Jornal_VivaDouro_ed104_out23

Page 1

Ano 8 - n.º 104 - outubro 2023 | Preço 0,01€ Mensal | Diretor:
| Dir
www.vivadouro.org em: -nos Visite E-mail: geral@vivadouro.org
Miguel Almeida
Adjunto: Carlos Almeida

Feira da Maçã 2023

Adécima sexta edição Feira da Maçã é um evento integrado na programação que celebra o Douro Cidade Europeia do Vinho 2023.

Em Armamar são produzidas cerca de 80 mil toneladas anualmente. O município, enquadrado no cenário do Alto Douro Vinhateiro, é conhecido como a "Capital da Maçã de Montanha".

A Feira da Maçã realiza-se anualmente em outubro e é a montra do potencial agrícola de Armamar. É um certame que a Autarquia promove com a Associação de Fruticultores de Armamar. As associações culturais, recreativas e desportivas do município são um dos grandes parceiros na concretização do evento. Com a sua riqueza etnográfica e a sua experiência proporcionam momentos de animação muito interessantes.

De 13 a 15 de outubro venha sentir a nossa energia!

Visite-nos em: www.vivadouro.org - E-mail: geral@vivadouro.org

OURO LÍQUIDO

Quebra de produção pelo 2º ano consecutivo faz disparar preço do azeite

Págs.6 e 7

ESPECIAL NO CAMINHO DOS VINHOS DO TÁVORA-VAROSA

OVivaDouro faz-se à estrada pelos caminhos da região Távora-Varosa para lhe dar a conhecer alguns dos melhores néctares desta região vinícola. Apostada essencialmente na produção de espumantes, os vinhos tranquilos têm vindo a crescer de produção. Acompanhe-nos nesta viagem e fique a conhecer produtores e vinhos desta região. Pág 27

ESTGL com 329 novos alunos inscritos

Lamego Região

FRD/CD e ALD reuniram com cooperativas e viticultores

Pág. 20

Pág. 23

Autarcas da CIM Douro assinam comunicado conjunto em defesa da lavoura duriense

Pág. 29

Ano 8 - n.º 104 - OUTUBRO 2023 | Preço 0,01€ Mensal | Diretor: Miguel Almeida | Dir. Adjunto: Carlos Almeida

Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPPPT Grupo Vivacidade, Administrador

Estimados Leitores, Há muitos aspirantes a políticos que acham que não se deve gastar nem um cêntimo a realizar as mais diversas festas.

Nada mais errado.

As festas estão, cada vez mais, com programas altamente profissionais e com muitos pontos de interesse para os moradores, mas também para os forasteiros e, porque não, para outros interessados que são atraídos pelos temas ou por aquele conjunto.

Organizar grandes eventos, que integram os interesses comerciais, os industriais, o turismo, a cultura e as tradições de uma região é um ato de promoção e desenvolvimento da sociedade que traz enormes mais valias, especialmente quando é bem estruturado, quando tem uma dinâmica de conjunto sem perder a individualidade de cada uma das suas partes e quando tem os atores locais – sejam eles o pequeno comércio, a industria, a agricultura ou o turismo profundamente envolvidos e a trabalhar em conjunto com as autoridades locais para produzirem e realizarem eventos memoráveis e impactantes para os visitantes, que é o que, no fim do dia ou, neste caso, no ano que vem, vai trazer de novo as famílias a visitarem o evento e a procurarem dispor de alguns dias para desfrutarem das suas peculiaridades.

Mas a capacidade organizativa de um município ou mesmo de uma região é limitada e é por isso que cada vez mais é preciso haver trabalho em rede que potencie cada evento para lá da paróquia em que este tradicionalmente se realizava. Porque só com ofertas qualitativamente superiores é possível que estes eventos que, tradicionalmente, apenas atraiam muitas pessoas da própria terra passem a ser atrativos para uma toda região, extravasem as fronteiras da paróquia e atraiam pessoas que estão mais afastadas; não só das localidades mais próximas, mas também que mobilizem as regiões e as pessoas interessadas mesmo de muito longe.

