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Penedono
Medieval mobiliza milhares de pessoas
Pág. 8
Foz Côa
“O Côa Culto é no nosso entender uma verdadeira medida de coesão territorial na área da cultura”
Pág. 13
Glamour marca Gala da EsproDouro
Pág. 22
Ser + Cultura “ Um sucesso
Armando Mateus
Págs.4 a 6
OVivaDouro faz-se à estrada pelos caminhos da região Távora-Varosa para lhe dar a conhecer alguns dos melhores néctares desta região vinícola. Apostada essencialmente na produção de espumantes, os vinhos tranquilos têm vindo a crescer de produção. Acompanhe-nos nesta viagem e fique a conhecer produtores e vinhos desta região. Pág 37
Pág. 30
Destaque
Páginas 4 a 6
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org
Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPPPT Grupo Vivacidade, Administrador
As repercussões da edição do mês passado têm sido extraordinárias.
A entrevista, em exclusivo, que o Sr. Presidente da Républica nos concedeu é um momento muito alto na nossa história, pois basta fazer uma pesquisa no google para perceber que tal distinção na imprensa não nacional é muita rara.
A equipa do nosso jornal está mais uma vez de parabéns, pois conseguiu aquilo que poderíamos designar como uma verdadeira lança em África, pois o Sr. Presidente da República acabou por nos fazer uma entrevista de fundo, com muito conteúdo inédito e com uma abordagem profunda aos temas mais prementes da nossa Républica. Todos os que têm contribuído para a elaboração de um jornal de qualidade, positivo e construtivo estão de parabéns, pois procurando sempre respeitar os princípios que nos regem desde o primeiro dia — e que podemos sintetizar no nosso lema, inspirado no lema do Manchester's Guardian, de 5 de Maio de 1821: "factos são factos, mas a opinião é livre" fizeram mais um grande marco na história do nosso periódico.
Não é por acaso. É porque os profissionais que todos os dias contribuem para os nossos jornais o fazem com total profissionalismo, competência e zelo. E é isso que vemos em cada uma das nossas edições.
Há muitos anos que não escrevo um editorial sobre o próprio jornal. Escrevo-o hoje porque acho que atingimos um marco histórico e porque cada um dos telefonemas, SMS, mensagens, etc. que recebi e que os nossos dirigentes e jornalistas receberam a dar-nos os parabéns, por esta edição histórica, devem ser para cada um e para todos os que contribuem para o desenvolvimento e a melhoria do nosso jornal.
Porque são as pessoas que fazem a diferença. ○
São João da Pesqueira
Páginas 7 e 22
Penedono Página 8
Carrazeda de Ansiães Página 9
Mesão Frio Página 10
Freixo de Espada à Cinta
Página 11
Alijó Páginas 12 e 34
Vila Nova de Foz Côa
Página 13
Santa Marta de Penaguião
Página 14
Armamar
Página 15
Torre do Moncorvo
Páginas 16 e 32
Moimenta da Beira
Páginas 18 e 27
Sabrosa Página 19
Entrevista
Páginas 20 e 21
Vila Real
Página 24
Peso da Régua
Página 26
Sernancelhe
Página 30
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Viagens no Comboio Histórico estão de regresso com novidades. Para além das habituais duas viagens ao fim de semana, o comboio fará também uma viagem à quarta-feira.
Apesar das diversas campanhas de sensibilização há ainda quem deixe entulho nas bermas das estradas da região, uma situação que prejudica o ambiente e a beleza das paisagens durienses.
António Fontaínhas Fernandes
Professor Universitário
Liga dos Amigos do Douro Património Mundial
A Liga dos Amigos do Douro e o Museu do Douro lançaram em tempo uma petição à Assembleia da República, visando requalificar e modernizar a linha férrea do Douro entre o Porto e Barca d´Alva, com ligação a Salamanca. Foi uma iniciativa da sociedade civil que muito contribuiu para que uma das ligações ferroviárias selecionadas por Bruxelas com maior potencial e interesse ambiental de reabertura, possa ser uma realidade.
Relançar a linha do Douro é vital para o desenvolvimento económico de uma região que se esvazia, permitindo ligar quatro patrimónios da Humanidade (Porto, Alto Douro Vinhateiro, Foz Côa e Salamanca), com reconhecido potencial turístico e mesmo de transporte de mercadorias, ligando o litoral Norte ao sistema ferroviário europeu.
Mas, o futuro das regiões exige novos formatos de conectividade e não pode ser desligado das exigências da globalização, da digitalização da sociedade e da nova economia. Posicionar o Douro no mundo exige também melhor conectividade digital para dar resposta aos novos desafios e padrões de produção e de consumo.
A pandemia da COVID-19 evidenciou a importância da digitalização em todos os setores económicos e sociais da Europa, comprovando que as novas tecnologias ajudaram a trabalhar a partir das nossas casas, a facilitar o ensino à distância dos jovens e geram novas oportunidades de mercado para as empresas.
A transformação digital é essencial para dar resposta aos novos desafios societais, o crescimento verde e a autonomia estratégica das regiões. A estratégia digital da Europa inclui domínios que vão além da conectividade, incluindo as cadeias de valor digitais e a saúde online, até à economia dos dados, à inteligência artificial e às plataformas digitais.
Dito isto, uma nova ambição para o Douro passa também pela transformação digital, o que exige mentes abertas, visão e estratégia bem definidas, que insiram o local no global. Hoje, mais do que nunca, é vital trilhar novos caminhos para a presença do Douro no mundo, mudança que exige uma visão intergeracional que ambicione uma Região territorialmente coesa e competitiva. ○
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Nascido em Espanha, com 897 km de extensão, o Rio Douro tem vários aspetos de interesse, entre eles as praias fluviais e espaços de lazer que ladeiam as suas margens e dos afluentes que o alimentam. À medida que avança em direção ao mar torna-se um rio cada vez mais urbano, serpenteando por inúmeras vilas e cidades ao longo do seu caminho. Muitas das praias fluviais do rio Douro são de elevada qualidade e há já as que são distinguidas com diversos galardões como a Praia da Congida em Freixo de Espada à Cinta, ou a Praia Fluvial de Segões em Moimenta da Beira.
Ainda no Parque do Douro Internacional, a Praia da Congida ostenta três galardões de (Bandeira Azul, Praia Acessível e Qualidade de Ouro), sendo uma das quatro melhores a nível ibérico no que a praias do interior diz respeito.
"Mais do que falar do interior, temos que praticar o interior e termos aqui aquela que se pode considerar a melhor praia fluvial nacional, e a quarta em termos ibéricos, é fazer exatamente isso.
Aqui as pessoas podem usufruir do espaço mas também da hospitalidade das nossas gentes e da tranquilidade e segurança do nosso território", explica Nuno Ferreira, autarca freixenista.
A proximidade com Espanha faz com que a maioria dos seus utilizadores sejam espanhóis, "são cerca de 75% do total de pessoas que passam aqui anualmente", afirma o autarca.
A praia é dotada de uma piscina natural flutuante, atividades aquáticas, parque infantil, bar/restaurante, zona relvada e um campo de jogos para a prática de futebol e voleibol de praia. "Aliás, já no final deste mês de julho vamos receber aqui uma etapa do Nacional de Voleibol de Praia, à semelhança do que aconteceu no ano passado", afirma Nuno Ferreira.
O espaço é cuidadosamente mantido ao longo do ano "dando assim possibilidade a que as pessoas usufruam dele em qualquer altura e não apenas durante a época balnear", explica o autarca que avança ainda que "em breve será também instalado um insuflável aquático, que certamente fará as delícias de muitos dos frequentadores deste espaço".
Para Nuno Ferreira, a Praia Fluvial da Congida é um espaço de convívio, não só para os seus munícipes e comunidade emigrante que no verão regressa à sua terra natal, mas também "para os milhares de turistas que visitam este território ano após ano".
Durante a sua visita os turistas podem ainda disfrutar de um passeio pelo Douro Internacional através dos cruzeiros que partem desta praia.
A praia é vigiada o que permite usufruir do espaço com todas as garantias de segurança.
Localizada no concelho de Moimenta da Beira, a Praia Fluvial de Segões é uma das duas existentes no território beirão. Banhada pelo Rio Paiva, "o menos poluído de Europa", sublinha o autarca Paulo Figueiredo, esta praia ostenta o galardão de Qualidade de Ouro.
As águas desta praia têm uma cor ligeiramente escura, resultado da presença de sais minerais
e são, por isso mesmo, muito procuradas para doenças de pele.
"Neste espaço temos uma zona verde envolvente convidativa para que as pessoas usufruam do seu tempo de forma confortável e agradável em qualquer idade", afirma o autarca.
Os equipamentos de bar/restaurante e casas de banho de apoio estão neste momento em
fase final de remodelação, "uma obra que acabou por sofrer alguns atrasos pelos motivos que são conhecidos, como a falta de material ou de mão-de-obra, e que acabam por prejudicar um pouco o funcionamento do espaço", lamenta Paulo Figueiredo, que avança ainda que o espaço será dotado também de um Centro de Apoio ao Turista. "Pretendemos criar ali um es-
paço que vá além das necessidades básicas dos que frequentam o espaço, que funcionará como biblioteca também, alargando a oferta que temos".
Existe ainda espaço para churrascos e mesas para que se possa apreciar uma refeição em contacto direto com a natureza.
"Esta praia é uma das duas que temos no concelho, temos outra na barragem do rio Vilar.
Em ambas cumprimos todos os requisitos exigidos pela APA, como ter dois nadadores salvadores em permanência durante o período de funcionamento, por exemplo. Só para isso é um investimento de 125 mil euros, no total são 8 nadadores salvadores certificados". A praia tem cerca de 10 mil m2, e funciona entre as 09H e as 19H, todos os dias.
Não só em praias fluviais se pode apreciar as maravilhas do Douro durante a época estival, um pouco por toda a região são diversos os espaços de lazer que, próximos da água fazem as delícias dos veraneantes.
ESPAÇO DE LAZER DA FOZ DO SABOR
Localizado no concelho de Torre de Moncorvo, o Espaço de Lazer da Foz do Sabor é banhado por um imenso lençol de água, excelente para a prática de desportos aquáticos e lazer.
Rodeada por um jardim relvado com área arborizada, esta praia dispõe de parque de merendas, um bar de apoio, sanitários, parque de estacionamento, cais de desembarque e atracagem.
O espaço serve ainda à realização de várias atividades como o Encontro de Idosos do concelho, a Festa de Nossa Senhora da Guia (procissão nos barcos), que se realiza de 3 a 6 agosto, o certame Vinho e Sabor Douro, que terá lugar entre 8 e 10 setembro e que integra também a Final do Concurso e Eleição Rainha das Vindimas de Portugal, no dia 9 de setembro.
PRAIA FLUVIAL DA ALBUFEIRA DO VILAR
Este sítio separa as freguesias de Vilar (Moimenta da Beira) e Fonte Arcada (Sernancelhe), e permite a prática de pesca, nomeadamente de truta. A barragem foi criada para normalizar os fluxos do Douro, e recentemente foi utilizada para captar água para abastecimento público. É também um ótimo local para tomar uns banhos ou fazer um piquenique. Praia fluvial bonita e agradável, com estacionamento, bar, churrasqueiras e mesas de convívio, bastante espaço com sombras, casa de banho e possibilidade de alugar canoas ou gaivotas.
PRAIA
Situada num vale que divide as freguesias de Fornelos e Louredo perto do Lugar do Barreiro, no concelho de Santa Marta de Penaguião a Praia Fluvial de Fornelos é um espaço verdejante banhado pelas águas límpidas do Rio Aguilhão, com 2 parques de merendas, um bar de apoio com esplanada ou ainda balneários. O espaço ideal para as famílias, ou para apanhar banhos de sol nos relvados verdejantes.
Em funcionamento desde 1998, em 2012 foi alvo uma ampliação para a outra margem do rio, com um aumento do relvado, Parque de Merendas e Parque Infantil.
PRAIA FLUVIAL DE NAGOSELO DO DOURO E PRAIA FLUVIAL DA FERRADOSA
Ambas localizadas no concelho de São João da Pesqueira, são espaços ideais para disfrutar da água do rio Douro.
Ambas estão dotadas de bar e casas de banho de acesso. Na praia de Nagoselo do Douro é ainda possível alugar canoas para uns passeios, já na praia da Ferradosa pode optar por um passeio de barco ou aproveitar a pista de pesca para praticar este desporto.
No edifício da antiga estação, existe um restaurante e, na área adjacente, uma empresa dedicada ao aluguer de barcos e chalés.
O Espaço de Lazer de Mesão Frio fica localizado nas margens do rio Teixeira. Na margem direita fica a zona de relvado, o bar/cafetaria de apoio à zona fluvial e o acesso àágua do Rio Teixeira e na margem esquerda fica o Parque de Merendas com mesas e uma fonte de água fresca.
Localizada entre dois distritos, a parte do Parque de Merendas pertence a Mesão Frio, Vila Real e a parte do relvado e Café/Bar a Anquião, concelho de Baião, Distrito do Porto. Fica para o nome a praia fluvial de Mesão Frio pois foi este concelho que realizou ali as obras e criou esta Zona de Lazer. O espaço está ainda dotado de churrasqueira, casas de banho de apoio e máquinas de manutenção física.
PRAIA FLUVIAL DE VILA DA PONTE
Uma das mais recentes praias fluviais do Norte de Portugal, situa-se em Sernancelhe onde brilham duas excelentes piscinas flutuantes, uma para adultos e outra para crianças, , sempre vigiadas durante a época balnear, e onde não faltam bons spots para fazer um aprazível picnic rodeado de natureza.
Se for percorrer os Passadiços do Távora no verão, não deixe de ir dar uns mergulhos à Praia Fluvial de Vila do Ponte. Apesar de só ter sido inaugurada em 2021 já é considerada uma das melhores praias fluviais do Norte de Portugal.
No espaço envolvente não faltam locais onde estender a toalha, seja na relva ou na areia, e boas sombras para fintar o calor, que por estas bandas costuma ser inclemente nas tarde de verão.
Há ainda um parque de merendas, um bar de apoio móvel e um fixo, relativamente perto da praia. No espaço pode ainda alugar um caiaque, canoa ou bicicleta, adicionando ainda mais diversão à experiência.
PRAIA
A praia fluvial de Rebelos em Murça fica mesmo por debaixo da A4, a auto estrada transmontana que liga Matosinhos a Quintanilha. Uma zona de recreio e lazer para relaxar e refrescar-se nas águas cristalinas de uma das zonas do Vale do Tua. Aqui também pode fazer Percursos Pedestres de Birdwatching.
A zona não é vigiada, mas a água é controlada. Não pode levar animais para a zona de relvado/bar. Ideal para estacionar a sua autocaravana do lado do areal.
A zona fluvial é banhada pelo rio Tinhela, que vai desembocar no rio Tua. Este rio recebe a sudoeste a ribeira de Noura e a noroeste o rio de Curros.
O Passaporte Douro ‘On2Wheels’, uma iniciativa da (CIM) Comunidade Intermunicipal do Douro, decorreu de 8 a 9 de julho, com passagem nos 19 concelhos que constituem a CIM Douro.
No dia 8 de julho, a partir das 15h30, mais de 600 motards foram chegando à Praça da República, de forma a carimbarem o seu Passaporte Douro e degustarem alguns dos produtos locais.
Do concelho de S. João da Pesqueira participaram e colaboraram na organização deste evento os seguintes motoclubes:
- Clube Motard “Os Tonéis”;
- Eles & Elas Motorcycles ;
- Moto Clube de São João da Pesqueira.
O Passaporte Douro ‘On2Wheels’ tem uma vertente solidária.
A receita resultante das inscrições reverterá a favor de uma associação do Douro, cujo trabalho é orientado para as crianças.
O objetivo deste evento foi o convívio entre participantes, o usufruto do binómio condução / navegação, e também o desafio de admirar a paisagem ao longo de um fim de semana de descoberta, cultura, gastronomia e celebração do Douro.
Decorreu de 7 a 9 de julho, em Braga, a 10º edição do Vinho Verde Fest.
