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A criatividade para a solução de problemas
O
palestrante Murilo Gun brindou o público com um momento de reflexão sobre a criatividade e como pode ser implementada nas cooperativas. Ele a define como a imaginação aplicada para resolver problemas. É acessível a qualquer atividade e o caminho para o seu desenvolvimento é a memorização. O outro é a imaginação. Enquanto que a memória propõe soluções em um repertório do passado, a imaginação é o ato de criar novas imagens, de imaginar e criar um novo cenário. E é ativada com a pergunta “e se…?” “Nesse momento da humanidade que estamos considerando que tá tudo mudando, tudo está muito louco, nós precisamos reativar o uso da Imaginação para a solução dos problemas”, explica. Para Murilo Gun, é fácil fazer o ser humano ativar a imaginação. O grande desafio está na hora de colocar em prática. “É aí que vem o grande gargalo. Quando a gente usa a imaginação e cria uma nova imagem, o problema é a coragem”. Gun explica que usar a memória é confortável. O caminho mais confortável para resolver problemas é repetir padrões passados e terceirizar a responsabilidade para quem disse que era assim. “Quando eu penso: “E se fizermos assim?”. Uma nova imagem surge e tenho que assumir esse risco de novo. E nós fomos educados para não termos risco. Em geral, a humanidade foi educada para ter medo de tudo que é novo”. Em relação ao medo, Gun fala da necessidade dessa emoção. Ele coloca que o medo nos diz que há em nós necessidades não atendidas. Em contrapartida, defi-
ne a coragem como o agir com o coração, mesmo estando amedrontados. “A humanidade até hoje só valorizou a mente, o pensar, o raciocínio mental. Uma pessoa inteligente era aquela pessoa que pensa rápido, que lembra de tudo. Agora, nesse novo capítulo da humanidade, que começa neste ano, a humanidade começou um novo capítulo. É o momento de ativar a tecnologia do coração, a inteligência do coração, a inteligência do sentir, que é da intuição, que é o feeling, que é a energia feminina, que é subjetivo. O mundo foi dominado pela objetividade, pelo racional, pelo lógico, pelo agora. É a hora do subjetivo, do intuitivo, do não linear, no coração. Não para detonar, mas para se juntar às duas e operarem juntas”. Para ilustrar, Gun lembra o modo como temos sido educados, Ele lembra que seu avô nasceu durante a Primeira Guerra e o seu pai, em plena Segunda Guerra. O clima de medo dominou a educação humana. Governo, escola, igreja, controlam com base no medo. “Nós tomamos decisões da nossa vida baseado no medo. O medo é o caminho para se afastar do que você não quer. Eu vou para cá porque eu não quero uma coisa. É o Caminho do Coração que te aproxima do que você quer. E a gente passou a vida assim porque foi educado na base do Medo, distanciando do que não quer”. O palestrante diz que a respiração ancora a pessoa no presente e está relacionada com a criatividade. “O obstáculo para acessar a inteligência do coração é o barulho. A gente vive num grande barulho, o barulho de
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notícias, barulho de coisas, de pensamento de preocupações, remoendo o passado, com televisão ligada em casa no café da manhã”. Ele diz que é preciso silenciar a mente para ouvir o coração, a intuição fala baixinho. “Você começa a tomar decisões, ouvir o coração, ter ideias, é movido pela certeza de que aquilo veio bem. A resposta está dentro”. O efeito dessa tecnologia em uma cooperativa é imaginado por Gun. Ele diz que, com a prática de exercícios respiratórios e de meditação, o dia a dia de uma cooperativa pode ser mais tranquilo, sem agressões verbais, sem a perda da paciência. Outra tecnologia citada pelo palestrante é a gratidão: “Ser grato todo dia pelas coisas pequenas você acessa os infinitos motivos e abre o portal. O oposto é o modo reclamação, desinformador. Quem foca no que falta só pode experimentar a falta. A terceira tecnologia é o perdão: “Tem uma música que diz assim: A culpa pode estar no outro mas o perdão está em você. Olha que forte! O perdão está em você”. Para terminar, Gun fala da importância do trabalho em conjunto, ao invés de atos individualizados de super-heróis. Como analogia, usa os personagens fictícios que compõesm “Os Vingadores”, grupo formado por quatro super heróis. Eles são mais fortes quando estão juntos. “Acredito que o futuro é o cooperativismo. O cooperativismo é o futuro do capitalismo”, concluiu.
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BR Cooperativo l Ano 2 l Nº 7 l Fevereiro 2021
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