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Capa - WCM2020

Era 30 de novembro de 2020 quando o CEO da Wex Coop, Luiz Branco, voltou do futuro a bordo do Delorean com destino a Belo Horizonte. Surpreso, ele acabou desembarcando em Lisboa. Mas longe de ter sido um erro, o vídeo de animação usado na abertura do WCM Phygital Experience 2020 pegou emprestado a emblemática sequência do filme “De Volta para o Futuro”, de 1985, para lançar os mais de 10 mil espectadores espalhados por todo o mundo em um ambiente bastante atual.

Em Belo Horizonte, o apresentador Marcos Cabelo tornou o evento ainda mais leve. Ele abriu o primeiro dos dois dias explicando o conceito “phygital”, que denomina o encontro – físico e digital — perfeitamente integrado ao momento atual em que a pandemia mundial alterou hábitos, antecipou o futuro, mas sem mudar os objetivos cooperativistas.

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“A gente nunca perdeu o foco de nossa essência: gente. Pessoas. Por isso, nasceu o WCM Phygital Experience 2020, a união do físico com o digital”, ressaltou Luiz Branco.

A possibilidade de utilização do desenvolvimento digital foi a tônica do evento. Como exemplo, os 7.455 km de distância e as mais de nove horas de viagem aérea que separam Belo Horizonte de Lisboa não foram obstáculos para a realização simultânea de palestras e experimentações, com transmissão ao vivo para pessoas localizadas em 70 países.

E do outro lado do oceano, desafiando o tempo e o espaço, a apresentadora Ana Rita Clara, atriz, modelo e ativista social, dava o toque português ao evento, direto de Lisboa, de modo alegre e descontraído. E as atividades contavam ainda com o palco 360, apresentado por Arthur Bruel.

União entre o virtual com o físico

O presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Sucato, em seu pronunciamento, destacou a importância de um evento como o WCM 2020, no momento em que uma pandemia aterrorizante nos faz pensar no futuro:

“Futuro que se faz presente e que vai nos obrigar a readequar e a redesenhar todos os planos estratégicos, que já não serviram. Mas o futuro já chegou. A crise econômica nos empurra para o novo estilo de vida. Para a mudança de hábitos e costumes. Esperamos realmente é que nós também aprendamos a produzir com mais sustentabilidade, a consumir com mais interesse e mais juízo e fazer negócios”, ressaltou o dirigente.

Scucato saudou a presença de lideranças nacionais e internacionais do cooperativismo. E falou sobre os sistemas político-econômicos que nortearam os cidadãos do mundo nos últimos tempos:

“Domênico De Masi, famoso sociólogo, disse que o comunismo aprendeu a distribuir e não aprendeu a produzir. Criou o caos na economia, ao passo que o capitalismo aprendeu a produzir e não aprendeu a distribuir, causando a desigualdade social, a crise e a miséria para uma grande parte da população mundial”, disse.

Neste cenário e em plena pandemia da covid-19, Scucato afirma que a economia cooperativista é a solução:

“A gente acostuma dizer que essa economia sabe produzir com sustentabilidade, dentro daqueles 17 princípios da ONU. Produzimos com sustentabilidade respeitando o meio ambiente. Produzimos e sabemos fazer a justa distribuição da riqueza. Daí então, precisamos de eventos, como esse organizado pela Wex, apoiado há seis anos pelo Sistema. Precisamos passar para a sociedade a importância do cooperativismo”, apontou o dirigente mineiro.

O presidente da Ocemg, patrocinadora do evento, concluiu sua fala dizendo que este é o momento do cooperativismo:

“Deixemos de ser modestos. Continuemos sendo humildes, produzindo e dizendo para todos que nós somos o caminho correto da salvação da lavoura”, defendeu.

“Humildes, mas sem modéstia”

Presidente do Sistema OCB Nacional, Márcio Lopes de Freitas, destacou o sucesso das edições do evento nos últimos seis anos.

“Não é o momento da gente ter modéstia. Vamos vestir nossa sandália da humildade, mas sem modéstia. É hora desse grande cooperativismo mostrar sua face. Somos o rosto humano da economia. O rosto humano dos negócios. Temos tudo a ver com essas novas criações, essa nova tendência Global da humanidade”, afirmou.

Freitas destacou também os três fundamentos que considera essenciais no cooperativismo contemporâneo.

“O primeiro deles é que as nossas cooperativas têm que ser cada vez mais íntegras. Tem que mostrar com muita clareza para a sociedade a integridade do cooperativismo. Tem que provar todo dia que nós temos a honestidade clara e aberta.

A segunda questão é fundamental nesse momento. É nossa capacidade de inovação. Temos que ser inovadores. Temos que ser protagonistas das transformações.

O terceiro, a sustentabilidade. Não só do ponto de vista ambiental, mas é fundamental no desenvolvimento do cooperativismo”, ponderou o presidente do Sistema OCB.

Estava oficialmente aberto o WCM Phygital Experience 2020, o maior evento de gestão e liderança do cooperativismo brasileiro.

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