação de curiosos e estudiosos resultou na publicação do primeiro manual de arqueologia brasileiro por Angyone Costa, em 1934.[12] Três anos depois, surgiu uma contribuição na forma de “primeira abordagem antropológica da arte rupestre em Sant’Ana da Chapada”, pesquisada por Herbert Baldus. Em 1941, José Anthero Pereira Jr., professor da USP, rechaçou as fantasias elaboradas em torno das inscrições primitivas, dadas como presença de fenícios, hebreus e "atlântidas".[9] Durante muito tempo, o “novo mundo” foi dado como de povoamento tardio, se comparado com as idades mais remotas dos Homo sapiens, por volta dos 14 mil anos. Demorou até que estudos científicos aceitassem a ocupação da América do Sul como datada de muito mais antiga, com evidências da presença humana em patamares que foram recuando, do Homem de Lagoa Santa, até 47 mil anos datação que se aproxima daquelas obtidas recentemente pela antropóloga Niède Guidon nos abrigos mais antigos do Parque Nacional Serra da Capivara, no Estado do Piauí, local do sítio arqueológico de Pedra Furada e Toca do Boqueirão remoto sítio pré-histórico continental cujo acervo é também composto de pinturas e inscrições da chamada "tradição Nordeste". Niède Guidon acredita que a entrada dos autores dessas “marcas” aconteceram em sucessivas vagas de grupos amarelos "saindo de vários lugares e seguindo diferentes caminhos" pela rota do norte, através do Estreito de Bering. Ainda segundo Niède Guidon, a idade dessa “movimentação” poderá recuar ainda mais à medida que avançam os estudos da pré-história brasileira, cujos registros populacionais se encontram marcados em três grande áreas: o Litoral, a Amazônia e o Interior [9]

Inscrição de Pouso Alto às margens do Paraíba

No dia 13 de setembro de 1872, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) foi notificado do encontro em "Pouso Alto, às margens do [rio] Paraíba", por Joaquim Alves da Costa, de inscrições gravadas em uma pedra. Uma transcrição da inscrição foi enviada ao IHGB. Despertaram grande interesse no Brasil, sendo estudadas primeiramente por Ladislau de Souza Mello Netto, que fez uma primeira tradução. Diante de críticas e da dificuldade em encontrar Joaquim Alves da Costa, a localidade exata e a pedra, Ladislau Netto declarou em um momento mais tarde serem apócrifas as inscrições.[13] O francês Ernest Renan afirmou serem as inscrições fenícias, com idade de cerca de 3000 anos. Quase um século depois, nos anos 1960, nos EUA,

Cyrus H. Gordon, da Universidade Brandeis, em Boston, reconhecida autoridade em línguas mediterrâneas, confirmou serem inscrições fenícias e as traduziu. Gordon era de opinião que a inscrição continha elementos de estilo fenício que eram desconhecidos no século XIX e concluiu que era genuína.[14] Seu texto em português é:

Somos filhos de Canaã, de Sidon, a cidade do rei. O comércio nos trouxe a esta distante praia, uma terra de montanhas. Sacrificamos um jovem aos deuses e deusas exaltados no ano de 19 de Hirão, nosso poderoso rei. Embarcamos em Ezion-Geber, no mar Vermelho, e viajamos com 10 navios. Permanecemos no mar juntos por dois anos, em volta da terra pertencente a Ham (África), mas fomos separados por uma tempestade, nos afastamos de nossos companheiros e, assim, aportamos aqui, 12 homens e 3 mulheres. Numa nova praia que eu, o almirante, controlo. Mas auspiciosamente passam os exaltados deuses e deusas intercederem em nosso favor.

Segundo Johnni Langer, em sua tese de doutorado: "Os debates e a polêmica em torno dessa inscrição persistem até hoje, a exemplo da pedra de Kensington (EUA, descoberta ao final do séc. XIX). Desde 1872, a maioria dos estudos epigráficos apontam a inscrição da Paraíba como fraudolenta: S. Euting (1873-74), M. Schlottmann (1874), J. Friedrich (1968), F. M. Cross Jrs. (1968), O. Eissfeldt (1970) e Hartmut Schmokel (1970). Quatro epigrafistas defenderam sua autenticidade: Cyrus Gordon (1967), L. Deleat (1969), Lienhard Oelekat (1968), Alb van den Branden (1968). As duas maiores autoridades em feniciologia do Oitocentos, Ernest Renan e J. Bargés, ao que sabemos, omitiram-se de qualquer opinião. Outro estudioso, Jacob Prag (1874), discordou da análise de S. Euting, mas também não elaborou maiores comentários." Langer escreve que "O realizador do documento conhecia muito bem os membros do Instituto, pois endereçou a carta para seu presidente, o Marquês de Sapucaí"[15]

Inscrição da “Pedra-lavrada na província da Paraíba”, em Jardim do Seridó, RN

A interpretação de Bernardo de Azevedo da Silva Ramos para a inscrição de “Pedra-lavrada na província da Parahiba”, registrada por Francisco Pinto (1864) e Francisco Soares Retumba (1886), que Ludwig Schwennhagen acreditou se localizar em Jardim do Seridó, Rio Grande do Norte, na margem do rio Seridó, e que Silva Ramos considera de origem grega, é:

“700 / Signos / Capricórnio / Pégaso / Peixe / Carneiro / Touro / Dióscros / Caranguejo / Leão / Virgem / Balança / Escorpião / Sagitário / Vênus / Serpentuário / Hidra / Serpente / Cisne / Staurus / Iléias / Hyades / Centauro / Baleia / Orion / Ursa Maior / Ursa Menor / Boeiro / Coroa (boreal) / Hércules / Lira / Eridano / Perseu / Águia / Cão Pequeno / Molossos / Lebre / Delfim / Cérbero / Lobo / Íris/Flecha / Triângulo / Júpiter / Marte / Luz / Sol / Saturno / Mercúrio / Terra / Cocheiro / Taça / Corvo / Navio / Altar /”.[16][17] Avaliação acadêmica

Marshall B. McKusick[18] revisou e refutou várias teorias acerca de fenícios e cananeus no Novo Mundo; ele observou que "na atualidade, todos desejam ser sua própria autoridade, e a busca pessoal por alternativas culturais parece fazer toda a teoria ou ideia igual em valor."[19] Glenn Markoe disse que "provavelmente nunca se saberá" se fenícios realmente chegaram às Américas. Ele observa:

A prova em forma de inscrição, como o celebrado texto fenício alegadamente encontrado na Paraíba, no norte do Brasil, permanece inverossímil. A última, que conta o desembarque de um grupo levado pela tempestade desde Sidon, tem sido amplamente considerada uma falsificação habilidosa. Se tão fatídica expedição tivesse realmente ocorrido, teria sido mais provável encontrar a prova num punhado de fragmentos de cerâmica fenícios.[20]

Ronald H. Fritze discute a história dessas teorias do século XVII ao XX concluindo que, ainda que tecnicamente possíveis, ...não se descobriu nenhuma evidência arqueológica para provar as argumentações de Irwin, Gordon, Bailey, Fell e outros. Posto que inclusive a efêmera presença nórdica na Vinlândia deixou restos arqueológicos evidentes em L'Anse aux Meadows, na Terra Nova, parece lógico que a suposta presença de fenícios e cartaginenses teria deixado evidências similares. A ausência desses restos é uma forte evidência circunstancial de que fenícios e cartaginenses nunca chegaram ao continente americano.[21]

O rio Corrente nasce no sítio Revedor na Chapada dos Matões em Pedro II Piauí, numa altitude de 720 metros. Tem sua foz no rio Longá, que por sua vez e tributário do rio Parnaíba. Suas ribeiras foram ocupadas nas primeirasdécadasdoséculoXVIII,quandoogovernodoEstadodoMaranhãodistribuiudezenasdesesmarias. Essas sesmarias encontram-se registradas nos livros do antigo Estado do Maranhão, entre os anos de 1720 e 1750.

Imagem: Trecho do Mapa de Henrique Gallucio feito em 1760 e corrigido em 1809 pelo engenheiro Jozé Pedro Cezar de Menezes "por ordem e debaixo das vistas do governador Carlos Cesar Burlamaqui". Arquivo do Exército Brasileiro - Rio de Janeiro.

Por João Bosco Gaspar,

A PRIMEIRA SEDE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO

Segundo o saudoso desembargador Milson de Souza Coutinho, a primeira sede do TJ/MA então sob a denominação de “Tribunal da Relação do Maranhão”, foi instalada neste edifício no cruzamento da rua da Palma com 14 de julho, então chamada de “Rua da Relação”.

O Tribunal, o terceiro mais antigo do atual do Brasil, foi criado em 1813, durante o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, com capital no Rio de Janeiro, e teria funcionado ali por todo o Império. Interessante notar que a disposição dos três poderes na praça Pedro II foi uma criação do século XX, estando o Judiciário distante daquele espaço até os anos 1940.

Fonte: COUTINHO, Milson. Apontamentos para a história judiciária do Maranhão. São Luís: Edições SIOGE, 1979.

MEMÓRIAS DA CIDADE DE VIANA.

Rua Antônio Lopes conhecida como Rua Grande nas imediações da Praça Ozimo de Carvalho, época em que a cidade ia do antigo Areal até a Barreirinha. Era um movimento intenso devido o centro comercial e as repartições públicas no eixo do centro histórico. Imagens capturadas pelas lentes do fotógrafo Baianinho.

“MARAGNON”: MARANHÃO.

Gravura de Frans Post, e Edição de Joan Blaeu no livro “História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil e noutras partes sob o govêrno do ilustríssimo João Maurício, Conde de Nassau”, de 1647.

Trata-se da mais antiga representação do Maranhão conhecida. Notar os detalhes: à esquerda, a elevação é hoje o bairro do São Francisco, e onde existia uma edificação militar chamada de “Forte do Sardinha”.

No mar, no centro do desenho, há uma ilhota, que julgo, seja a extremidade da atual Ponta d’Areia, onde depois seria construído o forte de Santo Antônio da Barra (barra é a entrada de um porto, no caso, a “barra do Maranhão”).

Uma antiga expressão diz “forçar a barra”, e um significado possível é tentar atravessar a barra de um porto a qualquer custo!

