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QUEM FAZ, ESTÁ EM EVIDÊNCIA!
Confira quem são as pessoas que estão fazendo o Rio Grande acontecer, através das lentes do fotógrafo da Revista Em Evidência, Chico Pinheyro
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Jennifer Nunes

MUNICIPALISMO EM EVIDÊNCIA Durante a maior assembleia já realizada pela Famurs, o municipalismo foi a pauta maior. Na foto, o governador do RS, Ranolfo Vieira Jr.; a deputada estadual, Silvana Covatti; e o presidente da Famurs e prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto ALEXANDRE GADRET O diretor executivo da Rede Pampa de Comunicação, assinante da Revista Em Evidência


MOURÃO EM EVIDÊNCIA Vice-presidente recebe edição 82 da Revista Em Evidência ENTRE AMIGOS O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Marco Peixoto; o jornalista da RBS, Pedro Ernesto Denardin; e o presidente da Famurs e prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto


SIMERS O presidente da entidade, Marcos Rovinski, logo após o encontro com o vice-presidente da República, General Mourão
TRIO DE RESPEITO Diretor de Planejamento do BRDE, Otomar Vivian; a primeira mulher a assumir o cargo de presidente do BRDE, Leany Lemos e o presidente do TCE/RS, Alexandre Postal

REDE BANDEIRANTES EM EVIDÊNCIA O jornalista, Guilherme Macalossi, durante a assembleia realizada pela Famurs, no município de Torres

BANRISUL EM EVIDÊNCIA Fernando Postal, diretor comercial de Distribuição e Varejo no Banrisul



ROBERTO ARGENTA O diretor executivo da Calçados Beira Rio, durante o evento da Famurs, no município de Torres DUPLA DINÂMICA O presidente da Granpal e prefeito de Nova Santa Rita, Rodrigo Battistella e o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata


CULTURA EM EVIDÊNCIA Beatriz Araújo, secretária estadual de Cultura ENCONTRO DE AMIGOS O prefeito de Frederico Westphalen, José Alberto Panosso cumprimentado pelo governador do RS, Ranolfo Vieira Jr., ainda na foto, o prefeito de São Nicolau, Ricardo Klein



PRESENÇA ILUSTRE Ana Amélia Lemos, recebe edição de 12 anos da Revista Em Evidência, do diretor executivo da empresa, Lucio Vaz POMPEO DE MATTOS O deputado federal pelo PDT, presente no evento realizado pela Famurs, no município de Torres



ERNANI POLO O deputado estadual do Progressistas, prestigiando a edição com o amigo Eduardo Bonotto na entrevista principal EDEGAR PRETTO O pré-candidato ao governo do Estado pelo Partido dos Trabalhadores, também prestigiando o evento da Famurs



SOMOS TODOS MUNICIPALISTAS O conselheiro do TCE/RS, Marco Peixoto; o coordenador-geral da Famurs, Salmo Dias de Oliveira; os jornalistas Pedro Ernesto Denardin e Rosane de Oliveira; o presidente da Famurs, Eduardo Bonotto e o prefeito de Caibaté, Amauri Pires da Silva

EM EVIDÊNCIA NA TV Instantes antes de ser entrevistado no programa da Revista Em Evidência na RDCTV, senador da República, Luis Carlos Heinze é recebido pelo diretor do programa e pelo representante comercial da Kaysermaq Giuliano Brites TÁ NA MESA Presidente da Federasul, Anderson Cardoso; o representante da Revista Em Evidência, João Riél e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo MAIS FLASHES Páginas 29, 30, 31 e 32

