OPINIÃO
O PAPEL DOS EXÉRCITOS
A TENENTE-CORONEL ZUCCO Deputado Estadual
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Fato é que, salvo alguns dramáticos exemplos da história, pouca visibilidade se dá ao êxito na defesa. Esse enfoque conduz a uma visão distorcida sobre as Forças Armadas e sobre sua função
invasão russa na Ucrânia produziu uma guerra que se alonga mais tempo que se imaginava inicialmente. Muito embora esse conflito tenha suas motivações em intrincadas relações internacionais, uma ofensiva militar dessa proporção, em território europeu, surpreendeu a todos. Inicialmente, as atenções voltaram-se para a gigantesca mobilização de tropas russas, a disparidade de forças, os combates e os bombardeios. É natural que seja assim. A história sempre deu mais atenção às batalhas vencidas e aos seus vencedores. Sempre deu mais atenção aos grandes impérios, a seus exércitos e as suas campanhas expansionistas. Os militares, consequentemente, são vistos como guerreiros, como combatentes destemidos, quase sempre no papel ofensivo. Entretanto, superar as forças de um ataque, é uma vitória. Fato é que, salvo alguns dramáticos exemplos da história, pouca visibilidade se dá ao êxito na defesa. Esse enfoque conduz a uma visão distorcida sobre as Forças Armadas e sobre sua função. Exércitos são, primordialmente, instrumentos de dissuasão. São constituídos com a missão de garantir a soberania, ou seja, de defender seu
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país, o território e o povo da ameaça de inimigos externos. Somos um país pacífico. Não resta dúvida sobre isso. Temos uma boa relação com nossos vizinhos. E o fato de sermos a 10ª maior potência militar do planeta certamente contribui para isso. Por outro lado, para defender é indispensável estar em permanente prontidão. E nós estamos. O Brasil conta com um efetivo de mais de 300 mil militares treinados e equipados para defender nosso país. Parte desse contingente, durante períodos de paz, serve ao país em outras missões que vão além do treinamento militar. Seja em desastres naturais, em operações de garantia da lei e da ordem, em obras de infraestrutura, em resgates e nas mais diversas ações humanitárias, as forças armadas contam com esses soldados em sua linha de frente. Braço forte, mão amiga. Não é apenas o lema do Exército Brasileiro. É a essência de nossas Forças Armadas colocada em prática diariamente. Nossos militares são profissionais; são guerreiros que combatem e amparam; que protegem, defendem e cuidam. O Brasil deve ter orgulho de suas Forças Armadas.