Já por diversas vezes ouvi os nossos imigrantes a dizer que marcaram férias para poder vir às festas da sua região de origem. Ter eventos capazes de atrair o interesse e de mobilizarem pessoas que estão longe para visitarem a nossa região por causa dos eventos mobilizadores produzidos pelos Municípios há-se ser uma fantástica motivação adicional para todos os autarcas que se envolvem no planeamento, realização, e acompanhamento destas festas fantásticas que tanto promovem as regiões. E Portugal. ○

PRÓXIMA EDIÇÃO

SUMÁRIO:

Destaque

Páginas 6 e 7

Sabrosa

Páginas 8 e 24

Carrazeda de Ansiães

Página 9

Mesão Frio

Página 10

Freixo de Espada à Cinta

Página 11

Alijó

Página 12

Vila Nova de Foz Côa

Página 13

Santa Marta de Penaguião

Página 14

Torre de Moncorvo

Página 15

Entrevista

Página 16 e 17

Moimenta da Beira

Página 18

S. João da Pesqueira

Páginas 19

Lamego

Página 20

Armamar Página 22

Região

Páginas 23 e 29

Vila Real

Página 25

Especial Távora-Varosa

Página 27

Opinião

Páginas 2, 21 e 26

VISITE-NOS NAS NOSSAS

REDES SOCIAIS:

www.vivadouro.org

www.facebook.com/jornalvivadouro

www.instagram.com/vivadouro www. twitter.com/vivadouro

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org

POSITIVO

Presidente da CP, Pedro Moreira, afirmou que o Comboio Histórico do Douro se tornou num produto turístico rentável pela primeira vez em 2023, salientando que nesta campanha a taxa de ocupação ronda os 90%. A campanha 2023 do Comboio Histórico na Linha do Douro arrancou a 8 de julho e termina a 29 de outubro.

NEGATIVO

A atual situação da viticultura duriense tem levado a diversas reuniões no seio da produção com exigências a serem feitas ao ministério de Maria do Céu Antunes.

António Fontaínhas Fernandes

Professor Universitário

Liga dos Amigos do Douro Património Mundial

Uma agenda empreendedora para o Douro

O Douro de hoje é diferente, para melhor, da região à data do Programa de Desenvolvimento Integrado de Trás-os-Montes dinamizado por Valente de Oliveira, que propôs investimentos e estratégias de desenvolvimento baseadas no conhecimento.

De uma Região económica e socialmente isolada em relação aos movimentos globais e marcada por considerável atraso em relação ao país, o Douro trilhou caminhos mais amplos na economia da vinha e do vinho e, graças a uma geração qualificada e empreendedora de enólogos formada pela UTAD, está no mapa mundial dos vinhos.

O Douro está hoje no mapa dos vinhos de excelência, do património mundial e dos destinos turísticos mundiais de qualidade. Contudo, a sustentabilidade da Região exige uma nova e diversificada carteira de atividades económicas, que passa por promover o espírito empresarial, nomeadamente facilitando o apoio à exploração económica de

novas ideias e incentivando a criação de novas empresas, inclusive através de viveiros de empresas.

Esta estratégia exige medidas que possam gerar massa crítica regional ligada às novas indústrias, utilizando a região do Douro e os seus recursos endógenos como base de trabalho. Reconhecidamente, é essencial delinear mecanismos de apoio à criação de novas empresas e de renovação do modelo empresarial, que induzam a criação de startups e o crescimento de empresas já estabelecidas no território.

Em síntese, urge delinear e implementar uma agenda que contribua para o crescimento e desenvolvimento da região, numa lógica de acelerar a transformação estrutural e a mudança do perfil de especialização da economia, traduzindo-se no aumento da produção de bens e serviços de maior valor acrescentado, o que exige mais qualificação, mais conhecimento e mais inovação. ○

Tlm.: 916 430 038 (chamada para número móvel nacional) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida | Redação: Carlos Almeida carlos.almeida@vivadouro.org

Registo no ICS/ERC 126635 | Número de Registo Depósito Legal: 391739/15 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) miguel.almeida@vivadouro.org

Tlm.: 912 002 672 (chamada para número móvel nacional) | Departamento comercial: Carlos Rodrigues Tel.: 962 258 630 / 910 599 481 (chamada para número móvel nacional) | Paginação: LUSOIBÉRIA Avenida da República, Nº 6, 1050-191 Lisboa Contacto: 914605117 (chamada para número móvel nacional) | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4510-698 Fânzeres | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public. vivadouro.org/vivadouro | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Avenida Barão de Forrester, nº45 5130-578 São João da Pesqueira | Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: Av.ª da Republica nº6 1º Esq. 1050-191 Lisboa | Colaboradores: Ana Luísa Santos, André Rubim Rangel, António Cunha, António Fontaínhas Fernandes, Beatriz Oliveira, Carlos Rodrigues, Emília Sarmento, Eduardo Rosa, Emídio Gomes, Gilberto Igrejas, Guilhermina Ferreira, Helena Pereira, Luís Alves, Paulo Costa,Ricardo Magalhães, Sandra Neves, Sílvia Fernandes e Tiago Vieira. | Impressão: Luso Ibéria Avenida da República, Nº 6 - 1050-191 LISBOA Contacto: 914605117 chamada para número móvel nacional) comercial@lusoiberia.eu| Tiragem: 10 mil exemplares

4 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | ABERTURA |
Editorial
8 DE NOVEMBRO

Baixa produção faz disparar o preço

A expressão “ouro líquido” que muitas vezes se utiliza como referência ao azeite, nunca fez tanto sentido como na atualidade com o litro a rondar já os 10€ e com os produtores a afirmarem que “não ficará por aí”.