GENERAL HAMILTON MOURÃO

Vice-presidente do Brasil
Introdução: Lucio Vaz Entrevista: Paulo Sérgio Pinto
Nosso país está vivendo aqueles momentos que serão grifados nos livros de história das próximas gerações. A polaridade ideológica vem acumulando mais energia e ódio nos dois lados, dia a dia e post a post. Infelizmente, neste cenário semi-caótico, não importa qual seja sua opinião, ela será classificada automaticamente entre um desses dois extremos. Mais lamentável ainda é que a grande combustão, neste processo belicoso e volátil, vem justamente de onde se esperava a imparcialidade: veículos de comunicação e órgãos de re-
gulamentação da lei e da ordem optaram escancaradamente em tomar posição. Nestes dias turbulentos, tão difícil quanto identificar a “maioria silenciosa” é encontrar uma viva alma que se apodere da sensatez, de forma a admitir que existem pecados nas duas faces de Eva, e que o aumento dessa escalada resultará em um país fragmentado e ingovernável, independentemente de quem vencer as eleições.
O político que estampa a capa de nossa edição é um homem que tem demonstrado, uma postura admiravelmente sensata, lúcida e exemplar, permanecendo impávido e firme em suas convicções, mesmo sob ataque contínuo daqueles que anseiam por sua derrocada. Porém, não se engane com a aparente serenidade nos gestos e nas palavras, o General Hamilton Mourão tem plena consciência de tudo que acontece ao seu redor. Sua estratégia é muito bem planejada e suas investidas e retiradas no cenário político tem se demonstrado extremamente assertivas.
Depois de passar quase três anos combatendo com maestria parte de uma imprensa disposta a dividir a Presidência da República, e até a lidar com o “fogo amigo", Mourão se dispõe a enfrentar um dos maiores desafios de sua carreira.
De volta à sua terra natal, o general filiou-se ao Republicanos para disputar a concorrida e única cadeira disponível ao Senado nestas eleições. Vai encontrar adversários fortíssimos, com longa experiência em eleições, com discursos bem definidos e afinados. O que pesa a favor de Mourão é justamente sua bem-sucedida experiência em se manter leal ao presidente Bolsonaro, bem como sua notória eficácia na defesa do Estado Democrático de Direito, sendo, por diversas vezes, a voz a ser ouvida para apaziguar os ânimos. Colocar seu patrimônio político à disposição do povo gaúcho não deixa de ser um gesto nobre de um homem que já conquistou muito além do que sonhava.
A Revista Em Evidência em parce-

REPUBLICANOS POR OPÇÃO “O Republicanos pratica os valores maiores da nossa nacionalidade e, também, está comprometido com os princípios básicos da administração pública que são: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência” afirma o general. Na foto, em Porto Alegre, General Mourão é recebido por amigos, colega e correligionários
PAMPA DEBATES General Mourão concede entrevista ao amigo e vice-presidente da Rede Pampa de Comunicação, Paulo Sérgio Pinto

ria com a Rede Pampa de Comunicação, traz até você esta entrevista esclarecedora com o vice-presidente da república. Confira
Qualquer estado gostaria de ter o General Hamilton Mourão como candidato ao Senado e o senhor nos deu essa honra. Qual o seu sentimento em relação a Porto Alegre e ao Rio Grande do Sul?

Quando tomei a decisão que prosseguiria na carreira política e isso se daria por meio de uma vaga no Senado Federal, eu não tive dúvida, teria que representar a minha terra natal, porque dessa forma contribuiria, não só para buscar soluções para os problemas que o estado enfrenta, mas também para o país. Como diz a música, cantada pela minha prima Isabela, casada com o Fogaça: “Porto Alegre é demais”. Quando eu volto para cá, tenho aquela sensação de que voltei para casa. Olho as mudanças que a cidade sofreu, ao longo do tempo, me sinto muito satisfeito e recompensado.
Nós tivemos um impacto muito forte na economia mundial, primeiro em função da pandemia e depois nos deparamos com essa guerra da Rússia com a Ucrânia, como o senhor vê o futuro do Brasil neste cenário?
EXÉRCITO DO BEM Com o presidente do Republicanos-RS e deputado federal, Carlos Gomes (direita), e com o amigo e pupilo, deputado estadual, Tenente-coronel Zucco: embora não seja oficial, muitos creditam a filiação de Zucco ao Republicanos, como um forma de lealdade ao vice-presidente Mourão
A pandemia foi um meteoro que caiu em cima de nós, como disse o ministro Paulo Guedes. Nós tínhamos virado o ano de 2019 para 2020, no embalo da aprovação da Reforma Previdenciária e com a firme proposta de avançar na Reforma Tributária e Administrativa. Chegou a pandemia, que foi essa ca-
DIVULGAÇÃO A CARA DO BRASIL Representar o país em eventos internacionais tem sido uma ação rotineira para o vice-presidente do Brasil
lamidade, parando a economia não só no Brasil, mas, obviamente, no mundo como um todo. A atividade econômica parou, mas, posteriormente, iniciou-se um processo de valorização das nossas commodities agrícolas. Ao longo de 2020 e 2021, experimentamos um ingresso de recursos, via Agronegócio, extraordinário. Ano passado, nosso fluxo do comércio bateu todos os recordes, também aconteceu a super safra. Agora, com essa questão do conflito da Rússia com a Ucrânia, nós estamos vivendo um novo momento que afeta o Brasil, tanto negativamente, como positivamente. De forma negativa, por causa dos preços dos combustíveis. É muito importante que as pessoas saibam, que no Brasil pela questão do monopólio, que nós tivemos por uma eternidade, não temos capacidade de refino, temos que importar 20% do combustível que consumimos. Então vendemos o óleo in natura e importamos o valor agregado que é o combustível, isso possui um custo elevado, que impacta em cima da Petrobras, consequentemente, toda a cadeia, porque nós somos um país muito baseado no transporte terrestre. Por outro lado, as nossas commodities agrícolas e minerais estão se valorizando. Ao mesmo tempo, em que a inflação afeta a todos nós brasileiros, permite que haja um ingresso de recursos que estão parados no exterior. São investidores que vem para o Brasil e com isso nós estamos vendo essa queda da diferença entre o real e o dólar. O dólar já esteve em R$ 5,80 e hoje está na faixa dos R$ 5, tendendo até, na visão de alguns economistas, chegar a R$ 4,90 ou R$ 4,80.