O Município de S. João da Pesqueira marcou presença com um stand, em representação de diversos produtores de vinhos do Concelho e promoveu junto aos milhares de visitantes deste certame, a próxima edição da Vindouro, Wine and History, Festa Pombalina.
Esta iniciativa teve mais de 30 expositores vínicos presentes nos Jardins da Avenida Central, proporcionando momentos de partilha, conhecimento e degustação junto dos visitantes.
Para além de muita conversa e animação, nos Jardins da Avenida Central de Braga foi possível degustar mais de 200 vinhos e desfrutar de uma deliciosa área de street food com propostas doces e salgadas.
O evento teve ainda conversas vínicas, jantares vínicos, show cookings e animação musical. ○
No dia 22 de julho, o “Slow Wine – Momentos com Vinho”, está de regresso ao Centro Histórico de S. João da Pesqueira, que é o palco perfeito para provar os melhores vinhos da região, com música ao vivo e tapas.
O Slow Wine é o melhor des-
fecho para um dia quente de verão, com a Praça da República como sala de visitas, o vinho como anfitrião e a música como convidada especial, a partir das 19h30 com o DJ Master M, às 21h30 segue-se a atuação da Mia Band e os Lizard King sobem ao palco pelas 23h30. ○
“Slow Wine – Momentos com Vinho” em julho, na Praça na República
Durante os dias 30 de junho, 1 e 2 de julho o centro histórico da vila de Penedono foi mais uma vez palco da Feira Medieval. O “Reino de Penedono” revestiu-se assim novamente do espirito medieval, tendo levado milhares de visitantes ao concelho nos três dias do certame.
Tendo como testemunha o “imponente Castelo”, monumento nacional desde 1910, e uma das marcas do concelho, as ruas da vila voltaram a encher-se do espírito medieval. Cavaleiros, monges, mercadores, malabaristas, artesãos e tantas outras personagens alusivas à época passeavam pelas ruas e conduziam o visitante numa autêntica viagem na máquina do tempo.
Era de festa o ambiente que se fazia sentir por terras de Magriço. Nesta altura, a vila transforma-se e veste-se a rigor para receber o evento que cada vez mais se afirma como momento cultural e lúdico de excelência do concelho.
Com os tambores, flautas e composições musicais típicas da época como pano de fundo, as tabernas e albergarias encheram-se assim de visitantes, as ruas animaram-se com várias recriações históricas que transportam o público para um tempo longínquo.
A edição deste ano da Feira Medieval de Penedono iniciou, como já vem sendo hábito, com o Cortejo Régio e Leitura do Auto de Abertura com Trovas e Folguedos pelas ruas do Burgo.
Entre as várias atividades realizadas ao longo dos três dias do certame destaca-se o célebre “Assalto ao Castelo e sua Reconquista pela Hoste de D. Álvaro Gonçalves Coutinho”, bem como o Banquete Medieval, onde se degustaram as iguarias e os sabores medievais.
Ao longo dos três dias decorreram inúmeras atividades, onde marcaram presença os malabaristas, saltimbancos, encantadores de serpentes, trovas e cantigas, tambores e malabares de fogo, dança do ventre, teatros de rua, os leprosos, torneios de guerreiros, entre outras.
A juntar às recriações históricas, a feira contou ainda com diversas mostras de artesanato e produtos genuínos da região. Nesse sentido, eram vários os artesãos e mercadores individuais ou em representação de associações a participar na edição deste ano da Feira Medieval de Penedono. ○
No seguimento do projeto de intervenção na área envolvente ao Santuário de Nossa Senhora da Costa em Seixo de Ansiães, foi assinado, no dia 29 de junho, o contrato de empreitada de obra pública entre o Município de Carrazeda de Ansiães e Joaquim Herminio da Cruz Peixoto. As obras no santuário abran-
gem uma área de cerca de 53.821,00 m2 com um investimento 194 964, 66€ (cento e noventa e quatro mil novecentos e sessenta e quatro euros e sessenta e seis cêntimos).
A proposta de valorização paisagística engloba a melhoria dos acessos, regularização e pavimentação dos mesmos, pro-
moção de melhores condições de usufruto dos espaços de estar e lazer do santuário, instalação de abastecimento de água, colocação de mobiliário urbano, promoção da sustentabilidade e ainda a instalação de um miradouro. O prazo de conclusão é de 180 dias à data da sua consignação. ○
O mês de julho traz com ele muito calor, mas também vem acompanhado de muita música e animação.
O evento Verão em Carrazeda regressa para animar as noites na Praça do Município, de 21 a 30 de julho as noites têm outro som. E é claro que não faltará durante estas noites as barraquinhas dos produtos regionais e as atividades para os mais pequenos.
Dia 21 na abertura do Verão em Carrazeda atua o grupo Uxu Kalhos, grupo folk português que, segundo dizem, “as acuações são vibrantes e inesquecíveis”. Inserido no evento está uma vez mais o Festival de Percussão Tum Tá Tum Tum que vai por as principais artérias e praças da vila a ribombar com o ritmo dos seus tambores. E para encerrar o evento nada melhor que os artistas da casa, com a atuação das várias Turmas da Escola Municipal de Dança no dia 30 de julho.
O festival Douro Jam regres-
sa a Carrazeda de Ansiães para a sua VI Edição, no sábado, 15 de julho, na Fonte das Sereias.
E traz no seu cartaz, The Black Owl, Badtrip, Mike Vhiles, The Quartet of Woah eStones Of Babylon com entrada e o campismo são gratuitos.
Vale lembrar que decorre até ao 31 de agosto a Exposição Fotográfica sobre a Biodiversidade do Vale do Tua disponível no CITICA, que pretende salientar os valores naturais nela contidos (fauna e flora) assim como as principais ameaças que as espécies e habitats enfrentam.
É este tesouro que convidamos a conhecer, usufruir e cuidar, para que, tal como Miguel Torga viva também a natureza integrado nela.
Além destas atividades e eventos é de relembrar que com o mês de julho chegam as tão aguardadas festas de verão pelas aldeias do concelho, onde o convívio, o reencontro, o pagão e o religioso se unem numa simbiose única, só possível nesta altura do ano. ○
Isabel Ferreira, Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional esteve presente no dia 24 de junho, em Carrazeda de Ansiães para a inauguração do novo espaço verde da vila, uma extensão da Praça dos Combatentes.
A obra agora inaugurada diz respeito ao arranjo urbanístico entre as ruas Dr. João José de Freitas e Justiniano Ferraz Araújo e Costa, este novo espaço no centro da vila pretende dotar o local existente de diversas valências nomeada-
mente lúdicas, culturais e de lazer. O investimento global nesta requalificação ronda os 493.000,00€ cofinanciados pelos fundos de investimento Feder, Norte2020 e Portugal2020.
São cerca de 5000m2 que estão agora ao dispor para utilização e consistem numa grande aposta no que toca à melhoria do meio ambiente de proporcionar aos munícipes espaços para atividades lúdicas.
Durante a inauguração houve ainda tempo para momentos musicais e artísticos
proporcionados pela Banda Filarmónica Vilarinhense e pela Escola Municipal de Dança, foi ainda depositada uma coroa de flores pelo Presidente da Câmara e da Secretária de Estado no monumento Evocativo aos Combatentes das Grandes Guerras.
Está nova praça é um prolongamento da Praça dos Combatentes e é da autoria da arquiteta Eunice Pereira, idealista também de uma outra obra inaugurada este ano, o Jardim de Santa Águeda.
Inauguração do novo espaço verde da vila com a presença da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional
Quem por esta época visitar Mesão Frio, irá surpreender-se com o conjunto de obras recentemente levadas a cabo pelo Município nos espaços de lazer mais emblemáticos da Vila.
A porta de entrada da Região Demarcada do Douro passa agora a oferecer novas condições para a prática desportiva de lazer e novos espaços verdes recreativos. Para além disso, foram criados e melhorados os acessos, a circulação e o estacionamento, intervenções que são um cartão de visita para os veraneantes desfrutarem de uma época balnear em pleno. ○
Através dos seus recursos humanos e de meios financeiros exclusivamente próprios, a Câmara Municipal de Mesão Frio deu continuidade ao melhoramento da Zona Fluvial do Rio Teixeira em complemento às obras de reabilitação urbana que ocorreram naquele local e na sua área envolvente. Para pleno usufruto do Rio
Teixeira e para tornar a área mais aprazível, foi semeado um novo relvado junto ao plano de água e efetuada uma limpeza do leito do rio. Foram ainda instalados três equipamentos de manutenção física, reparados vários espaços ajardinados e criada uma nova cerca de segurança junto à estrada que circunda a área.
recuperados e ornamentados, bem como a sua envolvente, complementando assim a oferta de bons acessos à margem do rio, onde poderão ser realizadas caminhadas ou passeios.
O local foi tornado mais amplo, tendo sido melhorados aspetos como a mobilidade pedonal, a circulação e o enquadramento paisagístico. Foram ainda plantados árvores e arbustos em vários pontos e criadas vedações em metal, recorrendo a uma espécie de guarda verde viva que contribui para a circulação e segurança de pessoas.
Junto ao arruamento lateral foi plantada uma linha de árvores, bem como na margem inferior, na envolvente e noutros pontos sensíveis. Nas zonas de circulação foi efetuada a limpeza dos terrenos, foram criados degraus em madeira e colocado um revestimento de brita em diversos taludes, oferecendo melhor acessibilidade e facilidade de manutenção.
O investimento total desta recuperação foi de 129.747,00 euros, cofinanciado em 85% pelo FEDER e âmbito da Reabilitação Urbana.
Também a obra de reabilitação de acesso ao Rio Teixeira e zona envolvente passa a oferecer melhores condições de circulação e de lazer já nesta época estival. A intervenção incidiu, sobretudo, na reabilitação, na reestruturação e reorganização do acesso viário e do estacionamento automóvel, oferecendo maior segurança aos peões, especialmente a crianças e idosos.
Os lugares de estacionamento junto à Zona Fluvial do Rio Teixeira foram reorganizados e contemplam agora um lugar exclusivo para pessoas com mobilidade condicionada. Foi ainda instalada uma pérgula metálica com o intuito de criar
uma sombra com vegetação leve e natural como cobertura.
Para maior segurança do percurso, a via pública foi repavimentada servindo de complemento ao acesso viário e pedonal. Foi criada uma área central, com pavimento em granito e de acesso restrito a viaturas. Em espaço definido para o efeito, foram também criados estacionamentos e montadas estruturas para estacionamento de motociclos e bicicletas.
Esta obra de reabilitação teve o investimento total de 174.293,52 euros, cofinanciado a 85% pelo FEDER, no âmbito do Programa de Reabilitação Urbana.
A zona de lazer onde está inserido o interface de transportes foi recuperada e embelezada. A intervenção incidiu,
sobretudo nos espaços verdes e nas vedações, assim como na instalação de rega automática. Os taludes e patamares foram
Decorreu dia 7 de julho, ao final da tarde, no Salão Nobre nos Paços do Concelho, a sessão solene de evocação do centenário da morte de Guerra Junqueiro (19232023), que contou com a presença da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, de convidados institucionais, representantes de diversas entidades nacionais e de várias entidades diplomáticas dos Países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Na sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal, Nuno Ferreira, agradeceu a presença de todos na cerimónia de homenagem a Guerra Junqueiro que marcou o arranque de um vasto programa cultural que envolve os Municípios de Freixo de Espada à Cinta, Lisboa, Porto e Viana do Castelo e se desenvolverá até julho de 2024, tendo como objetivo dar a conhecer, às diferentes gerações de leitores, um dos mais importantes escritores portugueses.
Sendo Freixo de Espada à Cinta terra natal de Guerra Junqueiro, estas celebrações destacam-se ainda mais pela sua importância e honra, e pelo dever cívico que o concelho tem no sentido de preservar e promover a obra do poeta que se carateriza, cada vez mais, pela sua atualidade, consciência social, combate à injustiça, à desigualdade e à corrupção, pela criatividade literária, aborda-
gem crítica e satírica, combatividade política, catalisadora de ideias e expressões artísticas, e, acima de tudo, pelos seus ideais educativos que continuam a nortear a cultura, a literatura e a educação portuguesa.
Nas suas intervenções, a Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, e o Vice-Presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, Inácio Ribeiro, evidenciaram o papel de Junqueiro numa das mais importantes e estruturantes épocas históricas que ditaram o rumo de Portugal, debruçando-se ainda sobre as muitas políticas ativas de promoção e valorização do interior que estão a ser desenvolvidas em Freixo de Espada à Cinta, revitalizando cultural, desportiva e turisticamente este concelho ímpar.
Nesta Sessão solene de evoca-
ção foram entregues os Prémios Literários Guerra Junqueiro Lusofonia 2020 e 2021 - GuinéEquatorial (Ângela Nzambi), Moçambique (Luís Carlos Patraquim) e Angola (João Tala), que ainda não tinham sido entregues, assim como os Prémios Literários Guerra Junqueiro Lusofonia 2022 - Portugal, Timor-Leste e Angola, entregues a Teolinda Gersão (Portugal), Luís Cardoso de Noronha (Timor-Leste) e Ana Paula Tavares (Angola).
Foi ainda lançado e apresentado o Postal Inteiro da República alusivo a Guerra Junqueiro, criado no âmbito do centenário da sua morte, com carimbo de Freixo de Espada à Cinta, homenageando este grande nome que deve ser preservado na memória de todos, sobretudo dos mais jovens.
Decorreu, também, o lan-
çamento do Prémio Literário Guerra Junqueiro Novos Escritores criado, exclusivamente, para as cerimónias evocativas do centenário da morte de Guerra Junqueiro, com duração limitada e de âmbito nacional, dirigido aos jovens estudantes portugueses e lusodescendentes, que tem, entre outros, o objetivo de valorizar a escrita de todos aqueles que, como Guerra Junqueiro, gostem de escrever e cuja escrita tenha características semelhantes às do poeta freixenista, nomeadamente no que se refere ao caráter interventivo e homenagem às origens.
Toda a sessão solene de evocação do centenário da morte de Guerra Junqueiro, foi abrilhantada por vários momentos musicais e de declamação de poemas da autoria de Guerra Junqueiro e de autoria dos jo-
vens estudantes freixenistas, protagonizados pelas alunas e professores/técnicos da Universidade Sénior, alunos do 9º ano do Agrupamento Escolar Guerra Junqueiro e, ainda, pelo grupo Filandorra - Teatro do Nordeste.
Para terminar esta homenagem, que visou evocar a memória e obra do poeta que, dado o relevo que teve na sua época e por vontade popular, se encontra sepultado com honras no Panteão Nacional, o Presidente da Câmara Municipal, Nuno Ferreira, e a Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, colocaram uma coroa de flores no busto do poeta Abílio Guerra Junqueiro, em frente aos Paços do Concelho, local onde foi também descerrada uma placa evocativa do centenário da morte do poeta, que ficará para a posteridade.○
Realizou-se dia 8 de julho, à noite, na Praça Jorge Álvares, o concerto operático “Aberturas e Coros de Ópera”, iniciativa inserida nas cerimónias evocativas do centenário da morte de Guerra Junqueiro, que se iniciaram a 7 de julho.
À semelhança do ano passado, este segundo concerto de ópera em Freixo de Espada à Cinta foi desenvolvido no âmbito do projeto “Roteiro Cultural do Património e dos Poetas do Douro Superior”, promovido pela Associação de Municípios do Douro Superior, em parceria com os 8 Municípios que a integram.
Perante o olhar atento de
dezenas de pessoas, o Coro e Orquestra da Ópera na Academia e na Cidade, com direção musical de José Ferreira Lobo, apresentou 12 obras impactantes da música, da autoria de grandes nomes como Verdi, Offenbach, J. Strauss, entre outros.
A música foi complementada pela componente cénica em grande destaque, que teve como pano de fundo a Igreja Matriz, abrilhantada com diversas cores e formas vibrantes e que, no seu conjunto, proporcionaram um grande espetáculo a todos os presentes.