O valor elevado a que estamos a adquirir este bem é reflexo de dois anos de más campanhas. Depois de um 2021 positivo, no ano passado a produção caiu 60% e este ano, estando um pouco melhor, essa quebra deverá ainda assim atingir os 30 a 40%.

De acordo com o Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral, que trabalha em conjunto com o Ministério da Agricultura, “como consequência da conjugação de um ano de contrassafra com fatores meteorológicos adversos, nomeadamente a seca extrema e as altas temperaturas, agravada pelos ataques tardios da mosca da azeitona e de gafa por ausência de tratamentos, a presente campanha é caracterizada por uma quebra de produção considerável principalmente no olival tradicional. As estimativas do INE preveem uma produção de cerca de 126 000 toneladas, que corresponde a uma diminuição de 40% comparando com a campanha anterior, no entanto é a quarta melhor produção olivícola de sempre".

Olhando para as cotações do azeite, na última semana de setembro deste ano, para o azeite virgem extra, em garrafão de 5L a média de valor rondava os 7,43€/litro, em contraste absoluto com os cerca de 3€/litro registados em 2021.

Manuel Covas é Presidente da Cooperativa Agrícola de Ervedosa do Douro, no concelho de São João da Pesqueira fala de uma grande escassez de azeite que já o levou mesmo a racionar a venda.

"Há uma escassez enorme de azeite na região do Douro, já estamos a racionar o azeite, se fosse dar resposta a todos os pedidos que tenho, e que muitos são depois para revenda, não conseguiria satisfazer o consumidor habitual que leva um ou dois garrafões de cinco litros.

Temos mantido o preço a 6€ o litro, é um preço equilibrado para o olivicultor e para o lagar, daí também a necessidade de o racionar. O azeite que temos pertence aos cooperantes, temos que o comprar para depois o comercializar, por isso esta gestão tem que ser feita com algum cuidado”.

Manuel Covas explica que isto se deve à quebra de produção em

2022 e o mesmo a ser previsto para 2023.

“Num ano normal fazemos mil toneladas, no ano passado fizemos apenas 350. Este ano a estimativa é que seja ligeiramente melhor que no ano passado, mas ainda longe, por exemplo, da campanha de 2021.

Apesar disso a qualidade está garantida, afirma o responsável cooperativo. "Produzimos sempre azeites excelentes porque a azeitona sai direta do olival para o lagar, a transformação acontece por processo mecânico, no máximo no dia a seguir a ser apanhada.

É um azeite virgem extra, com as três características de excelência que se procuram neste produto: acidez, amargo e verde, o que muitas vezes é difícil para o consumidor, mas com o tempo as pessoas também têm refinado mais o seu paladar e procuram azeites de qualidade".

O mesmo cenário é descrito à nossa reportagem por Fernando Vilela, Presidente da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça que começa logo por afirmar que "o agricultor não está a ganhar com isto, mesmo recebendo o dobro daquilo que habitualmente lhe é pago, está a produzir metade, e não está a conseguir fazer mais dinheiro por aí, aliás, todos os fatores de produção têm vindo a sofrer aumento de custos, o que significa que efetivamente o agricultor está a empobrecer”.

O responsável cooperativo explica que este é um mercado muito volátil a nível de preços, muito dependente das produções anuais, que continuam baixas para a procura existente, apesar desta também ter sofrido uma quebra.

“Em 2018, 2019, o azeite que falamos que agora pode superar os 10 euros, esteve a 1,47€, em 3, 4 anos há esta variação de preço, é um mercado muito volátil.

A falta de azeite no mercado grossista está a contribuir em muito para esta escalada de preços, no entanto, o consumo privado desde o início do ano caiu 30%, o que também é assustador porque significa que as pessoas estão a consumir menos azeite”.

Apesar do decréscimo no consumo, este "continua a ser superior à oferta, o que ajuda os preços a subir". Francisco Vilela explica que desde a "pandemia houve uma maior procura por alimentos mais naturais e saudáveis, o que fez crescer a procura por azeite, o resultado é que nos últimos 2 ou 3 anos o consumo tenha sido sempre superior à produção, acabando por esvaziar os poucos stocks que existiam".

Para Fernando Vilela, o risco desta situação é o aproveitamento por parte de alguns especuladores.

“Este cenário tem atraído para o setor alguns especuladores, o que para nós não tem grande interesse. A cooperativa tem ganho algum nome e o nosso produto é reconhecido pela qualidade, normalmente vendemos 100% do nosso produto embalado, mas a verdade é que este ano temos vivido debaixo de grande pressão.

