Revista BR Cooperativo - Edição nº 7 (fevereiro-2021)

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MARKETING

O impacto dos produtos plant based nos negócios atuais

Sandra Biben, Demetrio Teodorov, Matheus Von Muhlen e Tatiana Lanna: carne de planta foi tema do debate

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WCM 20 Phygital contou com um painel sobre a produção e comercialização da “carne de planta” no Brasil. Estiveram reunidos, além de Matheus Von Muhlen como mediador, a executiva da Cargil, Sandra Biben, o gerente executivo da BRF, Demetrio Teodorov e a fundadora da Liv Up Cloud Kitchen, Tatiana Lanna. Sandra disse que a Cargil já havia percebido a transformação no mercado. A empresa procura diversificar seus produtos com base em vegetaIs.Os consumidores de carne vegetal são movidos por desejos de preservação da natureza, flexibilização da dieta, e até alergia: “A gente transforma o potencial da natureza em soluções para os nossos clientes . Entramos no mercado de proteína de ervilha e outras parcerias para trazer cada vez mais produtos interessantes para o mercado.O mais interessante é que tudo isso tem que acontecer respeitando a sustentabilidade, a saudabilidade e o sabor. E também a parte de custos. Você não pode chegar no mercado com produtos muito mais caros.” Demetrio Teodorov explicou que o

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propósito da BRF é trazer o futuro para o presente: “Estamos estudando o comportamento do Consumidor né não só para colocar novos Produtos no mercado apenas para encher uma prateleira como uma obrigatoriedade de consumo mas o nosso grande lance é trazer um produto que você tá realmente assertivo para o consumidor”. Em um país onde a principal proteína em boa parte é a mortadela, Demétrio responde a questão de como substituir um produto barato por algo mais alternativo. “Para produzir a carne de planta estamos olhando também para o grão-de-bico, olhando para ervilha, na combinação desses produtos para trazer um sabor único para nosso cliente. É um produto novo. Todo mundo está começando a entender. É um campo de pesquisa muito grande”. Da parte da distribuição da carne de planta, Tatiana Lana fala da experiência da Liv Up. Ela diz que o público não é apenas composto por vegetarianos ou veganos. Há pessoas que evitam comer

carne nos dias de semana, abrindo exceção para os finais de semana. “A gente consegue criar os nossos consumidores de alimentação saudável”. Ela comentou a prática atual de deixar de comer carne nas segundas-feiras. No exterior, a prática ficou ainda mais radical: “Quando eu olho para mercados mais maduros como a Inglaterra, por exemplo, esse movimento já passou para três, quatro vezes por semana. A carne é exceção. No meu dia a dia, o consumidor acaba se alimentando de alimentos à base de vegetais. Uma pesquisa revela que 27% dos brasileiros querem se alimentar melhor, antes da pandemia e durante a pandemia. Uma outra pesquisa que a gente teve acesso fala que 45% dos brasileiros tinham aumentado o consumo de vegetais durante a pandemia”. O novo consumo não é apenas um movimento de veganos ou vegetarianos, mas sim um movimento para trazer a democratização e uma comida gostosa com um pouco de sustentabilidade para sua casa.

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