“A ideia da ocupação do Maranhão por franceses, teve-a primeiro o aventureiro Jaques Rifault, que por fins do século XVI andou com três navios a traficar na costa norte do Brasil. Desses navios dois se perderam nos baixios da ilha que posteriormente se chamou de Santa Ana; parte da tripulação foi largada em terra e alguns de seus componentes, quatorze ao que se sabe, foram depois aprisionados por Feliciano Coelho, Capitãomor da Paraíba, quando erravam em terras de sua jurisdição. Um desses foi Charles des Vaux, que havia conseguido fazer amigos entre os índios do Maranhão e depois se achou nas guerras da Ibiapaba. Voltando a França, Charles des Vaux se fêz fervoroso propagandista das riquezas da região que devassara, e das vantagens de sua colonização por franceses”. (trecho do livro do padre Claude d 'Abbeville, de 1614). “Navegante francés, de Vaux, que esteve anos perdido entre os índios da nação tupinambá, na sua volta à França teria convencido Henrique IV a iniciar os planos para a ocupação desta parte da América Portuguesa. Em 1611, a Regente francesa Maria de Médici passa instruções gerais para a efetivação do projeto. A frota de três navios e cerca de quinhentos homens saiu do porto de Cancale, na Bretanha, em março de 1612, fazendo uma primeira escala na ilha de Fernando de Noronha, depois na Capitania do Ceará. Os franceses chegam ao Maranhão em julho de 1612, ocupando uma das ilhas menores (Santa Anna) e logo passam à Ilha Grande, onde fundam imediatamente uma fortificação". (CARDOSO, 2011, p. 326; CARDOSO, 2012, p. 128)

Os índios da nação tabajara galgaram os alcantis da Ibiapaba por volta do ano de 1550, após vários meses de perigosa viagem entre o litoral da Bahia e a parte setentrional da imensa cordilheira conhecida como "Terra Talhada". Arribaram de sua terra natal após serem derrotados em disputas tribais com "outros principais mais poderosos", conforme relataram ao padre Ascenso Gago, Superior da Missão Jesuítica da Ibiapaba. Após perigosa caminhada através dos "sertões de dentro", avistaram, enfim, o imenso cordão montanhoso que compõe o que hoje chamamos de Serra Grande. Os tabajaras que abandonaram o litoral da Bahia faziam parte de três grupos distintos. Um grupo partiu em direção a Chapada do Araripe, outro grupo fixou residência nos altiplanos da Ibiapaba e o último grupo rumou para as terras do "rio do Maranhão". Os tabajaras faziam parte do grupo linguístico-cultural Tupi.

CORONEL CAMPELO (*)

A história nos surpreende e têm muitas coincidências, tudo começou quando o primo Pedro Castro que também é pesquisador adentrou no Cemitério São Sebastião na cidade de Viana e se deparou com o jazigo com a Lápide do Coronel Raimundo Marcelino Campelo e me enviou.

Raimundo Marcelino Campelo "o Mundico Campelo" exerceu forte liderança na cidade de Viana, foi o mais hábil chefe político da cidade, o grupo que comandava conquistou sucessivas vitórias eleitorais, elegeu diversos prefeitos, o Coronel Campelo liderava o Partido Conservador que ficou conhecido em Viana como "Partido Roxo" ou "Pau Roxo". Raimundo Marcelino Campelo era casado com Olivia Rosa Garcia Campelo, o casal teve cinco filhos: Faraildes Campelo Silva que foi homenageada com seu nome em uma escola em Viana na administração Walber Duailibe; Lourival Campelo; Josafá Campelo; Raimundo Campelo; José Ribamar Campelo e Florimar Campelo.

Coronel Campelo residiu em Viana na Rua Antônio Lopes conhecida como Rua Grande na casa que pertence a família de Baco e que na época da minha infância era residência de Claudiner.

O Coronel Campelo morre em Viana em 10 de outubro de 1945 com 71 anos de idade e foi homenageado pelo prefeito Walber Duailibe colocando seu nome na Escola Raimundo Marcelino Campelo, escola que ficou conhecida como "Complexo".

A Câmara Municipal de Viana homenageou o Coronel Campelo mudando o nome de uma das principais ruas da cidade colocando seu nome na rua paralela a rua grande que passou a se chamar Rua Coronel Campelo.

Quando WalberDuailibe ex-prefeitoe ex-deputado estadual governouomunicípio deViana mandoureformar o jazigo de Raimundo Marcelino Campelo para receber os restos mortais de seu filho o vianense General Florimar Campelo, que seria transladado para Viana, e por motivos que não sabemos não houve o translado do corpo de Florimar Campelo ilustre vianense que foi General de Divisão do Exército Nacional e exerceu o Comando da Décima Região Militar com sede em Fortaleza CE.

Quando do falecimento do ex-prefeito e ex-deputado estadual Walber Duailibe o mesmo foi sepultado no túmulo que reformou quando era prefeito e que está sepultado Raimundo Marcelino Campelo e sua esposa.

Fotos do General Florimar Campelo filho do Coronel Campelo. Autor desconhecido!

(*) Áureo Mendonça é pesquisador,

JOSÉ FÉLIX PEREIRA DE BURGOS, BARÃO DE ITAPICURU-MIRIM

(1780-1854).

Filho de tenente-coronel José Félix Pereira de Burgos, nascido na cidade do Recife, Capitania de Pernambuco, e de sua mulher Ana Teresa de Jesus Belfort de Burgos, de Itapecuru Mirim, Maranhão. Em 8 de fevereiro de 1800, pelo ofício do presidente da província do Maranhão, D. Diogo de Sousa, recebeu licença para ir estudar em Coimbra. Fez a matrícula em 10 de outubro de 1801 e bacharelou-se em Filosofia e Ciências Matemáticas no ano de 1808. Foi amigo de faculdade de Jose Bonifácio e Andrada e Silva, o Patriarca da Independência. Em 1822 após retornar ao Brasil, recebeu o posto de Governador das Armas do Maranhão, facções: uma tradicionalista, que no poder apoiavam os lusos conspirando contra a independência e outra que lutava pela adesão do Maranhão ao governo brasileiro. Inicialmente contra a independencia, José Félix Pereira de Burgos, acaba aderindo a causa de D. Pedro I em 1823 sendo figura principal nos episódios das negociações no processo de adesão à Independência do Brasil.

A Vila de Itapecuru foi palco de sangrento combate em 10 de junho de 1823, no largo da igreja de Nossa Senhora do Rosário, sendo atacada por tropas que lutavam pela Adesão do Maranhão à Independência contra os aliados dos portugueses. Burgos recebeu o título de Barão com Grandeza de Itapecuru, (Itapucuru), por serviços prestados a Coroa Imperial, nas lutas pela adesão do Maranhão à Independência do Brasil em 1823. FoiCavaleirodaImperial OrdemdeSãoBentodeAvizedaImperialOrdemdoCruzeiro.Tambémfoimaçom, Fundador da Loja "Tolerância" no Pará, sendo ela destruída durante a revolta da Cabanagem. O Barão de Itapicuru-Mirim Faleceu em 1854. Fonte: BARÃO DE ITAPECURU por Jucey Santana

OAtlasVallarséumatlas-livrodeduasfolhas,comquinzemapasefolhas deinformaçõesnáuticas, localizado na Biblioteca Huntington, em San Marino, Califórnia. Rica em iconografia, abundante em rosas-dos-ventos e com uma extensa lista de topónimos costeiros, a primeira página traz a descrição “Nicolas Vallard de Dieppe, 1547”. Cinco mapas descrevem territórios da América.

O Atlas Vallard de 1547, antecede as ocupações francesas na América. Os mapas antecederam a conquista, sendo assim, tornou-se imprescindível possuir esses documentos, devido à necessidade de conhecer o espaço a ser dominado

Em 1534, o navegador francês Jacques Cartier chegou ao norte da América, atual Canadá. A partir desse momento, o escambo feito com os nativos, aumentou os interesses no Novo Mundo. Relatos do cronista Hans Staden narram essa presença no Brasil

“Ao chegarmos, encontramos um navio da França que estava carregando pau-brasil” (Staden, 1556, p. 31). Essas incursões tinham finalidade comercial e também colonialista. Entre 1555 e 1567, a instalação da França Antártica foi o primeiro grande investimento de dominação na América.

“Em 1555 o almirante francês Nicolas Durand de Villegagnon, subvencionado pelo rei Henrique II, estabeleceu umabasecomercialemilitarnumailhotasituadanointeriordabaíadeGuanabara.Estavafundada a ‘França Antártica’” (Berbara, 2002, p. 11).

Em 1590, Adolf Montbille, estabeleceu-se no território de Ibiapaba (atual Ceará), fundando uma feitoria para comércio do pau-brasil com os indígenas, deposto só em 1604. No final do século xvi e início do xvii, investiram no norte da América do Sul, fixando-se desde a colônia do Maranhão (atual cidade de São Luís), abrangendo parte do litoral amazônico, do Amapá e da Guiana Francesa, instituindo a França Equinocial. Essas colônias demonstram que houve um movimento dinâmico dos franceses em ocupar territórios na América e os mapas serviam de base para essas conquistas. Em vista disso, pontuamos o Atlas Vallard como um dos esteios para essas ofensivas.

MAPA

Neste mapa francês do final do século XIX podemos ver o perímetro urbano da capital maranhense, que se resumia ao atual Centro Histórico, sendo o hodierno bairro do Monte Castelo a transição para a aérea rural.

Outros elementos interessantes podem ser vistos, como a inexistência da lagoa da Jansen, os fortes da Ponta d’Areia e de São Marcos, esse último desaparecido.

Na faixa onde onde existe a avenida Litorânea, há um “morro alto”, que deve ser a duna próxima da antiga casa de festas. Mais para a frente, o que julgo ser a foz do rio Pimenta com o nome de “boca da lagoa”, na praia do Olho d’Água.