Numa cooperativa o interesse não é o lucro por isso começamos a retirar algumas embalagens do mercado, primeiro foram os garrafões de cinco litros, em maio, e em agosto as embalagens de dois litros, agora temos ainda a garrafa clássica de 0,75l, tudo para fazer a pílula dourar. Temos clientes aos quais temos que responder e vem aí o Natal, uma época sempre de grande procura", uma situação que afeta as finanças da cooperativa, "este ano teremos perdido cerca de 300 mil euros

por não termos vendido azeite a granel”.

Olhando para a previsão deste ano, o Presidente da cooperativa murcense, acredita que a campanha se iniciará "sete a 10 dias mais cedo que o habitual, muito por causa do calor dos últimos dias que acelerou o processo de maturação.

Prevê-se que seja 10 a 20% superior à campanha do ano passado, o que significa uma quebra de 30 a 40% face a uma campanha normal. É normal na agricultura haver um ano de safra e outro de contrassafra, dois de contrassafra não é habitual e é isso que está a acontecer este ano. Em Espanha acontece o mesmo e há quem fale numa produção inferior ao ano passado, isto vai afetar ainda mais o mercado global”.

De acordo com Fernando Vilela, "90% da produção olivícola mundial é proveniente da bacia do mediterrâneo, com as alterações climáticas e o consecutivo aumento das temperaturas a produção nesta região tem sido

fortemente afetada.

A plantação de olival tem vindo a crescer daí ser esperado um aumento da produção, o que temos assistido é o oposto. Os fenómenos extremos têm afetado muito a produção, em especial os episódios de granizo e a chuva intensa que veio este ano na altura da floração”.

Outra zona da região que tem no azeite uma das suas principais culturas é o Douro Superior.

Em Vila Nova de Foz Côa encontramos Frederico Lobão, produtor de azeite na empresa Gerações de Xisto.

Depois de uma colheita "miserável" em 2022, Frederico Lobão não espera que este ano a situação melhore muito, apontando esta redução na produção às alterações climáticas e ao tipo de olival que constitui a região, maioritariamente tradicional e com muitos anos.

"O ano passado foi miserável, normalmente produzo entre 16 e 18 toneladas, produzi duas, perdi uma série de clientes porque não tinha produto para en-

6 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | DESTAQUE |

ao consumidor

tregar. Fidelizamos o cliente, implementamos a marca e depois somos traídos pelo clima, é complicado.

Este ano, na altura da floração esteve muito calor e nem todos os frutos vingaram, no mesmo olival conseguimos ver lado a lado uma oliveira bem composta e outra quase sem fruto nenhum, a previsão é que a colheita seja melhor do que no ano passado mas mesmo assim inferior ao que seria expectável.

A juntar a isto, o olival no Douro nunca foi a produção principal, o que fez com que nunca houvesse uma preocupação muito grande em renovar os olivais, temos árvores centenárias aqui que produzem excelente azeitona, mas com uma produção muito reduzida".

Com este cenário à sua frente Frederico Lobão decidiu produzir um produto diferenciado, de qualidade, acrescentando-lhe valor para o comercializar a um preço mais elevado.

“No total exploro 16 hectares de olival, a forma como enca-

ro este negócio é profissional e para ser assim tenho que me preocupar em ter lucro que me permita pagar a mão-de-obra, fornecedores, etc, e ainda tirar o meu rendimento e preparar futuros investimentos.

A solução passou por criar um produto mais diferenciado e com valor acrescentado. Colhemos a azeitona mais cedo do que o habitual, extraímos a frio, num processo totalmente mecânico, embalado depois em garrafas de meio litro.

De uma forma geral o azeite tem que ser visto um pouco assim, em especial numa região como esta onde predominam os olivais tradicionais que obrigam a custos muito mais elevados do que os olivais modernos que vemos agora. A produzir mil quilos por hectare, ou fazemos um produto de grande qualidade para vender a um preço mais elevado ou então não vale a pena andar aqui.

Frederico afirma mesmo que “as pessoas não abandonam o olival por uma questão cultu-

ral e por vergonha. Se os meus pais e avós os mantiveram então também o vou manter, é muito assim ainda que se pensa”.

Que tipos de azeite existem?

AZEITE VIRGEM EXTRA

Um azeite imaculado. Não tem qualquer defeito organolético, uma acidez abaixo de 0,8. Um azeite perfeito. É ótimo para se comer em cru.

AZEITE VIRGEM

É um azeite no qual à partida foi detetado algum defeito organolético, pequeno, ou que a acidez possa ser maior que 0,8 mas inferior a 2. É consumido normalmente para a cozinha.

