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Capa - WCM2020

A caminho do hospital do futuro

Cada vez mais o cidadão é o próprio o criador da sua saúde. A saúde tem que ser preventiva. Essa foi a mensagem do médico Henrique Martins, que de Lisboa participou do WCM Phigital Experience 2020 mostrando o que pensa sobre a evolução digital na Medicina. Para Henrique Martins, a tecnoloem que vamos usando aplicativos para celular, e relógios que medem a pressão arterial, a medida em que vamos avançando, a tecnologia vai ficando cada vez mais intrusiva. No mundo atual, a medicina conta ainda com robôs que entram no corpo humano e podem ajudar a cuidar de rique, trabalhar em conjunto. Médicos e sistemas de computadores. “Os próprios médicos têm que ser os profissionais KIWI. Tem que tem que trabalhar a transformação digital. Trabalhar ao lado do robô ou mesmo com braço e pernas robóticas”. Outra questão é o uso de dados. Na MARKETING gia, aliada ao tratamento de doenças, condições de risco cardiovascular. E con- Europa, costuma-se usar todos os dados deu um salto nos últimos anos, tanto ta ainda com o Mindware, software que relativos a um cliente de modo a tratá-lo no Brasil quanto em Portugal. Ele defen- altera a mente humana. de forma individualizada. “Dar o tratade a utilização de um sistema digital na “Isso não é futuro. Está cada vez mais mento que ele e a sua família necessita”. Saúde por conta da necessidade atual a acontecer”, disse. de afastamento entre pessoas e prédios Telessaúde hospitalares: “É possível, como médico, Profissionais KIWI O doutor Henrique sugere como inscuidar das pessoas, mesmo à distância, Henrique Martins apresentou o con- piração aos gestores o Plano Estratégico porque trazer as pessoas para o edifício ceito dos hospitais e profissionais KIWI Nacional de Portugal. Trata-se da criação (hospitalar) pode ser perigoso”. — acrônimo de Knowlegeable Inteligent de um Centro Nacional de Telessaúde

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Henrique Martins demonstrou a evo- wise interoperable (Dotados de conheci- onde se partilham experiências e desenlução do Sistema Unimed no Brasil. São mento, com sistemas inteligentes, com volvem-se tecnologias. 345 cooperativas presentes em 84% do sabedoria e com interoperabilidade). “Saber fazer uma consulta física território. O tamanho do sistema é refle- Ele explica que, para as organizações é difícil, Saber fazer uma teleconsulta tido nos números. São 123 mil empre- de saúde, tanto hospitais, clínicas, mé- também é difícil”, frisou o doutor, acresgos, 116 mil cooperados e 17,5 milhões dicos e enfermeiros representam o co- centando que a reutilização de dados de clientes em 4.686 municípios. nhecimento. Portanto, uma cooperativa coletados em diversas ocasiões pode ser

“Isso representa o dobro do que o depende do grau de conhecimento de útil para o tratamento exclusivo de cada sistema de saúde português cuida”, disse. seus integrantes e funcionários, seja um pessoa. conhecimento implícito ou explícito. Com isso, surge a figura do telelíder, Pacientes digitais Outro fator é o uso da inteligência, que tem a capacidade de abraçar as pes-

Para Henrique, os pacientes digitais em quaisquer de suas formas. soas de forma digital. estão cada vez mais informatizados. As “A sabedoria está em combinar de Para completar, Henrique fala da neferramentas digitais são intrusivas, tan- forma inteligente a inteligência artificial cessidade de o profissional encarar a Intelito no corpo humano quanto na mente. e a natural. É isso que tem que fazer um gência Artificial e a Robótica de uma forma O problema é o difícil acesso à internet bom médico responsável por uma coo- totalmente sem medo. Mas com respeito. por parte da população. Quem não usa o perativa”, explicou. “Temos que respeitar a Inteligência digital está excluído: O conceito de Interoperablilidade Artificial. Ela é cada vez mais o novo pa-

“E isso não é bom. Mas na medida significa, de acordo com o doutor Hen- radigma da medicina, cada vez mais usada para a decisão médica”. Em sua conclusão, o doutor Henrique primeiramente disse que é muito importante a criação de sistemas de saúde digitais. Significa repensar o papel de pacientes, médicos e enfermeiros. Em segundo, que as organizações e os profissionais devem estar alinhados com estas quatro linhas fundamentais: Conhecimento, inteligência, sabedoria e interoPOSTS FACEBOOK: perabilidade — trabalhar em conjunto. Outro fator importante para as cooperativas do futuro é a adoção de estratégias pró-ativas e inteligentes. Não devem ficar apenas a espera de um sof108 tware dos EUA. Ou da Europa. Devem fazer seus próprios robôs. Por último, esses líderes que fazem banhar a saúde, estão preocupados não só com os doentes, mas também com os funcionários. 113

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