VINHAIS VELHO, PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX

Fotografia que mostra o Vinhais Velho, na época da foto se chamava Vinhais. Podemos ver uma casa, mata e a Igreja São João Batista. Essa área está mudada um pouco, a igreja de São João Batista se mantém firme. Vinhais Velho fica as margens da Via Expressa. Vinhais Velho ou simplesmente Vinhais, é um dos lugares que tem importância no que tange aos indígenas e as ações dos jesuítas na época colonial, por esses motivos que essa fotografia estaria no Arquivo Central do Iphan, localizado no Rio de Janeiro. Provavelmente, essa foto feitas na primeira metade do Século XX. Agora, imagina a trajetória que o pesquisador, o fotógrafo o pesquisador fotógrafo teve para chegar a Vinhais quando não existia uma estrada terrestre, tinha que pegar uma canoa para chegar no cais do Vinhais. O pesquisador que chegou até o Vinhais para fazer esses registros, com certeza era maranhense ou teve ajuda de algum pesquisador maranhense que conhecia essas localidades históricas que são distantes da urbe. Um dos maranhenses que conhecia São Luís e ia para todos os cantos da cidade, passando por estradas de terra, pegando embarcações, atravessando distâncias e obstáculos, era o vianense Raimundo Lopes. Raimundo Lopes foi o primeiro pesquisador que realizou os primeiros processos de tombamentos no Maranhão, quando surgiu o Iphan no fim dos anos 1930.

Lembrando que esse belo patrimônio quase foi destruído ou mutilado com a construção da Via Expressa, mas graças aos moradores, pesquisadores e militantes que lutaram para evitar impactos maiores.

: Arquivo Central do Iphan(@iphangovbr)

Texto e Pesquisa: São Luís Memória(@slzmemoria)

O Brasil no Mapa de Waldseemüller

O Mapa de Waldseemüller, ou Universalis Cosmographia, é um mapa do mundo impresso pelo cartografo alemão Martin Waldseemüller, originalmente publicado em abril de 1507

Foi o primeiro mapa, impresso ou manuscrito, a representar claramente o Hemisfério Ocidental separado, com o Pacífico como um oceano à parte,

no qual pela primeira vez é utilizado o nome "América" para nomear o que hoje é conhecido como América do Sul , considerando Américo Vespúcio como o descobridor do novo continente e que mais tarde Gerardus Mercator em seu mapa de 1538 estenderia o nome a todo o continente

A legenda para o Brasil no mapa-múndi Waldseemüller menciona a descoberta da região por Pedro Álvares Cabral 7 anos antes e, sugere que a terra é uma ilha e descreve as pessoas:

"Ao capitão dos quatorze navios que o rei de Portugal enviou a Calecute, este lugar apareceu pela primeira vez: o que se pensava ser continente, quando na verdade é, juntamente com a parte descoberta anteriormente, uma ilha cercada por água, de magnitude incrível, mas ainda não totalmente conhecida. Lá, as pessoas do sexo masculino e até mesmo do sexo feminino estavam acostumadas a se deslocar de forma não diferente daquela com que suas mães os deram à luz. E eles são aqui, de fato, um pouco mais brancos do que aqueles que descobriram em uma viagem anterior, um feito realizado por ordem do rei de Castela. "

ANO DE 1722 – OS ÍNDIOS DA IBIAPABA, APÓS RECEBEREM CARTA DO REI DE PORTUGAL, "OS EXCLUÍNDO DA JURISDIÇÃO DO ESTADO DO MARANHÃO", ABANDONAM O MESTRE DE CAMPO BERNARDO DE CARVALHO E AGUIAR, NA GUERRA CONTRA OS TAPUIAS.

Consta no Arquivo Ultramarino de Portugal (Brasil-Geral, Cx. 3, Doc. 0319 – PT/AHU/CU/003/003), a Ordem Régia do teor seguinte:

“Dom João, porgraçadeDeos, ReydePortugal edos Algarves, d’Aquém ed’Além marem África,Senhor da Guiné, etc. Faço saber a vos João da Maia da Gama, governador e capitão general do Estado do Maranhão, que por ser conveniente ao meu serviço, me pareceu ordenar-vos me deis conta do estado em que se acha a execução da guerra dos índios que está encarregado o mestre de campo da conquista do Piauhy, Bernardo de Carvalho e Aguiar, e dos progressos dela (...)”.

AVERBAÇÃO = RESPOSTA – Resposta de João da Maia da Gama, governador do Estado do Maranhão ao rei de Portugal:

“O mestre de campo Bernardo de Carvalho e Aguiar, com muito zelo e cuidado trabalha (...) na conquista do Piauhy, destruindo a nação dos Percatiz e outras nações que infestavam aquele distrito, até dezembro de setecentos e vinte e dois [1722], como que chegando notícia aos índios da Serra da Ybiapaba, com que andava fazendo a guerra, de [que] Vossa Majestade os tinha isentado da jurisdição do Maranhão e do mestre de campo, o deixaram todos e se retiraram para as suas aldeias, e eu mandei recolher o mestre de campo ao Maranhão para fazer a guerra as nações dos Barbados, Guanarês, Cotins e Capinhorães que se tem aliados e andam fazendo continuas mortes e estragos, que tem padecido sem remédio os moradores do Maranhão, despovoando as suas fazendas e encurralados naquela Ilha (...). Esta guerra, se não fora a teima dos padres da Companhia [de Jesus] da Serra da Ybiapaba, com falsos pretextos e menos verdade, informando a Vossa Majestade com a promessa da Redução de tantas milhares de almas que nunca hão se reduzir, e este ano, com as ordens de Vossa Majestade e com os repetidos pretextos e requerimentos que lhes tem enviado e ao governador de Pernambuco (...), que se há de perder a “nova cristandade” (...), que o mestre de campo faz tudo que pode (...), mas que sem os índios reduzidos se não pode executar nada (...)”.

NOTA: No ano de 1721, no contexto da primeira disputa pela Serra da Ibiapaba entre o Piauí e o Ceará, o rei de Portugal, D. JoãoV,assinouuma cartadeterminandoque “ASerra da Ybiapaba e aAldeyadeíndios della, continuasse como antes, sob a jurisdição e governo da capitania do Ceará”.

Fonte: Arquivo Ultramarino de Portugal (Brasil-Geral, Cx. 3, Doc. 0319 – PT/AHU/CU/003/003).

Por: João Bosco Gaspar –

Mais um desenho (fiz hoje pela manhã) de Paraibano, paisagem ainda viva na memória... A estrada começava no final da rua 7 de Setembro, no final do muro do cemitério... Naquela épca (anos 70) haviam muitas matas, veredas, que desembocavam no açude do Manoel Cristino (hoje Vila Maurício),onde está o exuberante verde, hoje são os bairros Vila Aparecida, Vila Maurício, parte da Subestação e para o lado de baixo (onde tem a caeira no desenho) está a continuação da Vila Aparecida e descia até o campo de avião, onde hoje está parte do centro e Vila Castor.

O desenho faz parte de um projeto meu, que é desenhar a cidade na época de minha infância.

A casinha que ficava depois do cemitério ainda existe. O local atualmente está todo habitado.

A estradinha leva ao Riacho do Meio e antigamente para as roças, onde nossos pais sofriam na lavoura para nos criar e educar. Quem é do tempo sabe do pé de faveira no meio da estrada onde as pessoas descansavam voltando das lavouras.

A casinha na época era a única na saída da cidade até o Riacho do Meio.Quem lembrar do nome do dono na época escreve aqui nos comentários.

Colaboração.

O internauta Raimundo Peres informa que a casa pertencia ao Sr. João Leite. Obrigado.

Autos de inventário de Joaquim Gonçalves Pereira, morador do Sítio dos Barbados, localizado na região do encontro entre o Rio Peritoró e o Rio Itapecuru, entre os municípios de Cantanhede e Pirapemas.

O Sítio dos Barbados é um importante sítio arqueológico na região do Vale do Itapecuru, devido à presença dos índios de mesmo nome (século XVIII) que, segundo alguns pesquisadores, seriam mestiços com europeus sobreviventes do naufrágio de Ayres da Cunha em 1535. Existe até hoje em Cantanhede o Cemitério dos Barbados.

Fundo documental da Comarca de Itapecuru-mirim, 20.07.1829. Arquivo do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Texto e foto: Christoffer Melo @christoffer_melo

CRIAÇÃO DO ESTADO COLONIAL DO MARANHÃO, SEPARADO DO BRASIL, E A NOMEAÇÃO DO SEU PRIMEIRO GOVERNADOR. ANO DE 1621.

“DomFilippeIII,façosaberaosqueestacartapatentevirem,quehouveporbemerigiremgovernodistinto e separado do Brasil, as terras do Maranhão e Pará, com as Fortalezas [Ceará, Maranhão e Pará] que há nelas, para as causas daquela conquista se assentarem melhor, e se poder cultivar e povoar a terra, e desejando encarregar o dito governador a uma parte de tal experiência, qualidade [e] talento (...); considerando que tudo isto concorre em Francisco Coelho de Carvalho, fidalgo de minha casa (...), hei por bem de prover do cargo de governador e capitão geral do Maranhão e Pará, pelo que mando a todos os capitães, Cavaleiros, soldados e a todos o mais ministros meus, assim da justiça como da fazenda, e a quaisquer outros pares que naquelas partes de presente residirem, [que recebam] ao dito Francisco Coelho de Carvalho por seu governador e capitão geral, e como tal lhe obedeçam (...) 13 de junho de 1621”.

Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo – Portugal – Chancelaria de D. Filippe III de Portugal e Espanha – Livro das mercês – livro nº 18, fls. 154v e 155 (314-315).

NOTA: Os Estados do Brasil e Maranhão coexistiram como colônias distintas da América Portuguesa, por mais de 150 anos. Tinham leis, capitais e governos separados. Constituído, a princípio, pelas capitanias reais do Ceará, Maranhão e Pará, o Estado Colonial do Maranhão, separado do Brasil, começava nos Baixios de São Roque (Rio Grande do Norte) e terminava na Linha do Tratado de Tordesilhas. Embora tenha sido criado em 1621, o primeiro governador do Estado do Maranhão só tomou posse em 1626, após a expulsão dos holandeses que ocupavam a cidade de Salvador.

No ano de 1654 foi reorganizado sob o governo de André Vidal de Negreiros, com o nome de "Estado do Maranhão e Grão Pará", tendo por capital a cidade de Belém. A capitania real do Ceará integrou o Estado Colonial do Maranhão até o ano de 1718, quando foi anexada ao Estado do Brasil.