AZEITE Basicamente é uma mistura de 10% de azeite virgem com outros óleos ou azeite refinado. É um produto que deixa de ser benéfico para a saúde como os anteriores, já perdeu muitos dos seus componentes. É um azeite utilizado para frituras. ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 7 | DESTAQUE |
Frederico Lobão - Gerações de Xisto Manuel Covas - Presidente Cooperativa de Ervedosa do Douro Francisco Vilela - Presidente Cooperativa de Murça

Autarquia assina protocolo para dar continuidade ao Programa “Corpo São em Mente Sã”

O município de Sabrosa celebrou, no passado dia 26 de setembro, um protocolo de cooperação que dará continuidade ao “Programa Corpo São em Mente Sã, promovido até então pelo CLDS 4G Sabrosa. Esta resposta de continuidade irá ao encontro das necessidades da população, numa lógica de proximidade, sendo este programa destinado a promover a qualidade de vida das pessoas, otimizando as oportunidades para o desporto e para a saúde, e a combater o isolamento.

Obras de repavimentação da estrada

Fermentões-Vilela decorrem a bom ritmo

As obras na estrada que liga Fermentões a Vilela decorrem a bom ritmo. Com duração prevista de 60 dias, têm um investimento total previsto, assumido exclusivamente pela Câmara Municipal de Sabrosa, de 167 625,33€ (cento e sessenta e sete mil, seiscentos e vinte e cinco euros e trinta e três cêntimos).

Os trabalhos contemplam a repavimentação da estrada, uma vez que o pavimento da via pública que faz a ligação entre as localidades de Fermentões e Vilela se encontrava com grandes deficiências e muito degradado, não reunindo as condições de segurança e conforto necessárias à normal circulação de viaturas, e o alargamento da estrada que, devido ao acréscimo de utilizadores daquela via, e de modo a facilitar o cruzamento de duas viaturas, manifestava essa necessidade.

O Município de Sabrosa pede, desde já, a compreensão de toda a população por eventuais constrangimentos causados. ○

O protocolo foi celebrado com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental - APPACDM de Vila Real/Sabrosa, na presença do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Martinho Gonçalves, e da Vice-Presidente da APPACDM de Sabrosa, Maria Antonieta Sequeira, por ter sido a Entidade Coordenadora Local da Parceria, a executante do Contrato Local de Desenvolvimento Social - CLDS 4G Sabro-

sa, com data de término a 31 de agosto de 2023, e que implementou e dinamizou o Programa “Corpo São em Mente Sã”, em prol de um envelhecimento ativo e saudável. Com esta assinatura, o município de Sabrosa continuará com um projeto tão apreciado pelos participantes, o qual, em complementaridade com outros programas já em vigor, irá dar resposta ao condicionalismo da população sénior. ○

Igreja Matriz de Provesende recebeu Ensemble de Metais da Banda Sinfónica Portuguesa

No passado dia 1 de outubro, a Igreja Matriz de Provesende acolheu o concerto de Ensemble de Metais da Banda Sinfónica Portuguesa, um momento especial, que assinalou também o Dia Mundial da Música. Com direção artística a cargo do maestro Francisco Ferreira, e direção musical de Ivo Silva, este Ensemble de Metais apresentou um programa contrastante que levou todos os presentes a fazer uma viagem musical alucinante, onde foi destaque a reestreia da obra “As Três Faces da Serra” (uma homenagem a um dos mais importantes poetas do século XX e filho da terra, Miguel Torga) para eufónico solo e quinteto

de metais, de Daniel Moreira, compositor portuense. No evento estiveram presentes o Pároco da Aldeia Vinhateira de Provesende, António Areias e o Vice-presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Martinho Gonçalves, que, na ocasião, demonstrou a sua enorme satisfação com a afluência da população e com a qualidade musical apresentada e com a colaboração existente entre o município de Sabrosa e a Banda Sinfónica Portuguesa, que, através do protocolo existente, “permite-nos materializar a aposta do município na descentralização cultural, assente no critério da qualidade, como é exemplo este concerto de Ensemble de Metais”.○

Obras de melhoramento na antiga escola primária de Roalde concluídas

As obras de melhoramento na antiga escola primária de Roalde, assumidas exclusivamente pela Câmara Municipal de Sabrosa, estão concluídas.

Foram realizadas obras de regeneração no edifício (interior e exterior) da antiga escola primária, que se encontrava bastante degradado. O imóvel foi alvo de melhorias como, pintura interior e exterior, arranjos no telhado, portas e janelas, bem como, pavimentação em cubo de granito no acesso principal.

A intervenção, incidiu ainda, na criação de um parque infantil no seu exterior, com um investimento total de 15.243,92€ (quinze mil duzentos e quarenta e três euros e noventa e dois cêntimos).

