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A disrupção infiltrada
A
inovação tecnológica esteve presente no WCM 2020. O diretor de inovação da Liquid Studio e engenheiro de Computação Daniel Franulovic e a gestora em Comunicação e apresentadora Gabriela Santillo apresentaram o que podemos esperar par os próximos anos em relação à tecnologia no nosso dia-a-dia. Gabriela apresentou a rotina da Fernanda, uma personagem fictícia que usa em seu dia todos os recursos tecnológicos disponíveis (alguns deles ainda em desenvolvimento). Com o auxílio de um despertador, acorda às 6h30. Recebe a previsão do tempo, prepara o café de acordo com o seu desejo e na hora certa, recebe as notícias apenas as que deseja. Com um chip instalado em seu crânio, vai para a ginástica ouvindo as músicas que deseja, Através de seus dados de consumo e rotina, ela é lembrada de quais as tarefas que deve desempenhar, chega no restaurante na hora exata em que costuma almoçar, com o prato que deseja. Um dispositivo na embalagem de sua alimentação indica até quando a sobra de alimento pode ser consumida. O dispositivo programa a máquina de café que mais gosta, algo superpersonalizado para necessidade dela. Em resumo, os dados de sua atividade são coletados, desde o início do dia, até o final da noite, de modo a ela ter tudo à mão e no instante necessário. Inclusive horários
em que deve ser medicada, ingerir vitamina, sugestões de treinos de corridas oferecidos por uma máquina. Durante o dia, participa de reuniões remotas de trabalho, checa investimentos durante trajeto. Usa um anel que detecta sintomas de gripe e até mesmo de covid antes mesmo dela demonstrar então é um ótimo instrumento para saúde. Trabalha com pessoas do mundo inteiro através da realidade virtual. Ao final do dia, faz uma reserva no restaurante para se encontrar com as amigas à noite. E consegue ver, como se fosse um avatar do Chef, o preparo da comida que ela escolheu, ingrediente por ingrediente. Disrupção tecnológica Daniel explica que isso não é ficção científica. É uma realidade. Muito disso será comum nos próximos anos. “Tudo isso é para mostrar como a disrupção está infiltrada no nosso dia a dia. Quando a gente fala de sistemas nossos clientes nossos parceiros falando de inovação e tecnologia, muita gente fala que é ficção científica. Tudo que a Gabi apresentou é realidade hoje”, disse. O engenheiro diz que já há pessoas testando a implantação de chips no crânio. Segundo ele, se não é realidade hoje, será em pouco tempo. De 1950 até hoje, a adoção de tecnologias é crescente. E a intersecção dessas tecnologias é o que traz a disrupção.
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Daniel explica que a disrupção é a mudança do modo como as pessoas experimentam o mundo. As pessoas de hoje interagem com marcas e empresas com base nas experiências culturais, no dia a dia. Exemplo de mudança cultural é a adoção de serviços que disponibilizam veículos dirigidos por pessoas estranhas. Há dez anos, os pais orientavam os filhos para não aceitarem carona de estranhos. “A mudança cultural foi tão rápida que hoje basicamente é o modelo de negócios da Uber”, disse Daniel. “A disrupção no dia a dia” Apesar de a disrupção ser animadora para uns, não é tão fácil a mudança de paradigma. Por exemplo, quando uma pessoa que anda de bicicleta é levada a guiar uma cuja direção é diferente, se depara com uma disrupção. Basicamente é mais fácil aprender a andar de bicicleta do que desaprender. Um experimento fez com que pessoas que sabiam andar de bicicleta tivessem que guiar uma com um guidom alterado e que para fazer a curva para um lado esquerdo teriam que virar par o lado direito. “As pessoas levaram quatro meses para aprender, enquanto um jovem aprendeu em menos tempo”. Para os palestrantes, aplicar a novação disruptiva para que sejamos motores de inovação, e não os passivos que vão ser ‘disruptados”.
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BR Cooperativo l Ano 2 l Nº 7 l Fevereiro 2021
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