Jornal_VivaDouro_ed103_set23

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Maçã Vive dupla realidade

Expodemo exaltou Espumante e Maçã do Távora

Págs. 16 e 17

21.ª Vindouro foi a maior e a melhor de sempre

 CARRAZEDA DE ANSIÃES

apresenta quebras na ordem dos 90% devido ao granizo

 ARMAMAR

E MOIMENTA DA BEIRA com excelentes colheitas

ESPECIAL NO CAMINHO DOS VINHOS DO TÁVORA-VAROSA

OVivaDouro faz-se à estrada pelos caminhos da região Távora-Varosa para lhe dar a conhecer alguns dos melhores néctares desta região vinícola. Apostada essencialmente na produção de espumantes, os vinhos tranquilos têm vindo a crescer de produção. Acompanhe-nos nesta viagem e fique a conhecer produtores e vinhos desta região. Pág 28

Págs. 26 e 27

Município homenageia

Silva Fernandes

Pág. 31

Ano 8 - n.º 103 -SETEMBRO 2023 | Preço 0,01€ Mensal | Diretor: Miguel Almeida | Dir. Adjunto: Carlos Almeida

Moimenta da Beira

S.João da Pesqueira

Págs.6 a 8

Editorial

SUMÁRIO:

José Ângelo Pinto

Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPPPT Grupo Vivacidade, Administrador

Estimados Leitores,

Há muitas pessoas que acham que são os sucessos do passado que permitem alimentar e sustentar os sucessos do futuro.

Não são. Principalmente porque com evolução, inovação e melhoria contante na capacidade de aceder a informação, que deixou de ser confidencial, todos estamos ao mesmo nível na linha da partida para o futuro.

É por isso que é necessário estarmos permanentemente a inovar, a fazer diferente e a potenciar a criatividade dos que estão connosco.

E é por isso que tantos ficam pelo caminho, ou porque a sua ambição desmedida foi mal direcionada ou porque à procura dos cêntimos (ou euros) fáceis sacrificam-se valores e princípios que deveriam ser sagrados.

O meu amor não tem dinheiro mas tem os seus princípios; entoa uma famosa canção em Ingles: “My love has got no money, he’s got his strong beliefs My love has got no power, he’s got his strong beliefs My love has got no fame, he’s got strong beliefs”.

O segredo parece ser ter princípios fortes e dinheiro e poder e fama, tudo coisas que parece serem incompatíveis.

Não são.

A ética e o comportamento ético são essenciais em todos os negócios e na comunicação social acima de tudo. Sabermos o que combinamos, sabermos proceder de acordo com o que combinamos e sabermos que os poderes são independentes e que o quarto poder — a comunicação social — quanto mais independente for maior é o sinal de maturidade democrática e de uma sociedade capaz e livre é essencial e para os políticos é importante que tal seja interiorizado. Porque os grandes políticos só são grandes se perceberem a necessidade de que ouras opiniões, outras visões, outras perceções possam ter espaço de divulgação e de exposição e que nem sempre a deles é a mais correta.

Até porque só o que é publico e exposto é sujeito a contraditório, que é a forma mais democrática e informada de fazer perceber a importância, coerência e força das nossas ideias e dos nossos ideias.

E é tudo isto que faz a democracia. ○

Carrazeda de Ansiães

Páginas 4 e 9

Sabrosa

Página 5

Destaque

Páginas 6, 7 e 8

Mesão Frio

Página 10

Freixo de Espada à Cinta

Página 11

Alijó

Página 12

Peso da Régua

Páginas 13 e 24

Santa Marta de Penaguião

Página 14

Armamar

Página 15

Moimenta da Beira

Página 16, 17 e 18

S. João da Pesqueira

Páginas 19, 26 e 27

Lamego

Página 20

Entrevista

Página 22

Torre de Moncorvo

Página 25

Especial Távora-Varosa

Página 28

Opinião

Páginas 2, 21 e 29

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org

Uma nova regulamentação para os vinhos do Douro começa a ser estudada com o objetivo de acautelar melhor os interesses dos viticultores.

POSITIVO NEGATIVO

Vindima está a ser marcada por diversas polémicas com o preço da uva e empresas a rejeitarem uvas.

António Fontaínhas Fernandes

Professor Universitário

Liga dos Amigos do Douro Património Mundial

Comprometidos com o Douro

A Liga dos Amigos do Douro Património Mundial enquanto associação de intervenção cívica comprometida com o Douro, inscreveu na sua missão a salvaguarda, a preservação, a valorização e a projeção dos atributos de Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro, conforme reconhecimento da UNESCO.

A preservação do caráter único do Douro, resultado da conjugação da raridade e beleza da paisagem decorrente da transformação por força do trabalho que sucessivas gerações de durienses desenvolveram, transformando terrenos de condição adversa em espaços de produção, exige, necessariamente, o envolvimento dos durienses para o seu valor intrínseco e, em particular, a sensibilização das comunidades escolares e dos visitantes.

Reconhecidamente, o Alto Douro Vinhateiro é um bem comum cultural, pertença do mundo, que a todos compete preservar de comportamentos extrativistas e não inclusivos. Experiências do passado comprovam que a sociedade civil, mediante ações mais ou menos organizadas, pode assumir um papel relevante na defesa de um património comum de reconhecido valor que urge salvaguardar, para uso de gerações atuais e futuras.

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A caraterística evolutiva e viva da paisagem não pode permitir intrusões que condicionem a integridade e a autenticidade do Bem, tanto na área classificada como na área de proteção. A preservação do Bem obriga a prevenir intervenções nefastas e a mobilizar a sociedade civil para assumir posições públicas, nomeadamente as organizações privadas e públicas, personalidades e agentes culturais e económicos, envolvendo-se na defesa da Região.

Todos os durienses devem estar à altura das responsabilidades e contribuir para cumprir o Douro, mantendo uma atitude pró-ativa, responsável e comprometida com a preservação do seu valor universal. ○

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Três dias de festa para celebrar 3 produtos de excelência

A 26ª edição da Feira da Maçã, Vinho e Azeite, em Carrazeda de Ansiães, terminou marcada pelo sucesso, sublinhado pelos milhares de visitantes que passaram pelo certame que celebra os três produtos que caracterizam o concelho e movimentam mais de 25 milhões de euros.

Os números foram adiantados por João Gonçalves, autarca carrezedense que explica ainda que “os dados se baseiam no conhecimento das associações de agricultores que têm os números das produções e o valor a que é comercializado e pago ao produtor. Há produtos que sofrem um processo que lhes traz mais valias, como o vinho", sublinhando que estes números "se referem a um ano normal, o que não é o caso deste 2023".

As tempestades de granizo que se abateram sobre o território nos meses de maio e junho afetaram uma vasta área produtiva, "cerca de 500 hectares" estimando-se quebras que podem superar os 90%, "num total de cerca de 10 milhões de euros de prejuízo", explica Luís Vila Real, presidente da Associação de Fruticultores e Viticultores do Planalto de Ansiães (AFUVOPA).

Os poucos produtores que não tiveram prejuízos são os que têm pomares protegidos com telas anti granizo ou aqueles que tiveram a sorte de as cinco trombas de granizo da primavera terem passado ao lado. De resto, "90% da área foi afetada por uma ou outra", explica o dirigente que aproveita o certame para exibir a fruta afetada.

"Trazemos esta fruta para que as pessoas percebam qual a nossa realidade com as tempestades de granizo deste ano.

Não podemos escamotear a realidade e mostrar apenas um produto de excelência, que o temos, mas que este ano ronda apenas os 10% da nossa produção deste ano".

De acordo com o autarca, João Gonçalves, o setor primário é a base da economia local do concelho, com destaque para o setor vinícola, a uva e o vinho são a atividade económica mais importante e impactante, tanto a uva vendida para a produção de vinho do Porto, como o negócio muito relevante que é a usada para a produção de vinhos DOP", explica.

Já a fruticultura, em especial a maçã, é uma cultura mais recente no território, com cerca de três décadas de história. Num ano normal, o planalto carrazedense produziu 30 mil toneladas deste fruto, com des-

taque para a variedade Golden. João Gonçalves explica ainda que "o azeite não tem um impacto tão grande mas é um produto de excelência embora em

termos de montante de negócio tenha menor relevância".

A Feira da Maçã, Vinho e Azeite reuniu, ao longo de três dias, mais de 100 expositores

dos mais diversos setores, e um sem fim de atividades que realçam a cultura, tradições e o que de melhor Carrazeda de Ansiães tem para oferecer.

os nomes que deram brilho às noites do evento que contabilizaram milhares de visitantes. ○

Rui Veloso, Diogo Piçarra e Némanus foram

D.A.M.A encerraram Sabrosa Summer Fest 2023

A edição deste ano do Sabrosa Summer Fest terminou na noite de 6 de setembro, com o grandioso concerto dos D.A.M.A, assistido por milhares de pessoas, no Parque BB King.

A banda portuguesa pop, oriunda de Lisboa, destacada neste festival, conquistou a multidão presente com as suas canções contagiantes e energia em palco. Com mais de 10 anos de carreira, recordaram ao vivo vários temas como “Às Vezes”, “Pensa Bem”, “Desajei-

tado” e “Oquelávai”, incluindo os seus últimos êxitos “Loucamente” e “Casa”.

No final, a Presidente da Câmara Municipal, Helena Lapa, agradeceu a presença de todos os sabrosenses e de todos os que visitaram Sabrosa, “um concelho que tão bem sabe receber”. De forma simbólica presenteou ainda os famosos artistas, Francisco Pereira (Kasha), Miguel Coimbra e Miguel Cristovinho com um

exemplar do livro “Sabrosa da Serra ao Rio – Novos Olhares”, em representação da cultura do nosso território, e vinho Reserva 500 anos de Fernão de Magalhães, tão característico da nossa região.

Esta edição do Sabrosa Summer Fest, que contou com quatro espetáculos, de caráter gratuito, foi organizada pelo município de Sabrosa e integrou a programação do DouroCidade Europeia do Vinho. ○

Festival Juventude 5060 marcou término da atividade Emprego, Formação e Qualificação do CLDS 4G Sabrosa

Durante a tarde de 31 de agosto, foi apresentado, no Auditório Municipal, o Documentário “Carta ao jovem que fui”, numa sessão que marcou também o encerramento do CLDS 4G Sabrosa.

Na sessão de abertura, a Presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Helena Lapa, ressalvou a importância das atividades que agora terminam com o projeto e a necessidades de, noutro contexto, mas “indo sempre ao encontro do seu propósito inicial, se conseguir dar continuidade às mesmas”, por serem “de vital importância para o público sénior”, estando já a Câmara Municipal a trabalhar na melhor forma de isso acontecer. Agradeceu ainda às Juntas de Freguesia por terem contribuído com um trabalho profícuo de articulação com o CLDS e de proximidade junto das suas populações “sendo um canal privilegiado para mobilizar e organizar as ações”. Terminou a sua intervenção agradecendo ainda à equipa do CLDS 4G Sabrosa por todo o trabalho realizado “indo muito além daquilo que eram as vossas competências” e por “estarem muito próximas das pessoas, sendo prova disso o carinho com que

as pessoas se referem à vossa equipa”, referiu, e pela competência profissional e humana demonstrada.

A coordenadora do CLDS 4G Sabrosa, Filipa Mourão, aproveitou o momento para referir que “Todo o processo da atividade “Carta ao jovem que fui” está representado neste documentário, são partilhas emotivas com muito humor à mistura e considero que é a melhor forma de encerrar o CLDS 4G Sabrosa porque é uma atividade que marca o que de mais bonito se fez ao longo destes três anos. Agradeço à APPACDM de Sabrosa, em diferentes âmbitos, iniciando por me ter confiado o papel de planear e coordenar este projeto, de seguida, por nos ter apoiado durante estes três anos de uma forma incansável, tudo nos foi permitido e traçámos juntos um caminho enriquecedor. O resultado é bem visível e acho que é do agrado de todos, acredito que cumprimos e superámos as expectativas daquilo a que nos propusemos.” Terminando por agradecer à Câmara Municipal de Sabrosa, na pessoa da Presidente do município, Helena Lapa, às Juntas de Freguesia, às IPSS´S e Associações do concelho, aos serviços parceiros

no projeto, à BRAIN, pelo trabalho desenvolvido, e a todos aqueles que contribuíram direta e indiretamente nas atividades, deixando uma palavra de gratidão a toda a equipa do CLDS 4G Sabrosa.

Este projeto, “Carta ao jovem que fui”, consistiu numa ação de proximidade que englobou conversas informais e sessões de escrita criativa, dirigidas a 17 idosos e 3 pessoas com incapacidade e/ou deficiência do concelho de Sabrosa. Esta ação resultou na escrita de uma carta ao jovem que, em tempos, cada um deles foi, com histórias inspiradoras e verdadeiramente motivacionais e contemplou a recolha de imagem e vídeo de todo o processo surgindo, desta forma, uma exposição e um documentário com momentos únicos de partilha positiva para as gerações futuras.

A apresentação deste documentário marcou também o encerramento do CLDS 4G Sabrosa que, ao longo dos últimos 3 anos, atuou em diferentes eixos no nosso concelho, nomeadamente no âmbito do emprego, formação e qualificação, intervenção familiar e apoio à população idosa e combate ao isolamento. ○

1.ª Edição do Festival Azinheira Sounds levou centenas de visitantes à Senhora da Azinheira

No passado dia 19 de agosto, decorreu na Senhora da Azinheira, em São Martinho de Anta, a 1.ª Edição do Festival Azinheira Sounds, um festival de pop rock que contou com centenas de visitantes.

No recinto da Senhora da Azinheira marcaram presença oito bandas da região com diversos estilos musicais, como a música eletrónica, pop, rock e heavy metal. O Palco Fonte recebeu a atuação de Madalena Gonçalves, Camilibanda e K&R, e o Palco Azinheira os espetáculos de Bié, Beça, Ibs X Jaur, Tiago Chaves e Dj Nevven, grupos que aliados a

toda a envolvência do Reino Maravilhoso tornaram esta primeira edição num verdadeiro sucesso.

A Presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Helena Lapa, presente no evento aproveitou o momento para deixar uma mensagem de agradecimento a todos pela presença nesta iniciativa. Parabenizou ainda a Junta de Freguesia de São Martinho de Anta e Paradela de Guiães e toda a organização pelo extraordinário trabalho desenvolvido que serviu para “promover bandas da região duriense e bandas do concelho de Sabrosa”, terminan-

do por afirmar que “é um orgulho para o município estar associado a este festival.” O Vice-Presidente da Câmara Municipal, Martinho Gonçalves, também marcou presença na ocasião.

O Presidente da Junta de Freguesia de São Martinho de Anta e Paradela de Guiães, José Gonçalves, no final entregou a todos os participantes uma lembrança e revelou que já estão a trabalhar para próximas edições.

A 1.ª Edição do Festival Azinheira Sounds foi organizada pela Junta de Freguesia de São Martinho de Anta e Paradela de Guiães com o apoio do município.

Decorreu no passado dia 29 de agosto, o Festival Juventude 5060, que marcou o encerramento do Eixo I - Emprego, Formação e Qualificação, do CLDS 4G Sabrosa. Este festival foi organizado pelo CLDS 4G Sabrosa com o apoio do município.

O programa teve início da parte da tarde, nas Piscinas Municipais Descobertas, com duas animadas sessões de teambuilding, com José Araújo, que consistiram na potencialização do espírito de equipa entre os jovens, incidindo numa visão para o futuro enquanto profissionais e parte integrante de um grupo de trabalho. De seguida, todos os presentes tiveram ainda a oportunidade de assistir a uma conferência com a temática “Empreendedorismo no Século XXI – Um olhar sobre os jovens, a oportunidade e a visão de futuro” que consistiu numa partilha entre os Dj´s José Araújo, Overule e Nevven com o público, relativamente a este ramo de trabalho na música, revelando como se inseriram no mercado de trabalho, como se processa o desenvolvimento da carreira, quais os maiores desafios e as perspetivas de cada um para o futuro.

