Revista BR Cooperativo - Edição nº 7 (fevereiro-2021)

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MARKETING

Cooperativismo e o impacto da nova tecnologia

O

mundo digital é realidade hoje. Foi o que o futurista e professor palestrante e empreendedor Tiago Mattos apresentou em sua palestra no WCM 2020, uma ampla visão do desenvolvimento tecnológico disponível para as cooperativas nos dias de hoje. O cenário de mudanças que ocorrem a cada dia e que passam despercebidas. As novas empresas rivalizam com marcas tradicionais como Mac Donald’s, Mercedes e Adidas. Comparadas com antigas líderes de mercado, as novas organizações do mundo digital, embora pouco conhecidas por grande parte dos cooerativados, são tão ou mais lucrativas quanto as gigantes do mercado. Tiago cita como exemplo as empresas 4chan, github, Etherium, Neuralink, Fortnite, Slack. “Tenho uma sugestão para você mudar o seu radar, o seu foco, o seu ponto de atenção. Sempre falam que o mundo está mudando, que existe uma nova realidade, um novo normal, uma nova economia. Mas fica olhando para economia clássica. A gente fica tentando construir um novo, mas se abastecendo de notícias, livros, referências de uma economia que não é mais o novo”. Tiago alerta para um falso dilema. O de achar que o avanço da tecnologia nada tem a ver com a sua atividade na cooperativa. Para o palestrante, todos os profissionais devem olhar para esse novo mundo digital, caso contrário, deixarão de entender o que está acontecendo. “É comum que profissionais de áreas como gestão de pessoas, entre outras, sem ligação com o mundo digital, ignorarem a tecnologia. Trata-se de uma

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armadilha. É aí que mora o problema! Quando a gente fica nesse falso dilema, não se abre para a Inovação. Hoje em dia, se a gente quer uma organização que de fato se prepare para o futuro a gente não pode cair nesse falso dilema”. Digital X Digitalizado Tiago explica que hoje exitem três tipos de empresas: As que não contam com qualquer serviço online de vendas, as digitalizadas e as digitais. Um tipo de empresa não digital, como uma loja de roupas, por exemplo, é aquela que vende em uma loja física. Essa mesma empresa, quando digitalizada, é capaz de vender seus produtos online. Já a loja de roupas digital oferece um outro tipo de serviço: “A tradicional precisa que o consumidor vá até a loja, experimente a peça, e a compre. Já a digitalizada oferece o serviço pela internet. O cliente pede o seu número de tamanho de camisa. Já na loja digital, o processo é diferente. O cliente escaneia o corpo com o smartphone e envia os dados para a loja. Esta produz uma roupa do tamanho ideal”. Tiago acrescenta que o termo “digital” se aplica ao empreendimento que cria algo com a cara da internet. Os produtos são personalizados para o cliente. Ele cita a loja Taylor: “Você consegue personalizar tudo. Escolhe o padrão, para dentro ou para fora da calça, como é que são os botões...É muito diferente de uma Renner de uma Riachuelo de uma Sara. Eles têm um requinte digital que é incrível; Não existe tamanho de roupa. Só existe o seu tama-

nho. Você pega o seu celular, escaneia (o corpo) e em 30 segundos eles produzem a roupa para o seu tamanho. Não tem escolha entre PP, PM, G ou GG”. Tiago cita outros exemplos. O supermercado digital chega até a casa do cliente, ao invés dele ter que ir à loja. O uso de carros autônomos para levar as compras para os clientes que pedem de modo digital. (existem desde 2012). As cervejas artesanais que podem se preparadas de acordo com o gosto do cliente, A inteligência artificial usada para sugerir receitas de cerveja ao gosto do apreciador. Digitalizado não é diferencial O mundo digital também chegou às escolas. A aprendizagem também está passando por transformação. Neste campo, a diferença entre o Digital e o digitalizado também se faz presente. Por exemplo, os cursos online contam com uma pessoa e uma TV que funciona como um quadro negro. Para Tiago, isso não reproduz uma sala de aula presencial: “Isso não é o futuro. Isso aqui é bem presente. E mesmo quando a gente tem dinâmicas, interações e brincadeiras ainda assim nada mais é do que uma reprodução do que era feito na sala de aula presencial”. Segundo Tiago, a educação precisa passar também por uma revolução. Apenas escanear a sala de aula, o professor e fazer um modelo mais expositivo, não é o futuro. É o presente. Isso já está sendo feito. Ele fala O o futuro da educação e da aprendizagem que passará a contar com avatares comandados por pessoas e com projeção tridimensional:

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