Por: João Bosco Gaspar –

INQUISIÇÃO - ANO DE 1761:

(Durante seu ministério pastoral, o padre Malagrida esteve em Viçosa do Ceará e Piracuruca). “Em julho correu o rumor que Malagrida, preso no forte da Junqueira, seria levado ao Santo Officio, e queimado a 31 d' esse mez, para commemorar a festa de Santo Ignacio (...). Aos lados do jesuíta heresiarcha caminhavam dois confessores, que o exortavam. Dois fidalgos da primeira nobreza do reino, o duque de Cadaval e o conde de Villa Nova, familiares do Santo Officio, lhe faziam escolta, pavoneando-se, ufanos do encargo. Por longas horas;emquantonãochegouavezdelheserlidaasentença,Malagridasentado,decabeçabaixa,oscotovellos fincados nos joelhos, as mãos enclavinhadas à altura do rosto, immovel e silencioso, a tudo que se lhe passava emtornopareciaalheio.Aindaali,consoantedisseaosconfessores, avozethereaIhefalou.Emcertomomento pediu mesa, isto é, quiz falar aos inquisidores. Durou a conferencia uma hora e, terminada, voltou tranquillo ao seu logar. Os espectadores observavam-no com interesse infatigavel; pode-se dizer que sobre elle somente todas as atenções convergiam. O acto final da tragedia approximava-se. Leu-se a sentença, o que levou duas horas, e, todo esse tempo ajoelhado e submisso, posto que sem ar de humilhação, nunca a serenidade o abandonou. Paramentou-se em seguida, como que inconsciente, e quase risonho, para a formalidade da degradação: seu espírito desprendera-se dos objectos terrenos, e librava-se agora ao sonhado paraíso. O arcebispo de Lacedemonia arrancou-lhe as vestes sagradas, e com ellas a roupeta de jesuíta, que até esse instante conservara, contra os usos da Inquisição. Formava o intento de quem ditou aos juízes a condenação, patentear que não era um membro só, mas o corpo inteiro da Ordem, ao menos symbolicamente, justiçado nesse dia. D'ahi a pouco, os restos calcinados de Malagrida, morto pelo garrote, eram por mão do executor dispersos ao vento”.

Fonte: Trecho do Livro “Os Jesuítas no Grão-Pará: suas missões e a colonização” de João Lúcio D’Azevedo, páginas 302/306 - Lisboa, 1901.

Por João Bosco Gaspar,

ANO DE 1619 – A CRIAÇÃO DA CAPITANIA REAL DO CEARÁ E A NOMEAÇÃO DO SEU PRIMEIRO CAPITÃO MOR, MARTIM SOARES MORENO. Encontra-se registrada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Portugal, na Chancelaria de D. Filippe II de Portugal e Espanha, Livro nº 43, fls. 208 (419-420), a Carta Régia do teor seguinte:

“Dom Filippe II, façosaber aos que esta minhacartavirem, quetendorespeitoaos serviços queMartim Soares Moreno me tem feito no Brazil por espaço de dezessete anos, servindo nos cargos de milícia de que foi encarregado com bom procedimento, pelejando muitas vezes com os perigos de que foi ferido, e sendo fundador da Fortaleza do Ceará (...) e aos serviços que fez no descobrimento e conquista do Maranhão (...) servindo de sargento-mor, e ser ultimamente cativo e muito ferido na briga que teve com um navio francês que o encontrou vindo arribado da Ilha de Santo Domingos para Espanha (...), hei por bem (..) de lhe fazer mercê da Capitania da dita Fortaleza do Ceará por tempo de dez anos (...), pelo que mando ao governador do Estado do Brazil, aceite a posse da dita Capitania e lhe deixe servir pelo dito tempo (...), 24 de maio de 1619”

Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Portugal – Livro nº 43, fls. 208 (419-420) data de 24 de maio de 1619.

NOTA: Após o fracasso da empreitada do capitão Pero Coelho de Sousa, em 1604, que tinha por objetivo “conhecer e conquistar” as terras do Jaguaribe, Ceará e Mel-Redondo (Ibiapaba), Martim Soares Moreno “foi incumbido, em 1610, pelo governador-geral D. Diogo de Menezes, de fundar um estabelecimento colonial no Ceará”. Em 1612, Martim Soares Moreno toma posse no cargo de Capitão-mor da Fortaleza do Ceará. Em “1613, ausentou-se Martim Soares Moreno do Ceará, na sua ausência a Fortaleza foi governada sucessivamente por Estevão de Campos (1613), Manuel de Brito Freire (1614) e Domingos Lopes Lobo (1617)”. Em 1620, Martim Soares Moreno retorna ao Ceará na condição de capitão-mor da dita capitania, nomeado por Carta Régia de 24 de maio de 1619, assinada por D. Filipe II. Há de se fazer uma distinção entre “Fortaleza do Ceará” e “Capitania do Ceará”. Fonte: Trecho do Livro “Análise Histórica das Divisas Cearenses – o caso do Litígio de Terras entre o Ceará e o Piauí” de João Bosco Gaspar.

Por: João Bosco Gaspar

SESMARIAS DO RIO CORRENTE, PIAUÍ

- O "VIZINHO DE HEITOR CORREA DE MIRANDA".

No ano de 1740 o governador do Estado do Maranhão, João de Abreu Castelo Branco, doou a Francisco Ribeiro Guimarães, morador do sertão dos alongazes, freguesia do Surubim no Piauí, "três léguas de terra de comprido e uma de largo" na Fazenda chamada "Passagem" no Riacho Fundo afluente do rio Corrente-Longá. As terras concedidas a Francisco Ribeiro Guimarães eram vizinhas das terras de Heitor Correia de Miranda, um dos legatários dos bens doados à Nossa Senhora do Monte do Carmo da Piracuruca.

Fonte: Livro de Sesmaria do Estado do Maranhão, nº 09, fls. 176, Título nº 261 - Data de 16 de maio de 1740.

Por João Bosco Gaspar - Pós-graduado em História, Cultura e Patrimônio.

Imagem: Recorte do Mapa de Henrique Gallucio feito em 1761 e Corrigido em 1809 por Jozé Pedro Cezar de Menezes, por "ordem e debaixo das vistas do governador do Piauhy, Carlos Cesar Burlamaqui".

Consta no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal, um documento com o título “Relação das Praças Fortes e Coisas de Importância que Sua Majestade Tem na Costa do Brasil”, datado de 1609, escrito por Diogo de Campos Moreno (tio de Martim Soares Moreno), relatando a localização das últimas capitanias da América Portuguesa no norte do Brasil. No ano de 1609, não havia as capitanias do Ceará, Maranhão e Pará. Como é sabido, as capitanias doadas a Antônio Cardoso de Barros, João de Barros, Ayres da Cunha e Fernando deAndrade,foram revertidas àcoroa(foram devolvidas),aindanoreinadodeDomSebastião(15571578), quando a histórica “Costa Leste-Oeste” (a partir de Itamaracá), passou a ser “colonizada” às expensas da coroa portuguesa. As capitanias “reais” da Paraíba e Rio Grande, por exemplo, pertenciam ao rei. Diogo de Campos Moreno, afirma que:

“(...) correndo a costa (...) em seis graus está a capitania da Paraíba que é de Sua Majestade, porque a conquistou e tirou das mãos dos Pitiguares gentios da terra e dos franceses com guerras e mortes de muitos anos (...)”.

A capitania real do Rio Grande, segundo relata Diogo, era a última capitania da Costa Leste-Oeste, rumo ao rio do Maranhão. As capitanias reais do Ceará, Maranhão e Pará, foram criadas entre os anos de 1615 e 1619, e em 1621, com a criação do Estado Colonial do Maranhão, passaram a integrar a nova colônia da América Portuguesa.

Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Portugal, PT-TT-MR-1- Liv. 68.

Imagem: Planta da Fortaleza dos Reis Magos, no Rio Grande, a última conquista portuguesa no norte do Brasil, até o ano de 1609. Desenho feito por Diogo de Campos Moreno, em 1609.

Como é sabido, a obra do cronista Gabriel Soares de Sousa, intitulada “Tratado Descriptivo do Brazil – Em 1587”, foi escrita na Europa, distante do Novo Mundo, entre os anos de 1584 e 1587, com o nítido objetivo de “justificar seus projetos” e “angariar as graças” de Dom Filipe II, rei de Espanha e Portugal (União Ibérica). Seu alvo principal eraoMinistroDomCristóvãodeMouraeTávora,amentebrilhantedafidalguiaportuguesa no contexto da União Ibérica. Frei Vicente do Salvador (História do Brasil), Francisco Adolfo de Varnhagen (História Geral do Brasil) e Jaime Cortesão (História do Brasil nos Velhos Mapas), são alguns dos grandes nomes da historiografia brasileira e portuguesa que tratam da vida do cronista Gabriel Soares de Sousa. Varnhagen informa que: “Era Gabriel Soares nascido em Portugal, talvez na própria cidade de Lisboa, onde tinha duas irmãs. Em 1567, passava a Monomotapa, acompanhando a Francisco Barreto, quando, arribando à Bahia, preferiu ficar nesta cidade, onde foi medrando; chegando a fazer-se até senhor de um grande engenho de açúcar no rio Jequiriçá. Por morte de seu irmão João [Soares de Sousa], de quem já tratamos, herdeiro do seu itinerário do descobrimento de várias minas nos sertões, resolveu passar à Europa, a requerer concessões e privilégios; mas houve tal dilação no despacho de seus requerimentos que, tendo partido da Bahia em fins de agosto de 1584, só depois de meados de dezembro de 1590 foi despachado. Nesse intervalo, talvez com objeto de recomendar-se, ofereceu no 1º de março de 1587, a D. Christovam de Moura, estadista influente no governo, o precioso escrito acerca do Brasil de que já demos notícia” [01, p. 381].

Foi neste período, de 1584 e 1587 que Gabriel Soares “redigiu o longo memorial, como ele próprio lhe chamou, que conservado inédito até o século XIX [1879], foi nele publicado sob títulos diferentes [Tratado Descriptivo do Brazil – Em 1587], o qual constitui uma verdadeira enciclopédia do Brasil à data da sua composição”.