Já no BB King Parque, a Presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Helena Lapa, aproveitou o momento para parabeni-

zar o CLDS pela iniciativa e pelo “trabalho fantástico desenvolvido ao longo dos últimos três anos”, referindo que o momento vivido naquele local é algo que, “certamente, e com a iniciativa município de Sabrosa, será um marco no futuro da Vila de Sabrosa”, uma vez que os jovens são muito importantes para o município e “este tudo fará para criar ainda mais e melhores eventos para os jovens, dando também continuidade ao Festival que este ano nasceu aqui”.

A coordenadora do CDLS 4G Sabrosa, Filipa Mourão, revelou que “O CLDS 4G Sabrosa teve o prazer e a honra de organizar esta primeira edição do Festival Juventude 5060 e temos a expectativa de que seja a primeira de muitas. Este é um momento muito importante para nós, ao longo destes três anos trabalhamos o Eixo I, trabalhamos com todos os jovens do concelho, e esta primeira edição incidiu no empreendedorismo. Não é por sermos do interior, ou jovens que teremos de ter barreiras no nosso futuro profissional. Que este seja o início de um bonito evento.”

O Festival Juventude 5060 terminou em grande com a atuação dos três DJ´s, para um público jovem e animado, numa ação demonstrativa do trabalho e investimento pessoal de cada um. ○

Documentário ‘Carta ao jovem que fui’ foi apresentado pelo CLDS 4G Sabrosa no Auditório Municipal

Campanha positiva da afetada

Após um ano de 2022 marcado pela seca, as chuvas de inverno faziam antecipar um bom ano para o setor da maçã, fato que se veio a registar em Armamar e Moimenta da Beira, contudo, em Carrazeda de Ansiães o cenário é outro com as tempestades de granizo de maio e junho a dizimarem cerca de 90% da produção do concelho.

Luís Vila real é o presidente da Associação de Fruticultores e Viticultores do Planalto de Ansiães (AFUVOPA), é o responsável que nos explica que a produção deste ano "foi quase totalmente destruída pelo granizo, no total perdemos cerca de 90% da campanha".

Os números impressionam e o responsável associativo aponta uma solução que pode prevenir situações semelhantes no futuro, a instalação de torres anti granizo, um sistema já utilizado em outros concelhos durienses como Armamar e Moimenta da Beira.

“Temos vindo a fazer muita pressão para que sejam criados apoios para os sistemas de proteção contra o granizo, nomeadamente as torres anti granizo, mas tem havido, por parte do ministério da agricultura alguma resistência na criação destes apoios.

Se compararmos o investimento das redes anti granizo com as torres, este sistema é muito mais vantajoso. Para se ter uma ideia, para cobrir a produção do concelho com redes o investimento seria de cerca de 18 milhões de euros, já o sistema das torres anti granizo ficaria por cerca de 700 mil euros, uma diferença significativa".

Esta solução além de muito eficaz é também a mais económica, contudo é necessário o apoio do Estado para que o investimento não seja feito pelos produtores que têm já um orçamento limitado.

"A realidade é dramática. No ano passado fomos afetados pela seca, este ano foi o granizo que comprometeu a campanha, os agricultores estão numa situação muito fragilizada porque não têm forma de obter rendimento".

Com grande parte da produção dedicada à maçã tipo Golden, o ano será de perdas avultadas "cerca de 10 milhões de euros. Se o fruto estiver em boas condições podemos receber cerca de 40 cêntimos por quilo, assim no melhor dos casos recebemos 10 cêntimos".

Luís Vila Real explica ainda que para além dos prejuízos deste ano a colheita do próximo ano pode também estar comprometida devido aos danos que o granizo causou na planta.

"No ano seguinte a árvore não reage da mesma forma, ela foi afetada de forma tão intensa que parou o seu ciclo vegetativo. As folhas ficaram todas destruídas e ela deixou de emitir lançamentos, como estávamos no período de diferenciação floral, que permite à planta lançar os gomos para a produção do ano seguinte, não sabemos como ela irá reagir".

Tudo isto afeta ainda a realidade social do concelho que, à semelhança de todo o interior vai perdendo população ano após ano, obrigado a recorrer a mão-de-obra estrangeira, adicionando assim mais um custo elevado para os produtores que não se reflete no preço que vão vender o seu produto ao retalhista.

"A desertificação tem obrigado a recorrer à mão-de-obra estrangeira, que está extremamente cara e a atingir valores que se tornam difíceis de os fazer repercutir no preço a que vendemos o produto ao retalhista".

Armamar e Moimenta da Beira com garantia de boa colheita

granizo, proporcionando assim uma colheita tranquila e em grande quantidade.

Maurício Fonseca é um dos produtores do concelho, acompanhamos a viagem que faz desde o pomar até ao armazém onde entrega as suas maçãs.

Durante a viagem a satisfação com a colheita deste ano é evidente "depois de seis anos em que cinco sofremos com o granizo, este ano as coisas parecem ter mudado e temos uma colheita excelente em termos de quantidade e qualidade", afirma.

Para que esta afirmação seja uma realidade o produtor explica que, "para além das temperaturas terem sido as ideais, bem como a humidade, a presença das torres anti granizo

foram um fator diferenciador, foram muitos os dias em que funcionaram e olhando ao que aconteceu à nossa volta acreditamos que fez efetivamente a diferença".

Para Maurício Fonseca esta solução deveria ser uma aposta governativa, com praticamente nenhum impacto negativo, apenas o barulho que geram, estas torres podem ser a solução para evitar danos nas explorações agrícolas.

“O nosso Governo devia olhar a sério para esta solução, não prejudica nada nem ninguém, o barulho não é razão para não apostar nas torres até porque normalmente eles trabalham durante o dia, à noite não cai granizo.

As redes também são uma

Em Armamar o cenário é diferente, a instalação das torres anti granizo no final do ano passado preveniu a queda de Luís Vila

Real - Presidente AFUVOPA

afetada por granizo e preços baixos

lhar porque recebem subsídios ou emigram, os mais velhos já não têm saúde para este trabalho, se não fossem os estrangeiros certamente que muita maçã iria ficar nas árvores".

De Armamar a nossa reportagem viaja até Moimenta da Beira para encontrar Eduardo Salgueiro, um dos maiores produtores do concelho, que também se mostra satisfeito com o funcionamento das torres que resultaram numa colheita de grande quantidade e qualidade e que afirma que ali encontramos a melhor maçã do mundo.

“Esta maçã é a melhor, quer em termos de sabor, dureza e sumo. Estamos a quase 900 metros de altitude o que é excelente para esta produção.

boa solução mas o problema é os custos que acarreta, quer na instalação quer depois na manutenção que requerem”.

Para o produtor armamarense, um dos problemas que agora o setor vive prende-se com o rendimento das explorações. Com os custos a aumentarem devido à inflação, o mesmo não acontece com o preço a que vende a maçã que se tem mantido praticamente inalterado nos últimos anos.

“Este ano tivemos um acréscimo de custos de cerca de 30%, há produtos que usamos para o tratamento que duplicaram de preço, o gasóleo também subiu exponencialmente, são custos que ficam difíceis de suportar pelos agricultores, até porque não se refletem no preço que

nos pagam pela maçã.

Há cinco anos recebíamos 25 cêntimos por quilo, este ano como há qualidade pode chegar aos 30 cêntimos, é impossível conseguir manter uma exploração desta forma. Mas se formos ao supermercado a maçã ficou cerca de 1 euro mais cara, o problema é que esse aumento não chega até nós. O preço devia ser regulado porque desta forma qualquer dia não haverá quem produza, e não falamos apenas da maçã mas pela agricultura em geral.

Um trator hoje custa 70, 80 mil euros, o mesmo valor de um carro de luxo, como é que podemos suportar isto a vender maçã a 25 cêntimos? É impossível, já para não falar na renovação dos pomares que fica muito difícil".

Maurício Fonseca aponta a falta de união entre os agricultores para a falta de resposta do Governo aos problemas que vivem.

“Falta-nos organização para combater esta situação, olhamos para França que sempre que há um problema os produtores juntam-se e fazem barulho a sério, nós protestamos cada um para o seu lado, não temos força”.

A diminuição dos ganhos tem também afastado muita gente dos trabalhos agrícolas obrigando os produtores a recorrerem a mão-de-obra estrangeira, "só aqui em Armamar existem uns 500 trabalhadores estrangeiros, essencialmente de Timor, Nepal e Índia", afirma. "os mais novos não querem traba-

A colocação das torres anti granizo fez toda a diferença, esta instalação foi uma das promessas do nosso atual autarca, Paulo Figueiredo que na semana seguinte a ser eleito começou logo a trabalhar nesta solução e é a autarquia que suporta este investimento.

Se não fossem as torres este ano nem um quilo da maçã havia para ver, as torres trabalharam vários dias e nunca por períodos inferiores a 35 minutos, o que nos deixa antever que teria sido uma desgraça.

O pomar onde estamos tem sete anos, esta é a terceira colheita em condições que tenho, nos outros anos era só para a industria transformadora porque o fruto estava todo destruído e aí não recebemos por quilo o valor suficiente para cobrir os custos da apanha”.

Para Salgueiro o grande problema que se vive no setor é a sustentabilidade económica, com os custos a aumentar, o preço pago ao produtor não tem acompanhado a tendência o que os deixa numa situação difícil ano após ano.

“Temos que começar a olhar seriamente para a questão dos preços, nós entregamos a maçã sem saber sequer quanto vamos receber, só a meio do próximo ano, feito o balanço da venda da maçã é que nos é atribuído um valor, assim é difícil fazer a gestão do negócio.

Terminando esta colheita fazemos logo um tratamento aos pomares para desinfetar e daqui a um mês iniciamos a poda. Em março começamos a preparar a campanha seguinte e só para julho ou agosto é que vamos receber esta campanha,

Maurício Fonseca - Produtor de Armamar Eduardo Salgueiro - Produtor de Moimenta da Beira

sem saber ao certo quanto vamos receber por quilo.

Muita gente pensa que ganhamos fortunas nos pomares mas a verdade é que estamos a ser arrastados para um buraco sem fundo.

A lei da oferta e da procura nem sempre funciona neste setor, para dar um exemplo, em 2021, 22 tivemos um ano mau em termos de quantidade, curiosamente foi também dos anos em que recebemos o valor mais baixo por quilo. Nós somos obrigados a ficar a dever aos nossos fornecedores a bancos porque não há quem controle esta situação.

Para que a maçã chegue ao supermercado ao preço a que o consumidor final a paga, alguém esta a ganhar muito dinheiro mas esse alguém não é o produtor, nós continuamos a receber os mesmo. A vontade que dá é deixar tudo a monte e arranjar trabalho noutra área”.

A dedicação deste produtor moimentense ao negócio foi herdada do pai, contudo afirma que nunca irá incentivar a filha a seguir o seu caminho, "seria a última coisa que faria, era arrastá-la para um buraco sem fundo. O meu pai em 1990 vendia o quilo de maçã a 50 escudos (1 euro), nós agora vendemos a 25 cêntimos”.

Se este ano o granizo não afetou a produção, como já nos tinha referido, nos últimos sete isso aconteceu por quatro vezes e quando assim é o prejuízo é ainda maior porque o que recebe do seguro não cobre sequer metade dos custos que tem.

“Nos anos em que fomos afetados pelo granizo recebemos entre sete e oito mil euros por hectare, eu só de prémio do seguro pago quase 19 mil euros, se eu conseguir apanhar a colheita toda são cerca de 80 mil euros, não tem comparação”.

Salgueiro afirma que uma das

soluções passaria pela cooperativa, contudo, segundo diz, "são quem paga menos ao produtor", o que acaba por afetar o preço que outras empreses oferecem.

"Mesmo num ano como este é difícil ter ânimo porque não sabemos sequer a que preço vamos receber a colheita. A Ministra que nos diga como é possível manter isto assim porque nós não sabemos".

O futuro é olhado com

apreensão pelo produtor que já deixou cair por terra os planos que tinha para duplicar a sua produção, salva-se, afirma, a dedicação do autarca moimentense que tem ajudado os fruticultores e evitado que mais abandonem o território e as suas terras.

“Estava a ponderar plantar mais 10 ou 11 hectares mas já perdi essa ideia e só mantenho os 10 hectares que tenho porque

são meus, se isto fosse alugado já tinha entregue há muito tempo.

Felizmente temos um autarca que se preocupa connosco e que nos tem ajudado. Quer na pressão às entidades quer no terreno, houve um domingo em que as torres começaram a ficar sem gás de tanto disparar e foi ele, juntamente comigo e outro colega, que andou de torre em torre a trocar as botijas”.

Tal como em Armamar, também em Moimenta da Beira vai sendo a mão-de-obra estrangeira que vai garantindo gente para a apanha da maçã, "os de cá ou já estão velhos ou não querem trabalhar".

É habitual hoje ver nos pomares gente especialmente do sudoeste asiático, uma realidade que será cada vez mais comum na agricultura, garantem os produtores. ○

Parque empresarial ainda tem 26 lotes disponíveis para venda

As obras de ampliação foram inauguradas no final de agosto e dos 41 novos lotes criados há 26 disponíveis. O período de candidatura decorre até 30 de setembro.

A Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães tem a decorrer, até 30 de setembro, o período de candidaturas para aquisição de lotes no Parque Empresarial do concelho, adiantando que só após a venda dos 26 lotes ainda disponíveis se vai equacionar a aspiração de avançar com a terceira fase de ampliação deste espaço industrial. Na primeira fase a procura excedeu a oferta, na segunda fase de ampliação, que foi inaugurada no final de agosto, dos 41 lotes disponíveis ainda há 26. A nova área denominada Parque Empresarial de Carrazeda de Ansiães (PECA) para um novo modelo de gestão, deixando de lado a visão “industrial” para substituir por um conceito empresarial.

Recordamos que a ampliação da PECA, na segunda fase, representou uma área total superior a 120 mil m2 de terreno num espaço devidamente infraestruturado, com rede viária interna e acesso aos eixos viários mais próximos, jardins e arruamentos, rede de abastecimento de água e drenagem de águas residuais/pluviais,

rede elétrica, rede de fibra ótica/telecomunicações, recolha e tratamento de resíduos sólidos não perigosos. Esta obra representou um investimento de 2,1

milhões de euros e está já a receber os investidores.

O presidente da Câmara de Carrazeda, João Gonçalves, considera que este é o “projeto ân-

cora, estruturante e estratégico para o desenvolvimento económico do concelho”, um investimento que permite a atração e instalação de novas empresas

e, consequentemente, produção de riqueza e criação de postos de trabalho. É desta forma que a autarquia perspetiva o aumento da competitividade económica do concelho, uma vez que incentiva novas iniciativas empresariais, fomenta a criação de emprego e a fixação da população e, por conseguinte, o desenvolvimento local sustentado e ordenado. A maioria dos lotes possui uma área de mil metros quadrados, sendo nestes casos o custo por m2 de 10€

A informação necessária para a apresentação de candidaturas consta no Regulamento do Parque Empresarial de Carrazeda de Ansiães (PECA) e no Aviso de Abertura, documentos disponíveis no site do Município (www.cm-carrazedadenasiaes. pt). A referida informação poderá ser também consultada, presencialmente, no Gabinete de Apoio ao Munícipe (GAM) no horário de expediente (9h0012h30 / 13h30 - 17h00).