Esta obra de melhoramento permite, assim, a utilização do espaço urbano, pela população da aldeia, num ambiente mais cuidado, com maior segurança e conforto.

8 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | SABROSA |

Europacolon Portugal lança uma linha de apoio psicológico destinada aos cuidadores informais

Desde 1 de setembro está disponível a Linha de Apoio Psicológico destinada aos cuidadores informais, esta é uma iniciativa com o apoio da Merck, no âmbito do Movimento Cuidar dos Cuidadores informais, monitorizada pela Europacolon Portugal.

Esta linha está disponível de segunda a sexta-feira, ao longo de seis meses, entre as 10h00 e as 12h00 e das 15h00 às 18h00, através dos números 960 199 759 ou 808 200 199 (este número com custo de chamada local), conta com o apoio de profissionais na área da psicologia, a quem caberá dar resposta às questões colocadas pelos cuidadores, num espaço onde podem partilhar as suas emoções e dificuldades psicológicas, ou apenas desabafar.

Como sabem, a Europacolon Portugal há muito que se dedica ao apoio aos cuidadores informais nomeadamente com o projeto Connect para cuidadores de pessoas com doença on-

Biblioteca Municipal de Carrazeda de Ansiães recebeu fórum participativo do projeto “Junto à Terra”

cológica, mas esta nova Linha está disponível para cuidadores que apoiem qualquer pessoa, com qualquer tipo de doença crónica, oncológica, neuromuscular, mental, pediátrica, pessoas em convalescença e até durante algum processo de luto.

De acordo com os dados do estudo feito em janeiro passado, que foi ouvir o que tinham a dizer os cuidadores informais sobre a sua saúde mental e bem-estar psicológico, 78% dos inquiridos admitiam ter sentido, em algum momento da sua vida de cuidadores, necessidade de apoio psicológico.

E 84% partilhavam o desejo de ter esse tipo de apoio através de uma linha telefónica com profissionais especializados.

Espera-se que esta linha de apoio mitigue alguma das carências dos cuidadores informais para que o cuidado que eles prestam, bem como, a sua saúde mental e o bem estar sejam também uma prioridade. ○

O Município de Carrazeda de Ansiães recebeu no edifício da Biblioteca Municipal, no dia 20 de setembro, o Fórum Participativo Junto à Terra (JaT), que reuniu as entidades parceiras deste projeto de educação ambiental, promovido pelo Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT). Esta reunião serviu para definir as datas para as sessões de divulgação nas escolas, a calendarização de todas as atividades o número de

alunos que vai ter a oportunidade de participar neste projeto e analisar a duração, conteúdos e número de workshops de comunicação com a ESACT-IPB. Destinado aos alunos do 8º ano dos cinco municípios que integram o Vale do Tua, entre os quais Carrazeda de Ansiães, este projeto promove o conhecimento dos estudantes sobre o PNRVT e fomenta a valorização da biodiversidade, conduzindo as gera-

ções mais jovens a adotar comportamentos sustentáveis. Coordenado pelo PNRVT e pela Movhera e construído em parceria com os municípios, escolas e restantes instituições públicas e privadas, o projeto aborda a importância da sustentabilidade ambiental e da biodiversidade do território, através de diferentes componentes, como workshops ou oficinas de campo. ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 9 | CARRAZEDA DE ANSIÃES |

Município de Mesão Frio protagonista do Douro Ultra Trail

O Douro Ultra Trail teve, mais uma vez, um dos seus epicentros em Mesão Frio. Foi da Vila Porta do Douro que arrancou a distância dos 50 quilómetros, uma das mais participadas. Pouco passava das 8h30 quando o tiro de partida foi dado da Avenida Conselheiro Alpoim.

Uma partida muito original, com decoração a preceito, a remeter para a tradição e imaginário das vindimas no Douro, a surpreender os atletas que não perderam a oportunidade de tirar uma fotografia antes da prova começar.

Rumo ao lugar de Brunhais, o pelotão de atletas dos 50 kms começou a subir pelo Caminho

do Cerro em direção ao Miradouro da Cruz de Donsumil, onde os esperava o primeiro abastecimento, assegurado pela Junta de Freguesia de Vila Marim.

Neste ponto mais alto do concelho de Mesão Frio, não faltou a calorosa receção da população, que se juntou para assistir e apoiar a passagem dos trail runners, por onde também se cruzaram os atletas do percurso de 85 kms.

Antes disso, em Cidadelhe, a Câmara Municipal de Mesão Frio garantiu o habitual posto de abastecimento aos atletas da distância mais longa, que começaram a chegar por volta das 7 horas da manhã.