O Presidente da Câmara Municipal, Nuno Ferreira, e a Vice-Presidente, Ana Luísa Pelei-
ra, marcaram presença nesta iniciativa, acompanhados pela 1° Secretária da Assembleia Municipal, Ana Isabel Vargas, e por. Manuel Cavaleiro de Ferreira, Administrador do Conselho de Administração da Fundação Guerra Junqueiro.
Na intervenção, o Presidente Nuno Ferreira agradeceu a adesão da população a esta iniciativa, uma das muitas que integra a programação cultural definida para a evocação do centenário da morte de Guerra Junqueiro que durará até julho de 2024, assim como valorizou a importância da promoção da cultura nas suas várias vertentes, e a dinamização das potencialidades e dos espaços e património do concelho. ○
Os norte-americanos The Last Internationale e a cantora Judith Hill, vencedora de um Grammy, são os grandes destaques do Festival Sons no Parque, que acontece entre 14 e 15 de julho, em Alijó (distrito de Vila Real). Este evento gratuito celebra a diversidade musical, trazendo à região do Douro artistas de diferentes origens geográficas e géneros musicais.
The Black Wizards (Portugal), Lola (Austrália), Koko-Jean & The Tonics (Espanha) e The Limboos (Espanha) fecham o cartaz de seis concertos gratuitos, direcionados a um público curioso, aberto a novas sonoridades e com vontade de se surpreender a cada concerto. É um festival que se distingue por uma oferta distinta no contexto do Interior Norte, mais propriamente em Alijó, na região do Douro, onde habitualmente é menos comum o acesso a eventos musicais diferenciados.
The Last Internationale é uma banda que já partilhou o palco com nomes como Guns N’Roses, Robert Plant ou Neil Young. As le-
14 E 15 JULHO
tras ativistas e a intensa energia que colocam em palco são a imagem de marca desta banda, o que os levou a colaborações com importantes figuras da cena musical internacional como Tom Morello, dos Rage Against the Machine.
Antes de se lançar a solo na sua carreira, Judith Hill fez parte de coros de artistas como Michael Jackson, Prince, John Legend e Josh Groban, participando nos seus discos e tournées. A as-
censão de Judith Hill à fama é retratada no documentário 20 Feet from Stardom, que conta a história dos cantores de apoio de algumas das maiores lendas musicais. O documentário, que conta com a participação e voz de Judith Hill, ganhou o Oscar para o melhor documentário em 2014 e o Grammy para melhor filme musical em 2015. O primeiro álbum a solo de Judith Hill foi produzido pelo lendário Prince.
Os restantes concertos estão a cargo da banda The Black Wizards, um dos nomes mais internacionais do rock psicadélico e stoner feito em Portugal. Os australianos Lola são apontados como uma das bandas mais promissoras na cena musical punk e rock e vão estar pela primeira vez em tournée pela Europa.
De Espanha chega a banda Koko-Jean & The Tonics, uma banda catalã que agrega soul, rhythm and blues e rock'n'roll, comandados pela voz poderosa da moçambicana Koko-Jean Davis. Também de Espanha, The Limboos é um quinteto que vai buscar as suas influências às sonoridades dos anos 60 e 70 e ao rhythm and blues. Com uma carreira de 10 anos, The Limboos contam com vasta experiência em palcos europeus.
A confluência de diferentes sonoridades e estilos musicais continua a ser a marca distintiva deste Festival que se reflete na aposta em bandas nacionais, mas também em bandas originárias de outros países que prometem, como sempre, agitar o Parque da Vila.
Os dois dias do evento, que oferece campismo gratuito, arran-
cam no Palco Sunset, às 18h30, com concertos das bandas locais Pêra Abacate e The Sham. As noites terminam com Electric Shoes, que já levou o seu dj set ao Paredes de Coura, Festival para Gente Sentada, Maus Hábitos, entre outros.
À semelhança das edições anteriores, o cartaz conta com a presença de bandas de renome, sem descurar grupos musicais emergentes no panorama artístico. Nas últimas edições, passaram pelo anfiteatro natural do Parque da Vila nomes como The Main Squeeze, JP Bimeni, Cais do Sodre Funk Connection, The Legendary Tigerman, The Black Mamba, Marta Ren & Groovelvets, entre outros.
Os concertos acontecem no Parque da Vila, uma extensa zona verde com um anfiteatro natural, bem próximo do centro de Alijó. O Festival Sons no Parque é uma organização do Município de Alijó, em parceria com a Junta de Freguesia de Alijó. A edição deste ano integra a programação do Douro - Cidade Europeia do Vinho 2023, que conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República. ○
A abertura oficial da segunda edição do Côa Culto – Cultura em Movimento aconteceu no passado dia 1 de julho, na Praça do Município.
Este primeiro momento de um extenso cartaz que levará a cultura a todas as freguesias do concelho de Vila Nova de Foz Côa contou com uma performance de fogo “Água Viva” interpretada por Carolina Soares e com a dupla Manuel de Oliveira, um dos maiores guitarristas portugueses da atualidade e Marco Rodrigues, uma das maiores referências masculinas do atual fado português, que encantou todos os presentes com a sua imponente voz.
A segunda edição deste evento irá manter o mesmo formato da edição inaugural, destacando-se uma aposta mais forte nos momentos de abertura e encerramento como explicou à nossa reportagem João Paulo Sousa, autarca fozcoense.
“Nesta II edição do CôaCulto, fizemos uma aposta mais efetiva nos espetáculos de abertura e encerramento. De resto mantemos o mesmo formato, uma oferta cultural diversificada, pensada para diferentes públicos, que percorrerá todas as localidades do concelho. Da programação fazem parte várias peças de teatro, concertos, festivais, cinema ao ar livre, artes performativas, ópera, dança e animação de rua, tudo de acesso gratuito”.
Mais do que levar a cultura a todas as freguesias do concelho, o CôaCulto leva-a aos lugares mais recônditos do concelho, uma forma de democratizar o acesso à cultura e apostar numa “verdadeira coesão territorial”, aproveitando ainda para dar a conhecer o território, as suas paisagens e tradições.
“O Côa Culto é no nosso entender uma verdadeira medida de coesão territorial na área da cultura. Com o Côa Culto pretendemos para além de democratizar o acesso à cultura, contribuir para a formação de públicos e para a valorização e divulgação do património cultural e humano do concelho como um todo. A cultura é no nosso entender uma arma poderosa a que todos os fozcoenses devem ter acesso, porque inquieta, questiona, estimula o pensamento crítico e abre caminho para o conhecimento.
Importa ainda salientar que em todas as freguesias do concelho temos excelentes exemplares do património religioso,
arquitetura rural, tradições e paisagens de cortar a respiração, que queremos dar a conhecer ao mundo e achamos que esta é uma das melhores formas de o fazer, explica João Paulo Sousa.
Do extenso programa o autarca não destaca nenhum momento preferindo sublinhar aquilo que os visitantes podem vivenciar numa visita ao seu concelho para assistir aos vários espetáculos em cartaz.
“Todos os espetáculos são
para nós relevantes, mais do que destacar uma ou outra iniciativa queremos fazer notar que quem aceitar o convite de vir connosco experienciar o Côa Culto, vai surpreender-se, não só pelo espetáculo que proporcionamos, como também pelas nossas paisagens, pela nossa gastronomia, pelo nosso património cultural e pelas nossas gentes, que normalmente proporcionam excelentes momentos de convívio no final de cada espetáculo. Esta é sem dúvida
uma excelente oportunidade para entrar nas dinâmicas locais de viver experiencias diferenciadores.
Venham explorar Foz Côa, pelo Côa Culto ou por outro motivo qualquer o importante é virem conhecer o concelho de Foz Côa. Somos o concelho dos dois Patrimónios Mundiais, mas somos também o concelho das belas paisagens, da boa gastronomia e boa hospitalidade”.
João Paulo Sousa lembra ainda que “até ao final do mês de
julho continua em exibição a exposição DARK SAFARI — Coleção de Arte Contemporânea do Estado, que pode ser visitada no Museu do Côa e na Galeria d’Artes do Centro Cultural”, bem como “uma rota de miradouros que abrange praticamente todo o concelho, os Passadiços do Côa, a embarcação Senhora da Veiga, os sítios arqueológicos do Vale do Côa, os Circuitos arqueológicos e Museu da Casa Grande de Freixo de Numão e inúmeras festas populares”.
Foi assinado no dia 16 de junho, o auto de consignação das Empreitadas “ Parque do Espírito Santo – Valorização Turística e Ambiental Lote 1 –Reabilitação de Edifício para Albergue” e “Parque do Espírito Santo – Valorização Turística e Ambiental Lote 2 – Parque Espírito Santo” entre a Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião e a empresa MJFT Construções Unipessoal, Lda, um investimento respetivamente de 654.249,15€ (seis -
Os participantes assistiram à Eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade e desfrutaram de um almoço oferecido pela autarquia na Quinta do Paul em Ortigosa, com uma paragem na viagem de regresso no Parque de Santiago em Viseu.
A tarde foi de enorme animação não faltando a animação musical com o conterrâneo George Canário.
centos e cinquenta e quatro mil, duzentos e quarenta e nove euros e quinze cêntimos) e de 1.454.776,38€ (um milhão, quatrocentos e cinquenta e quatro mil, setecentos e setenta e seis euros e trinta e oito cêntimos).
O auto de consignação contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Luís Machado e do representante da empresa MJFT Construções Unipessoal, Lda. Miguel José Faria Teixeira.
Com um prazo de execução de 183 dias, estão assim criadas as condições para dar início à obra que irá gerar um espaço de integração e enquadramento paisagístico junto à Igreja Matriz de São João Baptista, classificada como imóvel de Interesse Público Nacional. Este espaço além da óbvia utilidade pública, reveste-se ainda de importância social e cultural, transformando esta área num local de encontro, partilha e lazer. ○
Decorreu no dia 28 de junho, o Passeio Sénior 2023 do Município de Santa Marta de Penaguião. Com destino ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima,
mais de 900 idosos participaram neste que já é um convívio popular entre os penaguienses mais maduros do concelho penaguiense.
A autarquia de Santa Marta de Penaguião deixa um agradecimento especial às Juntas de Freguesia, na pessoa dos seus presidentes e restante executivo, às Corporações de Bombeiros Voluntários, e aos enfermeiros e motoristas, por toda a colaboração prestada no Passeio Sénior 2023. ○
Decorreu no dia 30 de junho, mais uma edição da Festa de Finalistas dos alunos do pré-escolar e 1º ciclo do concelho, organizada pelos professores das Atividades de Enriquecimento Curricular e pelas educadoras das Atividades de Animação e Apoio à Família, do Município de Santa Marta de Penaguião, juntamente com o Agrupamento de Escolas.
Foi uma cerimónia aberta a toda a comunidade, onde se celebrou o encerramento de mais uma etapa do percurso escolar de alguns alunos. Como forma de a assinalar, todas as crianças, juntamente com os seus educadores/professores e auxiliares, apresentaram vários momentos musicais e artísticos, repletos de emoção e muita alegria.
Tal como já é usual nesta comemoração, os finalistas apresentaram-se orgulhosos e munidos das suas capas, cartolas e bengalas, levando com eles recordações de mais um ano letivo repleto de amizade, aventuras e educação.
O Executivo Municipal deu os parabéns a todos os professores, auxiliares, encarregados de educação e, sobretudo, a todos os finalistas pelo seu empenho ao longo do ano letivo, fazendo votos das maiores felicidades para a próxima etapa. ○
Iniciou no dia de hoje, 21 de junho, mais uma edição do programa «Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas» no concelho de Santa Marta de Penaguião.
Para iniciar esta jornada, os jovens foram alertados para o facto da sociedade em geral ser a que apresenta maiores riscos para a extinção e destruição da nossa fauna e flora. Para além disso, foram-lhes apresentadas as espécies que se encontram em maior risco de extinção no nosso concelho e de quais os meios necessários para as pro-
teger.
De relembrar que este programa do IPDJ, I.P visa promover essencialmente práticas de voluntariado juvenil no âmbito da preservação da natureza, das florestas e respetivos ecossistemas, através da sensibilização e prevenção contra os incêndios florestais.
O programa em terras de Berço D’Ouro prolongar-se-á até ao mês de setembro, sendo intercalado com ações de sensibilização, vigilância e manutenção de caminhos e trilhos pedestres. ○
Armamar recebeu dia 15 de junho o final da segunda etapa do Terceiro Grande Prémio de Ciclismo Douro Internacional.
Os atletas cortaram a meta, instalada na Avenida António Oliveira Salazar, pouco depois das três da tarde.
A prova decorreu entre os dias 14 e 18, com passagens por Mar-
Armamar celebrou o São João com honras de festas do município. Entre os dias 22 e 25, foram várias as propostas.
A abertura no dia 22 coube a José Malhoa, um dos mais consagrados nomes da música popular portuguesa.
A noite de 23 foi um dos momentos altos, com o desfile das marchas populares. Depois, os veteranos Diapasão subiram ao palco para uma noite de baile. Os
sons madrugada dentro ficaram ao comando do DJ Sheikh.
O dia seguinte, 24, feriado municipal, foi dominado pelas solenidades religiosas, com a missa solene de manhã e a majestosa procissão ao final da tarde. Esta procissão incorporou os santos padroeiros de todas as localidades do concelho e foi, por isso mesmo, o momento mais marcante das celebrações religiosas dos Ar-
co de Canaveses, Tabuaço, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Pinhão, Alijó, Resende e Lamego. A edição deste ano foi, segundo a organização, a que teve mais etapas, com cinco; mais quilómetros, num total de 746; e o maior número de atletas inscritos, mais de 120 de 18 equipas. ○
mamarenses. À noite subiu ao palco instalado na praça 25 de abril Zé Amaro, outro nome incontornável da música portuguesa. No domingo, 25, à noite, o Grupo de Teatro Filhos do Vento apresentou a peça “O Tesourinhas”, no salão paroquial de Armamar. Para fechar os quatro dias das festas do município de Armamar 2023, o artista Filipe Sequeira animou a praça com muita música.
Foi inaugurado dia 6 de julho, em Armamar, o Núcleo de Valorização e Promoção de Produtos Locais, que integra o Centro Interpretativo da Mulher Duriense.
O espaço em causa é o edifício da antiga Adega Cooperativa de Armamar, propriedade das Caves Vale do Rodo. O edifício foi cedido à autarquia e foi requalificado, num projeto cofinanciado pelo programa NORTE 2020, Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e pelo programa Valorizar do Turismo de Portugal.
O projeto é uma ambição antiga do executivo municipal de criar um espaço de mostra e valorização dos produtos endógenos. Armamar faz parte do
território duriense classificado pela UNESCO Património da Humanidade, o concelho é o maior produtor de maçã em Portugal e a cereja é outra cultura em crescimento.
O núcleo junta-se à Rede de Museus do Museu do Douro, entidade parceira desde a primeira hora, e pretende com o Centro Interpretativo da Mulher Duriense prestar um “tributo a todas as mulheres durienses”, referiu o presidente da Câmara Municipal, João Paulo Fonseca.
O espaço, que visa dinamizar a economia local, integra o Centro Interpretativo da Mulher Duriense, um centro documental e uma sala equipada para exposições, colóquios e eventos culturais. ○
O triciclista André Pinto, natural de São Cosmado, concelho de Armamar, vai representar a seleção portuguesa no Frame Running Development Camp e CPISRA International Cup, na Dinamarca. Com o propósito de proporcionar melhores condições e reforçar o apoio ao triciclista, foi renovado o protocolo de colaboração na passada sexta-feira, dia 7 de julho.
Depois de conquistar a medalha de ouro em 2019, o atleta de 39 anos regressa à Dinamarca para as competições que vão decorrer entre 19 e 26 de julho, na cidade de Frederiksberg. O Armamarense, que sofre de
paralisia cerebral, é utente da Artenave e membro da Associação Mover Viseu, uma organização que rema em prol do desenvolvimento e integração da população desfavorecida do distrito de Viseu.
Em 2021, foi entregue a André Pinto uma tricicleta, resultado de um esforço financeiro conjunto da Autarquia, Artenave, Associação Salvador, Associação Mover Viseu, Junta de Freguesia de São Cosmado, Adidas, entre outras entidades locais.