Encontram-se igualmente disponíveis no site do Município, em formato editável, todos os formulários a preencher para efeitos de candidatura. Eventuais pedidos de esclarecimento poderão ser apresentados através do correio eletrónico geral@cmca.pt. As respostas aos pedidos de esclarecimento, que tenham materialidade, serão publicitadas no site do Município. ○

Barqueiros celebra 900 anos de atribuição de Foral

Barqueiros esteve em festa, no dia 9 de setembro, com a comemoração dos 900 anos de atribuição da carta de foral (1123-2023). O extinto concelho de Barqueiros e 20 personalidades que marcaram a sua História foram homenageados, perante o testemunho de uma significativa moldura humana, na Casa do Povo da freguesia, onde decorreram as cerimónias oficiais, com o descerramento da placa evocativa. O Presidente da Câmara Municipal, Paulo Silva, o Presidente da Assembleia Municipal, Carlos Pombo Silva, o Presidente da Junta de Freguesia, José Santos, assim como demais representantes das entidades concelhias e da freguesia, marcaram presença na sessão solene.

Com o apoio da Câmara Municipal de Mesão Frio, a cerimónia evocativa ficou a cargo de uma comissão organizadora composta pela Casa do Povo de

Barqueiros, o Rancho Folclórico Barqueiros do Douro, o União Futebol Clube de Barqueiros e a Junta de Freguesia de Barqueiros.

O Presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, Paulo Silva, referiu que “foi com muita honra e empenho que a Câmara Municipal se associou a esta co-

memoração. Respondemos com o máximo interesse à vontade demonstrada por um conjunto de pessoas e instituições de Barqueiros que quiseram não deixar passar esta data simbólica para a História e memória desta aldeia”, afirmou, destacando que a iniciativa levada a cabo pela comissão organizado-

ra “pode e deve servir de exemplo à obrigação que cada um de nós tem em cuidar do passado. Compete a todos e a qualquer um de nós a salvaguarda do património, a perpetuação da memória e manter vivas a cultura e as tradições que nos distinguem e honram o passado.”

As comemorações dos 900 anos do Foral assumiram expressão com as 20 personalidades e respetivos familiares a receberem as distinções em honra das suas memórias e com a apresentação a obra literária «Barqueiros do Douro – À margem do rio e da história» de Bernardino Vieira de Oliveira.

Paulo Silva reiterou que “a Câmara Municipal de Mesão Frio apoiará sempre este tipo de iniciativas que pretendam promover e fazer crescer a vida social, económica e cultural de Barqueiros e das suas gentes” e revelou em primeira mão, que o Executivo que lidera está

Mesão Frio assinala arranque do ano escolar com receção aos professores

O dia 8 de setembro ficou marcado pela receção aos mais de 40 professores, do Agrupamento de Escolas Prof. António da Natividade (AEPAN), que agora iniciam o novo ano letivo, 2023/2024. O presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, Paulo Silva, acompanhado pelo Vereador da Educação, Fernando Correia e a Diretora do Agrupamento de Escolas, Aldina Pereira, deram as boas-vindas com um programa especial de acolhimento aos docentes e uma breve apresentação do Concelho, harmonizada com um almoço convívio e a oferta de lembranças do Município.

O Presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio saudou todos os presentes e apresentou-se aos mais de 40 professores, alguns dos quais iniciam, pela primeira vez, o seu percurso educativo neste agrupamento de escolas e fez uma breve resenha histórica sobre a génese e o progresso da Vila, onde o seu pai, patrono do AEPAN, teve um papel preponderante. Paulo Silva deu a conhecer o seu percurso de vida e de forma muito aberta afirmou ter a pretensão de fazer mais e melhor pelo setor educativo, o que face ao orçamento municipal nem sempre é possível. Contudo, garantiu que apesar das dificuldades económicas de que padece o Concelho, “a Autarquia está disponível desde o primeiro momento, de corpo e alma.

O gabinete do Presidente da Câmara estará sempre aberto

para eventuais dificuldades que os professores possam vir a ter. Sei que muitos professores estão deslocados e se nós pudermos contribuir para o conforto deles, cá estaremos”, afirmou, dizendo que para isso, continua a contar com o trabalho de estreita relação entre a Autarquia e o AEPAN, desenvolvido em cooperação com o Vereador da Educação, Fernando Correia.

O Presidente da Câmara Municipal concluiu, agradecendo as palavras que a Diretora do AEPAN lhe dirigiu, reiterando que a Autarquia estará sempre disponível para ajudar, na medida do possível, o Agrupamento de Escolas no que for necessário, desejando um excelente ano letivo a todos os presentes.

A Diretora do AEPAN agradeceu a colaboração e a disponibilidade da Câmara Municipal de Mesão Frio na organização deste dia, que teve o desígnio de “dar a conhecer alguns aspetos para potenciar o nosso trabalho ao longo do ano letivo, porque temos como objetivo comum, as

aprendizagens e o sucesso das nossas crianças, dos nossos jovens e das famílias do Concelho de Mesão Frio. Sozinhos pouco faríamos.”, reiterou, agradecendo o apoio que a Autarquia tem vindo a conceder ao AEPAN ao longo dos anos letivos. Para concluir, a Diretora relembrou que este ano assinala-se o centenário do nascimento de António da Natividade, Patrono do AEPAN, recordando a celebração que houve em março deste ano, como um dos momentos mais marcantes do agrupamento de escolas, num “dia inesquecível, com a união de esforços entre docentes, funcionários e alunos” e lançou o repto para que mais atividades e eventos a este propósito possam vir a ser desenvolvidos.

O programa de receção e boas-vindas aos docentes arrancou bem cedo, pela manhã, na escola sede do AEPAN, com reuniões dos diferentes departamentos. Após as reuniões, a Câmara Municipal de Mesão Frio proporcionou transporte e

a preparar uma candidatura a fundos europeus, que visa a recuperação, interpretação e dinamização do Cais do Bernardo: “queremos que esta aldeia retome a sua ligação umbilical, física e socialmente histórica ao Rio Douro, para que não perdendo a memória dos tempos da vida dos marinheiros, barqueiros e arrais desta povoação, nos possamos projetar num futuro que vá além do facto histórico e possa ajudar as populações a continuar na senda do progresso.”

A iniciativa, que juntou muitos conterrâneos, terminou com chave de ouro, com a oferta de um jantar convívio aberto a toda a população, com porco no espeto e a atuação do grupo Musical «Sol e Dó», ambos os momentos, assim como a oferta das lembranças, proporcionados pelo contributo da Câmara Municipal de Mesão Frio. ○

visitas guiadas até aos lugares mais icónicos da Vila, como o Miradouro do Imaginário e o Centro Interpretativo do Barco Rabelo.

Já no Multiusos Municipal, decorreu a cerimónia, com a apresentação do Concelho, rea-

lizada por um Técnico da Educação, vários momentos musicais à mistura proporcionados por Margarida Custódio, aluna finalista deste agrupamento de escolas, os discursos oficiais e o almoço-convívio em ambiente de descontração e festa.

Pagamento da 1ª tranche do apoio financeiro aos estudantes dos Cursos de Ensino Secundário Profissional

No passado dia 16 de agosto, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, realizou-se a entrega dos cheques relativos ao pagamento da 1ª tranche do apoio extraordinário criado pela Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, aos estudantes que residem no concelho e frequentam os Cursos de Ensino Secundário Profissional.

No total, o valor deste apoio é de 1000€ que será dividido em 4 tranches de 250€/cada a serem entregues aos estudantes durante a duração da sua formação de ensino profissional.

Nesta sessão estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal, Nuno Ferreira, a Vice-Presidente Ana Luísa Peleira e o Vereador Pedro Vicente, assim como os estudantes (ou seus encarregados de educação) que frequentam estes cursos profissionais que iniciaram no ano passado.

O Executivo Autárquico entregou os cheques aos estudantes e, em conjunto, fizeram um balanço deste primeiro ano de for-

mação e dos resultados obtidos.

O Executivo Autárquico aproveitou o momento para reiterar a mais-valia deste projeto

e dos apoios associados para a formação dos jovens estudantes, uma medida que tem como objetivo dar-lhes oportunidades

Cerimónia de receção aos professores do Agrupamento de Escolas Guerra Junqueiro no ano letivo

23/24

educativas de futuro. Para este novo ano escolar, o Executivo Autárquico renova o compromisso de continuar a

apostar na educação no concelho através da criação de eixos de formação que assegurem o acesso de todos ao ensino de áreas profissionais especificas que permitam suprir carências registadas no tecido empresarial do concelho e de toda a região.

Atualmente, o Município de Freixo de Espada à Cinta tem ao dispor dos jovens que possuam o 9º ano completo, três cursos de Ensino Secundário Profissional, com dupla certificação, nas áreas de Cozinha/Pastelaria, Vitivinicultura e Turismo.

O Ensino Secundário Profissional em Freixo de Espada à Cinta tem como objetivos fixar os jovens naturais do concelho e promover a captação de jovens, de outras regiões e dos Países de Língua Oficial Portuguesa, para a prossecução dos estudos em Freixo de Espada à Cinta e, consequente fixação nos mercados de trabalho da região e para o rejuvenescimento da população ativa e qualificada nos territórios do interior. ○

Inauguração da “Exposição Guerra Junqueiro”

Decorreu, no dia 14 de setembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a cerimónia de receção aos professores/ técnicos das AEC que integrarão o corpo educativo do Agrupamento de Escolas Guerra Junqueiro neste ano letivo 23/24.

No dia em que se iniciou o novo ano escolar no concelho, o Executivo Autárquico, representado pelo Presidente da Câmara Municipal, Nuno Ferreira, e pela Vice-Presidente Ana Luísa Peleira, acompanhados pela Diretora do AE, Prof.ª Albertina Parra, e pela Subdiretora, Prof.ª Ana Xambre, deram as boas-vindas às dezenas de professores presentes, desejando-lhes um excelente e profícuo ano letivo.

Na sua intervenção, o Presidente Nuno Ferreira destacou a importância da educação para o Executivo, constituído por três professores, e elencou as várias políticas educativas que têm sido implementadas em prol das crianças e jovens do concelho, referindo-se ao simbolismo desta receção ter decorrido nos Paços do Concelho, símbolo da democracia e berço da educação.

O autarca destacou também o trabalho de proximidade e excelência que tem vindo a ser desenvolvido entre a Câmara Municipal e o Agrupamento de Escolas,

parceiros estratégicos que sempre demonstraram plena articulação, abertura, flexibilidade e disponibilidade.

Nesta receção houve ainda tempo para falar da importância das cerimónias evocativas do centenário da morte de Guerra Junqueiro que estão a decorrer para homenagear o poeta freixenista; do pioneirismo do projeto ligado ao ensino secundário profissional e do facto de os professores com horário incompleto passarem a dar formação nestes cursos; do pagamento, a 100%, dos transportes a todos os alunos do concelho que frequentem os ensinos secundário e superior; e da realização das obras de intervenção prioritárias de que carece o Agrupamento Escolar.

O Executivo Autárquico de Freixo de Espada à Cinta desejou que todos os novos e atuais professores se sintam e façam deste concelho a sua casa, reiterando a disponibilidade para estar na linha da frente e de portas abertas para defender e lutar pelos interesses de toda a comunidade escolar.

A todos os professores, técnicos, auxiliares de ação educativa, alunos e encarregados de educação, o Executivo Autárquico desejou um excelente ano escolar repleto de muito sucesso. ○

Decorreu no dia 14 de setembro, no Auditório Municipal de Freixo de Espada à Cinta, a inauguração da “Exposição Guerra Junqueiro”, inserida no âmbito das comemorações do centenário da morte de Guerra Junqueiro.

Inaugurada na véspera do 173º aniversário do poeta freixenista (nascido a 15 de setembro de 1850), esta exposição resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal e o Agrupamento de Escolas Guerra Junqueiro, e engloba vários trabalhos realizados pelas crianças e alunos do concelho desenvolvidos durante as Férias Desportivas e Culturais e nas escolas do Agrupamento. Contempla também alguns trabalhos realizados noutros anos e disponibilizados pelo AE, como forma de enriquecer ainda mais esta exposição.

O Presidente da Câmara Municipal, Nuno Ferreira, e a Vice-Presidente Ana Luísa Peleira, marcaram presença na inauguração desta exposição, acompanhados por representantes do Agrupamento Escolar, e pelas várias pessoas presentes.

O Presidente Nuno Ferreira agradeceu a presença de todos e destacou a qualidade dos trabalhos realizados pelas

crianças e alunos do concelho, que se empenharam para colocar no papel a sua perceção sobre uma personalidade histórica e cultural tão importante para a sociedade portuguesa como foi Guerra Junqueiro. Referiu ainda que esta exposição pretende, não só homenagear o papel ímpar de Guerra Junqueiro na cultura e literatura nacional, mas também aproximar e dar a conhecer às novas gerações a obra de Guerra Junqueiro, defensor acérrimo da educação, do desenvolvimento do interior e da união lusófona.

O Município de Freixo de Espada à Cinta é, a par dos Municípios do Porto, Lisboa e Viana do Castelo, um dos anfitriões das comemorações do centenário da morte de Guerra Junqueiro, que se iniciaram em julho deste ano e decorrem até julho de 2024, através da realização de várias iniciativas culturais que têm como objetivo homenagear e dignificar Guerra Junqueiro, freixenista por nascimento e cidadão do mundo por natureza.

A “Exposição Guerra Junqueiro” está patente para visita no Auditório Municipal de Freixo de Espada à Cinta. A entrada é gratuita. ○

“Sons do verão” levou magia e teatro a Carlão, Vilar de Maçada e Pinhão

Numa altura em que a iniciativa “Sons do verão” se aproxima do fim, recordamos os espetáculos que aconteceram em Carlão, que recebeu o espetáculo de magia de Rúben Félix, e em Vilar de Maçada e Pinhão, onde o teatro foi rei com a peça “Chapéus, Salsichas & Cervejas”, pelo Teatro do Centro Cultural Lordelense.

O próximo espetáculo da iniciativa, que percorreu todas as freguesias do Concelho, terá

lugar em Casal de Loivos, já amanhã, 15 de setembro, a partir das 21h30, na antiga escola primária.

O “Sons do verão” arrancou no dia 5 de agosto e tem levado diversos espetáculos a todas as freguesias do Concelho. Ao apostar na descentralização destes eventos, o Município de Alijó pretende levar a cultura a todos e dinamizar espaços públicos das Freguesias durante os meses de verão. ○

Alijó acolhe Congresso Internacional “Territórios Esquecidos da Arqueologia Portuguesa - O caso do Vale do Douro”

Festa do Moscatel animou Favaios durante três dias

A Festa do Moscatel regressou a Favaios para celebrar a época de vindimas e o vinho produzido a partir da casta Moscatel Galego, que ocupa cerca de 1.400 hectares de vinha no Concelho de Alijó, onde é produzido aproximadamente 80% do moscatel da região do Douro.

Nem a chuva conseguiu estragar a festa que teve como momentos altos os espetáculos dos Taxi e The Black Mamba, o emblemático Brinde ao melhor Moscatel do País e a atuações dos ranchos folclóricos locais, que homenagearam as vindimas. ○

Alijó vai receber o Congresso Internacional “Territórios Esquecidos da Arqueologia Portuguesa - O caso do Vale do Douro”, a 30 de setembro e 1 de outubro, na Casa dos Noura. O evento, que vai juntar especialistas nacionais e internacionais, partiu da necessidade premente de reunir e integrar informações dispersas sobre a arqueologia romana do Vale do Douro.

O objetivo do Congresso passa por ampliar o conhecimento sobre o território do Douro através da partilha de informações, alargando a escala a fronteiras políticas, comparando formas de adaptação às influências económicas e cultu-

rais romanas nestes territórios marginais, onde a expressão do processo da romanização e do poder romano são muito particulares.