Já está se desenhando o quadro político, para quem queria mudar de partido, como o senhor que foi para os Republicanos. Qual a sua opinião sobre o cenário nacional?
Essa eleição começou muito antes do necessário, pelo clima vivido, fruto da pandemia, a polarização se intensificou, uma discussão eterna sobre coisas que não eram necessárias serem discutidas da forma que foram colocadas. Pelas decisões que foram tomadas na Suprema Corte, as condenações do ex-presidente Lula foram anuladas. Ele volta ao jogo e se apresenta como candidato. Na minha visão, acho que foi um retrocesso, ele foi candidato há 20 anos atrás, significa que o país está voltando a 20 anos atrás. Já foi ex-presidente. Nos Estados Unidos existe a reeleição, mas o político que foi reeleito sai fora da política, até por um salutar movimento. As pesquisas o colocam na frente do presidente Bolsonaro, eu julgo que não seja essa diferença colocada nelas. O presidente pouco a pouco volta ao seu patamar anterior e com a capacidade de ultrapassar o Lula, até a metade do ano. O nosso governador Eduardo Leite ainda não sabe se vai ser, efetivamente, candidato pelo PSD, ou se o PSDB vai forçar em cima do Dória, que não decola. Temos a Simone Tebet do MDB, que está com a candidatura lançada e o próprio Ciro Gomes que também está nesse pacote, mas nenhum conseguiu empolgar o restante da população. Na minha visão, o caminho a ser traçado entre essa disputa será entre o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula.
O senhor entende que a situação no RS é mais tranquila, apesar de haver uma disputa dentro da direita com a candidatura do senador Luis Carlos Heinze e o ministro Onyx Lorenzoni?
Eu fico preocupado com essas duas candidaturas. O ideal seria entrarmos num consenso, juntando o Onix, o Heinze e o próprio partido Republicanos, para fazermos uma força-tarefa, que produziria uma candidatura vencedora. Agora, os dois disputando na mesma raia podem dar espaço para outro candidato de outro campo aparecer e, consequentemente, vencer a eleição. Nós temos que buscar essa aproximação entre os dois, sendo mais objetivos e práticos.

Tem muitas pessoas que acham que o senhor ainda possui atritos ou arestas com o presidente Bolsonaro. Isso é verdade?
O presidente Bolsonaro teve uma trajetória de vida e eu tive outra, nós não temos uma comunhão de pensamentos sobre todos os assuntos, mas ele sabe perfeitamente, que sempre procurei ficar dentro dos limites da minha cadeira. Muitas vezes você faz uma declaração com uma intenção e ela é transformada em outra intenção e gera algum tipo de stress. Nós temos que manter sempre a calma. À medida que você vai ganhando experiência ao longo da vida, ela te leva a não reagir num primeiro momento. Há mais de 20 anos atrás, quando estava na missão de paz em Angola, eu levei uma porção de livros e um deles era as memórias de Colin Powell. Na última página tinha um decálogo onde a primeira frase dizia: “Não é tão ruim assim, durma e espere o outro dia”. Eu acho que é um grande conselho para todos.
Quais são as suas bandeiras de campanha?
O candidato ao Senado, não é candidato ao governo, ele é um apoiador das soluções para os problemas do estado. A primeira coisa que salta aos olhos é a questão da estiagem, que é um fenômeno que não é novo e que veio para ficar. Ao longo dos últimos 10 anos, nós viemos sofrendo com isso. Eu acho que é um trabalho, que pode ser feito, não só na questão técnica, mas, também, na legislação, porque nós temos que ter uma liberdade maior para reter água aqui no estado. É uma bandeira que qualquer candidato tem que assumir. Não é possível que um estado que tenha uma densidade pluviométrica
ARQUIVO UVB GUILHERME PEDROTTI