Já no início da Serra do Marão e à saída do Município de Mesão Frio, as duas distâncias

voltaram a trilhar percursos diferentes, para se voltarem a cruzar mais tarde perto da Senhora da Serra. Depois do ponto mais alto do Marão, os atletas desceram até Fontes, Santa Marta de Penaguião e Peso da Régua.

Todas as distâncias desta prova, que é realizada desde 2014, terminaram no Museu do Douro, onde Fernando Correia, Vereador da Câmara Municipal de Mesão Frio, ajudou a entregar os prémios do pódio e assistiu à chegada apoteótica dos atletas que superaram este duro desafio, marcado não só pelas duras condições dos trilhos, como pelas temperaturas elevadas. Foi um misto de emoções de exaustão, de superação e de satisfação pessoal para todos os atle-

Outubro e novembro com “Teatro nas aldeias” e “Tertúlias na biblioteca

Mesão Frio prepara-se para dois meses muito preenchidos por uma programação cultural variada, com o Ciclo "Teatro nas aldeias", promovido pela Câmara Municipal de Mesão Frio, em colaboração com a companhia de teatro Filandorra – Teatro do Nordeste e o regresso das "Tertúlias na biblioteca", com conversas informais à volta de temas preponderantes da nossa sociedade e cultura, no espaço da Biblioteca Municipal de Mesão Frio.

As peças de comédia que os atores da companhia Filandorra levam aos palcos do “Teatro nas aldeias”, são inspiradas em obras de incontornáveis nomes de poetas e escritores nacionais, entre os quais dois transmontanos.

Com o intuito de descentra-

lizar a cultura, a iniciativa arranca com a sua digressão já no próximo dia 14 de outubro, pelas 21h30, na Casa do Povo de Barqueiros, com a peça “A Vindimadeira Portuguesa…e outros contos nordestinos”, de António Manuel Pires Cabral. No dia 21 de outubro, é a vez de a Junta de Freguesia de Cidadelhe receber a famosa peça de Gil Vicente, “Pranto de Maria Parda”. A 28 de outubro, o Salão Paroquial de Vila Marim recebe “Diabos e Diabritos num Saco de Mafarricos”, do escritor Alexandre Parafita.

Já em novembro, também o Auditório Municipal de Mesão Frio abre portas para a encenação da peça “Barrete de Guizos”, de Luigi Pirandello. O horário do ponto de encontro nas diferentes freguesias está marcado sempre para as

21h30.

As “Tertúlias na Biblioteca” retomam atividade depois da pausa de verão já no dia 20 de outubro, tendo como mote a obra literária de Jeannine Johnson Maia, “O Rapaz do Douro”. A conversa contará com a presença especial da autora da obra, que se inicia em Mesão Frio, algures em 1877.

No dia 10 de novembro, haverá uma tertúlia acerca da comemoração dos 120 anos do nascimento de Domingos Monteiro, advogado, poeta e escritor de Mesão Frio, sob o mote “O Livro”.

As tertúlias acontecem todas na Biblioteca Municipal de Mesão Frio, sempre com início marcado para as 21h30. Todas as entradas são livres, tanto na iniciativa “Teatro nas Aldeias”, como nas “Tertúlias na Biblioteca”. ○

tas que terminaram a prova.

Mesão Frio fez-se representar maioritariamente na distância de 50 quilómetros da prova de corrida em montanha, realizada no dia 7 de outubro. No total, cinco atletas de equipas do Concelho fizeram frente aos rigorosos trilhos da imponente Serra Marão e dos socalcos de vinhedos da região. O fim de semana ficou marcado pela vitória das atletas Liliana Teixeira e Andreia Mota (UFC Barqueiros), como dupla feminina e pelo pódio de Fernando Moreira (Amigos do Trail de Mesão Frio) no honroso 3.º lugar do escalão veterano M50.

António Nunes conquistou o 11.º lugar no escalão veterano M50 e Rui Pinto o 15.º lugar no escalão veterano M40. Ainda na

prova de 50 kms, Vítor Cardoso, nascido em Vila Marim, regressou à sua terra natal para cumprir o duro desafio, terminando em 18.º lugar no Escalão Veterano M40. O atleta Domingos Teixeira, também natural da mesma freguesia, alcançou o 8.º lugar da geral, na prova rainha de 85 kms. No trail curto de 15 kms, Júlio Pinto, da equipa Amigos do Trail de Mesão Frio, alcançou o honroso 6.º lugar no escalão veterano M50.

O DUT teve diferentes distâncias a percorrer a região: 50 kms, com partida de Mesão Frio; 25 kms, com partida de Fornelos; 15 kms em corrida e caminhada com partida de Santa Marta de Penaguião e a prova rainha de 85 kms, com partida de Peso da Régua. ○

10 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | MESÃO FRIO |

Receção aos alunos da Universidade Sénior de

Freixo de Espada à Cinta

Novo veículo elétrico de recolha municipal de verdes passou a estar à disposição da autarquia

O Presidente da Câmara Municipal, Nuno Ferreira, participou, no dia 20 de setembro, na entrega de um veículo totalmente elétrico ao Município de Freixo de Espada à Cinta.