Ao jovem que não se deixa vencer pelas limitações, é endereçada uma palavra de força pelo Presidente da Câmara Municipal, João Paulo Fonseca. ○
O Município de Torre de Moncorvo em parceria com o CLDS Moncorvo 4G promoveu, no decorrer do mês de junho, mais uma edição do Festival do Solstício, no Jardim Dr. Horácio de Sousa.
A edição deste ano do Festival do Solstício foi dedicada à água. Entre os dias 23 e 25 de junho foram muitas as atividades que estiveram disponíveis em especial para as acrianças, com destaque para um fluviário "Giant Aquarium", mas também oficinas da água, ateliers do mundo da fantasia, oficina CIARA, atelier sensorial e facepainting.
No dia 24 o destaque foi para as Estátuas Vivas interpretadas pelo Grupo Alma de Ferro Teatro, já no dia anterior, 23, a color dance, com a instrutora Dalila Colaço, animou o evento.
Nesta edição, a animação ficou ao cuidado da Escola Municipal Sabor Artes, que durante o
mês efetuou várias apresentações e animou o Festival do Solstício. Neste âmbito, teve lugar a inauguração da exposição coletiva das disciplinas de Pintura e Desenho, no cineteatro de Torre de Moncorvo, um concerto de verão no Jardim Dr. Horácio de Sousa, a apresentação das disciplinas de instrumentos individuais, atuação dos combos de Rock e Jazz + Ensemble Sabor Artes, workshops de Ballet e de Danças de Salão, Noite Dançante — Sabor Artes Convida e o espetáculo Vozes Sabor Artes — Um Medley Musical.
O Festival do Solstício é um evento que junta todas as gerações, sendo uma oportunidade para celebrar o início do verão com atividades em família, através da participação nos vários espetáculos, oficinas, performances, workshops, animação infantil e visitas orientadas, ligadas ao meio ambiente. ○
É mais um investimento que a Câmara Municipal de Moimenta acaba de concretizar através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A instalação de um elevador móvel, na Piscina Municipal, vai permitir dar mais autonomia no acesso ao tanque a todas as pessoas com mobilidade reduzida ou com necessidades especiais, garantindo-lhes, em
total segurança, a estabilidade e suavidade nas entradas e saídas da água piscina. “Este novo equipamento tornará a prática da natação verdadeiramente mais inclusiva”, explica o Presidente da Câmara Municipal, Paulo Figueiredo.
Durante o ano, esta infraestrutura de desporto e lazer recebe diversas atividades, desde aulas de natação e de hidrogi-
nástica, banhos livres, escolas de natação, natação de lazer ou de competição.
Inaugurada a 17 de Setembro de 1997, a Piscina Municipal de Moimenta da Beira está localizada e enquadrada na zona desportiva e zona escolar da vila, e representa um dos principais polos dinamizadores da atividade desportiva do Município. ○
Foi em ambiente de muita familiaridade que decorreu mais um Convívio Sénior promovido pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira, no âmbito da Rede Social. O evento realizou-se no dia 28 de junho, pela primeira vez na Barragem de Vilar, e contou com uma novidade ao juntar os utentes de várias Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho com os munícipes maiores de 65 anos que se inscreveram atempadamente. No total estiveram presentes na ‘festa’ cerca de 375 pessoas.
“Este é um dia em que partilhamos muitas alegrias e emoções com a nossa comunidade mais sénior, que tem maior experiência de vida e maior potencial de conhecimento pragmático sobre os acontecimentos da vida de todos”, afirma o Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, Paulo Figueiredo.
Atleta da modalidade de Tricicleta da Associação Mover Viseu, André Pinto foi convocado pela selecionadora nacional a participar no Frame Running Development Camp & CPISRA Internacional Cup, que vai realizar-se de 19 a 26 deste mês julho, em Frederiksberg, na Dinamarca.
O triciclista, de 39 anos, mora em São Cosmado, concelho de Armamar, e é utente da Artenave, em Moimenta da Beira, onde frequenta o Centro de Atividades Ocupacionais daquela instituição que trabalha, há décadas, na promoção social
da população, através de atividades de reabilitação social, de inserção profissional e emprego dos mais vulneráveis. André Pinto treina nas pistas do Estádio Municipal de Moimenta da Beira e já conquistou uma medalha de ouro, em 2019.
A seleção portuguesa vai ser representada, na Dinamarca, por cinco atletas, Ana Couto, da APC Lisboa; Samuel Omoruyi, do Centro João Paulo II; João Lomar, da APPC Porto; Sandra Semedo, da APC Coimbra; André Pinto da Associação Mover Viseu e os seus respetivos acompanhantes desportivos. ○
A Fundação Aquilino Ribeiro (FAR), sediada em Soutosa, Moimenta da Beira, recebeu o Grau de Comendador, conferido pela Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”, pelas provas dadas em prol da defesa, preservação e valorização da identidade cultural beirã.
A entrega da honra decorreu no dia 1 de julho, nos Claustros da Sé Catedral de Viseu, durante o XI Capítulo Geral de Entronização, onde outras instituições e personalidades foram
igualmente distinguidas. Foi o Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, Paulo Figueiredo, que detém atualmente a Presidência rotativa do Conselho de Administração da FAR, que recebeu o título conferido pela Confraria. Tudo no ano em que se evoca, muito justamente, os 60 anos da morte do escritor das Terras do Demo, e também os 110 anos da estreia literária de mestre Aquilino Ribeiro, com a publicação do livro Jardim das Tormentas (1913).
Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco” confere à Fundação Aquilino Ribeiro grau de Comendador
A 3.ª edição do BTT Pelo Reino Maravilhoso contou com mais de duas centenas de participantes, que no dia 25 de junho, se deslocaram a Sabrosa, vindos de vários pontos do país, para percorrer os mais belos e desafiadores trilhos do concelho.
Esta edição foi marcada não só pela 5.ª Prova da ARCVR para a Taça Regional XCM, prova esta que foi pela primeira vez escolhida para consagrar o vencedor da Taça Regional XCM “Basílio Angélico”, como também, pela 5.ª Prova do Open de Meias-Maratonas e o Passeio de BTT.
Foi com tempo convidativo à prática da modalidade que os atletas partiram do Parque BB King em Sabrosa para completar três percursos, dos quais, a
Maratona com 65km, a Meia-Maratona de 45km e ainda o passeio com 35km, passando
por vários pontos do concelho. Depois de cortada a meta por todos os atletas, seguiu-se a en-
cumprido e é uma honra ter-vos aqui connosco. Obrigada a todos pela dedicação e empenho.”
trega de prémios no pódio, com a presença do Vice-presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Martinho Gonçalves, do Vereador António Araújo, do Presidente da Junta de Freguesia de Sabrosa, João Veiga, da Diretora do Centro Humanitário de Sabrosa da Cruz Vermelha Portuguesa, Carla Mota e de um dos principais fundadores da Associação Regional de Ciclismo de Vila Real, Basílio Angélico, homenageado nesta 3.ª Edição.
Na entrega de prémios o Vice-presidente da Câmara Municipal, Martinho Gonçalves, parabenizou todos os atletas e participantes que se desafiaram nos percursos deste território que “tem tanto de mágico como de duro” e deixou uma palavra
de reconhecimento à organização do evento bem como a todas as entidades envolvidas no mesmo. Realçou ainda que “o município de Sabrosa está empenhado em fomentar o desporto nas suas várias vertentes” demonstrando que “a prática de exercício é essencial não só para a saúde física como para a saúde mental”.
O 3.º BTT Pelo Reino Maravilhoso foi organizado pelo município de Sabrosa, pela ARCVR –Associação Regional de Ciclismo de Vila Real e pela AllBikeExperience, contando com a colaboração dos Bombeiros Voluntários de Sabrosa e Provesende, Centro Humanitário de Sabrosa da CVP, GNR e Juntas de Freguesia do concelho. ○
A Gala Final, que marcou o término da atividade Corpo São em Mente Sã, foi composta por apresentações da população sénior de várias freguesias do nosso concelho e de IPSS´S que, com uma regularidade semanal, usufruíram de sessões de estimulação cognitiva, desporto adaptado, animação cultural e educação social.
O espetáculo iniciou com a sessão de abertura pela Presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Helena Lapa, que deu as boas-vindas a todos os presentes e referiu que esta “onda humana aqui hoje presente representa muita da vitalidade e energia que os nossos séniores têm e, sobretudo, representa todas as referências que temos para nos dar força para continuar a construir o futuro. Quero também dizer-vos que queremos que esta gala de encerramento não signifique o fim deste projeto e que seja marcada por aquilo que poderá ser um novo começo, uma vez que a Câmara Municipal já está
a estudar a possibilidade de dar continuidade a estas atividades que têm sido feitas em todas as localidades do concelho e que são tão necessárias. Deixo ainda uma palavra de apreço à equipa do CLDS 4G Sabrosa, que tem feito um trabalho fantástico e dado o seu melhor para levar a cabo as atividades programadas, com um incrível espírito de camaradagem, partilha e cumplicidade.”
Ainda na abertura da gala, a Coordenadora do CLDS 4G Sabrosa, Filipa Mourão, aproveitou o momento para referir que “todos estamos preparados para o início de um projeto, mas ninguém nos prepara para o fim do mesmo. Quando preparávamos o plano de ação, em 2019, nada nos preparava para o que aí vinha. A candidatura foi aprovada em plena pandemia, em junho de 2020 e foi num contexto marcado pelas fortes restrições que demos início ao CLDS 4G Sabrosa. Tudo o que foi planeado teve de ser adaptado à nova realidade, mas sinto que o dever foi
De seguida o certame teve continuidade com as apresentações da Associação Centro de Dia São Pedro de Celeirós do Douro, de Covas do Douro, de Souto Maior, de Torre do Pinhão, da Associação Miguel Torga, de São Lourenço de Ribapinhão, de Parada de Pinhão, de Garganta, da Fundação Patronato de Santo António, de São Martinho de Anta e da Academia Sénior de Sabrosa, onde não faltou música, dança, representação e acima de tudo união e alegria.
Depois de um almoço convívio, oferecido pela entidade promotora do CLDS 4G Sabrosa, a APPACDM de Sabrosa, as surpresas continuaram com a apresentação do projeto “Cartas ao Jovem que Fui” por Catarina Raminhos, envolvida na oficina de escrita criativa que contou com a participação de 20 idosos que escreveram cartas dirigidas aos jovens que foram, que resultou numa exposição criada para a gala final.
Depois da visita à exposição a festa teve continuidade pela tarde fora com o projeto “Envelhecimento ativo com Augusto Canário”, que veio abrilhantar a festa de todos os presentes.
A gala final contou com a colaboração da empresa Brain e da Associação Douro XXI e com a presença dos representantes das diferentes IPSS’s e Associações com intervenção junto da população idosa, representantes das diferentes Juntas de Freguesia do Concelho e Executivo Municipal. ○
A última fase da obra “Mobilidade urbana sustentável - interface da aldeia vinhateira de Celeirós do Douro” já arrancou, com duração prevista de 150 dias, e com um investimento total previsto, assumido exclusivamente pela Câmara Municipal de Sabrosa, de trezentos e sessenta e sete mil, trezentos e cinquenta e cinco euros (367.355,00 €).
Os trabalhos agora iniciados contemplam a regularização do arruamento, através do revestimento do piso com cubos e lajes de granito, conferindo-lhe simultaneamente melhores condições de mobilidade sobretudo na redefinição das áreas pedonais e de paragem para autocarros, táxis, libertando o aglomerado antigo de parte do tráfego e aumentando a mobilidade na aldeia. Com esta intervenção, pretende-se ainda salvaguardar uma imagem global do conjunto urbano da aldeia e, nesse sentido, o projeto recorre a materiais idênticos aos preexistentes, acrescentando agora alguns pormenores de ordem
paisagística e mobiliário urbano necessário à fruição do espaço público, bem como aparcamento para bicicletas e abrigo de passageiros.
É de recordar que esta obra contempla três fases de intervenção. Na primeira, já concluída e da responsabilidade da ADIN – Águas do Interior Norte, foi feita a substituição da rede de abastecimento de águas.
A segunda fase, também já terminada e da responsabilidade da Câmara Municipal de Sabrosa, consistiu na criação de infraestruturas de água pluviais, eletricidade, iluminação pública e telecomunicações, com um investimento total de cento e quarenta mil, setecentos e cinquenta e seis euros (140.756.00€).
O Município de Sabrosa pede, desde já, a compreensão de toda a população por eventuais constrangimentos, uma vez que, no decurso da obra poderão existir condicionamentos de trânsito na via principal do aglomerado da Freguesia de Celeirós do Douro. ○
→ Acha que se não tivesse integrado os escuteiros, com os quais fez a sua primeira experiência de viagem, não teria vindo a optar por esta sua forma de vida viajante?
(risos) É sempre muito difícil de dizer o que seria da nossa vida se não tivéssemos feito certa coisa ou se tivéssemos feito outras. É quase como que pagar uma dívida de gratidão para com os escuteiros, com o escutismo, esta ideia que acaricio muito de ter entrado para o CNE na década 70, numa altura em que havia mais liberdade. Os pais deixavam os filhos brincar mais tempo na rua: havia muito menos trânsito e a sociedade era mais tranquila. Coisas que fiz nos escuteiros na época não seria fácil de fazer agora. Isso foi um arranque bastante forte para impulsionar a curiosidade pelo mundo.
→ Quem o inspirou para este estilo de vida? Até porque licenciou-se em Gestão de Empresas e acabou por seguir algo bem distinto…
Felizmente tive a possibilidade de optar por outros talentos, que não aqueles académicos. Nunca fui um aluno brilhante, nem quis ser. Apenas queria ter a média mínima e fazer os exames na 1.ª fase, para não ter de ir repetir em setembro e poder ter um verão grande para poder viajar, em inter-rails e, depois, com algum dinheiro, em viagens intercontinentais. Quanto à Gestão de Empresas foi como que aquilo que vamos retirando da nossa vida até ficar o que sobra, que é o acabamos por fazer. Ou seja, na escola técnica que eu frequentava na Figueira da Foz havia quatro áreas que podia seguir: contabilidade, mecânica, eletrotecnia e construção civil. Acabei por optar por contabilidade que depois me levou para Economia na Faculdade. Fui estudando sem ter grande interesse no que estava a estudar. O que queria mesmo era viajar e, se possível, ganhar dinheiro com isso.
→ Como é ser viajante profissional, autor de viagens? O que é preciso para tal?
Em 30 anos, o mundo mudou tanto que não me sinto com autoridade para dar conselhos a um/a jovem que queira começar como viajante profissional ou o que quer que isso seja. Um motorista de camião TIR, tal como um piloto da TAP são viajantes profissionais. Quando eu comecei, no início dos anos 90, fui adquirindo o talento da escrita – não tirei nenhum curso ligado a Comunicação –, foi algo autodidata, que fui aprendendo com o tempo. Fui escrevendo reportagens de viagens e vendendo para revistas e jornais
durante 10 anos, em toda a década de 90. Era aí que estava o dinheiro, que conseguia financiar as minhas viagens. Depois, à medida que o meu nome foi ficando mais conhecido e em que pude fazer viagens mais arrojadas, surgiu a possibilidade de escrevê-las em livro. Depois passei a fazer documentários de viagens para a RTP e, neste momento, faço viagens de grupo – com autores – para a Pinto Lopes Viagens e que está a exigir muito de mim. Hoje, que tenho 55 anos, o significado para mim da palavra «viagem» é bastante diferente de quando tinha 18 anos. Ao longo das décadas os meus interesses foram mudando.
→ Não se cansa de viajar? E esses interesses que refere residem em quê?
Canso-me de viajar, sim. Como qualquer um se cansa do emprego que tem, por muito bom que seja. E o meu é uma profissão muito boa. Eu alimento o assombro. Eu recordo-me regularmente do privilégio que tenho e, como tal, não tenho o direito de me cansar de viajar, porque é uma lindíssima forma de estar na vida, de viver, de escrever. Quando, porventura, me sinto cansado, recordo-me de quantos milhões de seres humanos gostariam de estar no meu lugar, para não me deixar cansar.