Mas, quais foram os motivos que levaram Gabriel Soares a embarcar para o reino? Varnhagen informa que Gabriel Soares, herdou: “um roteiro, que, conforme dissemos, uns sete anos antes, recebera, deixado por seu irmão João [Soares] de Sousa, o qual, depois de haver percorrido os sertões durante três anos, e de haver neles descoberto metais preciosos, e, segundo parece, até diamantes, ao falecer, quando regressava de tais descobrimentos, nas cabeceiras do rio Paraguassú [Bahia], lhe mandara entregar a sua derrota por um portador de confiança” [01].

Jaime Cortesão, prossegue: “O autor de <<Tratado Descriptivo do Brazil>> , na posse do roteiro de seu irmão, João Soares de Sousa, que antes dele buscara alcançar, partindo da Bahia, o Médio S. Francisco, embarcou para a Espanha em 1584 e, durante sete anos [1584 a 1590] de pertinazes esforços junto a côrte de Filipe II, logrou alcançar, por fim, o apoio indispensável para a sua grande empresa em busca das minas de ouro” [02].

Gabriel Soares de Sousa sonhava com o “Lago Mítico”, a “Lagoa Dourada” ou ainda a “Lagoa Eupana”, localizada nas cabeceiras do Rio São Francisco, no coração do Brasil, de onde procediam diversos rios que se espalhavam em várias direções.

Com relação ao pedido feito por Gabriel Soares ao rei Filipe II, Cortesão ratifica as palavras dos demais historiadores: “Para sustentar seu pedido, redigiu de 1584 a 1587, o <<Tratado descritivo do Brasil em 587>> (...), mas houve tal dilação no despacho de seus requerimentos que, tendo partido da Bahia em fins de agosto de 1584, só depois de meados de dezembro de 1590 foi despachado” [02].

Varnhagen, prossegue: “As concessões obtidas pelo mesmo Soares reduziram-se: A uma carta regia ao governador do Brazil, afim de que fossem postos às suas ordens duzentos índios frecheiros; e a mais oito alvarás, todos da mesma data, dispondo: Que o mesmo Gabriel Soares de Sousa, Capitão mor e governador da conquista e descobrimento do rio de S. Francisco, teria o direito de nomear, por seu falecimento, um sucessor que gozaria dos mesmos títulos e poder. Em ter faculdade de prover todos os ofícios da justiça e da fazenda no seu distrito. Em lhe ser concedido, para quatro cunhados e dois primos, que com ele iriam, o hábito

de Christo, com 50 rs., e no fim da jornada, e foro de fidalgo e moradia para os mesmos; e mais dois hábitos para os capitães que o acompanhassem. Em poder conceder o foro de cavaleiros fidalgos até cem pessoas dos do seu séquito. Em poder fazerpromessas de mais recompensas aos quesedistinguissem. Em lheser facultado o tirar das prisões, para levar consigo, os condenados a degredo que escolhesse, sendo de ofícios mechanicos, mineiros, etc. Em ser a estes contado, como tempo do degredo, o da expedição. Finalmente, em ficar autorizado, se quisesse, a prosseguir os descobrimentos ainda mais além do Rio de S. Francisco; e por conseguinte até dos próprios terrenos das atuais províncias de Goyaz e Matto Grosso, se Iá chegasse” [01].

Gabriel Soares de Sousa voltou ao Brasil em 1591 com uma expedição de 360 colonos e quatro frades, a qual naufragou no litoral de Sergipe. O que restou da malograda expedição de Gabriel Soares, marchou para a Bahia, ainda com o fito de descobrir a “Lagoa Dourada” localizada nas cabeceiras do São Francisco. Embevecido pelo desejo de encontrar o “Lago Mítico” repleto de esmeraldas, Gabriel Soares de Sousa embrenhando-se pelos sertões da Bahia onde veio a falecer no final de 1591, perto das cabeceiras do rio Paraguaçu, sem ter conseguido, porém, atingir os seus objetivos.

A obra de Gabriel Soares de Sousa, "Tratado Descritivo do Brazil de 1587", serviu para criar no Piauí, o mito da primazia da colonização feita a partir do litoral, e a lenda de várias "toneladas de ouro" perdidas por um náufrago chamado Nicolau de Resende no Delta do Parnaíba... coisa que Gabriel Soares de Sousa não relatou na sua obra.

Fontes: Livros [01] “História Geral do Brasil – Tomo I” de Francisco Adolfo de Varnhagen e [02] “História do Brasil nos Velhos Mapas – Tomos I, II e III” de Jaime Cortesão.

Imagem: Carta do Brasil de Bartolomeu Velho (1561) sobreposta ao mapa atual de Jaime Cortesão, indicando a localização da “Lagoa Eupana” dos tempos coloniais.

Por João Bosco Gaspar

MORRE NIÉDE GUIDON... FICA O GRANDE LEGADO...

A TESE E A ANTÍTESE. "Segundo a arqueóloga Niéde Guidon, há provas de que a presença humana em São Raimundo Nonato, no Piauí, é muito antiga. Ela e sua equipe descobriram, no Sítio arqueológico de Pedra Furada, pedaços de CARVÃO e de PEDRA LASCADA que teriam pelo menos 50 mil anos. Segundo ela, tais vestígios são prova suficiente da presença humana na América desde aquela data. Outros cientistas, porém, NÃO ACEITARAM as provas apresentadas por Niéde Guidon, dizendo que o carvão encontrado por ela pode ter sido produzido por incêndios florestais e que as lascas de pedra podem ser resultado do esfacelamento das rochas, ou seja, esses materiais seriam resultado de fenômenos naturais, e não da ação humana".

Texto do Historiador Alfredo Boulos Júnior, em "História - Sociedade & Cidadania" 6° ano.

MAPA MUNDIAL DE PERO FERNANDES (1545) RETRATANDO AS REIVINDICAÇÕES TERRITORIAIS DE PORTUGAL E ESPANHA APÓS O TRATADO DE SARAGOÇA. ACERVO DA BIBLIOTECA NACIONAL AUSTRÍACA

. O mapa é desenhado em uma rede de dois sistemas de rosas dos ventos. Doze figuras - típicas da região retratadas em roupas e aparência - são colocadas em um trecho da paisagem. Eles simbolizam os governantes de Marrocos, do Império Otomano, da China e do Arcipreste João na Etiópia ou atuam como portadores dos brasões de Portugal e Castela, como no caso do Brasil e da América Espanhola

O Mapa permitiu que as reivindicações territoriais de Portugal sobre Espanha fossem declaradas de forma particularmente clara (Tratados de Tordesilhas e Saragoça). O mapa mundial - provavelmente outrora propriedade do imperador Carlos V - não só mostra o estado atual das descobertas geográficas, mas também tem fortes implicações políticas.

Em 1580, com o falecimento do rei português, Dom Henrique I (1578-1580), sem deixar herdeiros, Felipe II (1556-1598)daEspanha, assumeotronoportuguês,formandoaUniãoIbéricaentreEspanhaePortugal. Então a discussão sobre os limites do Tratado de Tordesilhas perdem o sentido. Espanha e Portugal tornam-se um único reino com um único rei.

Foi quando os portugueses, com o apoio e estímulo dos espanhóis, entram pela foz do Amazonas para explorar o território e vão tomando conta das terras adjacentes ao rio. Também os paulistas, aproveitando que toda America do Sul pertence a uma única Coroa, entram território adentro

Com a restauração do trono português em 1640, por Dom João IV (1640-1656), o tratado de Tordesilhas volta a ser discutido nos séculos XVII e XVIII, entre Portugal e Espanha, principalmente durante as guerras cisplatinas por territórios no sul.

Somente há pouco mais de um século e meio, depois de fixada corretamente a circunferência da Terra e a criação dos meridianos é que se concluiu que o Tratado de Tordesilhas passaria pelas cidades de Belém no Pará e Laguna em Santa Catarina. Mas essa constatação não tinha mais nenhum sentido ou valor, pois na realidade as posses territoriais já estavam delimitadas pelo princípio de direito internacional: “uti possidetis” que quer dizer: "como possuís, assim possuais", segundo o qual, os países que ocupam um território possuem direito sobre ele. O Trado de Tordesilhas nunca teve sentido, porque jamais foi demarcado oficialmente e portanto não podia ser obedecido. Apenas valiam as convenções e acordos entre Espanha e Portugal que determinavam onde achavam que começava ou terminava o direito de posse de um ou de outro.

Fonte: Isto é Brasil 500 anos – Grupo de Comunicações Três AS. 1998 - São Paulo. Alguns sites na Intenet

O MAPA-MÚNDI DE DOMINGOS TEIXEIRA, DATADO DE 1573, PINTADO À MÃO SOBRE

UMA PEÇA DE PERGAMINHO. CONSERVA-SE NA BIBLIOTECA NACIONAL DA FRANÇA

É um dos primeiros mapas-múndi completo, mostrando as rotas das especiarias, tanto a rota portuguesa de Vasco da Gama quanto a espanhola de Fernão de Magalhães (mostra a terra magalânica, ainda não circumnavegada por Ramírez de Arellano, a qual batizou como ilha de Xàtiva).

Pode-se observar o alcance do meridiano de Tordesilhas, tanto pelo lado da América (Brasil) quanto pelo lado das Filipinas, as quais, atendendo a direito, seriam de Portugal ao ficarem no seu hemisfério.

Hy-Brasil é uma ilha fantasma, ou seja, uma ilha lendária que nunca foi comprovada como existente fisicamente. Ela faz parte do folclore celta irlandês e aparece em mapas antigos desde o século XIV, sempre em posições variáveis no Atlântico, a oeste da Irlanda. Relatos e tentativas de exploração ocorreram ao longo dos séculos, mas nenhum deles conseguiu localizar a ilha de forma definitiva. A explicação mais aceita é que Hy-Brasil é um mito ou erro cartográfico, uma terra imaginária envolta em neblina, que só apareceria a cada sete anos, mas que na realidade nunca existiu como uma ilha real.

https://misteriosdomundo.org/hy-brasil-a-ilha-fantasma/

Trabalho conjunto dos cartógrafos Lopo Homem, Pedro Reinel e Jorge Reinel ilustrado pelo miniaturista António de Holanda. Acervo da Biblioteca Nacional da França.

O Mapa intitulado "Terra Brasilis" foi um presente do Rei Dom Manuel I de Portugal para o Rei Francisco I da França. Destaca-se pelos detalhes do mapa Terra Brasilis menos de vinte anos após o desembarque de Pedro Álvares Cabral.

