O Drama dos Palestinos O
povo palestino vive um drama. Apesar de ser uma população que se reconhece como povo e é assim reconhecida por praticamente todos, jamais logrou o exercício pleno de sua autodeterminação. Nos últimos séculos os palestinos foram governados por turcos, ingleses, jordanianos e israelenses. Nos acordos de Oslo em 1993 e 1995 eles lograram uma autonomia limitada, mas ela é conturbada por violentas divisões internas; depende da generosidade de donativos de outros países para se sustentar e é exercida em dois territórios praticamente incomunicáveis. Apresentamos neste número de Devarim dois textos de autores palestinos que mostram algumas facetas deste drama. Ambos os textos foram recentemente publicados pelo Gatestone Institute (www.gatestoneinstitute.org) e gentilmente cedidos a Devarim. Os textos não pretendem analisar o contexto e sim abrir janelas para as atribulações dos palestinos na atualidade.
O Pesadelo dos Árabes: A Absorção dos Palestinos Khaled Abu Thoame, em 12 de junho de 2019 Os libaneses estão preocupados que uma nova lei para a gestão dos campos de refugiados palestinos pavimente o caminho para o “reassentamento” de centenas de milhares de palestinos no Líbano. A perspectiva de “reassentar” os palestinos é um pesadelo que assombra os libaneses há décadas. Como a maioria dos países árabes, o Líbano trata, há muito tempo, os palestinos como cidadãos de segunda classe. Eles são privados1 de direitos básicos, incluindo cidadania, emprego, cuidados de saúde, educação, serviços sociais e propriedade. A grande maioria dos 450.0002 palestinos que vivem no Líbano não tem cidadania libanesa.
Revista da Associação Religiosa Israelita-ari
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