→ E para quem tem esse gosto de viajar pelo mundo mas não tem condições financeiras suficientes? Há forma de contornar isso?
Ou de duas uma: ou se viaja sem se ter uma retribuição, com uma reserva de dinheiro que acumulou –cada um/a tem de fazer opções na vida – para poder viajar um tempo e com um emprego que o facilite, como os “digitais-nómadas”. Ou, então, não se tem emprego fixo e que se vai conseguindo viajar. É óbvio que Portugal é um país, dentro da zona Euro e dos países mais ricos do mundo, embora nós Portugueses não acreditemos muito nisso.
Mas quando começamos a comparar-nos com os países do sudeste asiático, quase todos os países da América Latina e todos os de África, percebemos que há riqueza e há a possibilidade de juntar dinheiro aqui para o gastar em países onde o custo de vida é muito mais barato.
Essa é uma possibilidade de viajar, tendo sempre em conta que custa dinheiro. E que leva tempo para tal. Não esqueçamos que viajar com pressa custa sempre mais do que viajar devagar.
→ Entende que o surf, que pratica, também ajudou a impulsionar mais viagens no seu currículo?
De que modo se complementam ambas?
Sim, o surf tem um pouco essa característica, tal como o alpinismo. Não temos montanhas de qualidade em Portugal que justifiquem ficar cá. Quem gosta de alpinismo tem de viajar, as montanhas do mundo não vêm ter cá contigo! Com o surf é a mesma coisa: Portugal tem bastantes ondas de qualidade, mas não são nem as melhores do mundo nem tão grandes quanto isso! Comecei a fazer surf com 14 anos e ainda hoje pratico. Quando comecei, contactei com australianos e californianos que andavam a fazer essas temporadas por cá, como na Figueira que tinha ondas boas. Quis também viajar para ir conhecer as ondas e ir atrás delas, nomeadamente na África do Sul. Para mim, tem lá uma onda que é o paradigma, a melhor onda do mundo, na minha opinião. Ao ir a esses locais ia, também, alargando o meu portefólio de reportagens distintas – que não só sobre as ondas – que depois vendia para revistas especializadas dessas temáticas.
→ Para si, o que faz com que o seu primeiro livro, dos 19 já pu-
blicados, seja a sua obra-prima?
O livro não é por mim que é assim considerado, mas por alguns críticos ou por alguém que escolheu esse livro. É o mesmo que o pai escolher o seu filho preferido: não existe. Cada livro que escrevi tem a sua razão. Diria que o primeiro, «O Planisfério pessoal», descreve uma volta ao mundo de quase dois anos sem apanhar aviões. Atravessei, por exemplo, os oceanos em cargueiros. Em terra, fui apanhando autocarros locais ou boleias. Ora esse livro tem um carácter especial, pois a partir dele fiquei conhecido como escritor de viagens em Portugal. Antes desse livro, a literatura de viagens estava parada. Havia alguns exemplos quase históricos, como a recolha de textos em livro do Miguel Sousa Tavares. Além desses outros livros que se seguiram, tenho projetos de novos livros na gaveta e que acho que serão importantes. Cada livro tem as suas credenciais para se poder considerar o meu melhor livro. Esse primeiro, para mim, é como que um diamante em bruto. Depois desse há uns três ou quatro que entendo es-
tarem ao mesmo nível.
→ O que o atrai mais e atrai menos nas culturas e nas gentes que visita?
Algo que me atrai bastante é perceber como uma civilização continuada nos milénios consegue produzir um Povo com valor, com originalidade, com capacidade crítica de raciocínio, dentro daquilo que é uma continuidade histórica. Não é por acaso que os chineses são tão diferentes de nós: eles têm uns quatro ou cinco milénios de civilização própria. Ou os indianos. Atrai-me muito perceber essas civilizações, para lá do momento que estamos a atravessar e que a todos nos diz respeito. E a forma como o ser humano vai deixando a sua marca no território. Penso, por exemplo, nos socalcos de arroz em Banaue, nas Filipinas. É uma poesia natural e de inteligência humana. Ou ver o Taj Mahal, ou as estátuas da ilha da Páscoa, ou o Machu Picchu, são assombros que me interessam sempre e que me comovem! Toda essa tentativa do ser humano perecer para lá
informação – foi na Birmânia, agora Myanmar, a zona arqueológica de Bagan. Um dos lugares arqueológicos mais fascinantes do mundo, a nível das pirâmides egípcias ou dos templos de Angkor. Não se fala muito de Bagan, porque o próprio país está a ser rigidamente controlado por uma ditadura militar que não quer que se saiba muito, para que as pessoas não vão lá.
→ Qual a peripécia e/ou aventura em particular que lhe tenha marcado mais e que teve uma reação efusiva dos leitores, em geral?
→ Sente que ainda há, atualmente, mitos e preconceitos sobre certos países e culturas que é preciso desmistificar? Que, na verdade, isso não se verifica... Temos sempre de pensar que nesses países vivem pessoas. Importa perceber se há uma guerra declarada, com recolher obrigatório, ou se é apenas um país com má reputação – como o caso referido de El Salvador, com uma geração perdida de delinquentes. Aí, nesse tipo de países perigosos, tem que se miscigenar, não ostentar riqueza exterior, tentar passar despercebido…
da sua passagem física pelo planeta. O que me atrai menos são aquelas situações que percebemos que são fabricadas pela indústria do turismo para criar buzz, para as pessoas se interessarem e irem para lá e, depois, quando começamos a esvaziar o conteúdo afinal não tem nada. Por exemplo, há 20 anos aconteceu em Londres uma campanha através de notícias e entrevistas de se considerar a capital gastronómica do mundo, com os melhores restaurantes e os melhores chefes. Se há anedota entre os europeus é que os ingleses não sabem cozinhar. Se durante séculos foi um povo sem tradição gastronómica, como é que de repente já tem tudo isso e muito mais? Ou seja, era tudo montado, com dinheiro, com opiniões influentes, para atrair. Portanto, esse tipo de situações não me interessa como destino de viagem. Falei de gastronomia, como podia falar de outro tipo de turismo totalmente artificial, como o Dubai ou Las Vegas.
→ E aquilo que melhor tem aprendido e melhor o tem molda-
do na sua forma de ser e de estar?
Em termos de carácter e de valores…
Sim, o viajar bastante fez-me e faz-me ser a pessoa que sou, sobretudo nesta questão de relativização da vida, dos problemas, daquilo que nos acontece. Quando há pouco disse sermos dos países mais ricos do mundo, é porque já vi muita pobreza, muita miséria, muita existência desperdiçada ao longo das viagens. Vejo notícias que são triviais. Tanto é assim que, passados dois/três dias, já ninguém se lembra qual foi a notícia de abertura do telejornal daquele dia. São problemas que não são problemas, que não interessam a ninguém, que são alimentados por uma máquina. Isto é real e acontece pelo mundo, não é teoria da conspiração. Viajar, portanto, comparando a minha vida com outras vidas, ensinou-me a relativizar e perceber que temos muito pouco direito de nos queixar e de desmontar certas certezas que nos são “vendidas”. Um exemplo, quando se diz que a comida portuguesa é a melhor do mundo. Isso só
é verdade para os portugueses, não para os mexicanos ou indianos ou outros povos que têm uma excelente cozinha.
→ Qual foi o país que conheceu que mais o surpreendeu, pela positiva, que não estava mesmo à espera? Porquê?
A esta pergunta teria de responder um qualquer país que visitei nos anos 90, porque hoje em dia há tanta informação sobre os destinos que quase ninguém se consegue surpreender a viajar! Antigamente havia esta trepidação da descoberta, da novidade. Atualmente já não é bem assim. Mas há países que me continuam a surpreender e onde continuo a querer viajar. O México, sem dúvida, foi o primeiro país onde fui surpreendido. Ainda continuo a descobrir informações que desconhecia. A Itália é uma fonte cultural extraordinária. A nossa história como europeus, passa por conhecê-la e, antes, o próprio império romano. Mais recentemente, um sítio que me deslumbrou – talvez o último e por não haver tanta
Lembro-me sempre daquela história no meu primeiro livro, em que estava no Peru. Há lá uma pobreza extrema, muito por causa do frio, não aquela pobreza em certos países tropicais em que a pessoa vai buscar uma banana e mata a fome. Nesses países andinos a terra é muito escassa, e fá-los ser duros, por isso há muita criminalidade violenta, porque há muita desigualdade. Ora estava eu numa central de autocarros duma companhia que fazia o percurso para a cidade que eu queria ir. Quando entro, entra também uma quadrilha armada para assaltar o cofre. Apontaram-me uma arma ao peito “para não me armar em herói”, como me disse em espanhol o assaltante. Como se eu estivesse indeciso em fazê-lo! (risos) Ele mandou-me ir para o canto e eu ia recuando, mas não para o canto que ele dizia, mas aproximando-me da porta – que era grande e estava aberta. Ele percebeu que quem estava de fora o via a apontar-me uma arma e alertava a polícia, por isso deixou-me fugir para não se expor nem ser denunciado. Eu tinha comigo máquina digital, computador, passaporte português – sendo europeu, vale imenso! Soube no dia seguinte que eles tinham roubado 300 dólares, o valor que estava na caixa. Se eles tivessem pegado em mim e me levassem até aos arredores, ficando com os meus bens, ganhariam não 300 mas o equivalente a uns 3.000 ou 10.000 dólares, só com a venda do passaporte! (risos) Ainda bem que foram burros, se não a história tinha sido outra (risos). Mas fiquei aquela tarde toda a tremer, à espera que me acalmasse, por ter tido a arma apontada a mim. Foi um dos maiores sustos na minha vida! Outros apanhei em países muito perigosos como no Afeganistão, em El Salvador, na Argélia. Tenho tido muita sorte, com os cuidados que vou tendo, com “a manha da rua”, sabendo estar fora segundo o princípio: “em terra onde estiveres, faz o que vires fazer”. Viajo sempre com a população local, nunca pegaria num jipe sozinho e ir por aí fora…
→ Entrando no nosso país e na área deste jornal, o que pode relatar das viagens que já tenha feito pelo Douro acima, desde o Douro mais turístico-cultural ao mais rural e social?
Conheço relativamente bem Portugal, não estou muito preocupado com o que me falta conhecer. A questão é que passo muito tempo fora de Portugal e quando regresso a casa – à minha Figueira da Foz – não tenho muito estímulo para visitar outros sítios. Certo é que quando pesquisamos aqueles grandes livros, em inglês, sobre “os 100 lugares no mundo que deve visitar antes de morrer”, ou então “os 100 lugares mais bonitos do mundo”, o que vemos aparecer sobre Portugal? E quando aparece, se aparece, geralmente é o Vale do Douro, são os Açores e, eventualmente, uma cidade como pode ser Évora ou o centro histórico do Porto. Isto para dizer que, se olharmos com alguma frieza e objetividade –claro que, como Portugueses, sentimos carinho com o que é nosso e que consta lá fora –, não há muito para ver em Portugal! Temos de ver numa perspetiva global e não podemos ofender-nos com isso. Quanto ao Douro, tem tido o bom senso de se preservar, é um grande destino a nível mundial! Tenho amigos na zona de Alijó e, volta e meia, vou lá passar o fim de semana com eles.
→ Peço-lhe uma mensagem final para os nossos leitores… Um dos meus livros é sobre Santo António, que começou por ser um frade agostiniano. E eu estive na Argélia precisamente para ver a cidade natal de Santo Agostinho, que é Hipona, e este santo tem esta frase fantástica: “Quem nunca viajou, nunca saiu da primeira página dum livro”. Já que a vida é um livro. Esta frase tem 1.500 anos e continua a ser muito válida! Hoje temos todos os meios para viajar, ao contrário de Santo Agostinho no seu tempo. Por isso, aproveitemos, porque viajar enriquece a nossa vida. ○
A ESPRODOURO — Escola Profissional do Alto Douro, com um Centro Tecnológico Especializado em EnoGastronomia, realizou a quarta edição do seu prestigiado Festival Enogastronómico que este ano foi também uma Gala, e que se realizou no dia 30 de Junho, no Museu do Vinho de São João da Pesqueira.
Este evento proporcionou uma experiência multisensorial através de cinco pisos de degustações de 20 vinhos de elevado renome no Douro com 20 harmonizações gastronómicas criadas para cada um desses vinhos, cada uma delas representando uma faceta do Douro.
A edição deste ano, além de exaltar a EnoGastronomia do Douro, também reconheceu individualidades e empresas que se destacaram na sua contribuição para a região, com nomes como João Nicolau de Almeida, David Guimaraens, da Fladgate Partnership, Manuel José Silva Reis. da Real Companhia Velha, Gonçalo Louzada, da Messias, entre muitas entidades e pessoas de reconhecido mérito nacional.
“Foi entusiamante receber os cerca de 200 convidados no nosso IV Festival e Gala Enogastronómica. Este evento foi uma oportunidade para celebrar a riqueza e diversidade do Douro e para reconhecer aqueles que trabalham incansavelmente para destacar a nossa região a nível nacional e internacional. Pretendemos que os nossos alunos prestassem homenagem, mas que ao mesmo tempo fossem inspirados por estas referências do Douro e do país”, explicou o Diretor Geral e Pedagógico, Fernando Rodrigues.
O evento teve início às 17:30 com a receção dos convidados, seguido pela assinatura do protocolo de Geminação entre o Município de São João da Pesqueira e Mennecy (França). Depois, os participantes foram convidados a fazer uma viagem enogastronómica, passando por cinco pisos de degustações, harmonizações e reconhecimentos, culminando no Piso 5, onde foram atribuídos os prémios aos melhores vinhos, melhores harmonizações, estudantes e colaboradores destacados.
Para o Diretor Geral e Pedagógico da ESPRODOURO, Fernando Rodrigues, o evento foi "um sucesso", sublinhado pela satisfação de todos os convidados.
"O evento gerou um networking muito positivo com as empresas convidadas a perceberem o tipo de serviço que os nossos alunos estão capacitados a prestar. É um projeto integrador e é 100% realizado pelos alunos, desde a iluminação ao som, passando pelo serviço de cozinha e de mesa.
O saldo para nós é muito positivo, atingiu as dimensões que queríamos que atingisse para o nosso público-alvo. Era um evento para as empresas que trabalham connosco e que podem passar a ser entidades empregadoras terem noção do que é feito pelos nossos alunos".
Fernando Rodrigues admite ainda que há aspetos a corrigir
no futuro para colmatar algumas falhas que se registaram ao longo das cerca de 7 horas que o evento durou.
"Vamos melhorar com certeza a logística de serviço da cozinha, um evento como este realizado no museu, que não tem cozinha, e fazer o serviço com rapidez foi um desafio, que trouxe alguns atrasos no processo".
A ESPRODOURO é uma instituição de referência na formação enogastronómica no país e no Douro. Através da combinação de educação formal e formação prática, a ESPRODOURO prepara a próxima geração de profissionais para o crescente setor da enogastronomia, promovendo uma empregabilida-
ca de um ano e meio, e que motivou encontros de ambos os presidentes e delegações nas respetivas comunidades.
Mennecy é uma cidade com um relevante património histórico e arquitetónico, constituindo-se, pela sua proximidade a Paris, como um importante centro cultural da região, uma cidade conhecida pela beleza dos seus amplos parques, jardins e áreas naturais, com uma forte presença portuguesa, onde se incluem aliás pesqueirenses, sendo esta comunidade portuguesa, uma parte muito importante da vida económica, social e cultural da cidade”, explica o autarca pesqueirense, Manuel Cordeiro. Ainda de acordo com o autarca, dos contactos feitos entre os dois municípios, “resultou uma imediata e forte empatia. Não somente pela beleza natural daquela cidade ou a diversidade, e a qualidade das suas muitas, infraestruturas culturais e desportivas. Mas também nos cativaram, pela sua dinâmica, as pessoas que conhecemos. Em especial o presidente Jean Philippe, proeminente político, com assento inclusivamente como vice presidente na estrutura política regional… bem como a simpatia de toda a comunidade, marcada por uma vontade genuína de interação… sendo expressão dessa empatia e empenho, para além do presidente, a vereadora Carina Coelho, natural de Penedono e casada com um nosso conterrâneo de Riodades”.
de no Douro e no país.