No topo do mapa há uma legenda de caráter histórico, característica da cartografia portuguesa do século XVI, que foi traduzida do latim para o português por Jaime Cortesão, em 1935, que diz: “Esta carta é da região do grande Brasil e do lado ocidental alcança as Antilhas do Rei de Castela. Quanto à sua gente, é de cor um tanto escuro. Selvagem e crudelíssima, alimenta-se de carne humana. Este mesmo povo emprega, de modo notável, o arco e as setas. Aqui [há] papagaios multicores e outras inúmeras aves e feras monstruosas. E encontram-se muitos gêneros de macacos e nasce em grande quantidade a árvore que, chamada brasil, é considerada conveniente para tingir o vestuário com a cor púrpura”.

Duas bandeiras portuguesas, uma no norte e outra no sul, reivindicam para Portugal a soberania sobre a vasta zona intermediária. Também são representados os navios, naus e caravelas, perfeitamente diferenciados. No interior do mapa avultam as iluminuras – que, segundo Armando Cortesão, a partir do século XVI são predominantemente vivas, dando a impressão de realidade, através principalmente da perfeição do desenho e da riqueza do colorido – figurando a população indígena do Brasil perfeitamente caracterizada, e animais como papagaios, araras, macacos e abundante vegetação representada pela árvore de pau-brasil, sua extração e transporte.

Este se constitui no primeiro mapa onde aparece a representação do comércio português. Após o descobrimento do Brasil, em 1500, a coroa portuguesa enviou durante três décadas, várias expedições encarregadas de reconhecer o litoral brasílico. Tais viagens ficaram conhecidas ora como expedições de reconhecimento, ora de exploração e, ainda, como expedições guarda-costas. Na verdade, a maioria dessas expedições fez um pouco de cada coisa: identificação da geografia para fins cartográficos e de navegação, escambo de pau-brasil com os índios, fundação de feitorias e defesa da costa contra a crescente presença dos entrelopos franceses, rivais no escambo do pau-brasil.

Quanto ao pau-brasil, este teve importância extraordinária na história do Brasil. Importância inclusive simbólica, pois, segundo Frei Vicente, foi por causa do “pau de cor abrasada e vermelha” que o nome Brasil foi dado à terra descoberta, desalojando o de Terra de Santa Cruz – o que, para o franciscano, sinalizava o triunfo do diabo nas plagas desde então brasílicas.

O fato é que o comércio do pau-brasil foi sem dúvida, a principal atividade econômica desenvolvida pelos portugueses nas terras descobertas por Cabral até cerca de 1530. Sua importância estava na tintura da madeira para manufaturas têxteis européias.

A importância do pau-brasil foi tão expressiva, e tão elevados os lucros que propiciava, que chegou-se a consagrar na historiografia brasileira, a noção de “ciclo do pau-brasil” como o primeiro dos ciclos econômicos de nossa história.

É importante sublinhar que o papel dos índios foi fundamental no processo de exploração do pau-brasil, a começar pelo fato de que eram eles que cortavam a madeira e levavam para os navios. O trabalho era árduo considerando-se o tamanho das árvores, a espessura dos troncos e seu peso. Em troca desse serviço, os nativos recebiam facas, espelhos, miçangas, tesouras, agulhas, foices e, decerto, machados de ferro para cortarem os troncos.

Do lado dos europeus, o negócio do pau-brasil estimulou a fundação de feitorias em toda a costa brasílica, sobretudo pelos portugueses, e estimulou desde cedo a regulamentação da coroa lusitana.

Vários topônimos aparecem por toda a costa, da altura do Maranhão ao Cabo de Santa Maria. Armando Cortesão, destacou do norte para o sul, os seguintes: Almadyas, R. dos escpuos, G. de todolos santos, R. dos fumos, R. de Joham de Lixboa, R. Segundo, R. danobom, baya, Pomta das correntes, ponta, C. daloeste, terra deSam Vicete,terrados fumos,b.dos praçes, C.do palmar,terradapescarya,pontados praçes, G.dos negros, monte aly, ponta preta, aguada, G. de Sam Lucas, C. branco, ponta dos fumos, baia dos aRafes, C. corco, as serras, R. de sam myguell, baia das tartarugas, ponta pmrª, sam Roque, c. do praçel, oratapipye, pta pinhom, baia de pitiacua, de mey cam, c. despichell, R. das pedras, R. das virtudes, pernambuquo, R. do estremo, C. fremoso, Santo Aleyxo, R. prymeyro, R. segumdos, R. de Sam myguell, serra de Santo Antônio, R. alagado, R. de sam frco., uazabares, R. de pereyra, R. das canafystolas, R. Real, R. de sam geronymo, R. da duuyda, monte fragoso, G. de todolos stos, R. de Joham guyo, R. da praya, serra alta, R. de Sto agostinho, y. de santãtã, G. da praya, R. das ostras, R. de santana, R. dos cosmos, R. das virges, porto seguro, R. do Brasyll, momte pasquall, y. de Stã barbora, R. de sam gorge, C. dos bayxos dabrolho, baia de Santa Luzia, C. de sam Johã, bayxos dos pargos, C. de santhome, a pescaria dos pargos, b. do salvador, y. de sã Roq, G. do aRacife, r. do pouso, R. delgado, G. fremosa, as serras de anta luzia, R. de Janeyro, R. de Janrº, y. de Cabo fryo, os picos fragosos, o sombreyro, R. do estremo da terra de janrº, y. escaluadas, paso das almadas, os mangaes,, y. de boabista, G.dos Reys, y. desanta craca,praya, y.darea, y. fragosa,ponta fragosa,y.das couues, R.de curpare, Sierras de Santanha, y. de vitorya, as ferraryas, R. de sam Viçente, y. de sam seb., y. de gayora, aldea de grigorio, y. branca, G. darea, R. de canenea, y. abitara, ponta do padrã, R. alagado, R. de s. dig, baia das voltas, R. dos dragos, Rio do estremo, y. d ydo, G. do Repairo.

Fonte: http://bndigital.bn.gov.br/.../artigos/terra-brasilis/

COMBATE NAVAL ENTRE FRANCESES E PORTUGUESES NO RIO GRANDE DO NORTE. DESENHO DE THEODORO DE BRY 1557-1595, BASEADO NOS RELATOS HANS STADEN NO BRASIL (1557)

O Aventureiro e Mercenário Alemão Hans Staden por duas vezes esteve no Brasil a serviço da Coroa Portuguesa onde participou de combates nas capitanias de Pernambuco, Paraíba, São Vicente e Rio de Janeiro contra corsários franceses e indios hostis, e onde passou nove meses escravo dos índios tupinambás. De volta à Alemanha, Staden escreveu "História Verdadeira e Descrição de uma Terra de Selvagens, Nus e Cruéis Comedores de Seres Humanos, Situada no Novo Mundo da América" (Marburgo, 1557): um relato de suas viagens ao Brasil que se tornou um grande sucesso da época.

Em seu livro Staden relatou um dos primeiros registros do conflito entre franceses e portugueses na costa brasileira em um local chamado Buttugaris (Potiguaras) quarenta milhas germânicas para o norte de Igaraçu, no Rio Grande do Norte .

onde os portugueses teriam travado combate com um corsário francês, porto esse tradicionalmente alocado no atual estado da Paraíba.

Entretanto, considerando-se o valor de 8,6 Km por milha, bem como a distância referida por Staden (40 milhas), isso daria um percurso de cerca de 344 Km a partir de Olinda, o que iria dar em algum ponto do litoral do atual Estado do Rio Grande do Norte, entre as localidades de Cajueiro (RN)

e Touros (RN). Com o barco danificado, o capitão decidiu retornar a Portugal.

Diversos intrusos desafiaram os interesses ultramarinos de Portugal no Brasil durante os séculos XVI e XVII. Os franceses foram os primeiros e, desde o início do século XVI, navios de armadores franceses freqüentavam a costa brasileira, comerciando com os nativos os produtos da terra: pau-brasil; pele de animais selvagens; papagaios e macacos; resinas vegetais e outros. Portugal reagiu, enviando expedições

guarda-costas e iniciando a colonização do Brasil.

No início da colonização portuguesa no Brasil, os franceses estabeleceram duas colônias: em 1555, no Rio de Janeiro, e em 1612, no Maranhão. Portugal reagiu às duas invasões, projetando seu Poder Naval, com bom êxito, para expulsar os invasores.

O Maranhão é conhecido como principal centro de preservação da cultura dita Mina do Brasil, sendo dividida em duas linhas principais, Jejê (Casa das Minas) e Nagô (Casa de Nagõ). A Casa das Minas surgiu na 2ª metade do século XIX e é o terceiro terreiro do Livro de Tombo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), sendo tombada em 2002 ao lado do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho Ilê Axé Iyá Nassô Oká, Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. A Casa das Minas era um terreiro de culto exclusivo aos voduns, aos deuses jejes, os quais, entretanto, hospedam alguns voduns nagôs, ou orixás. Respeitando a tradição matriarcal vinda da África, a Casa sempre foi chefiada por mulheres, que eram denominadas de vodunsis (são as devotas que recebem as entidades, os voduns, em transe). Desde sua fundação, a Casa foi comandada por seis vodunsis. Em São Luís, a Casa das Minas é uma casa de culto afro-religioso fundada por escravos originários do Benim, falantes da Língua Fon, do grupo lingüístico ewe-fon.

O Terreiro está localizado na Rua de São Pantaleão, n. 857, também é chamado Querebentã de Zomadônu, Querebentã, em língua jeje, quer dizer “casa grande” e Zomadônu é o nome da divindade protetora dos seus fundadores e o dono da Casa. Os voduns cultuados na Casa estão organizados em três famílias distintas: Davice(principal famíliajeje,aqualpertenceZomadônu),Dambirá(famíliajeje,cujosmembrossão hóspedes da família Davice) e Quevioçô (Zomadônu nagô, hóspede da família Davice, cujos integrantes, por pertencerem à outra nação, não se comunicam). A casa é formada por dois casarões cercados por um muro, possui duas portas e seis janelas que se abrem, diretamente, para a Rua de São Pantaleão. É constituída por inúmeras salas, distribuídas ao longo de uma varanda e um corredor que dá acesso ao terreiro. No interior da casa se encontra o comé, área sagrada, que está sempre fechada e, para transpô-la, há exigências a respeitarse. Dentro do comé, se encontra o péji, santuário ou altar dos voduns da Casa.