A organização deste evento resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Alijó, o Centro de Investigação Cultura, Espaço e Memória (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), a EVEHA International, a GAROM Amis des Musées Gallo Romains e da Revue des Oenologues (França). A participação no Congresso é gratuita, mas necessita de inscrição prévia Para mais informações ou esclarecimentos, contacte: territoriosesquecidosdouro@gmail.com. ○

O Município de Alijó uniu-se à campanha contra a violência doméstica lançada pela Comissão de Cidadania para a Igualdade de Género, com vista a combater e consciencializar sobre a problemática da violência que ocorre no contexto doméstico.

Por meio de ações de sensibilização, educação e divulgação, a campanha procura realçar a importância de prevenir e eliminar a violência que afeta diversas pessoas nas suas residências. Esta iniciativa procura, assim, mobilizar a sociedade de forma a identificar os indícios de violência doméstica, fornecer apoio às vítimas e promover uma cultura de equidade e respeito nas relações familiares e conjugais.

Em 2022, ocorreram mais de 30 mil denúncias de violência de género em Portugal. No primeiro semestre já foram registadas 14.863 ocorrências pela PSP e GNR. São muitos rostos, muitas vítimas e vários agressores. São milhares de pedidos de desculpas diários, sendo que se torna premente repetir vezes sem conta que onde há uma víti-

ma, há uma pessoa agressora.

Com este desígnio, a campanha “Ponha fim à violência doméstica” alerta para inúmeras desculpas que a pessoa agressora utiliza para se desresponsabilizar pelos seus atos, negando e/ou banalizando a violência, que se perpetua. Mais, gradualmente, faz crer à vítima que é ela a culpada pelos seus comportamentos, que os merece ou que os provoca. Mas a agressão é sempre uma escolha.

Algumas das desculpas são bem conhecidas: “foram os ciúmes…”, “foi o álcool…”, “estás sempre a provocar-me…”, “estás sempre a desafiar-me…” ou “não consegues fazer nada sozinha…”. A cada uma destas verbalizações correspondem inúmeros pensamentos da vítima para desculpabilizar a violência.

Neste sentido, a ideia de que agredir é sempre uma escolha da pessoa que usa a violência para se impor, controlar ou provocar medo e dano à vítima, encontra-se bem patente nesta campanha - que reforça o facto de não exis-

tirem desculpas para uma pessoa ser violenta com outra.

Recorde-se que a Rede Nacional de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD) está presente em todo o país, sendo constituída por um conjunto de serviços e respostas especializados, gratuitos, vocacionados para o apoio às vítimas.

No 2º trimestre de 2023, a RNAVVD acolheu 1450 pessoas. Destas, 52% eram vítimas adultas (98% mulheres e 2% homens) e 48% eram dependentes a cargo (maioritariamente crianças e jovens que, por questões de segurança, acompanharam as suas mães).

De referir ainda que, em Portugal, a violência doméstica é um crime público que deve ser combatido e denunciado por cada pessoa.

Assim, para obter ajuda, denunciar ou pedir informações sobre violência doméstica, pode fazê-lo através do número de apoio - 800 202 148 e a Linha SMS 3060 - números gratuitos, disponíveis 7 dias por semana, 24 horas por dia. ○

Município de Alijó associa-se à campanha

“Ponha fim à violência doméstica”

Campeonato do Mundo de Fórmula 2 de motonáutica terminou com campeão

O Rio Douro foi palco da terceira etapa do Campeonato do Mundo de Fórmula 2 de motonáutica entre 15 e 17 de setembro, uma prova que todos os intervenientes consideram um sucesso.

Edgaras Riabko foi o grande vencedor do Grande Prémio de Peso da Régua, prova pontuável para o Campeonato do Mundo de Fórmula 2. Rashed Al Qemzi terminou a corrida em segundo o que lhe garantiu o título mundial de F2.

Duarte Benavente, o único piloto português no paddock destacou, à nossa reportagem, as ventagens de correr em casa. “É bom correr em casa tanto logística como desportivamente, estar ao pé dos patrocinadores, da família e dos fãs é mais reconfortante do que correr fora” Questionado sobre as maquinas que animaram as margens do rio Douro, o piloto explicou que são máquinas com “uma potência de 220, 230 cavalos e atingem uma velocidade máxima de 200kms/hora. É conduzir uma máquina de competição como outra qualquer, dando sempre o máximo com a noção de quais são os limites”

Duarte Benavente destacou o espelho de água onde se realizou a prova bem como a pista, “muito rápida e bem desenhada”

António Alves (Tunes), reguense e Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica era também um homem satisfeito no final da prova.

“Fazemos um balanço extremamente positivo, correu tudo muito bem foi só pena a meteorologia, mas no momento da prova não houve aguaceiros, o que permitiu assistir a uma prova magnífica sem qualquer acidente. Para nós (Federação) é uma aposta ganha e para manter no calendário”

Tunes revela ainda que a opinião dos pilotos foi também muito positiva até porque a realização da prova na Régua “permite um fácil acesso a restaurantes e hotéis, o que facilita a logística para as equipas”.

José Manuel Gonçalves, autarca reguense, considera também que a prova foi um sucesso que serviu para promover o território por todo o mundo.

“O balanço é extremamente positivo, foi mais um fim de semana de afirmação e promoção do nosso território e da Cidade Europeia do Vinho, potenciado pela realização do Porto e Douro Wine Festival, numa articulação plena de ambas as margens do rio.

São dois eventos com projeção mundial e que têm tudo para se tornarem uma referência no mundo. São eventos que nos permitem criar dinâmicas

turísticas, desportivas e económicas que tragam cada vez mais gente ao nosso território” O autarca reguense destaca ainda a grande afluência sentida

nos restaurantes e hotéis da cidade que registaram -uma grande taxa de afluência durante os dias de realização da prova”

O Grande Prémio de Peso da

Régua foi promovido pela Federação Portuguesa de Motonáutica, em estreita parceria com o Município do Peso da Régua e o Município de Lamego. ○

Contentor solidário chega a Lembá

No passado dia 4 de agosto, seguiu com destino a Lembá (São Tomé e Príncipe), vila geminada com Santa Marta de Penaguião, uma ambulância repleta de alguns bens para apoiar a comunidade santomense.

No dia 1 de setembro, chegou a notícia que o contentor foi entregue à Câmara Distrital de Lembá e que a mesma irá proceder à distribuição dos bens enviados (roupa, calçado, material escolar, brinquedos e material de primeiros socorros) e oferecer a ambulância aos bombeiros de Lembá para serviço de auxílio à população

“Em nome da nossa Instituição Camarária, os nossos MUITO OBRIGADO!”, estas foram as palavras iniciais do presidente da Câmara Distrital local.

O Município de Santa Marta de Penaguião agradeceu, mais uma vez, a colaboração do Município de Macedo de Cavaleiros e do Município de Moura na parceria estabelecida no envio do contentor, bem como, às Corporações dos Bombeiros de Fontes e de Santa Marta de Penaguião na doação da ambulância e do material de primeiros socorros. ○

Encerramento da época balnear nas piscinas municipais

Acabou na passada sexta-feira, dia 15 de setembro, a época balnear das Piscinas Municipais de Santa Marta de Penaguião.

Depois de meses de sol, calor com muitos momentos de lazer que deixarão saudades no resto do ano, últimos banhistas despediram-se com um dia de entradas gratuitas onde a música de fundo criou um ambiente de festa a todos os presentes. ○

Compostagem doméstica alargada a todas as freguesias de Armamar

O projeto de Compostagem Doméstica lançado nas freguesias de Armamar e Fontelo é agora alargado a todas as freguesias do concelho. A Au-

tarquia vai sortear cinquenta e oito kits de compostagem (compostor doméstico e balde) e distribuir quinze compostores de maior dimensão

por cada freguesia. Depois de terem sido entregues os baldes e compostores na freguesia de Armamar, a autarquia criou condições

para alargar o projeto sustentável às restantes freguesias. As inscrições decorrem até dia 31 de outubro e são realizadas nos serviços da Câmara

Municipal, sendo necessário apresentar a fatura de água mais recente, para fazer prova da residência na freguesia. ○

Noite Europeia dos Investigadores em Armamar

“Ciência para Todos: Sustentabilidade e Inclusão” é o mote da Noite Europeia dos Investigadores (NEI), uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Armamar em colaboração com o Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira, através do projeto GOMA (Academia de Ciências Gomes Teixeira). O evento terá lugar dia 29 de setembro, a partir das 18 horas, no Centro Interpretativo da Mulher Duriense.

A NEI surge pela primeira vez em Armamar com o propósito de descentralizar o conhecimento científico, aproximando investigadores dos

Município de Armamar organiza primeira Caminhada das Vindimas

mais diversos ramos, a sociedade civil e a comunidade escolar. Estes encontros decorrem, anualmente, em várias cidades europeias, procurando envolver e sensibilizar a população na área das ciências, proporcionando uma experiência educativa e envolvente para estudantes, pais e membros da comunidade.

A atividade, desenvolvida em estreita articulação com entidades e universidades de renome, conta com o apoio de Raquel Branquinho, uma cientista “da terra”, que pretende dinamizar atividades em prol da “Ciência para Todos”. ○

A Câmara Municipal de Armamar está a promover a primeira edição da Caminhada das Vindimas, que vai realizar-se dia 30 de setembro. Estende-se por oito quilómetros de Alto Douro Vinhateiro e, em época de vindimas, tem como propósito aliar desporto, cultura, tradição e, claro, vinho. As inscrições decorrem até dia 25 de setembro.

A inscrição tem o custo de 8 euros e meio por pessoa e de 4 euros para crianças até aos doze anos. Inclui o transporte

até ao Marmelal, local onde os participantes ganham força com o “mata-bicho”, um pequeno-almoço tradicional nesta época. Compreende, também, uma t-shirt técnica e mochila exclusivas, água, um Porto D’Honra na Quinta do Tedo e o almoço para terminar na Área de Lazer da Folgosa. Findo o almoço, a autarquia garante o transporte de regresso a Armamar.

O ponto de encontro, marcado para as 8 horas e 30 minutos, é na praça em frente ao edifício da Câmara Municipal. ○

Feira da Maçã 2023, abertas as inscrições para expositores

Estão abertas até ao próximo dia 29 de setembro as inscrições para os expositores interessados em participar na Feira da Maçã 2023. O formulário para preenchimento está disponível na página do município de Armamar na Internet. Note-se que as inscrições podem encerrar antes do prazo,

caso se esgotem as vagas disponíveis.

A décima sexta edição decorre entre os dias 13 e 15 de outubro em Armamar. O evento anual convida os visitantes a conhecer os produtos endógenos, fruto do trabalho das gentes do concelho, mostrando o que de melhor se faz em Armamar.

Nem a chuva impediu enchente

As condições climatéricas foram adversas, mas mesmo assim milhares de visitantes rumaram a Moimenta da Beira para participar na 12ª edição da Expodemo, um certame que celebra os dois produtos maiores do concelho, a maçã e o vinho espumante.

No total eram mais de uma dezena de expositores espalhados pelo espaço em volta do edifício camarário, com o palco principal a ficar localizado no Largo do Tabolado.

O certame, que é de exaltação à maçã, fruto da terra, das raízes e da Luz, assume-se hoje, depois de 11 edições já realizadas desde 2012, como um importante cartaz turístico e cultural organizado pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira, que conta com o “Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República” e se mantém como “EcoEvento” em parceria com a Resinorte, uma iniciativa cujo objetivo é garantir que os organizadores assegurem a adequada gestão de resíduos produzidos nos recintos dos eventos, desde a sua prevenção, reutilização e reciclagem e sensibilizar os participantes a colaborar neste justo movimento coletivo.

Presente na inauguração do evento esteve a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes que, em declarações à nossa reportagem, destacou o papel destes eventos para os produtores locais e para a promoção dos produtos autóctones.

“Estes eventos são muitíssimo importantes porque valorizam o trabalho dos produtores

Cooperativa do Távora

Antes mesmo da inauguração da Expodemo toda a comitiva participou num outro momento inaugural, a abertura das novas caves da Cooperativa do Távora, instalada num antigo edifício do IVV.

A empresa, que conta com 90 funcionários contou com o apoio da autarquia e da CIM Douro para esta intervenção como explicou João Silva, Presidente da Cooperativa à nossa reportagem.

“O investimento foi feito pela autarquia, via CIM Douro com um impacto de capital significativo no qual também participamos.

Em boa altura o anterior autarca conseguiu ter a visão de pôr as verbas todas no mesmo cesto, como costumo dizer, permitindo não esbanjar dinheiro mas aplica-lo numa obra que torna aquele edifício num ex-libris do município” Com este novo espaço a cooperativa tem agora a capacidade para armazenar mais de um mi-

lhão de litros de vinho, algo te é essencial para o seu “A intervenção realizada capacidade de armazenamento lhão de litros de vinho, tendo enoteca de grande qualidade mitirá uma maior aposta Esta obra vai-nos permitir mais tempo o que irá certamente maior qualidade” João Silva destacou ainda Cooperativa para a realidade da vila, contribuindo para aquele território.

“No momento em que desertificação grande, ter esta ajuda a cimentar a e atrair gente a este território. melhor aqui do que nas

enchente na Expodemo

inaugurou caves

algo que para o presidencrescimento.

realizada permite-nos aumentar a armazenamento em mais de um mitendo ainda uma loja e uma qualidade que também nos perno turismo. permitir guardar vinhos por certamente resultar numa

ainda a importância da realidade socioeconómica para fixar e atrair pessoas que o país atravessa uma ter uma empresa como a região e ajuda a fixar território. Talvez se viva grandes cidades, é uma

vida mais tranquila, com maior qualidade, mas ainda faltam coisas que é preciso fazer para que as pessoas se sintam na plenitude”

A importância das cooperativas foi também destacada por Maria do Céu Antunes. Para a Ministra da Agricultura o problema do setor é a falta de união dos produtores, algo que as cooperativas podem ajudar a alterar.

“Precisamos de maior capacidade de organização, a Cooperativa aqui do Távora é um bom exemplo, mas temos que ir mais longe. Estamos a trabalhar com a CONFAGRI para podermos ter um novo programa para o desenvolvimento das cooperativas agrícolas. Precisamos de ter cooperativas que congreguem os pequenos agricultores para que ganhem escala e sejam mais competitivos nos mercados, acedendo a eles com outra capacidade até na aquisição de serviços e bens

e os produtos. São uma prova da resiliência destas gentes.

Aquilino Ribeiro chamou a estas terras, Terras do Demo, são terras difíceis em diferentes aspetos mas ainda assim produzem maçã em quantidade e qualidade como em nenhum outro território, ao qual se junta um excelente espumante.

Temos que continuar a trabalhar para incentivar os nossos agricultores numa parceria

muito próxima com os autarcas para continuarmos a promover a agricultura como fator de coesão territorial e desenvolvimento económico-social, que é determinante em territórios como este”

Para Paulo Figueiredo, autarca de Moimenta da Beira, a edição deste ano foi um sucesso com milhares de pessoas a participarem no evento.

“Este evento vai na 12ª edição. A noção que temos é que

tem vindo sempre a crescer. A maçã é a âncora desta exposição mas os vinhos têm também aqui um papel importante, de acordo com a importância na economia local, mas não podemos dissociar tudo o que existe no nosso concelho como a industria, serviços, associações e coletividades. Queremos ser um evento plural, daí o sucesso desta feira. Dentro das adversidades climatéricas esta edição foi fantástica, durante o dia choveu na 6ª, sábado e domingo, mas à noite não choveu e acabamos por ter milhares de pessoas no evento. Se não fosse a chuva seria anda mais gente.

Este é um evento muito acarinhado pelo público e não só pelas gentes de Moimenta, vem gente um pouco de todo o lado, mesmo do estrangeiro” .

O autarca explicou ainda que nos próximos anos o certame poderá crescer ainda mais recorrendo aos espaços que estão a ser intervencionados na vila e que poderão triplicar a capacidade.