GEMINAÇÃO COM MENNECY OFICIALIZADA COM ASSINATURA SOLENE
Decorreu, no Museu do Vinho, a Assinatura Solene da Geminação entre os Municípios de S. João da Pesqueira e Mennecy, em França.
Os Presidentes dos Concelhos de S. João da Pesqueira e Mennecy, respetivamente Manuel Cordeiro e Jean-Philippe DUGOIN-CLÉMENT, brindaram ao sucesso dos intercâmbios nas áreas da Cultura, Desporto, Juventude e Seniores, que estão a ser preparados e que devem iniciar no próximo ano.
“Este protocolo nasceu de uma vontade recíproca há cer-
Manuel Cordeiro acredita que no futuro esta geminação vai “permitir uma colaboração intensa, em vários domínios, desde colaborações de cariz mais económico, ou no âmbito cultural no campo da interação entre a juventude e a comunidade sénior… e o compromisso de que alinharemos uma planificação na qual constem momentos, interações e intercâmbios, partilhas de conhecimento, nas áreas mais diversas, em projetos conjuntos sobre questões de interesse comum, nomeadamente em matéria de boas práticas e experiências, das quais possamos beneficiar mutuamente, procurando uma transversalidade e uma dinâmica envolvente e proveitosa para as nossas comunidades.
Esta geminação transnacional serve necessariamente ainda, e num sentido mais lato, à promoção da participação dos cidadãos na construção.. europeia, facilitando a aproximação entre povos, rumo a uma verdadeira europa dos cidadãos, na sua dimensão mais humana, fortalecendo assim o conceito de cidadania europeia”. ○
A Goldenergy, comercializadora portuguesa de eletricidade 100% verde, comemorou os 15 anos com um mega arraial na cidade de Vila Real, cidade sede da empresa.
O evento, que decorreu entre os dias 30 de junho, 1 e 2 de julho, recebeu o nome de VILA ARRAIAL e contou com o apoio da Câmara Municipal de Vila Real, levando ao Parque Corgo “muita diversão, atividades para toda a família e muita música”.
Na música estiveram presentes Ana Malhoa, Herman
O Dia Mundial das Hepatites comemora-se a 28 de julho e tem como principais objetivos divulgar informação e sensibilizar para esta doença. A hepatite é uma doença evitável e tratável que afeta 325 milhões de pessoas em todo o mundo, causando 1,4 milhões de mortes por ano.
É importante percebermos que não existe apenas um tipo de hepatite, existem seis tipos diferentes de vírus: A, B, C, D, E e G. Dependendo do tipo de vírus, as diferentes hepatites podem ser con-
traídas também de forma diferente.
A hepatite A e E são adquiridas através da ingestão de água ou alimentos contaminados. A hepatite B, C e D são adquiridas através do contacto com o vírus a partir de fluídos de um doente.
Este contacto pode acontecer através de relação sexual, partilha de seringas ou transmissão de mãe para filho durante a gravidez. A hepatite G foi descoberta mais recentemente e é transmitida sobretudo pelo contacto sanguíneo.
Alguns tipos de hepatite, mesmo
Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, no Aces Dão Lafões - UCSP de Sátão, Viseu Sócio da www.girohc.pt/
Quase todas as doenças conhecidas podem atingir a mulher durante a gravidez, umas podem complicar acidentalmente e outras, ainda, são por ela diretamente determinadas.
A Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), é uma patologia de alto risco cuja prevalência tem vindo a aumentar nos últimos anos, sendo considerada segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS,2022), um dos 3 tipos de diabetes Mellitus, sendo os outros dois a diabetes tipo 1 ou insulino dependente e o tipo 2 não insulino dependente.
Sendo considerada uma das complicações médicas mais frequentes na gravidez, é definida como uma anomalia da tolerância aos hidratos de carbono, de gravidade variável, que surge ou é diagnosticada pela primeira vez no decurso de uma gravidez (Paiva et al., 2022). Surgindo graus variáveis de hiperglicemia materna na gestação aumenta a morbidade e a mortalidade materna e fetal. Que segundo Friel (2023), podem ser quando há um descontrolo da diabetes preexistente (pré-gestacional) ou gestacional durante a organogénese (até aproximadamente às 10 semanas da gesta-
ção) o aumento do risco de: malformações congênitas e o risco de morte fetal in útero.
O controlo deficiente da diabetes mais tarde na gestação, aumenta o risco de: macrossomia (peso fetal > 4.000 gramas ou > 4.500 gramas ao nascimento), pré-eclampsia, hipoglicémia neonatal, traumatismo de parto (distocia do ombro), o parto por cesariana e o natimorto (Friel, 2023).
Podemos referir então, que perturbando de maneira mais ou menos evidente a gravidez a diabetes mellitus, prejudica comumente o feto e pode provocar a sua morte.
Não decorrendo a gravidez até ao fim, surge um impacto traumático que o diagnóstico de aborto ou morte fetal pode causar, associando-o à impossibilidade de o casal vir a ter um filho.
A perda gestacional é, assim, para o casal, um evento traumático que altera o percurso de vida do mesmo. Sendo o impacto dessa perda nos pais devastador e implica o início de um longo pesadelo. No período após a perda gestacional, os pais experimentam um processo de luto que os afeta a nível biopsicossocial e espiritual. Estes podem experienciar depressão, ansiedade, transtorno de stress pós-traumático, transtornos
José e Avô Cantigas. No Espaço Família destacaram-se: as oficinas temáticas, como um laboratório de energias renováveis, insufláveis, pistas de obstáculos, arborismo, aulas de fitness, jogos tradicionais e até o Silent Energy, um ponto para ouvir música, numa explosão de ritmo, com o barulho da cidade totalmente abafado, para que todos sintam a música à sua maneira.
No programa, estiveram também incluídos um espaço com gastronomia regional e um mercado com produtos tradicionais.
“Esta foi a melhor forma que a Goldenergy encontrou para reforçar ainda mais a nossa proximidade aos vila-realenses e agradecer a esta cidade que sempre nos acolheu e de onde nunca quisemos sair. Crescemos. Tornamo-nos uma empresa nacional, somos hoje a terceira maior comercializadora de eletricidade e gás do País, mas mantemos a nossa identidade local. Por isso aqui continuaremos. A comercializar eletricidade 100% verde e gás natural, de Vila Real para todos os portugueses”, referiu Miguel Checa, CEO da Goldenergy. ○
quando tratados acabam por evoluir para doenças crónicas, como é o caso da hepatite B e C. As hepatites, que implicam a contaminação através da água ou alimentos, como a A e a E podem ser prevenidas através de comportamentos como as medidas de higienização das mãos, sempre que se contacta com materiais potencialmente contaminados, e a opção de consumir apenas água engarrafada sempre que viajamos para países nos quais desconhecemos a qualidade da água, e consumir também apenas alimentos embalados quando desconhecemos a sua origem, nestes mesmos países.
A hepatite B é conhecida como sendo a mais grave. Para além de se tornar crónica, pode ser fatal ao evoluir para cancro do fígado. Apesar de ser uma forma grave é uma doença evitável através da adoção de comportamentos preventivos, como a não partilha de seringas usadas, relações sexuais seguras e da administração da vacina. A vacina está incluída no Programa Nacional de Vacinação e que é altamente eficaz. A hepatite D apenas ocorre em doentes portadores de hepatite B.
A hepatite C também evolui frequentemente para doença crónica, sendo uma causa frequente para o
cancro de fígado. Embora não exista vacina esta pode ser tratada e a sua prevenção é possível através da adoção de comportamentos seguros, principalmente no que diz respeito ao consumo de drogas injetáveis, com a não partilha de seringas.
Os sintomas das hepatites, quando ocorrem, podem ser o cansaço, a perda de apetite, alterações gastrointestinais, dores abdominais e aquisição de cor amarelada na pele e olhos.
O tratamento passa pela recuperação do fígado através do repouso e dieta, mas nas formas mais graves é necessário tratamento específico para evitar a multiplicação do vírus. ○
alimentares e de sono, isolamento e perda de fé, entre outras manifestações.
Há a ideia que nas situações de perda perinatal o sofrimento dos pais é subestimado esperando-se que estes recuperem imediatamente da perda, porque é sentida como sendo uma perda menor do que seria no caso de morte de um filho, após o nascimento (Martínez-Serrano et al., 2019). Um dos fatores que faz com que essa perda seja acompanhada de um tipo de luto diferente de outras perdas é o fato de fazer parte de um processo socialmente oculto e pouco compreendido, mesmo pelos profissionais de saúde. Embora a literatura específica demonstre que o processo do luto inclui vários momentos e perspetivas, a perda gestacional é um acontecimento inesperado e altamente angustiante para os pais, que requer intervenções dos profissionais de saúde que ajudem cada casal, tendo em conta as suas características e individualidade, a ultrapassar esta fase da sua vida.
Quando um casal sofre uma perda gestacional é importante e necessário que o profissional de saúde saiba responder aos seus sentimentos e receios. Assim, ao incentivar o casal a expressar os seus sentimentos e ficar com eles nesse processo, o profissional de saúde ajuda o casal a manter a crença e a dar-lhe a sensação de que têm pelo menos uma quantidade mínima de controlo da sua
situação. Deve também incentivar o casal a ter o parceiro presente para que juntos possam resolver essa situação difícil, apoiando-se. Como resultado, o casal e o profissional de saúde são capazes de alcançar um significado positivo de uma experiência de vida difícil. O apoio dos profissionais de saúde aos pais enlutados, a sua participação na perda, a expressão de sentimentos e de emoções, a utilização de métodos de distração, sessões de grupo, apoio social, prática de atividade física e educação familiar foram as intervenções mais eficazes (Lizcano Pabón et. al, 2019).
Neste sentido, o papel da equipa multidisciplinar deve passar por promover o acompanhamento da grávida realizando um rastreio e diagnóstico da diabetes gestacional, controlando as glicémias, com dieta e eventualmente insulinoterapia e incentivar a prática de exercício para melhorar o prognóstico. Possuírem um maior conhecimento sobre os fatores de risco da DMG que podem ser a história familiar, idade materna avançada, doenças como a hipertensão arterial e obesidade, por forma a prevenir esta patologia (OMS, 2022). E ainda promoverem o acompanhamento da mulher/casal perante um processo de luto, numa situação de perda gestacional, uma vez que os profissionais de saúde são uma das principais fontes de apoio ao casal, implementando intervenções que possam ajudar os pais
e os membros da família no processo de luto (Paraíso-Pueyo et al., 2021). Assim, as evidências revelam a importância de uma comunicação terapêutica por parte do profissional de saúde, muito apoio, centrando as intervenções em ambos os membros do casal, recorrer à escuta ativa, estar presente (quando apropriado). Cada casal é diferente quando se trata da forma como lidam com a sua situação clínica. Assim, é imperativo para o profissional de saúde avaliar como cada membro do casal quer ser acompanhado durante este processo.
Conclui-se que o assunto abordado, é de suma relevância para os profissionais de saúde, que cuidam da mulher/casal que é diagnóstica com a diabetes mellitus gestacional, e pode passar pelo infortuno de perder o seu filho. ○
A diabetes na gravidez e a perda gestacional
Com uma oferta formativa que se divide por seis áreas, a EPDR Rodo, aposta numa forte relação com empresários da região e autarquia para garantir elevadas taxas de empregabilidade para os seus alunos, ajudando a fixar população jovem no território.
Técnico Auxiliar de Saúde, Termalismo, Cozinha/Pastelaria, Restaurante/Bar, Vitivinícola, Instalações elétricas, são as áreas que a escola oferece e que, nas palavras da Diretora, Susana Massa, “é uma escolha relacionada com as necessidades da região tendo em conta o mercado de trabalho”.
“Constatamos diariamente uma grande escassez de mão-de-obra em diversas áreas do nosso sector empresarial, tendo em conta as entidades que nos procuram para protocolar formação em ambiente de trabalho.
Esta procura por pessoas é notória, dia após dia, no interior. Falta gente para trabalhar e em especial com formação nestas áreas que são o pilar económico e social da região, particularmente nos setores vitivinícola e do turismo.
Estamos sempre limitados pelos cursos que nos permitem abrir, mas o nosso objetivo é, em primeiro lugar, que os cursos que abrimos tenham garantia de taxa de empregabilidade a 100%, ou que permita aos alunos optarem por progredir estudos para o ensino superior, se assim pretenderem”, explica. Um dos exemplos dessas áreas de formação com taxa de empregabilidade a 100%, e que em breve terá uma oferta ainda mais alargada, é o termalismo.
Susana Massa explica que “para os alunos de termalismo não há dificuldade em encontrar parceiros para a formação em contexto de trabalho, até porque agora as quintas que se dedicam a esta área também têm incorporado o conceito de SPA”.
Contudo a diretora admite que a reabertura das Termas das Caldas do Moledo, pela autarquia, tornará a oferta nesta área ainda mais atrativa, podendo também funcionar como ferramenta para ajudar a fixar população.
“A reabertura das termas em Caldas do Moledo, cria-nos uma nova oportunidade para dar aos nossos alunos essa experiência, o que torna o curso ainda mais cativante.
A autarquia, com a abertura daquele espaço, sabe que pode
→ TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE
Auxilia na prestação de cuidados de saúde aos utentes, na recolha e transporte de amostras biológicas, na limpeza, higienização e transporte de roupas, materiais e equipamentos, na limpeza e higienização dos espaços e no apoio logístico e administrativo das diferentes unidades e serviços de saúde, sob orientações do profissional de saúde. ○
→ TERMALISMO
Orientar, organizar, controlar e assegurar, de acordo com prescrição de técnicos superiores de saúde, funções inerentes ao processo terapêutico termal nas suas diversas aplicações – prevenção, cura e reabilitação, intervindo na ótica da promoção da saúde e do bem-estar. ○
→COZINHA/PASTELARIA
Planear, coordenar e executar as atividades de cozinha-pastelaria, respeitando as normas de higiene e segurança, em estabelecimentos de restauração e bebidas, integrados ou não em unidades hoteleiras, com vista a garantir um serviço de qualidade e satisfação do cliente. ○
→ RESTAURANTE/BAR
Planear, coordenar e executar o serviço de restaurante e bar, respeitando as normas de higiene e segurança, em estabelecimentos de restauração e bebidas, integrados ou não em unidades hoteleiras, com vista a garantir um serviço de qualidade e satisfação do cliente. ○
→ VITIVINÍCOLA
Orientar e intervir em todas as operações desde a cultura da vinha até ao engarrafamento, incluindo a colheita de uvas, os processos de vinificação, armazenamento e envelhecimento, respeitando e implementando todas as práticas necessárias para garantir a qualidade do vinho.
→ INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Organizar, orientar e executar, a instalação, manutenção e reparação de instalações elétricas de utilização de baixa e média tensão, instalações de telecomunicações em edifícios, de comando, sinalização e proteção, industriais e de distribuição de energia elétrica, de acordo com as normas de higiene, segurança e proteção do ambiente e os regulamentos específicos em vigor. ○
encontrar aqui gente qualificada para integrar os postos de trabalho que serão disponibilizados. Esta é também uma forma de trabalharmos para, pelo menos, começarmos a fixar gente na região, em especial jovens”.
A proximidade com a autarquia é relevante para a escola, até porque, como explica Susana Massa, “existem outros protocolos de formação em contexto de trabalho como em Instalações elétricas ou Apoio Psicossocial que há muito existem entre as duas entidades”.
Para os alunos que frequentam a EPDR Rodo, existem todas as condições de formação, quer no decorrer das atividades letivas, quer na resposta às necessidades de cada um, existindo mesmo uma residência “que permite que os alunos deslocados se estabeleçam, de forma gratuita, sem necessidade de investir em transportes diariamente ou alojamento fora das nossas instalações”, explica a diretora. ○
Aconteceu no fim-de-semana de 17 e 18 de junho, ao ar livre, na Praceta Comandante Requeijo. A iniciativa inaugurou a programação do concelho no cartaz do evento Douro - Cidade Europeia do Vinho 2023.