Curadoria:

Marilande Martins Abreu

Reinilda de Oliveira Santos REFERÊNCIAS

FERRETTI, Sérgio F. Querebentâ de Zomadônu: Etnografia da Casa das Minas do Maranhão. 3ª ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2009. Original: 1983, 1ª ed. UFMA: 1986, 2ª ed. EDUFMA: 1996.

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Terreiros Tombados. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1312/ . acesso em 28 de set de 2021.

Disponível em https://museuafro.ufma.br/?p=5794

O #povoamento da América do Sul por seres humanos é recente em relação à antiguidade do homem sobre a Terra: as estimativas mais conservadoras são de cerca de 12.000 anos antes do presente, mas resultados mais recentes de pesquisas arqueológicas apontam para a possibilidade de que o homem já estivesse aqui há uns 50.000 anos.

Mesmo com as estimativas mais cautelosas, os grupos humanos que aqui penetraram tiveram um longuíssimo tempo para ir ocupando o novo espaço, adaptando-se a suas características ecológicas, aumentando sua população, dividindo-se sucessivamente em grupos que se distanciaram mais e mais, e mais e mais se diferenciaram, desenvolvendo novos hábitos, novos conhecimentos, novas atitudes.

Comoumapropriedadeuniversaldaslínguasésuacontínuamudançaatravésdasgeraçõesesuadiversificação quando se reduz ou se perde o contacto entre partes de seus falantes, a língua ou as línguas que os imigrantes pré-históricos trouxeram para a América do Sul tiveram um tempo considerável para modificar-se e diferenciar-se, multiplicando-se em diversas famílias linguísticas.

Todos os componentes de uma língua,seu sistema de sons, seu sistema morfológico e sintático e seu vocabulário, assim como suas estratégias de construção do discurso, mudam no curso do tempo, em consequência de reajustes internos desses sistemas e devido a mudanças na cultura e organização social do povo que a fala e a influências de outras línguas com que ela entra em contacto em determinadas circunstâncias.

Os resultados dessas mudanças frequentemente coincidem com fenômenos já existentes em outras línguas, mas às vezes constituem inovações.

Tais inovações podem propagar-se para outras línguas que entrem em contacto com a língua inovadora e podem, assim, tornar-se características deuma determinadaáreageográfica, mastambém podem ficar restritas somente à família genética descendente da língua inovadora.

Quando as características de uma região geográfica mantêm relativamente isolados os povos que nela vivem, as inovações não se propagam além dessa região, da mesma forma como inovações ocorridas fora dessa área aí não penetram.

O RELATIVO ISOLAMENTO DA AMÉRICA DO SUL

A América do Sul é quase uma ilha, é uma grande península ligada às Américas Central e do Norte apenas pelo estreitíssimo istmo do Panamá e separada dos demais continentes pelos dois maiores oceanos, o Atlântico e o Pacífico.

A natureza insular da América do Sul deve ter tido como consequência que inovações linguísticas não coincidentes com fenômenos já existentes fora dela ficaram restritas a línguas daqui, da mesma forma como fenômenos linguísticos surgidos em outras regiões do mundo após o povoamento desta, não puderam propagar-se até aqui.

Em vista disso, não pode ser surpreendente, antes é de esperar-se que várias línguas indígenas do Brasil, assim como de outras partes da América do Sul, apresentem fenômenos originais em relação ao que é conhecido dos demais continentes.

Que só muito recentemente tenham começado a ser percebidos tais fenômenos deve-se essencialmente a dois fatores:primeiro, a pesquisa científica das línguas indígenas no Brasil e na América do Sul em geral é muito recente e ainda muito pouco desenvolvida e, segundo, ainda são muito poucos os pesquisadores e para estes há muito pouco apoio institucional.

A PERDA DA QUANTIDADE E DA DIVERSIDADE

A lentidão com que se tem desenvolvido a pesquisa científica das línguas indígenas no Brasil revela-se extremamente grave quando se verifica que essas línguas, desde o descobrimento do Brasil pelos europeus, têm estado continuamente submetidas a um processo de extinção (ou mesmo de exterminação) de espécies de consequências extremamente graves.

Hoje há cerca de 180 línguas indígenas neste país, mas estas são apenas 15% das mais de mil línguas que se calcula terem existido aqui em 1500(Rodrigues 1993a, 1993b).

Essa extinção drástica de cerca de 1000 línguas em 500 anos (a uma média de duas línguas por ano) não se deu apenas durante o período colonial, mas manteve-se durante o período imperial e tem-se mantido no período republicano, às vezes, em certos momentos e em certas regiões, com maior intensidade, como durante a recente colonização do noroeste de Mato Grosso e de Rondônia.

Quase todas as línguas #indígenas que se falavam nas região Nordeste, Sueste e Sul do Brasil desapareceram, assim como desapareceram quase todas as que se falavam na calha do rio Amazonas.

Essa enorme perda quantitativa implica, naturalmente, uma grande perda qualitativa. Línguas com propriedades insuspeitadas desapareceram sem deixar vestígios, e provavelmente algumas famílias linguísticas inteiras deixaram de existir.

As tarefas que têm hoje os linguistas brasileiros de documentar, analisar, comparar e tentar reconstruir a história filogenética das línguas sobreviventes é, portanto, uma tarefa de caráter urgente urgentíssimo. Muito conhecimento sobre as línguas e sobre as implicações de sua originalidade para o melhor entendimento da capacidade humana de produzir línguas e de comunicar-se ficará perdido para sempre com cada língua indígena que deixa de ser falada.

Fonte :

A originalidade das línguas indígenas brasileiras por Aryon Dall’Igna Rodrigues

Download do artigo completo em PDF : https://drive.google.com/.../1Xlz_xT.../view...

UM CAMINHO DO MARANHÃO PARA O BRASIL, CRUZANDO OS SERTÕES DO PIAGUIANO DE 1696.

Existe no Arquivo Histórico Ultramarino de Portugal, AHU-MA Cx. 9, Doc. 957, o documento do teor seguinte:

“PorDecreto de11 dedezembrodoanopassado[1696],mandaVossaMajestadequevendo-senesteConselho a carta do Governador e Capitão Geral do Brasil, que remeteu a Vossa Majestade por via do Secretário Roque Monteyro Paim, sobre o novo Caminho que descobriu para o Maranhão, com outra do mesmo governador e do padre Jacobo Cócleo (...). p. 02.

“(...) Fica finalmente aberto o Caminho que Vossa Majestade chama de seu [Caminho Real] do Maranhão ao Brasil, do que dou conta a Vossa Majestade, que Deus o guarde, por carta cuja cópia remeto com esta (...)”. p. 11

Fonte: Arquivo Histórico Ultramarino de Portugal, AHU-MA Cx. 9, Doc. 957.

NOTA: No ano de 1696 o jesuíta (e cartógrafo) Jacobo Cocleo, concluiu o mapa do "Novo caminho entre São Luís e Salvador" via Vale do Itapecuru e sertões do Piauhy. Estavam na rota desse “Novo Caminho": São Luís, Rosário, Itapecuru-Mirim, Aldeias Altas, Pastos Bons, Oeiras, Paulistana, Passagem do Juazeiro, Juazeiro, Água Fria e Salvador.

Esse "Novo caminho" afastou os aldeamentos indígenas da Serra da Ibiapaba da órbita do Estado do Maranhão, abrindo passagem para, no século seguinte, os luso-pernambucanos se estabeleceram nas terras do Siará-Grande.

Por João Bosco Gaspar

GRAFIA DA PALAVRA "YBIAPABA" no documento "Relação do Maranhão" escrito no ano de 1608 pelo padre Luís Figueira, no contexto da Missão ao Rio do Maranhão. Os jesuítas Francisco Pinto e Luís Figueira estiveram nos altiplanos da Ibiapaba no período de 1607 e 1608, em demanda ao Maranhão. Essa viagem foi interrompida em janeiro de 1608 após a morte do padre Francisco Pinto nas proximidades da Aldeia de Diabo Grande (Ibiapina-Ce).

Por João Bosco Gaspar

SÃO LUÍS, MEIO SÉCULO DE PERDAS & DANOS (socioculturais e socioeconômicos).

Foto: Bar Curva do Vento (Seu Antonio Costa; Vinhais; 18mar2012)

Nossa capital perdeu, mesmo antes das Pandemias (de Coronavírus, Invasões e Corrupção), muitos estabelecimentos comerciais importantes, incluindo bares, cinemas, quitandas, boates, cabarés e similares. Segundo mensagem que recebi de um amigo poeta a relação é grande e saudosa e acrescentei algumas mais recentes.

O PERÍODO CONSIDERADO É DOS ÚLTIMOS 50 ANOS [1970-2020].

Esta é uma lista colaborativa informal (sem o rigor dos registros históricos) e pedimos a contribuição dos amigos para corrigir eventuais imprecisões e acrescentar outros nomes para que possamos relembrar esses distintos estabelecimentos que fizeram parte de nossas vidas em São Luís do Maranhão.