“Nas próximas edições esperamos crescer ainda mais. Um dos espaços que estamos a intervencionar é o espaço da feira, nas traseiras da câmara que futuramente será também um espaço a ser usado para o crescimento da Expodemo, vamos ter o triplo do espaço”

Desafiado pela nossa reportagem a escolher o momento mais alto da festa, Paulo Figueiredo não hesita em afirmar que “é o carinho que as pessoas têm por este evento, esse é o aspeto mais importante de cada edição da Expodemo” ○

Arqueólogos da Alemanha e de Coimbra em escavações na Serra de Leomil

Uma equipa de arqueólogos das Universidades de Freiburg (Alemanha) e de Coimbra realizou escavações arqueológicas numa estátua-menir datada dos finais do III milénio antes de Cristo, ou seja, de há cerca de 4.000 anos atrás, do alvor da Idade do Bronze, localizada no rebordo oriental da Serra de Leomil, na União de Freguesias de Peravelha, Aldeia de Nacomba e Ariz, no concelho de Moimenta da Beira.

As intervenções arqueológicas, que decorreram entre os dias 4 e 15 de setembro, integraram um projeto de investigação internacional financiado pela DFG (Deutsche Forschungsgemeinschaft) e apoiado pelo Município de Moimenta da Beira.

Segundo os investigadores, terão sido artesãos que “recorrendo ainda a instrumentos de pedra, madeira e osso, terão esculpido este monu-

Plataforma de Denúncias da Câmara Municipal já disponível para comunicar atos ilícitos

A Câmara Municipal de Moimenta da Beira acaba de disponibilizar um ‘Portal de Denúncias’ que permite a comunicação de situações de incumprimento dos princípios e valores éticos ou de situações ilegais na atividade municipal, inclusive casos de corrupção, assegurando condições de segurança, sigilo, confidencialidade da identidade de terceiros mencionados na denúncia e impedimento de acesso a pessoas não autorizadas.

O Canal de Denúncias surge no cumprimento da lei que criou o Mecanismo Nacional Anticorrupção e estabeleceu o Regime Geral da Prevenção da Corrupção, e na lei que aprovou o Regime Geral de Proteção de Denunciantes de Infrações. O

portal enquadra-se ainda numa Diretiva Europeia do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à proteção das pessoas que denunciam violações ao direito da União.

“Trata-se de uma ferramenta de comunicação que serve para reportar irregularidades que violam os princípios da boa governança do município. Faz tudo parte da boa política de transparência e ética na gestão da coisa pública que temos

vindo a implementar”, explica o Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, Paulo Figueiredo. Este serviço pode ser usado para informar a Câmara Municipal sobre preocupações com algo que não esteja de acordo com os nossos padrões de ética e valores, e que possam afetar de forma séria a organização, a vida ou saúde de uma pessoa.

A denúncia pode incluir informação sobre ofensas criminais, irregularidades ou violações da lei, dentro de um contexto de trabalho.

É recomendado que apresente provas das suas suspeitas, embora tal seja opcional. Todas as mensagens deverão ser enviadas com boa-fé. ○

Moimenta da Beira com 742 mil euros para digitalizar e revitalizar o comércio local

A candidatura apresentada pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira ao programa “Bairros Comerciais Digitais” foi uma das selecionadas pelo Governo, entre 65, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. O projeto “Moimenta Digital” conta assim com uma verba de 742 664 euros para alavancar a revitalização económica, modernização e fortalecimento da competitividade e resiliência das áreas comerciais tradicionais.

“É com orgulho que podemos dizer que somos um dos Bairros Comerciais Digitais de Portugal”, afirma Mónica Gertrudes, Vereadora com o pelouro do Turismo e Cultura, presente na sessão de apresentação das candidaturas aprovadas no dia 6 de setembro no Palácio da Bolsa no Porto, cerimónia que contou com a presença de António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar e de Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e

Serviços.

Este plano, que engloba 174 estabelecimentos em Moimenta da Beira, torna-se particularmente relevante na medida em que irá catalisar o crescimento local, a digitalização dos operadores económicos e dos seus modelos de negócio, a promoção do comércio em linha e a integração digital das cadeias de abastecimento e escoamento.

Haverá pois uma contribuição decisiva para a proliferação de soluções de venda em linha através da criação de um marketplace local. Para além disso, a adoção de soluções digitais de gestão de informação, de aplicações dedicadas

mento, dando-lhe forma humana e representando através de gravações as suas vestes e insígnias”. A estátua-menir tem de altura 1,36m (acima do terreno) e está localizada a 955 metros de altitude.

Com estes trabalhos, os arqueólogos pretendem “conhecer um pouco melhor a sua história e do lugar escolhido para a sua implantação, procurando, por exemplo, verificar se existem mais motivos

representados, que conhecimentos e técnicas de engenharia terão os seus artífices utilizado para a gravar e erguer, e se existem ainda vestígios de outras estruturas em seu redor”.

Além da importante componente científica, estudantes de arqueologia de ambas as universidades terão a oportunidade de trocar experiências de trabalho e enriquecer a sua formação académica. ○

Espumantes Terras do Demo ganham ouro e prata no concurso Prémio Uva de Ouro 2023’

setembro, em Lisboa.

Na lista de laureados, recentemente divulgada, mostra que o ‘ouro’ foi para um Pinot Noir Reserva Blanc de Noir - 2020 e a ‘prata’ para um Touriga Nacional Rosé Bruto - 2021. As distinções foram alcançadas em Prova Cega, entre mais de 600 vinhos da garrafeira do Continente, que é considerada uma das maiores do país.

Os espumantes Terras do Demo, produzidos pela Cooperativa Agrícola do Távora, em Moimenta da Beira, acabam de conquistar mais dois galardões, ouro e prata, no concurso de vinhos “Prémio Uva de Ouro 2023”, que celebra este ano a 10ª edição. As honras foram entregues no dia 13 de

“Mais dois prémios que se juntam a uma imensa lista de honrarias que nos enche de orgulho a todos”, afirma João Silva, Presidente da Cooperativa Agrícola do Távora.

O concurso é organizado pelo Diário de Notícias, Jornal de Notícias, rádio TSF e a garrafeira Continente, com o reconhecimento do Instituto da Vinha e do Vinho, que premeia a excelência dos vinhos nacionais. ○

à gestão de stocks, como também a integração de sistemas de entregas, irá elevar o comércio local de Moimenta da Beira a um nível mais avançado e globalizado. Também serão criadas formas de promover e valorizar os pequenos comerciantes, ora através da adoção tecnológica por parte dos operadores económicos e pela digitalização dos seus modelos de negócio, ora através da sensibilização e capacitação dos trabalhadores e empresários. No âmbito do concurso foram apresentadas 160 candidaturas de todo o país, tendo sido selecionadas 65, que absorvem a dotação inicial de 52,5 milhões de euros, às quais se junta outras 30 candidaturas, que estão, no entanto, condicionadas à aprovação da reprogramação do PRR por parte da Comissão Europeia, que prevê um reforço de 25 milhões para esta medida. No total, serão abrangidos 25 mil estabelecimentos comerciais. ○

Nelson Gomes sagra-se Campeão Europeu de Duatlo Sprint em Itália

menta da Beira, foi o primeiro a cortar a meta depois de percorrer as três as distâncias (de 6 km de corrida, 20,4 km de ciclismo e 3 km novamente de corrida) em 1 hora 30 minutos e 14 segundos, superando em 4 minutos e 24 segundos o italiano, Kris Zanotti, que chegou em segundo lugar, e em 9 minutos e 14 segundos o alemão, Frank Reimann, terceiro classificado.

É Campeão Europeu! Nelson Gomes conquistou no dia 8 de setembro a medalha de ouro em Duatlo Sprint, na faixa etária 40-44 masculinos, no “Europe Triathlon Cross Duathlon Championships”, que se realizou na comuna italiana de Riva del Garda, região de Trentino. O atleta, que reside em Moi-

Este título europeu junta-se, assim, a outros já conquistados em 2023, como: o de Campeão do Mundo na prova de Duatlo Sprint, na faixa etária 40-44; o de Campeão nacional de Duatlo Sprint, na faixa etária dos 40 aos 45 anos; o de Campeão nacional de Duatlo Cross, na mesma faixa etária; e ainda o primeiro lugar no mini trail de 10 km, no Demo Wolves Trail, em Moimenta da Beira ○

Inauguração da Exposição de Pintura

"Vinhas Velhas do Douro" de Milla Chang

Foi inaugurada no dia 12 de setembro, a exposição da pintora portuguesa Arts of Milla Chang dedicada às "Vinhas Velhas do Douro", nos lagares do Museu do Vinho.

Estão expostas mais de uma dezena de pinturas originais dedicadas à temática das vinhas velhas da Região do Douro, realizadas a tintas-da-China sobre delicado papel de arroz.

Milla Chang, a "pintora da vinhas do Douro" como é frequentemente designada, apresenta um estilo inconfundível de pintura de fusão onde se cruzam e recriam técnicas orientais e ocidentais fruto da vivência de duas culturas da artista.

A exposição decorre durante todo o mês de setembro de 2023, no Espaço dos Lagares do Museu do Vinho de S. João da Pesqueira.

Horários

10h00 - 13h00 | 14h00 - 18h00

A entrada é livre. ■

Douro Street Art em Nagoselo do Douro

O Douro Street Art festival tem como objetivo transportar a arte urbana a um ambiente rural (Douro Vinhateiro), transformando-a num veículo de inclusão e estímulo à partilha de culturas e tradições.

Entre 19 e 24 de setembro, na freguesia de Nagoselo do Douro, no concelho de S. João da Pesqueira, 4 artistas convidados (Hazul, Tomas Facio, Mariana PTKS e MrKas), vão criar arte visual, em diversos edifícios e paredes desta aldeia duriense.

O Douro Street Art Festival tem como parceiros oficiais o Município de S. João da Pesqueira, a Junta de Freguesia de Nagoselo do Douro, a BABAUS, a Jopauto, a Waylife e a Onurban Design.

O Diretor artístico desta iniciativa é o artista Mrkas. ■

Vales escolares para o ano letivo 2023 / 2024

Porque a Educação é um pilar de desenvolvimento e um valorizador social, o Município de S. João da Pesqueira promove a igualdade no acesso ao ensino e minimiza os encargos financeiros escolares das famílias, numa aposta traduzida num investimento até ao momento de 32,880€, com mais de 800 vales já entregues.

As famílias podem utilizar o seu Vale Escolar em qual-

quer loja do concelho para aquisição de materiais e equipamentos relacionados com as várias disciplinas do currículo académico: livros, cadernos de atividades, mochilas, máquinas de calcular, material escolar para as disciplinas de EV (Educação Visual), ET (Educação Tecnológica), EM (Educação Musical) e equipamentos desportivos para a disciplina de EF (Educação Física). ■

Romaria de Portugal arrastou milhares até Lamego

A cidade de Lamego viveu, entre 24 de agosto e 9 de setembro, o seu ponto alto quer para a cidade quer para a região, acolhendo pessoas vindas das várias latitudes, lamecenses que vivem fora, noutras cidades ou noutros países, além de turistas e dos romeiros de Nossa Senhora dos Remédios.

O programa das festas foi diversificado, com uma agenda cultural preenchida, concertos e música de vários estilos, bandas e ranchos, barraquinhas de comes e bebes, feirantes e espaços para recordações.

Ao nível religioso, a Novena em honra de Nossa Senhora dos Remédios, a Missa solene e a Procissão de Triunfo, foram os grandes destaques de mais uma celebração.

No dia 6 de setembro, logo depois da novena, a procissão com a imagem de Nossa Senhora dos Remédios, do Santuário para a Igreja das Chagas, para daí sair na tarde do dia 8, na Procissão de Triunfo, num outro andor, o tradicional em forma de barca.

O grande dia de festa e romaria é o dia 8 de setembro. Com a celebração da santa Missa, no Santuário, pela manhã, presidida pelo Bispo e com a presença de alguns sacerdotes e centenas de devotos.

A meio da tarde, milhares e milhares de pessoas, abeiraram-se das ruas para assistirem à Procissão de Triunfo, com várias bandas de música, a presença das instituições da cidade, cívicas, culturais, religiosas, militares e autarcas, com os andores puxados por bois, assim como mulheres e crianças com o traje de Nossa Senhora dos Remédios, tendo a temática escolhida para este ano sido a paz.

A procissão saiu da Igreja das

Chagas, atravessando a cidade até à parada militar do CTOE.

Aí decorreu um dos momentos emotivos desta procissão, a habitual saudação com tiros de canhão, a oração de conclusão da Procissão e a troca de andores, com a imagem de Nossa Senhora dos Remédios a ser colocado num andor mais pequeno, para ser transportada pelos militares até à Igreja do Santuário.

Para o autarca lamecense, Francisco Lopes, o balanço das Festas em Honra de Nossa Se-

nhora dos Remédios deste ano foi "extremamente positivo".

É um balanço muito positivo pela participação continua e intensa de toda a população em todos os momentos, com destaque para os concertos à noite e para as Marchas e a Procissão do Triunfo que é sempre o ponto alto desta romaria e que este ano teve, de facto, muitíssima gente, um número incontável de pessoas que se estendeu ao longo de todo o percurso.

No dia do encerramento ti-

vemos uma multidão de gente por toda a cidade que depois se concentrou em frente aos Paços do Concelho para assistir ao fogo preso que tradicionalmente marca o encerramento das festas".

Francisco Lopes explica ainda que "esta é uma festa icónica, conhecida como A Romaria de Portugal e é a partir daí, dessa ideia que começamos a delinear estas festividades com o suporte de um programa recheado de momentos de grande

destaque".

O autarca sublinha também que este ano "os custos foram mais elevados devido à subida da inflação que impactou na aquisição de serviços e bens para este fim", contudo o investimento que foi feito "é compensado pelos milhares de visitantes que se deslocam até Lamego por estes dias, pessoas essas que acabam por gastar o seu dinheiro em diversos serviços com especial destaque para a restauração e hotelaria". ○

Dia Mundial de Segurança do doente: a Segurança da Medicação Unidade de Saúde Pública do ACES Douro

Ana Luísa Santos, Emília Sarmento, Helena Pereira Enfermeiras Especialistas

Enfermagem Comunitária Unidade de Saúde Pública

ACeS Douro I

A 17 de setembro assinala-se o Dia Mundial da Segurança do Doente, iniciativa promovida pela OMS desde 2019, com o objetivo de aumentar a consciencialização global sobre a segurança do doente. Reconhecendo o papel central que os doentes, suas famílias e cuidadores desempenham ao nível do progresso dos cuidados de saúde seguros, “envolver os doentes para a segurança do doente” foi o tema selecionado este ano, com o lema “Dar mais voz aos doentes”.

Esta efeméride está sustentada num princípio fundamental da Medicina, “não causar dano”. O seu objetivo é aumentar a sensibilização e o compromisso público, melhorar o conhecimento global e trabalhar no sentido da implementação de ações globais dos Estados Membros da OMS para promover a segurança do doente. No sentido de mudar o paradigma da centralização dos cuidados definidos “para os doentes”, alterando para os cuidados definidos “com os doen-

Nuno Silva Chief Scientist & Technology Officer of UnifAI Technology Sócio www.girohc.pt/

A diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora os tratamentos para a diabetes tenham melhorado ao longo dos anos, a prevenção é a chave para reduzir a sua prevalência. Novas tecnologias, como o Deep Learning, estão a ajudar a otimizar os esforços de prevenção da diabetes.

O Deep Learning é uma abordagem avançada de inteligência artificial que permite que as máquinas aprendam a reconhecer padrões em

grandes volumes de dados. No contexto da prevenção da diabetes, o Deep Learning é uma ferramenta valiosa para analisar vastos conjuntos de dados clínicos, permitindo identificar padrões e tendências que podem ser aplicados para aprimorar tanto a prevenção quanto o tratamento da doença.