A 1ª edição do “Terras do Demo Wine & Food” não frustrou expetativas, pelo contrário, estreou-se em grande, com forte adesão do público, que degustou à mesa iguarias e sabores, confeções elaboradas pelo bom gosto das gentes das instituições aderentes provenientes de várias freguesias do concelho. Os vinhos e espumantes Terras do Demo, sempre muito apreciados, foram a cereja no topo do bolo.
No total foram quinze as associações que estiveram presentes no Terras do Demo Wine & Food, que procurou ajudar o associativismo do concelho, como explicou o autarca Paulo Figueiredo.
Tínhamos um grande objetivo que era promover a nossa gastronomia, vinhos e espumantes mas o grande baluarte foi termos conseguido envolver 15 associações do concelho. Eles é que foram o foco de toda a atenção, foram os responsáveis pela gastronomia que se pode apreciar.
A envolvência das associações trouxe também uma grande adesão de visitantes o que acabou por gerar algum rendimento a cada uma delas”.
Com um “investimento mínimo” por parte da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, uma vez que “é mais o apoio logístico que financeiro”, o presidente da autarquia defendeu que “o importante é divulgar as instituições e possibilitar que ganhem dinheiro” com isso.
Paulo Figueiredo assume que “há melhorias a fazer” no formato que será repetido já no próximo ano.
“Foi a primeira edição, certa-
mente haverá alguns aspetos a melhorar para que a próxima edição possa ser ainda melhor, mas certamente que este é um evento para manter”.
Demo Wolfes Trail envolveu
centenas de participantes
A segunda edição do Demo Wolfes Trail levou centenas de participantes até Moimenta da Beira, numa prova organizada pelo município em conjunto
com o Boavista FC.
A prova contou, este ano, com três distâncias competitivas (25km, 17km e 10km), bem como uma caminhada de 10km.
A prova principal, Trail Longo
25km, foi ganha, no feminino por Cláudia Machado, da equipa Cinfães a Correr, enquanto na prova masculina a vitória sorriu a António Ferreira da equipa Runners do Demo. ○
Sernancelhe realizou, entre os dias 6 e 8 de julho, a nona edição do festival Ser+Cultura, um evento que tem como objetivo dinamizar o Centro Histórico da vila com recurso à cultura. O cartaz contou com uma oferta diversificada de espetáculos, sete palcos em constante movimento e centenas de artistas. Música, teatro, exposições, lliteratura, multimédia, desporto, gastronomia, street art e tasquinhas, um pouco de tudo para responder aos mais diversos gostos dos milhares de visitantes que passaram por Sernancelhe ao longo dos três dias do evento.
A cerimónia de abertura do certame aconteceu no Auditório Municipal e contou com a atuação da pianista Luso-japonesa Yuki Rodrigues, com raízes no concelho, e que regressou aos palcos após uma longa paragem devido a uma lesão.
“É maravilhoso estar aqui, mas há também um certo nervosismo porque é a primeira vez que a minha família de cá me vê em palco o que tornou este momento ainda mais especial.
Depois de 18 anos de interrupção devido a uma lesão estou muito feliz por marcar o meu regresso com
esta presença em Sernancelhe, foi um grande privilégio”.
Yuki Rodrigues sublinha ainda a importância da aposta na cultura fora dos grandes centros tornando-a ainda mais democrática.
“Acho extraordinário este evento, tem um dinamismo fantástico e o Centro Histórico ganha muita animação. É um espaço muito bem conservado e eu admiro esse trabalho que
tem sido feito. É um exemplo para o país, Portugal é muito mais que Lisboa e Porto e é necessário promover a cultura em cidades e vilas mais pequenas como é o caso de Sernancelhe. Acho que é uma iniciativa que todos devemos aplaudir".
Para o vereador da cultura da autarquia sernancelhense, Armando Mateus, o balanço final é de "sucesso absoluto", justificado pelas "cerca de 10 mil pes-
soas" que passaram pelo evento.
“Esta nona edição teve o mesmo propósito das anteriores, dar dinâmica e vida ao Centro Histórico de Sernancelhe, a toda a área comercial, hotelaria e restauração, conjugando neste espaço a arte a literatura, o teatro e a música que ao longo de três dias, mais uma vez trouxeram a este espaço três noites de muita animação e alegria”.
Armando Mateus destaca
ainda a ligação que o evento teve este ano à Cidade Europeia do Vinho, "uma novidade muito satisfatória para os participantes, contrariamente àquilo que imaginávamos porque são noites de verão que por norma se opta por bebidas mais frescas. Contudo mais uma vez os vinhos vieram mostrar que se adequam perfeitamente com este tipo de noite, foi um sucesso autêntico".
Para o vereador, “o Ser+Cultura ganhou a sua identidade, uma identidade visual, com carácter. Aos artistas também lhes é permitida a criatividade e imaginação para criarem neste espaço as suas instalações e os momentos musicais são sempre muito variados nos diferentes sete palcos para que cada um possa escolher o tipo de música que mais lhe agrada. É um evento que nos permite ser nós próprios, é um evento que criou essa possibilidade de escolher estarmos bem connosco mesmo”.
Englobados no programa do Ser+Cultura estiveram também outros eventos como o Távora Cup, com mais de 600 atletas jovens a integrarem este torneio, ou o passeio Douro On2Wheels com mais de 500 motas a partirem de Sernancelhe para um passeio de dois dias pelo território da CIM Douro. ○
ENGENHARIA INFORMÁTICA E TELECOMUNICAÇÕES
GESTÃO E INFORMÁTICA
GESTÃO COMERCIAL
GESTÃO TURÍSTICA, CULTURAL E PATRIMONIAL
SECRETARIADO DE ADMINISTRAÇÃO
SERVIÇO SOCIAL (LABORAL E PÓS-LABORAL)
A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo promove, de 12 a 15 de agosto, as Festas da Vila e do Concelho e a ExpoMoncorvoIV Exposição de Empresas, que engloba várias temáticas entre elas turismo, emprego, empreendedorismo, agricultura, pecuária, caça, pesca e biodiversidade.
A ExpoMoncorvo decorre nos dias 12 e 13 de agosto, no Largo da Corredoura, e é promovida pela Câmara Municipal de Torre de Moncorvo em parceria com o CLDS Moncorvo 4G, estando o evento integrado na Cidade Europeia do Vinho 2023.
A iniciativa vai contar com uma exposição de empresas,
exposição de animais, artesanato, concursos, máquinas agrícolas e equipamentos, workshops, palestras, animação infantil e animação musical.
No decorrer dos dois dias terão lugar vários concursos entre eles, concurso de Pesca ao Achigã Embarcado, concurso de Raças Autóctones e concurso de Matilheiros.
Destaque ainda para a largada de 800 peças de perdizes, patos e faisões e para o passeio do Motard Club de Moncorvo e espetáculo de Freestyle Stunt Rider — Cajó.
As Festas da Vila e do Concelho e a ExpoMoncorvo contam com espetáculos dos Karetus, Carminho, Xutos e Pontapés e Emanuel. ○
Entre 16 e 18 de junho o Parque da Vila em Alijó recebeu mais uma edição do certame que é uma montra de divulgação dos vinhos e sabores do planalto duriense, a Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos.
No total foram cerca de 50 expositores que deram a provar os seus vinhos e produtos agroalimentares aos milhares de visitantes que passaram pelo espaço.
“Esta foi a maior e melhor edição de sempre, pelo que o balanço é extremamente positivo, quer pela enorme adesão de visitantes de vários pontos do País e no grande número de vinhos em prova e em competição”, sublinhou o Presidente da Câmara Municipal de Alijó, José Paredes.
O programa do evento incluiu provas comentadas de vinhos, palestras, showcooking dedicado a tapas e petiscos de polvo galego, e muita música, num cartaz que contou com os HMB, Bárbara Bandeira e Luís Represas acompanhado pela Banda Filarmónica de São Mamede de Ribatua.
Sistema anti-granizo apresentado no arranque do certame No âmbito do projeto “Luta Ativa Contra o Granizo”, foi apresentado, no primeiro dia da Feira dos Vinhos e Sabores dos Altos, um novo sistema anti-granizo para proteger as vinhas do concelho, com uma demonstração no jardim das piscinas municipais, acompanhada pela Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
Este novo método poderá estar instalado em menos de um ano, com um custo que deverá rondar os 1,2 milhões de euros, para os quais a autarquia tenta arranjar financiamento.
De acordo com a apresentação, este é “um sistema inovador anti granizo com o objetivo de proteger as vinhas e olivais da região. O objetivo é testar o método numa área-piloto e depois expandir a metodologia a toda a Região Demarcada do Douro, beneficiando não só a vinha, mas também a produção frutícola que representa uma outra importante atividade económica do território”.
A nova tecnologia, que deverá estar no terreno dentro de um ano, consiste na utilização de um radar de grande amplitude que, conjugado com a instalação de 24 estações meteorológicas fixas, em locais estratégicos e previamente estudados pela equipa técnica, que irá permitir detetar com antecedência a aproximação da massa de ar que será responsável pela queda de granizo. Perante esta ameaça, é emitido de imediato um sinal para as estações meteorológicas, que
na presença desta informação, disparam para a atmosfera um balão de hélio, que transporta uma carga de sais minerais capazes de dissolver o gelo, caindo água em vez de granizo.
“Estamos verdadeiramente empenhados em evitar os re-
correntes estragos provocados pelo granizo que quase todos os anos afetam os nossos produtores. O projeto vem, assim, responder às constantes queixas dos viticultores e produtores de azeite da região que se vêm a braços com avultados prejuízos
sempre que os terrenos são fustigados pela queda de granizo. O cenário é desolador com as vinhas e olivais danificados. Este é o investimento necessário e há muito desejado pelos agricultores”, refere José Paredes, presidente da Câmara Munici-
pal de Alijó.
O projeto agora apresentado envolve ainda a autarquia de Sabrosa, assim como a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Associação dos Viticultores Profissionais do Douro (ProDouro). ○
Desde 2016, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) acolhe a Cátedra UNESCO em “Geoparques, Desenvolvimento Regional Sustentado e Estilos de Vida Saudáveis”, a primeira das mais de 800 cátedras UNESCO a ter como objeto central os Geoparques Mundiais da UNESCO (UGGps).
Anualmente, esta Cátedra da UTAD tem realizado um curso de formação avançada nos seus domínios, abraçando temáticas atuais e desafiantes no contexto dos territórios UNESCO e das prioridades internacionais. Nas seis edições pretéritas, foi possível contabilizar a participação de mais de 150 palestrantes e de 650 assistentes,
oriundos de 82 países. É neste contexto que, entre 10 e 14 de julho próximo, decorrerá a 7ª edição desta Universidade de Verão com a chancela da UTAD.
A componente presencial desta formação decorrerá no Arouca UGGp, contando com três dias de sessões em formato painel e dois dias de visitas em campo ao território, para observação e discussão in loco do funcionamento das estratégias de gestão territorial focadas no desenvolvimento local, na geoconservação, geoeducação e geoturismo. Já os participantes que optem pela formação à distância, poderão assistir aos três dias de painéis, com discussões subordinadas às diversas temáticas de interesse (gestão terri-
torial, mitigação e resiliência aos riscos naturais, desenvolvimento local, populações indígenas, alterações climáticas, igualdade de género, geoconservação, e serviços dos ecossistemas, entre outros).
“Working together for change to happen - reinforcing the partnerships to achieve the SDGs of the 2030 Agenda for Sustainable Development” é o tema central desta edição da Universidade de Verão. É neste contexto que este curso conta com o apoio da Rede Global de Geoparques, da Seção de Ciências da Terra e Redução de Riscos Geológicos da UNESCO e dos escritórios regionais da UNESCO de Cairo, Harare, Montevideo e Nairobi.
Novo acordo comercial
Foram concluídas pelo Conselho da União Europeia, em 27 de junho de 2023, as negociações que vão permitir a entrada em vigor do Acordo de Comércio Livre (ACL) da União Europeia (UE) com a Nova Zelândia. Encaramos por isso o futuro com enorme expectativa, na medida em que este compromisso traduz um esforço muito significativo na intensificação do comércio internacional entre as partes signatárias, procurando também promover uma economia sustentável e aumentar a competitividade.
As previsões apontam para um cres-
Domingos Nascimento
O Poder Local foi uma conquista verdadeiramente estrutural para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. De forma simples, gostava de contribuir para a reflexão: que “democracias locais” desejamos?
Particularmente nos municípios mais pequenos, em que a democracia se realiza a cada conversa de café, urge analisar as fragilidades e as oportunidades da proximidade. Importa também perceber o papel, na prática, de cada um dos órgãos municipais.
cimento até 30% do comércio bilateral graças a este acordo, e que apesar de não eliminar a totalidade dos direitos aduaneiros de mercadorias, acaba com as tarifas sobre as principais exportações da UE, permitindo a abertura do mercado dos serviços na Nova Zelândia e protegendo cerca de 2.000 Indicações Geográficas de produtos agroalimentares, vinhos e bebidas espirituosas, nas quais se incluem “Porto”, “Douro” e “Duriense”.
A UE é o terceiro maior parceiro comercial da Nova Zelândia, tendo o comércio bilateral de mercadorias entre os dois parceiros atingido quase 9,1 mil milhões de euros em 2022, prevendo-se, com a entrada em vigor do Acordo, que aumente cerca de 30 %, e as exportações
Com esta formação de alto nível proporcionada pela academia transmontana, pretende-se proporcionar uma experiência enriquecedora e única para os participantes, facultando-lhes a possibilidade de adquirirem um conjunto de conhecimentos de natureza holística acerca do desenvolvimento sustentável de territórios, onde a sua gestão é fundamental para garantir o bem-estar das comunidades locais. Um desafio sempre inovador para o qual se deixa o incentivo à participação (https://catedraunescoutad.wixsite.com/summergeoparks2023) de todos os cidadãos, independentemente da sua formação académica ou profissão. ○
UE-Nova Zelândia: Uma oportunidade!
anuais da UE verifiquem um aumento potencial que poderá ir até aos 4,5 mil milhões de euros, em virtude da eliminação dos direitos aduaneiros. Desde o primeiro ano de aplicação do Acordo, as empresas da UE poderão poupar cerca de 140 milhões de euros por ano em direitos.
Este documento representa por isso uma oportunidade promissora para fortalecer os laços económicos entre as duas regiões do globo, impulsionando o crescimento, estimulando a inovação e promovendo uma maior cooperação global. Espera-se um acesso mais fácil aos mercados de ambas as regiões, uma oportunidade a explorar pelos produtores durienses, que no atual contexto geopolítico que atravessamos, assu-
me particular importância.
É um sinal importante para o resto do mundo sobre o valor da integração e a colaboração das duas regiões com benefícios económicos significativos para a União Europeia. Acresce que a guerra na Ucrânia e a pandemia da Covid-19 evidenciaram a necessidade de cadeias de abastecimento resilientes, parcerias estratégicas e comércio aberto.
É importante notar que este Acordo de Comércio é o primeiro a integrar plenamente a nova abordagem da UE em matéria de comércio e desenvolvimento sustentável, prevendo a imposição de sanções, como último recurso, em caso de violações graves dos princípios laborais fundamentais ou do Acordo de Paris. ○
Fragilidades/Oportunidades nas democracias locais!
A proximidade é uma grande oportunidade. Os problemas dos cidadãos podem ser abordados ali, bem no centro da vida municipal. Sem grandes dificuldades, todos os cidadãos, na grande parte dos casos, são recebidos pelo Presidente de Câmara ou pelos Vereadores.
Por isso, excluindo eventuais casos em que a proximidade se transforma em promiscuidade, é uma bênção para a nossa vida em comunidade a facilidade com que se “confronta” o Poder.
Quanto ao papel de cada um dos dois órgãos municipais, tenho pena, a minha opinião é de preocupação por percecionar existir muita fragilidade.