Bar Base do Germano

Bar Canto A (Olho d’Água)

Bar Clubão da Cohab

Bar do Moto

Bar do Souza (Vinhais)

Bar Duas Nações

Bar Lanchonete Guanabara

Bar Lanchonete Pontinho

Bar Restaurante Churrascaria Barril

Bar Restaurante do Basilio (Feira PG)

Bar Restaurante do Bena (Olho d’Água)

Bar Restaurante Peixaria Carajás

Bar Restaurante Peixaria do Bairro de Fátima

Bar Restaurante Peixaria do Gago (Olho d’Água)

Bares do Abrigo Novo (10)

Boite Cristal

Boite Extravagance

Boite Gênesis

Boite KGB

Boite Meteoro

Boite Milênio

Boite Ninja

Boite Tucanos

Boite Zig-Zag

Cabaré da Faustina (CH)

Cabaré Estrela Dalva

Cabaré Forro de Rosa na Coreia

Cabaré Rosana Drinks no Turu

Cabaré Sunset Turu

Cabo Submarino Cia. Western

Centro Comercial Dunas Center Cohama

Cine Anil (Anil)

Cine Colossal

Cine Éden

Cine Monte Castelo

Cine Passeio

Cine Rex

Cine Rialto

Cine Rivoli (Anil)

Cine Roxy

Cine Tropical (Shopping Tropical)

Clube Associação do BEM

Clube Casino Maranhense

Clube Jaguarema

Clube Lítero Recreativo Português

Colégio Arruda Martins

Colégio Conceição De Maria

Colégio Franco Maranhense

Colégio Meng

Colégio Silva Martins

Colégio Zoé Cerveira

Foto Mendonça

Hotel Central

Hotel Panorama

Hotel São Francisco

Hotel São Luís Palace

Hotel Vila Rica (e sucessores)

Lojas Acácia

Lojas Arapoã

Lojas Arpaso

Lojas Atacadão Itarek

Lojas Casa Âncora

Lojas Casa Garimpo

Lojas Casa Inglesa

Lojas Casas Pernambucana

Lojas Cíntia Modas

Lojas Gabriella

Lojas Insinuantes

Lojas Itarek

Lojas Lobras

Lojas Mesbla

Lojas Ocapana

Lojas Ricardo Eletro

Lojas Sabrina

Lojas Xepinha

Papelaria JC

Quitanda do Fernando do Mocotó (CH)

Quitanda do Seu Newton (CH)

Restaurante Aureus (CH)

Restaurante Colonial

Restaurante do Baiano (Vila Ivar Saldanha)

Restaurante do BEM (CH)

Restaurante Dona Maria (Calhau)

Restaurante Hibiscus (Vila Palmeira)

Restaurante Maria Castelo (Monte Castelo)

Restaurante Tia Maria (Ponta d’Areia)

Shopping do Olho d’Água

Supermercados Carone

Supermercados Confiança

Supermercados Lusitana

Supermercados Maciel

QUAL A RELAÇÃO ENTRE VISIGODOS

E BARBADOS?

Osvisigodos foram povos deorigem germânica, queocuparam aPenínsula Ibérica(Portugal e Espanha), entre os séculos V e VIII. Devido a uma briga na linha de sucessão, o Rei Rodrigo (último Rei dos Visigodos) é derrotado pelos mulçumanos, sob o comando do general Tárique, na Batalha de Guadalete, em 711, nos arredores de Cádiz, na Espanha.

Mas o que coloca os Visigodos, em especial, o Rei Rodrigo na rota dos Barbados? - Para alguns historiadores, o último Rei dos Visigodos não teria morrido na batalha, teria fugido com as vestes de um homem simples para Mérida (cidadela românica), na Espanha e de lá para a costa Atlântica e depois para Viseu, em Portugal, onde teria sido enterrado.

No meio da rota de fuga, um certo monge de nome Frei Romano, que teria ajudado o Rei Rodrigo na empreitada de desaparecer com vida, levaria uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré, vinda da Palestina, para o litoral de Portugal, dando origem ao povoamento chamado de Pederneira e depois Nazaré (hoje local turístico na costa portuguesa).

Já sabido, que os marinheiros da esquadra de Ayres da Cunha foram recrutados em Nazaré, no ano de 1535, o nome da primeira cidade fundada na Ilha do Maranhão seria uma homenagem ao sítio português de origem. O que leva ao aceitamento, que na segunda povoação europeia do Maranhão, a Tribo dos Barbados, composta pelos remanescentes do naufrágio da esquadra de Ayres da Cunha e da tentativa destruída de fixar Nazaré (atual São Luís/MA), como o primeiro núcleo europeu do Maranhão, teriam devoção à Nossa Senhora de Nazaré e tendo-a como protetora, nas sangrentas batalhas travadas pelos Barbados contra os indígenas de corso e contra as incursões dos exércitos exterminadores dos governadores da Capitania do Maranhão, Cristóvão da Costa Freire (1715) e Bernardo Pereira de Berredo e Castro (1719), que culminaram com o fim da Tribo dos Barbados e com a abertura para o processo de colonização dos sesmeiros na ribeira do Itapecuru, entre a foz do Jundiaí e a foz do Peritoró (atual Cantanhede/MA).

Projeto Barbados.

Redação: minitvbrasil.

https://www.instagram.com/p/DMgr3ubNif4/?igsh=MXRxaGgybHpsNm14ag==

CRIAÇÃO DO ESTADO COLONIAL DO MARANHÃO, SEPARADO DO BRASIL, E A NOMEAÇÃO DO SEU PRIMEIRO GOVERNADOR. ANO DE 1621.

“Dom Filippe III, faço saber aos que esta carta patente virem, que houve por bem erigir em governo distinto e separado do Brasil, as terras do Maranhão e Pará, com as Fortalezas [Ceará, Maranhão e Pará] que há nelas, para as causas daquela conquista se assentarem melhor, e se poder cultivar e povoar a terra, e desejando encarregar o dito governador a uma parte de tal experiência, qualidade [e] talento (...); considerando que tudo isto concorre em Francisco Coelho de Carvalho, fidalgo de minha casa (...), hei por bem de prover do cargo de governador e capitão geral do Maranhão e Pará, pelo que mando a todos os capitães, Cavaleiros, soldados e a todos o mais ministros meus, assim da justiça como da fazenda, e a quaisquer outros pares que naquelas partes de presente residirem, [que recebam] ao dito Francisco Coelho de Carvalho por seu governador e capitão geral, e como tal lhe obedeçam (...) 13 de junho de 1621”.

Fonte: Arquivo Nacional da Torre do Tombo – Portugal – Chancelaria de D. Filippe III de Portugal e Espanha – Livro das mercês – livro nº 18, fls. 154v e 155 (314-315).

NOTA: Os Estados do Brasil e Maranhão coexistiram como colônias distintas da América Portuguesa, por mais de 150 anos. Tinham leis, capitais e governos separados. Constituído, a princípio, pelas capitanias reais do Ceará, Maranhão e Pará, o Estado Colonial do Maranhão, separado do Brasil, começava nos Baixios de São Roque (Rio Grande do Norte) e terminava na Linha do Tratado de Tordesilhas. Embora tenha sido criado em 1621, o primeiro governador do Estado do Maranhão só tomou posse em 1626, após a expulsão dos holandeses que ocupavam a cidade de Salvador.

A capitania real do Ceará integrou o Estado Colonial do Maranhão até o ano de 1718, quando foi anexada ao Estado do Brasil.

Por: João Bosco Gaspar – P

COMPARAÇÃO DE GRAVURAS: São Luís, século

Na gravura de cima, o desenho original de Frans Post (1612-1680), retratando a cidade de São Luís durante a invasão holandesa. Na de baixo, outro desenho, inspirado naquele, com algumas poucas modificações.

Na gravura holandesa, na estampa sobre a cidade (uma faixa esvoaçante sem representação sacra, segundo as prescrições protestantes). Na portuguesa, uma figura angelical barroca católica surge com o nome da cidade e o brasão de armas do reino lusitano e sua vitória.

Memórias da cidade de Viana.

Conheci Dr. Messias antes deserprefeitode Viana e éramos amigos, foicandidatoaprefeitoas duas primeiras vezes e não venceu, porém pavimentou o caminho para na terceira eleição que disputou para prefeito ganhasse a eleição municipal.

Com o seu trabalho como médico ficou muito popular na cidade e num período onde tinha como adversário o grupo político liderado por Walber Duailibe, nesse pleito em que se elegeu a população organizada dizia: essa é a vez do Messias e assim ocorreu, ao abrirem as urnas foi confirmada a eleição do primeiro prefeito do PT em Viana e se não me falha a memória o segundo prefeito eleito pelo Partido dos Trabalhadores no Maranhão. A partir de então houve significativas mudanças em vários aspectos na administração da cidade.

Há 19 anos em 26 de julho de 2006 Viana perdeu um grande e ilustre filho num trágico acidente automobilístico, uma fatalidade.

Médico que deixou o seu legado e foi um dos melhores prefeito Viana. Depois veio a reeleição e foi o primeiro prefeito reeleito na história da cidade de Viana.

Dr. Messias Costa Neto foi prefeito por dois mandatos consecutivos tendo exercido os mandatos com muita proficiência, ética, dedicação e trabalho direcionados às causas sociais.

Na foto do então prefeito de Viana Messias Costa em seu discurso de posse ao lado do Senador Cafeteira e do seu vice Marcone Veloso com a presença do então vereador Zé de Bita e da população que prestigiaram a posse.

DURANTE FISCALIZAÇÃO

As descobertas fazem parte do trabalho contínuo do Iphan para acompanhar a preservação dos bens arqueológicos da União

(Foto: Bernado Sousa/Iphan)

Por: Da Redação*25 de Julho de 2025

Durante uma fiscalização realizada nos dias 22 e 23 de julho nos sítios arqueológicos Fazenda Santa Maria e da PM, no município de Tasso Fragoso, sul do Maranhão, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) identificou duas novas áreas com vestígios arqueológicos. A ação foi conduzida pela arqueóloga Mariana Zanchetta Otaviano e integra as atividades da superintendência estadual do instituto.

O objetivo da visita foifiscalizar, monitorar e atualizar os registros já existentes, além de cadastrar novas áreas e acompanhar o acervo arqueológico armazenado no Museu do Cerrado.

Na Fazenda Santa Maria, os especialistas localizaram um novo sítio arqueológico, provisoriamente chamado de Santa Maria I. No local, foram encontrados diversos materiais líticos, objetos produzidos em pedra, como lascas resultantes da fabricação de ferramentas. Durante o percurso, a equipe também identificou outro sítio, batizado de Sítio da Fuga, próximo ao já conhecido Sítio da PM.

Essas descobertas fazem parte do trabalho contínuo do Iphan para acompanhar a preservação dos bens arqueológicos da União. No Museu do Cerrado, a equipe técnica avaliou as condições de armazenamento dos acervos, fotografou e registrou materiais recém-coletados, além de verificar os artefatos já guardados na instituição.

A visita incluiu ainda uma reunião com representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Tasso Fragoso. No encontro, foram discutidas estratégias para promover o uso turístico, cultural e educacional do patrimônio arqueológico, reforçando o compromisso do Iphan com a valorização e proteção desses bens para as futuras gerações.

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