Uma das principais áreas onde o Deep Learning pode ser aplicado na prevenção da diabetes é na identificação de fatores de risco. O uso de algoritmos de aprendizado de máquina pode ajudar

tes”, o envolvimento dos mesmos, suas famílias e cuidadores foi incluído como um dos sete objetivos estratégicos do Plano de Ação da Segurança Global do Doente 2021-2030 da OMS. A evidência mostra que quando os doentes são tratados como parceiros na prestação dos cuidados de saúde, são obtidos ganhos significativos em termos de segurança, satisfação e resultados. Através do lema “dar mais voz aos doentes!”, a OMS apela a todas as partes interessadas para agirem tendo em conta o objetivo de garantir que os doentes sejam envolvidos na formulação das políticas, estejam representados nas estruturas de governação, sejam incluídos na definição das es-

tratégias e consequentemente sejam parceiros ativos na prestação dos seus próprios cuidados. Os objetivos definidos pela OMS para o Dia Mundial da Segurança do Doente 2023 são: aumentar a consciencialização da necessidade do envolvimento ativo dos doentes, suas famílias e cuidadores em todos os cenários e em todos os níveis da prestação de cuidados de saúde, de modo a aumentar a segurança dos doentes; incluir políticos, líderes e restantes trabalhadores na prestação de cuidados de saúde, organizações de doentes, representantes da sociedade civil e outras partes interessadas nos esforços

para envolver os doentes e suas famílias nas políticas e nas práticas de cuidados de saúde seguros; dar poder aos doentes e suas famílias para se envolverem ativamente na prestação dos seus próprios cuidados de saúde e na melhoria da segurança desses cuidados; promover ações urgentes ao nível do envolvimento dos doentes e suas famílias, em alinhamento com o Plano de Ação da Segurança Global do Doente 2021-2030 da OMS, por parte de todas as partes interessadas. O doente constitui o centro do sistema de saúde, devendo, por isso, ser reconhecido como “gestor, decisor, avaliador e agente de mudança”. ○

Deep Learning e Diabetes: Otimizando Esforços de Prevenção

a identificar padrões em grandes conjuntos de dados de pacientes com diabetes, permitindo que os prestadores de cuidados de saúde identifiquem fatores de risco com maior precisão. Isso pode levar a uma prevenção mais eficaz da doença, com intervenções direcionadas a pacientes com maior risco de desenvolver diabetes.

Outra área em que o Deep Learning pode ser útil na prevenção da diabetes é no rastreamento e diagnóstico precoce da doença. A análise de grandes conjuntos de dados clínicos pode ajudar a identificar padrões que possam indicar um risco aumentado de diabetes. Isso pode levar a um diagnóstico mais precoce e

ao início do tratamento mais cedo, o que pode ajudar a prevenir ou retardar a progressão da doença.

O Deep Learning também pode ser usado para otimizar os esforços de prevenção da diabetes ao permitir a personalização do tratamento. Cada paciente com diabetes é único, com diferentes necessidades e respostas ao tratamento. O uso de algoritmos de aprendizado de máquina pode ajudar os prestadores de cuidados de saúde a identificar as melhores opções de tratamento para cada paciente, levando a um tratamento mais eficaz e uma melhor gestão da doença.

Em conclusão, o Deep Learning tem

o potencial de transformar a prevenção da diabetes. Ao analisar grandes conjuntos de dados clínicos, o Deep Learning pode ajudar a identificar fatores de risco, rastrear e diagnosticar a doença precocemente e personalizar o tratamento para cada paciente. Isso pode levar a uma prevenção mais eficaz da diabetes e uma gestão mais eficaz da doença para aqueles que já a desenvolveram. ○

em

do

JOÃO PAULO SOUSA

“A melhor maneira de resolver problemas é não entrar neles!”

Texto: André rubim rAngel

→ A terra onde nasceste foi palco duma batalha épica para a História de Portugal. Também tu já tiveste de enfrentar, com 35 anos, alguma grande batalha na tua vida? E venceste-a?

Todos nós passamos por várias batalhas. Talvez as minhas maiores tenham sido: sair de casa dos meus pais e simultaneamente ter mudado de uma pequena aldeia para Lisboa, foi uma batalha difícil durante alguns anos esta dualidade entre: “eu tenho de viver aqui para trabalhar no que gosto” e “não gosto de viver aqui”. Mais recentemente, a batalha mais difícil foi o nascimento do meu filho. Teve muitos imprevistos e dificuldades e pôs à prova a nossa resiliência. Mas, também, nos veio dar uma união familiar mais forte do que nunca!

→ Como tem sido essa aventura de seres pai há pouco tempo, essa descoberta, esse desafio de impor novas regras educativas na tua vida e na dos teus?

Muito desafiante. É uma matéria completamente nova e que por mais que se ouça falar do tema, a experiência é sempre diferente. Tem muitos altos e baixos porque é uma coisa muito intensa, mas as recompensas são mesmo muito valiosas. Para já ainda estamos a viver a fase de deslumbramento de o ver crescer… Uma das, muitas, coisas maravilhosas, tem sido também a forma como um bebé é capaz de unir pessoas e encher uma casa de amor.

→ Quando participaste em 2007 no teu primeiro trabalho público, a tua primeira telenovela, pensavas e querias que a televisão viesse a tomar a tua vida como agora?

Em 2007, entrei nos morangos com açúcar porque a minha mulher (namorada na altura) me inscreveu num casting. Fui com a ideia de que não tinha não a perder, tinha 18 anos, queria era fazer coisas novas! Era uma experiência que me iria tirar de casa dos meus pais e de um meio pequeno, tinha de ir. Sem saber bem o que aí vinha e que era o início de algo que se tornava uma parte tão intensa da minha vida!

→ Apresentaste o programa «Curto Circuito». Pegando neste título, que tipo de pessoas e de situações tu não gostas e causam curto-circuito contigo,

com a tua maneira de ser?

O meu tipo de curto-circuito não dá choque. A minha personalidade não é de confronto. Portanto, situações ou comportamentos que não gosto, distancio-me. E isto nem é bem uma escolha ponderada, sempre fui assim. A melhor maneira de resolver problemas é não entrar neles!

→ Dos diferentes géneros de programas que tens apresentado na televisão e na rádio quais aqueles com que te identificas mais e aqueles menos? Porquê?

Hoje em dia, o programa que desejo vir a fazer em TV são as manhãs! Ao longo destes anos, e com a experiência de já ter apresentado vários tipos de programa em vários tipos de horários, fui ganhando esta noção de que todos os formatos cabem no Day-time. Isso torna-o desafiante, ou seja, apelativo para mim! Na rádio adoro programas de conversa longa como o “Era o que faltava”, que faço há 2 anos na rádio Comercial. Mas também gosto muito de fazer emissões em festivais e outros eventos.

→ Hoje em dia há muitíssima informação, e parte dela é mais deformação, propaganda e falsidade do que devia ser. Enquanto comunicador, como lidas com isto e como tentas salvar-te desses perigos?

Não tenho de lidar com isso apenas na minha vida profissional, também na pessoal tenho o cuidado de estar informado! A minha maior arma é a minha curiosidade e a vontade incansável de aprender. Isso faz-me procurar mais, procurar em mais lugares, em lugares diferentes, procurar opiniões diferentes das minhas, aprender é das melhores coisas da vida!

→ Assusta-te que regularmente falte verdade naquilo que se diz, na forma como muitas vezes se comunica e no impacto negativo que isso faz afetar, sobretudo os mais vulneráveis da Sociedade?

Faço um esforço diário para me focar naquilo que posso controlar! Assim como faço um esforço diário para me manter informado e um esforço diário para ter noção do meu lugar…

É na junção de tudo isto que encontro um equilíbrio saudável entre a minha vontade de fazer do mundo um sítio melhor e a minha vontade de acreditar que o mundo é um sítio bom!

→ Deitas-te sempre tranquilo ou o que te inquieta, pessoal e profissionalmente, a ponto de te poder tirar o sono? Raramente me deito tranqui-

Um dos meus últimos aniversários foi passados na região. Com um belo passeio num barco Rabelo.

lo. Vou sempre para a cama com vontade de fazer 1001 coisas que não consegui fazer durante o dia ou que me lembrei nos últimos minutos antes de me deitar que devia fazer, com ideias… Mas, apesar de isso me tirar o sono, por outro lado dá muita vontade de acordar no dia seguinte, porque tenho muitos planos e muitos sonhos para realizar!

→ E ao acordar, quais os primeiros pensamentos que normalmente invadem a tua

não me falta é motivação para aprender, crescer, experimentar e fazer, fazer, fazer!

→ Sendo este jornal do Alto Douro, pergunto-te se já realizaste algum trabalho nesta região e como foi?

Tenho a sorte de fazer um espetáculo que corre o país há 9 anos, Insert Coin, e o Alto Douro está na lista dos mais de 500 espetáculos que já fizemos! Não nasci no Norte, apesar de ter muita família do norte, mas há qualquer coisa no trato que é diferente e que me faz sentir em casa!

→ Ou alguma vinda turística, a título pessoal, ao Douro? O que te ficou?

Um dos meus últimos aniversários foi passados na região. Com um belo passeio num barco Rabelo, visita a uma vinha e uma belíssima refeição nas margens do Douro. O que mais posso pedir?

→ Nestes dias assinalámos 22 anos do atentado às Torres Gémeas (EUA). Tinhas 13 anos: o que te ficou, então, dessa escala de terrorismo global? E agora, manténs a mesma visão/opinião que tinhas em adolescente?

mente e coração? Nos últimos anos tenho conseguido manter o hábito de agradecer assim que acordo! Agradecer pelas coisas boas que tenho na vida, pela família, pelo lar, pelos amigos, aquelas coisas que damos muitas vezes por garantidas e nos esquecemos de agradecer. É por aí que eu gosto de começar o dia! E, sempre que possível, tento não mexer no telefone durante as primeiras horas do dia… Primeiro, ligo-me internamente e, depois, ligo o telefone!

→ Por falar em desafios, e alocando a outros tipos de desafios feitos projetos, quais são aqueles que gostarias de abraçar no futuro? Por que motivos?

Ui, tenho tantos. Ora bem, nos próximos anos quero apresentar manhãs de TV, como já disse. Quero continuar a fazer crescer o meu espetáculo Insert Coin, só este ano já demos mais de 40 espetáculos! Tenho já dois podcasts prontos a sair e muitos mais projetos em cima da mesa! O que

Uma das coisas mais importantes que aprendi nos últimos anos da minha vida é que não tenho de ter, muito menos de tornar pública, uma opinião sobre tudo! Este é um desses temas! O nível de informação sobre este assunto é quase igual ao nível de contrainformação e especulação que existe sobre ele… só me resta lamentar que tenha acontecido. Já visitei o memorial e é muito intenso e dramático visitar aquele lugar. Não imagino o que será viver uma coisa dessas. Cabe-nos a cada um de nós, nas pequenas coisas, fazer com que a paz ganhe!

→ Ao terminar, peço-te que deixes uma mensagem positiva e motivadora aos nossos leitores, perante estes tempos de dificuldades gerais que vamos atravessando…

Não sendo eu um guru ou motivador de profissão, o que deixo é apenas uma partilha. Uma partilha de descoberta bastante difícil mas muito enriquecedora: desejo que cada um dos leitores procure dentro de si a esperança e motivação que precisa. Passamos muito tempo da nossa vida a procurar fora de nós o que temos dentro de nós! ○

Port Wine Day celebrou-se no Teatrinho Reguense

O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P., celebrou, no Teatrinho Reguense, os 267 anos da Demarcação do Douro atribuindo as distinções “Douro + Sustentável”.

A cerimónia contou com a presença da Ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, e do Presidente do IVDP, IP, Gilberto Igrejas.

Em declarações ao nosso jornal, Maria do Céu Antunes afirmou que esta celebração é um reconhecimento do trabalho das gentes do Douro olhando para o futuro da região.

“Em primeiro lugar é um dia de conhecimento pelo trabalho dos durienses, feito ao longo de séculos, construindo este Douro Vinhateiro que desde 2001 é considerado Património da UNESCO, tendo em atenção a cultura, a educação, a ciência, a economia e o ambiente. É para as pessoas que o Douro Vinhateiro tem que se ajustar, dando resposta aos desafios atuais.

267 anos passados da demarcação da primeira região do mundo, o Douro, temos que nos coresponsabilizar todos pelo futuro da região.

Temos que assumir um compromisso entre a produção e comércio para podermos aspirar que a região cresça a todos os níveis. Porque se não houver rendimento não conseguimos manter as pessoas e isso pode influenciar a manutenção desta paisagem magnífica. É um esforço que tem que ser coletivo".

A Ministra da Agricultura mostrou ainda alguma preocupação com a sustentabilidade económica da região, apostando num novo modelo de negócio para o setor.

"O que sentimos é que as vendas não acompanham a produção. Baixamos ligeiramente a produção e acrescentamos no preço médio, isso é muito posi-

tivo, mas temos que ajustar a oferta à procura.

Desde 2020 que abrimos a destilação de crise que já nos permitiram destilar 60 milhões de litros de vinho. Vivemos um período difícil em que atravessamos uma pandemia, agora a guerra e a inflação, tudo isto leva a alterações dos padrões de consumo. Temos que ter um modelo ajustado a estes novos tempos".

A mesma preocupação foi também demonstrada pelo autarca reguense, José Manuel Gonçalves que sublinha a importância da celebração, mas não esquece as dificuldades que a região enfrente.

“Preocupa-me a situação atual da região. De acordo com os dados que temos vemos com alguma preocupação os problemas que os nossos viticultores estão a passar no final do processo

produtivo de um ano em que já gastaram muito dinheiro, sendo agora confrontados com um excesso de oferta que gera uma quebra dos preços.

Fiz questão de recordar isto no evento, devemos comemorar sim estas datas que são importantes, mas acima de tudo devemo-nos responsabilizar por um legado de 267 anos, fazendo da região um território de sustentabilidade económica e ambiental,

algo que considero que está em causa, o que me deixa bastante preocupado.

Temos que ajustar o modelo para que haja uma justa repartição dos ganhos. Vejo com alguma preocupação os próximos tempos tendo em conta as informações que me vão fazendo chegar".

No âmbito das celebrações do Port Wine Day o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, (IVDP) voltou a distinguir empresas e enólogos cujos projetos são casos de sucesso nas áreas do enoturismo e da vitivinicultura.

Em 2023 celebrou-se a excelência sob a égide de "Douro + Sustentável" sendo atribuídas distinções nas categorias de Enologia, Viticultura, Enoturismo e Revelação.

As distinções deste ano foram atribuídas a Jorge Lourenço, enólogo da empresa Vinilourenço, na categoria Enologia, ao projeto i-GRAPE (SOGRAPE) na categoria Viticultura, à Quinta de S. Luíz (SOGEVINUS) na categoria Enoturismo e, por fim, na categoria Revelação, foi distinguida a enóloga Rita Marques (CONCEITO Vinhos).

"A sustentabilidade é a chave para garantir que este tesouro perdure. As mudanças climáticas, a pressão sobre os recursos naturais e os desafios socioeconómicos são realidades que não podemos ignorar. Através destas distinções, queremos inspirar toda a comunidade do Douro a abraçar a sustentabilidade como um valor central em todas as nossas atividades. Queremos incentivar a inovação, o respeito pela natureza e o compromisso com as gerações futuras.

O Douro merece continuar a ser um lugar mágico, onde a tradição se une à vanguarda, e onde os vinhos são verdadeiras obras de arte que refletem o terroir único da nossa região.

É esse trabalho, empenho e dedicação que hoje estamos aqui a homenagear", referiu Gilberto Igrejas, presidente do IVDP.