Há a tendência, num número significativo de municípios, de uma marginalização, talvez inconsciente, das Assembleias Municipais.
Não ganhamos nada por exacerbarmos o já demasiado poder concentrado na presidência do órgão executivo municipal e apagarmos do cenário a presidência da Assembleia Municipal.
A pouca visibilidade, nenhuma em alguns casos, do órgão deliberativo e fiscalizador, não augura um caminho adequado para as “democracias locais”.
A falta de condições das Assembleias Municipais para cumprirem as suas funções, vai fragilizando o seu estru-
tural papel no equilíbrio de Poderes no ecossistema concelhio.
Neste texto simples, e de mera opinião, não me sendo possível explanar o que penso de forma mais fundamentada, saliento a falta da cultura do relacionamento entre os dois órgãos municipais, que carece de formalismos e rituais que vinquem a separação e partilha do Poder municipal.
A democracia não é uma obra feita. É um “caminho que se faz caminhando”. Refletir sobre este tema não é um sacrilégio. É o privilégio que a democracia nos concede. A de olharmos para o Rei e podermos dizer que vai nu.
O Poder Local é oportunidade!
Albergando os municípios de Moimenta da Beira, Sernancelhe, Tarouca e ainda algumas freguesias dos concelhos de Penedono, São João da Pesqueira, Tabuaço, Armamar e Lamego, a região é limitada pelos dois rios que lhe dão o nome, o Távora e o Varosa.
As características edafo-climáticas, as suas vinhas plantadas em solos graníticos, solos litólicos e solos de transição, reúnem boas condições para a criação de vinhos geralmente frescos, e com teores de acidez ideais para a produção de vinhos espumantes.
No ano de 2022 a região do Távora-Varos registou um crescimento de produção de 40%.
Depois de uma primeira visita a S. Cosmado em Armamar na edição anterior, este mês continuamos na mesma freguesia, desta feita para uma visita à Casa de Vinhago, propriedade do ex-Ministro da Educação Júlio Pedrosa, acompanhado pelo filho Paulo Jesus, ambos formados em química e com paixão pelos vinhos e pela região Távora Varosa.
A propriedade está na família há já algumas décadas, "pertencia ao meu avô paterno" conta Paulo, uma ideia que o pai complementa dizendo que o sogro "já aqui fazia vinhos excelentes e eu decidi então plantar um hectare de uvas tintas", depois continua Júlio Pedrosa, "este rapaz também se entusiasmou pelos vinhos e avisou-me logo que um hectare de vinha não dava para nada".
A ideia inicial de Paulo era avançar desde logo para a produção de espumantes mas o pai confessa que contrariou essa ideia "porque é um processo mais complicado e longo", além disso o avô "fazia grandes vinhos tranquilos", por isso o projeto acabou por, numa primeira fase, "criar uma gama de vinhos tranquilos".
Entretanto o projeto foi amadurecendo e crescendo, neste momento são cerca de 10 hectares de vinha plantada, até que mais recentemente a Casa de Vinhago decidiu "entrar no mercado dos espumantes, facilitada pela excelente relação que existe com as Caves Murganheira que ajuda especialmente na fase final do degorgement", explica Júlio Pedrosa.
"Quando os meus pais começaram a pensar na reforma, decidimos iniciar a construção da casa neste terreno. As vinhas já estavam abandonadas há alguns anos e decidimos iniciar a sua reconversão na mesma altura. Desde a pandemia que esta é a morada principal deles, passam aqui mais de 70% do ano".
Paulo lembra que quando o projeto teve início, já a região
estava muito dedicada aos espumantes, o que dificultou um pouco o processo de definição do perfil dos vinhos tranquilos na região, uma questão que para o produtor se deve "ao número reduzido de operadores", uma situação que, afirma "o atual presidente da CVR tem vindo a tentar mudar, atraindo mais investidores para o território".
Paulo explica que, ao contrário do Douro, "nesta região as maturações são mais tardias, normalmente as nossas vindimas de tintos terminam a meados de outubro, o que obriga a ter castas mais resistentes ao clima que encontramos nessa
época, daí a nossa aposta na Touriga Nacional. É uma casta que aguenta bem as primeiras chuvas”.
Na perspetiva de Paulo Jesus, esta é "uma aposta ganha" até porque, explica, “as alterações climáticas, apesar de negativas, são benéficas para regiões como esta porque nos dão maturações mais equilibradas".
A entrada nos espumantes "esteve sempre na mente do projeto", até porque é um produto "de excelência na região, para mim são mesmo os melhores do país", afirma Paulo.
A primeira experiência foi em 2019, apenas com uvas brancas, e em 2020 produziram uma se-
gunda base para espumante "com o objetivo de guardar durante mais tempo", o que acabou por não acontecer porque esgotamos o de 2019 em 2 ou 3 meses tivemos que acelerar o processo e vamos agora lançar para o mercado o 2020".
Tal como acontece na região, o método de produção de espumantes na Casa de Vinhago respeita o método tradicional e o estágio mínimo em cave de 12 meses. "A próxima fase agora é fazermos a cave para estágio", conta Júlio Pedrosa. Este será um momento especial para o desenvolvimento do projeto que pai e filho têm na região, "vai-nos permitir aumentar a capa-
cidade de produção e armazenamento".
Atualmente, em venda a Casa de Vinhago tem no mercado um vinho rosé, dois brancos (um blend e um Sauvignon Blanc), dois tintos (um Colheita Selecionada e um Reserva monocasta Touriga Nacional), e um espumante. Para breve está também um Reserva branco e uma segunda referência de espumante que deverá ser um Super Reserva ou superior, o que exige mais de 24 meses de cave.
Para a comercialização destes vinhos são usadas duas marcas, a Casa de Vinhago e o Poiesis, uma designação ligada à vida profissional de Júlio Pedrosa. É uma palavra grega que significa criatividade prática e que faz parte do lema da Universidade de Aveiro, onde o ex-Ministro foi reitor. Uma marca que é utilizada "nos vinhos com perfil mais fora da caixa", explica Paulo.
Pai e filho defendem que a região precisa agora de mais marketing para se dar a conhecer "porque os vinhos e espumantes de qualidade têm que se dar a conhecer para que os apreciadores nos descubram".
Apesar de estar já a exportar, para China, Alemanha e Dinamarca, o futuro do projeto passar por aumentar a produção, passando das cerca de 20 mil garrafas atuais para as 80 a 100 mil, com o mercado nacional na mira.
Desafiado pela nossa equipa, Paulo Jesus define o espumante que produz como "extra bruto, gastronómico, muito fresco, com acidez e frescura como o habitual na região e com alguma complexidade. São também vinhos com muita longevidade, sejam os tranquilos ou os espumantes, típicos vinhos de montanha".
No futuro está também no projeto a reconversão das vinhas em modo de produção biológica, "o que trará um maior valor para os nossos vinhos e espumantes", afirma Paulo.
Daqui a 10 anos Paulo imagina "uma empresa já autónoma, com recursos e maquinaria e uma equipa a trabalhar a tempo inteiro, esse é o objetivo", conclui. ○
O pesqueirense mais famoso da História conquistou corações um pouco por toda a Europa.
O marquês de Soveral foi um dos nossos diplomatas mais hábeis, uma personalidade influente da política europeia e figura maior da sociedade britânica ao longo de um quarto de século. Mas este pesqueirense notável foi, também, um mulherengo incorrigível que destroçou corações um pouco por toda a Europa. Luís de Soveral, curiosamente, é descrito muitas vezes como um homem pouco atraente fisicamente. “Ele é um homem muito feio, sempre com uma mancha escura na cara, mesmo barbeado. Por isso tem a alcunha de ‘macaco azul’. Apesar disso, Soveral tem um sucesso enorme – oh, um sucesso monumental! –com as mulheres”, escreveu o artista Max Beerbohm, outro figurão da sociedade londrina do final do século XIX. Lady Desborough, uma das damas da corte do rei Eduardo VII, resumiu este paradoxo numa frase: “Soveral é maravilhosamente feio e bonitinho ao mesmo tempo”.
O espólio pessoal do marquês, atualmente depositado no Paço Ducal em Vila Viçosa, contém inúmeros exemplos do encanto irresistível deste diplomata português que nasceu na Quinta de Cidrô em 1851. Sempre impecavelmente vestido, de monóculo e flor branca na lapela e bigode bem aprumado, Luís de Soveral espalhava charme. Cativava meio mundo – e sobretudo as mulheres. O biógrafo Paulo
Lowndes Marques encontrou dezenas de cartas românticas e bilhetinhos de amor no arquivo de Soveral. “Está muito ocupado ou poderá almoçar comigo amanhã? Estou muito sozinha, mas o mordomo e o papagaio podem servir de chaperons”, escreveu uma admiradora, com marotice. Outras cartas afetuosas começam com “Cher Dom Luiz” ou “Soveralinho”. Um bilhete remata com um intrigante “Adeus, meu caro Romeu. Ou será que não devo escrever isto numa carta ao embaixador de Portugal?”
No nosso país, Luís de Soveral namoriscou Maria Emília de Castro – a filha do conde de Resende que mais tarde casa-
ria com o escritor (e igualmente diplomata) Eça de Queiroz. Quando esteve colocado na missão diplomática portuguesa em Madrid, no início da década de 1880, o sedutor Soveral caiu no goto da infanta Eulália, a irmã mais nova do rei Afonso XII de Espanha. O embaixador britânico Sir Arthur Hardinge descreve nas suas memórias como o rei espanhol terá movido as suas influências junto da corte portuguesa de forma a que este Don Juan pesqueirense fosse transferido para outro país (Soveral mudou-se para Londres em 1884). O arquivo do marquês guarda muita correspondência trocada entre Soveral e a bela Eulália. Os antigos namorados ficaram amigos até ao fim da vida. A infanta espanhola teve um casamento breve e infeliz com um primo direito (António de Orleães) e morreu em 1958, com 94 anos. Mas foi no Reino Unido, naturalmente, que o charme latino de Luís de Soveral conquistou mais corações. “Ele era universalmente popular na Inglaterra. Dormiu com todas as mulheres mais boni-
tas. E todos os homens mais interessantes eram amigos dele”, escreveu Sir Frederick Ponsonby, secretário privado do rei Eduardo VII. Aparentemente Soveral teve um romance escaldante com Leonie Leslie, tia de Winston Churchill. A autora Sophia Murphy notou, com piada, como um dos eventos sociais mais badalados da viragem do século – o famoso baile organizado pelos duques de Devonshire para celebrar os 60 anos no trono da rainha Vitória, em 1897 – reuniu sob o mesmo teto várias amantes e ex-amantes do português. A lista incluía as beldades Muriel Wilson e Gladys de Grey, entre outras. Muriel era geralmente considerada como “a mulher mais bonita do país”. Soveral era igualmente muito íntimo da princesa de Gales (e futura rainha) Alexandra, mulher do compincha Eduardo (futuro rei Eduardo VII). De acordo com o escritor James Lees-Milne, os arquivos reais em Windsor guardam várias cartas apaixonadas de Soveral dirigidas à princesa Alexandra. Lees-Milne adianta que Eduardo estava a par do affair e não se opôs.
O marquês de Soveral morreu em Paris, em 1922, com 71 anos. Oficialmente, o português terá morrido solteiro e sem geração. Mas o biógrafo Lowndes Marques sugere que é muito provável que ele tenha sido o pai biológico de pelo menos duas pessoas: Daphne Graham e Eric Phipps. A atriz inglesa Daphne nasceu em 1903 e oficialmente era filha de um baronete inglês, Sir Richard Graham. Soveral era muito “próximo” da mãe de Daphne, Mabel Cynthia Graham. As semelhanças físicas da atriz com Luís de Soveral são evidentes. Eric Phipps, por seu turno, nasceu em 1875. Oficialmente era filho do embaixador inglês Sir Constantine Phipps e da mulher, Maria Miller Mundy, com quem se casara em 1863. Maria terá conhecido o jovem Luís de Soveral durante uma passagem por Lisboa. Paulo Lowndes Marques refere que ao contrário de Constantine Phipps – que era alto e louro –, o filho Eric, que também seguiu a carreira diplomática, era baixo e moreno. Um verdadeiro Soveralinho. ○
Paulo Anunciação, em Londres
HORIZONTAL
1 Elon (...), dono do Twitter. 5 Arremessa. 10 Elo. 11 Vasilha de barro ou metal, em que se cozemos alimentos. 13 Grande porção (pop.). 14 Mau humor (fi g.). 15 Matemática (abrev.). 16 Verdadeiro. 18 Da mesma forma que. 19 Chocar com. 22 Artigo antigo. 23 Pratinho sobre que se coloca à chávena. 24 Chalaça (popular). 26 Espanha (Internet). 27 Procurar algo com afinco e de forma minuciosa (fi g.). 29 Palavra impensada que provoca uma situação embaraçosa ou um equívoco. 31 Aquele que nega a existência de Deus.
VERTICAL
32 Eu te saúdo! (interj.). 33 Escudeiro. 34 Casal. 37 Osso móvel e arredondado situado na frente da articulação do joelho. 39 Daquele lugar. 40 Adicionar. 41 Cantiga. 1 Grande massa de água salgada. 2 Único. 3 Cortar com serra ou serrote. 4 Quilo litro (abrev.). 5 Pedido de auxílio. 6 Um certo. 7 Na moda. 8 Desporto aquático. 9 Rua orlada de árvores. 12 Atascar. 14 Entremez. 17 Escolhe. 18 Delito. 19 Comunicar por contágio. 20 Pais dos avós. 21 Assobio. 25 Vaiar. 28 Despontar no horizonte. 30 Embrião. 33 Fileira. 35 Naquele lugar. 36 Espécie de albufeira. 38 A unidade. 39 Oferece.
1. Dez e dez não são vinte, com mais cinquenta faz onze. O que será?
2. Tem três capas de Inverno: a primeira mete medo, a segunda é lustrosa, a terceira é amargosa.
3. É branca como a neve, é preta como pez; fala e não tem boca, anda e não tem pés.
4. Que quanto mais se mira menos se vê?
5. O que é, o que é? Que não se come, mas é bom para se comer?
6. Grande, grosso, abatatado, direito ou de menino, curvo, torto, arrebitado, cresce desde pequenino.
7. Qual é a primeira coisa que que se faz quando acaba de acordar?
8. O que é que se deseja que venha quando tarda, e que se vê logo que vem?
9. Onde é que o homem tem mais carne pendurada?
10. O que é que o chão falou para a mesa?
11. É cabeça e não tem olhos não tem cabelo nem nada e dura sem ser teimosa adora levar pancada!
12. Quanto mais seca mais molhada fica?
DE CÂMARA
E MOZART
| CHÃS 20 JULHO 21H30 | ”UMA VIDA À ESPERA” CINEMA AO AR LIVRE
N. DE FOZ CÔA | PARQUE DE SANTO ANTÓNIO
| ”IDENTERIORIDADES” TEATRO | CEDOVIM
21H30 | ÓPERA ”ANTOLOGIA DE ZARZUELA”
CONCERTO | V. N. DE FOZ CÔA | PRAÇA DO MUNICÍPIO
23 JULHO
17H00 | CONCERTO DE MÚSICA ENSEMBLE
CONCERTO | MÓS
21H30 | CONCERTO DE
ORQUESTRA SINFÓNICA
CONCERTO | ALMENDRA
25 A 30 JULHO
CORREDOR DAS ARTES
TEATRO | MÚSICA | DANÇA | ANIMAÇÃO| CONCERTOS | VISITAS | CINEMA | ASTRONOMIA
V. N. DE FOZ CÔA | PARQUE DE SANTO ANTÓNIO 27 JULHO
15H00 - 19H00 | CONCERTO DE MUSICA DE CÂMARA
CONCERTO | V. N. DE FOZ CÔA CAPELA DE SANTO ANTÓNIO CAPELA DE SANTA LUZÍA
MATRIZ 21H00 |
3,4AGOSTO E 5 AGOSTO CÔA SUMMER FEST FESTIVAL | FOZ CÔA | PARQUE DA PISCINA
6 AGOSTO
18H00 | ”REZAS E BENZEDURAS”
MÚSICA