CAUSA MUNICIPALISTA Com os presidentes da UVB, Gilson Conzatti e da Famurs, Eduardo Bonotto: a defesa do municipalismo é uma das agendas do pré-candidato ao Senado do RS
grande, concentrada em determinados períodos do ano, fique sem água. Temos que resolver esse problema. A questão da infraestrutura é extremamente restrita. A rodovia BR-290 tem que ser duplicada, é uma artéria fundamental dentro do nosso estado. Na educação, existe esse gap, que não é um problema só do RS, mas de todo país como um todo e me constrange tremendamente, quando vejo a evasão escolar. Os jovens que terminam e vão até para uma universidade são verdadeiros analfabetos funcionais. Aqueles mais aptos, que tiveram maior acesso ao ensino, terminam querendo fazer um concurso público ou residir em outro país. Eu acho muito triste, nós temos que combater isso. Na segurança pública é um eterno tema que nós temos que trabalhar o tempo todo. São as bandeiras que carregarei, mas sempre lembrando que o senador é uma linha auxiliar do governo do Estado. Ele está lá para representar o Estado como um membro da Federação, no intuito de buscar ou apoiar as melhores soluções para os problemas enfrentados.
Como senador, o senhor pretende abraçar a causa das Escolas Cívico-Militares?
Muitas vezes essa questão das Escolas Cívico-Militares é tratada com preconceito, porque toda vez que você coloca a palavra militar em alguma coisa existe o grupo da esquerda que considera ditatorial. O uniforme iguala a todos, porque quando você pega um colégio que cada um vai vestido com o que melhor lhe aprouver, teremos aquele com mais recurso, que vai com tênis de grife, com uma camisa e uma calça bonita, mas também vai haver aquele que tem menos recurso, gerando uma dicotomia, quando você coloca todo mundo com a mesma roupa você iguala as pessoas. Então a esquerda que é tão igualitária deveria ser a maior incentivadora disso. O que tem que ficar claro é que a pedagogia do ensino, está na área do ensino. O que fica na área militar são os valores da área afetiva, o civismo e a disciplina. De modo que vemos tantas salas de aula que possuem desrespeito total, professores que são agredidos, que têm até medo de comparecer na sua escola, por causa da forma como os alunos se comportam. Quando você enquadra esses alunos dentro de uma linha disciplinar, isso serve para o resto da vida. As pessoas num determinado momento, se dão conta que se elas não sabem se enquadrar dentro de um sistema, serão sempre uns outsiders, sem progredir na vida. A Escola Cívico-Militar coloca isso muito claramente, fora os valores de lealdade, camaradagem e desprendimento. Quando você conversa com os pais desses alunos, que estão nessas Escolas Cívico-Militares, que já foram implantadas, todos são unânimes em louvar o processo que está sendo realizado ali, que só faz bem para os seus filhos.
O que o Republicanos tem de diferente dos outros partidos que o senhor já conhece com mais profundidade?
O Republicanos pratica os valores maiores da nossa nacionalidade e, também, está comprometido com os princípios básicos da administração pública que são: a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência. É um partido que está firmemente convicto e crê que existe um Deus de todos os exércitos.
O que lhe fez acreditar que o senhor pode deslanchar como candidato ao Senado da República pelo RS?
Eu passei grande parte da minha vida aqui no RS, nasci em Porto Alegre, morei em Bagé, Ijuí e São Leopoldo. Fui Comandante Militar do Sul, circulei por todo esse estado, construindo uma rede de pessoas. Fora que eu tenho família, que multiplica esse poder. Eu me sinto muito bem aqui no RS, por ser gaúcho, gosto das coisas do estado. Ano passado nós fizemos uma viagem na Grécia, muito tempo não ia ninguém do governo fazer contato, e nos levaram para visitar aquilo que seria o melhor pôr-do-sol do mundo, que é no Templo de Netuno, ao Sudeste de Atenas, eu olhei e pensei que o melhor é de Porto Alegre.