Foz do Sabor recebeu mais uma edição do Vinho Sabor Douro

De 8 a 10 de setembro, teve lugar na Foz do Sabor, em Torre de Moncorvo, mais uma edição do Vinho Sabor Douro, o festival que celebra o final do verão e os vinhos produzidos no concelho.

A iniciativa contou com a participação de vários produtores do concelho, nomeadamente Adega Cooperativa de Torre de Moncorvo, Quinta da Silveira, Quinta do Couquinho, Quinta do Gravançal, Quinta do Reguengo | Vale da Pia, Recantos do Vinho e Tapado do Mourinho, que disponibilizaram para prova e venda o que de melhor se produz neste território.

A mostra e venda de vinhos contou ainda com uma noite branca em que o branco o vinho e a música foram o mote para uma noite mágica, que terminou com o espetáculo de António Zambujo.

No que diz respeito ao programa, Nuno Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, referiu que "este evento está muito ligado à música com um concerto de António Zambujo logo no primeiro dia e com muitos dj's para a juventude, com destaque para o evento que teve lugar no sábado, a eleição da Rainha das Vindimas, que estava integrada no Douro Cidade Europeia do Vinho 2023."

O autarca salientou ainda que este festival "serve como alavancagem económica e financeira dos produtores que marcaram presença, não nos

podemos esquecer que este evento é feito para os produtores de vinho e de amêndoa que se dedicam a este território. Estes locais que apelidam de baixa intensidade e que eu costumo designar de alta intensidade pela perseverança e capacidade de estes que aqui estão têm em realizar coisas boas, em que o vinho é o néctar e a amêndoa a rainha. Podemos dizer que Moncorvo tem dos Lagos do Sabor as paisagens, mas todos os aromas e sabores do Douro."

Nesta edição do Vinho Sabor Douro destaque ainda para a realização da final da Rainha das Vindimas de Portugal, cuja gala aconteceu no dia 9 de setembro, na Foz do Sabor. A concurso apresentaram-se 12 jovens em representação dos municípios de Alenquer, Arcos de Valdevez, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Cadaval, Cartaxo, Lagoa, Palmela, Ponte da Barca, Rio Maior, Tábua, Torres Vedras, tendo sido a vencedora a candidata Daniela Ferreira em representação do Município da Azambuja.

As candidatas foram avaliadas por um júri constituído por várias entidades, mediante os seguintes critérios de avaliação: conversa informal individual com a duração de 5 minutos, desfile em traje regional, desfile com vestido de noite, prova Partilha de Sabores. Além da eleição da Rainha das Vindimas de Portugal foram escolhidas a 1ª e a 2ª Dama de Honor, foi atribuído o prémio simpatia, o prémio fotogenia e o prémio extra "Mais Popular Online". ○

Vindouro reuniu cerca de 100 produtores de vinho em S- João

São João da Pesqueira voltou a ser palco da “Vindouro – Wine and History – Festa Pombalina”, evento que decorreu entre 31 de agosto e 3 de setembro. Para além dos Cortejo e Jantar Pombalino, o certame contou com um programa de animação, com grandes nomes do panorama musical nacional, como os DAMA, Marisa e Resistência. Com 21 edições já realizadas, a Vindouro assume-se como uma das mais antigas feiras do vinho do Douro.

A inauguração da edição deste ano da festa que celebra o Marquês de Pombal foi presidida pela Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes que, no seu discurso, destacou a importância da região.

“Estamos todos alinhados pela mesma bitola, percebemos bem o potencial que a região tem. Esta mostra é um bom exemplo das potencialidades da região. O que temos que fazer é alinhar, é saber o que é que podemos e devemos fazer com urgência para dotar todo este território dos mecanismos e políticas públicas para o desenvolver".

Em declarações á comunicação social, no final da cerimónia a governante explicou que a região precisa de um novo modelo governativo que permita um aumento de receita em toda a fileira começando desde logo pelos produtores.

“Há uns meses propus que começássemos a desenhar um Plano Estratégico para esta região, que olhe para o modelo de desenvolvimento económico-social e para as alterações climáticas, para que possamos avançar para a reestruturação do modelo de negócio que se pratica no Douro e assim poder ter um maior desenvolvimento económico.

Temos que acelerar o processo de desenvolvimento social, económico e ambiental, para dar uma resposta cabal a estas pessoas.

É necessário que possamos pôr em prática um modelo que valorize toda a fileira, desde a produção até à comercialização do vinho do Porto mas também dos vinhos do Douro. O objetivo é elevar a qualidade de vida dos durienses".

A responsável pela pasta da agricultura sublinhou ainda a importância da criação do preço médio da uva, uma questão que tem vindo a ser debatida na região, à semelhança do que já acontece em Espanha.

"Estamos a estudar essa possibilidade. Haver um preço abaixo do qual a uva não possa ser vendida, é um fator determinante.

É um modelo no qual acreditamos porque nenhum dos elos da cadeia sairá prejudicado no

processo de obtenção do preço ao consumidor final. Temos que olhar para tudo isto com calma mas o trabalho está a ser feito diretamente com todos os interessados no processo".

A Ministra deixou ainda elogios ao evento que considera um dos maiores do setor, no país, destacando também as características únicas dos vinhos que teve oportunidade de provar.

"Estou encantada. Desde que estou nestas funções que sou convidada para vir cá, até hoje não tinha sido possível, e faço-o com uma satisfação imensa.

Este é um grande evento com cerca de uma centena de produtores de vinho de toda a região.

Temos tido oportunidade de provar vinhos muito enraizados na

forma como são produzidos e na escolha das castas, mostrando o carácter único desta região.

Estou particularmente satisfeita com a adesão de público, por perceber a dimensão deste evento e saber que há um município do interior que faz este trabalho como São João da Pesqueiras. Também fui autarca num território com estas características e sei a dedicação que é necessária para se organizar um evento desta dimensão".

Presença já habitual no certame é a do Presidente da República que nesta edição aconteceu no sábado, dia 2 de setembro, e contou com a tradicional visita aos produtores durante a qual falou aos jornalistas para destacar o papel desta feira no setor vitivi-

nícola duriense.

"Este é um grande evento que dá força a São João da Pesqueira e a toda a região do Douro. Pelo país há milhares de eventos a serem organizados mas este é sem dúvida um dos maiores no que diz respeito especialmente aos vinhos".

Sempre atento às problemáticas mais específicas da região e quando questionado pela nossa reportagem, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se alinhado com a ideia da criação de um novo modelo para a região que traga uma maior equidade entre os elementos da fileira do vinho.

"A região precisa de novas regras, esta região tem uma legislação muito antiga, é preciso atualizá-la.

Os custos de produção subiram brutalmente e não são acompanhados pelos benefícios aos produtores, é um problema porque estrangula financeiramente a produção".

Marcelo Rebelo de Sousa deixou ainda a promessa de repetir a visita já no próximo ano, até porque, diz, "tenho que vir verificar se as obras da EN222 já arrancaram pelo menos, como prometeu a Ministra da Coesão Territorial".

No final da cerimónia de receção ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu das mãos do autarca pesqueirense a Chave da Vila, tornando-se assim um pesqueirense. Em tom de brincadeira Marcelo afirmou no momento que "agora já é ne-

João da Pesqueira

quadro geral da viticultura, com reflexos dramáticos nomeadamente na área da pequena e média produção, estando mesmo em causa a sua viabilidade económica e por consequência a sustentabilidade da Região.

Entendo que urge a análise sistematizada da questão duriense, suas múltiplas implicações e interesses, de modo a encontrar pistas que nos conduzam a soluções sustentadas, com a consensualidade possível e que permitam romper esta espiral negativa a que assistimos. O nosso propósito foi esse, o de levantar questões, trazer a problemática para a agenda política do Governo, com a prioridade que o assunto amplamente justifica. A perceção que tenho é a de que o arrastar e agravar da crise, tornará cada vez mais difícil o encontro de uma solução.

Temos esperança de que a necessidade de uma ação muito mais proativa das entidades envolvidas foi interiorizada e publicamente verbalizada, o que justifica a pertinência da reflexão que realizamos na cerimónia de abertura da edição 2023 da Vindouro, tanto mais que estavam presentes uma parte significativa de operadores e entidades que trabalham no Douro".

Importante para o autarca foi a presença uma vez mais de Marcelo Rebelo de Sousa, para Manuel Cordeiro esta visita enaltece não só a importância do evento como dá força à região e aos seus produtores nas suas reivindicações por um setor mais forte e economicamente sustentável.

"O Presidente da República (PR) como mais alto magistrado da Nação com a sua presença, valoriza o evento, prestigiando-o e conferindo um mediatismo de que muito beneficia o concelho em geral e a Vindouro em particular.

Ourique foi município convidado

cessário convite para entrar em São João da Pesqueira, esta chave dá-me a oportunidade de aqui entrar sempre que me apetecer".

Para Manuel Cordeiro, autarca pesqueirense, o balanço final desta 21ª edição da Vindouro é bastante positivo com relevo para as mudanças operadas no recinto a serem bem acolhidas por todos.

"A XXI edição da Vindouro viu confirmado o crescimento consolidado do evento em todas as suas dimensões, desde o número de expositores, restaurantes, bares e serviços de apoio, além obviamente do número de pessoas que visitou o recinto, participou nas atividades e assistiu aos concertos.

O aumento das áreas do stand

principal e a nova reconfiguração dos espaços dos restaurantes, bares e dos concertos, correspondeu às necessidades do crescimento perspetivado e revelou também ganhos de qualidade, segurança e conforto para os visitantes e expositores, o que foi registado com agrado generalizado".

Questionado sobre as palavras da ministra na cerimónia inaugural o autarca mostrou alinhamento com a governante quanto às preocupações com a região, sublinhando a urgência de soluções que garantam o futuro do Douro.

"Tenho perfeita noção da complexidade do contexto que se vive no Douro, da muita preocupação com que vejo o agravamento do

Essa presença renovada anualmente resulta em boa parte de uma vontade genuína do PR de partilhar connosco o nosso principal evento, o que mereceu aliás nesta edição um momento de reconhecimento da nossa parte, dessa particular atenção que ele dedica ao nosso concelho, verbalizada pelo próprio em vários momentos das suas intervenções.

A magistratura de influência do PR é obvia e o interesse que ele coloca na resolução dos nossos principais problemas como os acessos, com a realização de contactos e procura de compromissos com prazos, nos ajuda a estar mais perto da concretização desses objetivos, que há décadas nos condicionam. Testemunho muitas vezes essa genuína preocupação e essa ação de influência nos agentes políticos, governo e entidades".

Aedição deste ano da Vindouro contou com Ourique como município convidado, uma oportunidade que surgiu depois do município pesqueirense ter sido o convidado da Festa do Porco Preto, organizada pelo município alentejano.

"O município de S. João da Pesqueira foi o município convidado na edição 2023 da Feira do Porco Preto Alentejano de Ourique, o que permitiu realizar uma mostra dos nossos vinhos e uma atividade de harmonização do presunto de porco preto, com o nosso vinho, numa feliz combinação de dois produtos de excelência.

Retribuímos o gesto e convidamos o Município de Ourique a estar presente no nosso evento, onde realizámos também um momento de harmonização com significativa participação de visitantes da Vindouro.

A interação entre municípios ajuda a potenciar os produtos de cada um, pelo que quer no âmbito da Região, quer fora dela, a iniciativa é para continuar", explicou Manuel Cordeiro.

Para Marcelo Guerreiro, autarca de Ourique, a presença no certame duriense é importante para criar sinergias entre ambos, apontando ainda aos desafios comuns que os dois municípios enfrentam.

"Para nós é importante cria sinergias com municípios e territórios com desafios semelhantes ao nosso.

Somos ambos municípios do interior, com orgulho na valorização daquilo que é o mundo rural, para nós tem uma importância muito grande. Os grande centros urbanos olham para o mundo rural como o parente pobre, mas é exatamente ao contrário, acreditamos no potencial destes territórios que dão um contributo importante ao país.

O caso do porco alentejano, à semelhança dos vinhos que se produzem no Douro, são o exemplo disso, são produtos de excelência, produzidos no interior e que têm um peso importante para aquilo que é a balança comercial do país".

Para o autarca alentejano, a carne de porco preto e os vinhos do Douro, sendo dois produtos de excelência, fazem um casamento perfeito sublinhado pela prova de presunto que foi dada durante o evento.

"O porco alentejano é um produto de excelência, dois produtos de excelência só poderiam combinar bem e a prova fica aqui dada com a prova do nosso presunto juntamente com os vinhos destes produtores". ○

José Luis Rodrigues e Marcelo Guerreiro

No caminho dos vinhos do Távora-Varosa

Albergando os municípios de Moimenta da Beira, Sernancelhe, Tarouca e ainda algumas freguesias dos concelhos de Penedono, São João da Pesqueira, Tabuaço, Armamar e Lamego, a região é limitada pelos dois rios que lhe dão o nome, o Távora e o Varosa.

As características edafo-climáticas, as suas vinhas plantadas em solos graníticos, solos litólicos e solos de transição, reúnem boas condições para a criação de vinhos geralmente frescos, e com teores de acidez ideais para a produção de vinhos espumantes.

No ano de 2022 a região do Távora-Varos registou um crescimento de produção de 40%.

Hélder Cunha (Casca Wines): O produtor sem terra

Após visitas aos concelhos de Armamar e Tarouca, nesta edição o caminho dos vinhos do Távora-Varosa leva-nos à conversa com Hélder Cunha, um produtor sem terra que adquire as uvas para o seu espumante em São Cosmado, Armamar.

Fundada em 2008 pelo próprio Hélder Cunha, o produtor explica que "o projeto Casca Wines começou em 2000 quando fui para os Estados Unidos e fui parar a uma adega na Califórnia onde o dono da adega alugava o espaço a outros enólogos, mas nenhum deles tinha vinhas, compravam a outros produtores e faziam o seu vinho, achei uma ideia interessante".

Depois ainda passei pela Alemanha até começar a fazer vinhos em Portugal com o Rui Roboredo Madeira que também dava consultoria em algumas adegas da região do Douro.

Finda essa colaboração Hélder Cunha trabalhou ainda na Borges onde teve oportunidade de lidar com vinhos de diferentes regiões portuguesas o que assume "deu um backgound muito bom para o que viria em seguida”.

Em 2008 quando criou a Casca Wines fê-lo com um propósito, que ainda hoje se mantém, explica, "mostrar ao mundo que em Portugal havia vinhos muito diferentes".

Natural de Cascais, a escolha pela região de Colares foi a primeira opção para arrancar com o projeto, o que nos permitiu alavancar a região que é a génese dos Casca Wines.

O portefólio foi crescendo e a Colares juntaram-se ainda o Douro, os vinhos verdes e os alentejanos, "faltava um espumante" afirma Hélder Cunha.

É em 2010 que a decisão é tomada e a escolha recaiu sobre "a região com mais tradição neste tipo de vinhos, o Távora-Varosa".

Inicialmente a produção foi feita com uvas provenientes do concelho de Penedono mas depois veio a união "ao produtor e amigo Marcos Hehn, em São Cosmado, a quem começamos a comprar as uvas para a elaboração do espumante".

"O espumante não é o nosso vinho principal mas enriquece muito o nosso portefólio e sem-

pre que abrimos uma garrafa é um momento único. Em termos de vendas rondamos neste momento as cinco mil garrafas ano. Querermos crescer nos espumantes, mas não sendo o nosso produto principal esse crescimento não será feito com ânsia".

Desafiado a descrever o espumante da Casca Wines, Hélder Cunha explica que a ideia foi manter a génese do projeto, "apostar na tradição represen-

tando um estilo semelhante ao champanhe".

Assim, o espumante que Hélder produz é composto por três castas, "a Touriga Nacional que tem a elegância do Pinot Noir, a Malvasia Fina que dá o corpo do Chardonay, e o Cerceal que dá o toque mineral do Pinot Meunier, conseguindo assim um espumante com características de Champanhe".

Outra característica que o produtor destaca nos seus es-

pumantes é o envelhecimento, "nunca lançamos no mercado nenhum espumante com menos de 30 meses de estágio e a de 2016 já esteve 40 meses em estágio. São vinhos com um potencial de envelhecimento louco, a região já mostrou que é uma das melhores de Portugal para fazer este tipo de vinhos com longevidade e que crescem no tempo".

Para Hélder Cunha "a Murganheira é um exemplo nacio-

nal, todos devemos agradecer ter colocado os espumantes no mapa de Portugal mas é tão grande que ficou maior que a região. Com o crescimento da própria região o nome já vai junto com a Murganheira mas a empresa ganhou essa relevância por mérito próprio, é a referência".

O aparecimento da Cooperativa e do seu espumante Terras do Demo, "veio dar notoriedade à região, cimentada numa nova filosofia que a CVR trouxe para a região".

"Hoje em dia a região já está a produzir espumantes excecionais, que vêm de encontro aquilo que produzíamos e que na altura foi mais disruptivo", afirma.

A nova comunicação da Comissão Vitivinícola aposta na ideia de que o espumante pode acompanhar toda a refeição, das entradas à sobremesa, uma máxima com a qual Hélder Cunha está de acordo.

"Acima de tudo podíamos seguir o exemplo da bairrada que bebe espumante a toda a hora e não apenas em momentos festivos como é habitual na maioria dos consumidores. O espumante é a bebida mais versátil que existe, acompanha qualquer refeição e dá também para beber sem refeição, falta-nos ter essa cultura de consumo", explica.

A fechar a conversa, Hélder Cnha deixa ainda um desafio à região que, segundo ele, deve olhar para o líder de mercado deste setor (a região de champanhe em França), e adotar algumas da regulamentação ali usada.

"Talvez um dia a região do Távora-Varosa possa deixar acontecer o que vemos em França que é engarrafar vinhos de lote, com mistura de vários anos, o que nos pode dar uma consistência única ano após ano. A nossa região ainda não permite isso mas aproveito a oportunidade para deixar este repto olhando para o líder mundial neste setor”. Com um preço de mercado a rondar os 15€, o espumante Monte Cascas pode ser encontrado nas garrafeiras do El Corte Inglés e em mais algumas garrafeiras. ○

Eduardo

Rosa

A Estratégia NORTE 2030, um poderosíssimo Instrumento de Financiamento pensado para 2021-2027, mas que será executado no período 2023-2029, para além de uma estratégia com visão, princípios, objetivos estratégicos e transversais, inclui um verdadeiro e ambicioso Programa Regional.

Desde logo as minhas felicitações ao Senhor Presidente da CCDR-Norte e a toda a sua equipa que, com clareza, expuseram este Programa que identifica três bases económicas.

Ao longo dos últimos anos,

Programa Regional 2030: desenvolver o conhecimento e criar inovação

o crescimento económico do Norte de Portugal assentou essencialmente na Área Metropolitana do Porto e nas sub-regiões do Cávado e Alto Minho, caracterizadas por uma base económica diversificada, com preponderância na produção de bens e serviços transacionáveis e não transacionáveis, e no Vale do Ave e na sub-região Tâmega e Sousa, por sua vez, com uma base económica fortemente especializada no setor secundário.

As regiões do Alto Tâmega, Douro e Terras de Trás-os-Montes têm, para além do setor estatal como forte empregador, uma base económica assente no setor primário que enfrenta gran-

des desafios, já referidos nesta coluna.

Entendida a região do Norte Interior, podemos avocar três domínios prioritários da Estratégia de Especialização Inteligente: os “Sistemas Agroambientais e Alimentação”, os “Ativos Territoriais e Serviços do Turismo” e as “Tecnologias, Estado, Economia e Sociedade”, para além da “Mobilidade Sustentável e Transição Energética”. A Região tem uma oportunidade soberana para pensar de forma coesa e articulada, num verdadeiro sistema de cogeração, as necessidades de conhecimento e com este criar inovação e valor acrescentado, capaz de garantir

a merecida retribuição para os seus recursos e para a sua sustentabilidade, consolidando um Sistema Regional de Inovação (SRI) que contribua para o robustecimento e a competitividade do tecido empresarial e da região Norte. A transição digital deve assumir aqui um papel relevante, justamente através da criação uma plataforma regional verdadeiramente colaborativa da inteligência coletiva territorial e dirigida para a criação de novos benefícios de contexto e de uma economia de agregação de competências e de atração de massa crítica qualificada, capaz de potenciar o desenvolvimento económico.

Considerando a massa crítica, o conhecimento, a tecnologia e a inovação criados pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, impõe-se que a nossa UTAD assuma uma participação mais ativa, interatuando com todos os stakeholders: desde as empresas às pessoas. Necessitamos de mais proatividade, visando uma consolidação da cooperação regional, para além do limite da execução de projetos a três ou quatro anos, o que nos retrai a visão estratégica. O conhecimento tem de ser um estado de inquietação permanente que nos instiga a retirar do conforto mental autorreferencial. ○

Um dos marcos determinantes para a afirmação social, económica e territorial da Região Demarcada do Douro ocorreu a 10 de setembro de 1756, com a instituição da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, ficando, assim, regulamentada a mais antiga região demarcada vitivinícola do mundo.

Hoje, passados 267 anos, celebramos esta efeméride, um momento decisivo e visionário

Domingos Nascimento

A Direção Executiva do SNS anunciou a criação da ULS Unidade Local de Saúde de Trás os Montes e Alto Douro que terá sede em Vila Real, com efeitos a 01 de janeiro de 2024.

Quer isto dizer que o Centro Hospitalar, com as atuais três unidades hospitalares, Chaves, Vila Real e Lamego, vai-se juntar aos ACES, agrupamentos de centros de saú-

para este território e para aqueles que, ao longo dos tempos, contribuíram, através da sua tenacidade e resiliência, para a notabilidade de um dos vinhos mais celebrados em todo o Mundo: o nosso vinho do Porto.

Nesta décima edição do Port Wine day queremos, uma vez mais, continuar a promover um produto de eleição como é o vinho do Porto.

Desde 2014, o Port Wine day traz jornalistas de todo o mundo ao Porto e ao Douro, reúne os melhores produtores de vinho do Porto, organiza provas exclusivas com vinhos raros e

seminários inovadores e ainda contagia a região e todos os seus habitantes com o espírito do vinho do Porto. É uma celebração que tem vindo a crescer e a ter cada vez mais impacto, não só no setor especializado (jornalistas da área, produtores e canal HORECA) como também no setor não especializado (público consumidor em geral).

Este ano, a programação do Port Wine day estende-se pelo mês de setembro tendo a primeira iniciativa ocorrido no passado dia 10, na cidade de Peso da Régua, com a entrega das distinções “Douro + Susten-

tável”.

No dia 22 de setembro, decorre a prova comentada de vinho do Porto. “OS NOVOS PORTOS VELHOS” que será constituída por uma seleção de Porto Branco 50 anos, Tawny 50 Anos, e Very Very Old, categorias criadas em 2022 para o mercado mundial e que as empresas de vinho do Porto estão agora a lançar. A prova será conduzida por especialistas do IVDP, IP e terá a participação de enólogos das empresas representadas. O objetivo é aferir as características e perfis destas categorias e vislumbrar o que o setor pretende para

Port Wine day: a passos largos para os três séculos, mas sempre a surpreender A Saúde, da fronteira até à beira! Numa ULS de esperança!

de, o do Alto Tâmega e Barroso, com sede em Chaves, o do Marão e Douro Norte, com sede em Vila Real, e o do Douro Sul, com sede em Lamego.

Esta operação de integração implica a extinção dos ACES e do Centro Hospitalar.

Ficarão na mesma estrutura de administração os cuidados primários e os hospitalares de 15 dos 19 municípios da CIM Douro e os 6 da CIM Alto Tâmega e ainda 1 da CIM Ave, num total de 22 municípios (concelhos de referência direta do atual centro hospitalar).

Esta Unidade Local de Saúde fará a gestão da saúde da fronteira até à beira. Uma área geográfica imensa. Em que de um lado ao outro, ou seja, da fronteira, por exemplo Montalegre, até à beira, Sernancelhe, distam quase 170 km.

Infelizmente seremos só cerca de 270 000 habitantes. É certo de que todos olhamos para este processo de integração como um difícil desafio. Por isso é aconselhável que o encararemos com ambição.

Ambição de se integrar verdadeiramente os recursos e

os cuidados; De se abraçarem as pessoas destes territórios, colocando-as claramente no centro de todos os cuidados; de se combaterem as flagrantes iniquidades; de se promover a simplificação do acesso, demolindo o labirinto em que se transformou o SNS; de se envolverem os municípios e as instituições da comunidade; de se trazer a racionalidade à gestão dos cuidados que há muito tardava.

Faço parte de um grupo de pessoas que luta há anos pela integração de cuidados e que

estes vinhos e para o futuro do vinho do Porto neste segmento. A encerrar as celebrações decorrerá, no dia 30 de setembro, no cais de Vila Nova de Gaia, uma Sunset Party que conta com a presença de 30 produtores. O sucesso da iniciativa, em anos anteriores, transformou-a num clássico do Port Wine day, sempre com presença muito significativa das faixas etárias mais jovens, validando o sucesso da estratégia que delineámos de conquistar este público para a redescoberta do vinho do Porto, descomplicando o seu consumo. ○

vê nas ULS uma esperança. Um bom e crucial passo para os efetivos Sistemas Locais de Saúde. Há muito caminho para se fazer. Que seja feito com competência, com espírito aberto que envolva todos, com determinação, visão e sentido de missão.

Ainda abordei a hipótese de outra estrutura (ULS) mais localizada, mas acredito que mesmo assim o resultado será positivo.

Por isso, digo sim à ULS Trás os Montes e Alto Douro.

Pela saúde de todos! ○

Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I. P. (IVDP)

Gilberto Igrejas

Presidente da Agência Social do Douro

Vice Reitor para a investigação da UTAD

PALAVRAS CRUZADAS

HORIZONTAL

1 João (...), escritor que escreveu uma novela original para a SÁBADO. 6 Relativo a determinado lugar. 11 Limpar com areia, cinza, etc. 12 Acomete. 13 Tomba. 14 Galantear. 16 Sufixo (agente). 17 Irmã (fam.). 18 Engenheiro (abrev.). 19 Procedimento pelo qual o Presidente da República nega a promulgação de uma lei, devolvendo-a à Assembleia Legislativa. 20 Filme. 21 Auxílio. 23 Grande exaltação de ânimo. 24 Endurecimento da pele. 25 De preço elevado. 26 Deus dos Maometanos.

VERTICAL

ENCONTRA AS DIFERENÇAS

Encontra as 8 diferenças.

SOLUÇÕES

ENCONTRA AS DIFERENÇAS

27 Da mesma forma que. 28 Abreviatura demanuscrito. 30 É popularmente designado por estrela cadente. 32 Adejo. 33 Arremessa. 34 Doutrina ou sistema que se afasta da crença geral. 36 Triturar. 37 Debruar. 1 Torno de pau. 2 Discursar. 3 Soberano. 4 «De» + «a». 5 Adorno. 6 Sacerdote budista tibetano. 7 Prefixo (ouvido). 8 Que vende caro. 9 Planta espinhosa chamada erva-gigante. 10 Deixar escapar. 15 Espaço de 12 meses. 17 Esfera social. 19 Que tem a faculdade de voar. 20 Notícia dada em primeira mão num jornal. 21 Dispor em camadas. 22 Tabuinha de forma oval com um orifício para semeter o polegar, onde o pintor dispõe e combina as tintas. 23 Célebre. 25 Opinião política (fi g.). 27 Filtrar. 28 Motocicleta. 29 Produzir som. 31 Época. 32 Miserável. 35 Érbio (s. q.).

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Tributo a Silva Fernandes

Faleceu em Agosto passado, Alberto Silva Fernandes.

O concelho de S. João da Pesqueira, a quem ele dedicou parta do seu tempo e energias, deve-lhe gratidão.

Para além de uma vida profissional na qual se sentiu justamente realizado, interpretou exemplarmente e com uma genuinidade absoluta, a figura de cidadão exemplar, responsável e com um grande sentido do que significa o "interesse geral", valor tão arredado de muitos espíritos, numa sociedade muito autocentrada.

Destacou-se desde logo pelo seu contributo como autarca, tendo cumprido três mandatos como deputado municipal, sempre com contributos relevantes e proativos.

Mas foi o seu elevado sentido de cidadania, nas suas várias dimensões, que mais me marcou.

A sua colaboração e liderança na "Associação dos Amigos dos Pereiros", na recuperação de património edificado e preservação do património material e imaterial. A presidência da associação portuguesa de Management, ou a sua liderança na organização de várias edições das "Jornadas Cooperativas" realizadas no concelho, com a participação de figuras muito representativas desta

Biografia

Nascido no Bonfim, Porto, a 24 de março de 1983, filho de mãe natural de São João da Pesqueira e pai da freguesia de Pereiros, também no concelho pesqueirense.

Com formação jurídica desenvolveu atividade, durante mais de 30 anos como administrador de empresas e da Fundação Salvador Caetano.

Licenciou-se na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto (1979 - 1996); investigador da OVT - Overseas Vocational Training Association (Japão) - (1992-93); Presidente Portuguesa de Management (APM) - (1994-95; 1999-2002; 2006-10); Presidente da Associação Portuguesa de Recursos Humanos (APG - DRN) - (1978-83; 1986-91); Membro do Conselho Empresarial para a Formação, da Associação Empresarial de Portugal; Membro do Conselho Empresarial Consultivo da Universidade Lusíada (Famalicão): Interlocutor do Observatório de Emprego.

Foi responsável pela organização de eventos (seminários, jornadas e congressos), sobre Gestão, Turismo, Responsabilidade Social e Ética Empresarial, Cooperativismo, Ambiente, Empreendedorismo e Ambiente.

Foi membro da Comunidade Intermunicipal do Douro, Deputa-

realidade e com temas sempre muito pertinentes, com muito eco em Revistas da especialidade, nomeadamente nas edições da "Vida Económica".

Dedicou-se também à escrita com a publicação de alguns livros sempre sob a temática da divulgação e preservação da cultura e tradição locais, dos quais destacaria "Estórias e Lendas da História dos Pereiros".

Não obstante a sua avançada idade, moviam-no do ponto de vista da cidadania ativa que tão bem personificou, questões como defesa do ambiente, preocupação sobre a finitude dos recursos e sua delapidação, ou ainda a questão da importância da "economia circular". Fazia perfeitamente o pleno entre a tradição e a atualidade, com igual firmeza de convicções e genuinidade intelectual. Vai fazer falta como referência e exemplo de cidadão e de pesqueirense apaixonado pelo seu concelho e pelas suas gentes. O Município não deixará de honrar a sua memória.

Obrigado Silva Fernandes. ○

José Luís Cardoso Rodrigues Vice-presidente e vereador da cultura do Município de S. João da pesqueira

do Municipal de S. João da Pesqueira, Presidente da Assembleia Geral da APM, Presidente da Assembleia Geral da Cooperativa Agrícola de S. João da Pesqueira, Sócio-gerente de Douro em Mim, Presidente da Associação dos Amigos de Pereiros, Vice-Cônsul do México no Porto, Coordenador do Voluntariado no Banco Alimentar – Porto, Membro da Confraria Queirosiana e da Confraria “O Rebelo”.

Sócio Honorário da Associação Portuguesa de Gestores de recursos Humanos - APG que lhe atribuiu o Prémio Carreira - APG Mérito 2008.

Livros editados:

O Rebelo; Uva & Vinho;

O Barão de Forrester;

Autor dos livros:

Estórias e Lendas da História dos Pereiros;

Os ourives de Pereiros

Pereiros S. João da Pesqueira - (Monografia)