Decorreu no dia 18 de setembro, a receção aos alunos da Universidade Sénior de Freixo de Espada à Cinta, que iniciaram um novo ano letivo.

Nesta receção estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal, Nuno Ferreira, a Vice-Presidente Ana Luísa Peleira, os professores/técnicos do Município e alguns dos alunos participantes neste projeto.

O Presidente Nuno Ferreira deu as boas-vindas a todos, reiterando o compromisso de continuar a trabalhar em prol da população sénior do concelho, através de iniciativas que promovam o convívio e contribuam para evitar o isolamento e solidão daqueles que tanto da sua vida e trabalho deram em prol do desenvolvimento do concelho e do bem-estar

das atuais e futuras gerações.

A edição anterior da Universidade Sénior foi, inequivocamente, marcada pelo sucesso e, por esse motivo, este ano, o Executivo Autárquico reforçou os conteúdos programáticos deste projeto com novas disciplinas e atividades ao dispor dos seniores do concelho.

O Executivo Autárquico desejou que, acima de tudo, todos os participantes se sintam bem e acarinhados neste projeto que continuará a manter um olhar atento sobre a população sénior do concelho, uma clara aposta de promoção do envelhecimento ativo e da promoção da máxima “mente sã em corpo são”.

A participação na Universidade Sénior de Freixo de Espada à Cinta é gratuita. ○

A entrega deste veículo, e de outros dois aos Municípios de Torre de Moncorvo e de Vila Nova de Foz Côa, decorreu em Torre de Moncorvo, e resultou da aprovação da candidatura da Associação de Municípios do Douro Superior de Fins Específicos para a “Implementação de Projeto de Recolha Seletiva de Biorresíduos - Municípios do Douro Superior”, que visa a redução/desvio dos resíduos depositados em aterro, através da implementação de um conjunto de ações que potenciem o tratamento e encaminhamento adequado destes materiais.

O Presidente Nuno Ferreira fez-se acompanhar por dois funcionários da autarquia que ficaram a conhecer este novo veículo elétrico que será usado para o serviço de recolha municipal de verdes e que tem como objetivo reduzir a presença destes materiais no contentor de

resíduos indiferenciados, contribuindo para a reutilização e reciclagem de resíduos biodegradáveis.

Esta ação visa a recolha e aproveitamento destes materiais resultantes de atividades de limpeza e tratamento dos espaços verdes do Município, tanto em áreas de responsabilidade municipal, como pelos munícipes nos seus jardins/ quintais. Possibilita aos Municípios a recolha de resíduos verdes ao domicílio, bastando que os munícipes ou instituições o

solicitem junto do Município de Freixo de Espada à Cinta através de telefone ou por email. Paralelamente, será instituída uma recolha calendarizada de periodicidade semanal, tendo apenas os munícipes ou instituições de colocar os resíduos verdes em sacos, em frente às suas casas. Desta forma prevê-se a recolha seletiva de quantidades significativas de resíduos verdes e o aumento da consciencialização da população para a problemática da redução e separação dos biorresíduos. ○

Município participou em reunião sobre a potencial criação do caminho cultural do Leon de Rosmithal

O Município de Freixo de Espada à Cinta marcou presença numa reunião de trabalho que decorreu na Póvoa de Lanhoso, e que teve como objetivo discutir a potencial criação do caminho cultural do Leon de Rosmithal com ligação aos Caminhos de Santiago de Compostela.

O Presidente da Câmara Municipal, Nuno Ferreira, e a Vice-Presidente, Ana Luísa Peleira, marcaram presença na celebração do 74º aniversário da Implantação da República Popular da China, que decorreu em Lisboa.

Na sequência deste convite remetido pela Embaixada da República Popular da China em Portugal, o Executivo Autárquico teve ainda oportunidade de reunir com Zhao Bentang, Embaixador da China no nosso país.

Este encontro, que decorreu de forma bastante profícua, teve como objetivo procurar promover a cooperação económica e cultural entre os dois territórios, estreitar laços de união e parcerias através

da promoção da Seda, e de potenciar a atração de futuros investimentos a ser desenvolvidos no concelho de Freixo de Espada à Cinta.

Com uma potencial parceria institucional com a Embaixada da República Popular da China em Portugal, o Executivo Autárquico pretende alavancar os vários eixos de desenvolvimento do território, nomeadamente a Seda e o investimento económico, através de um importante trabalho de cooperação, aproximação e partilha de acordos bilaterais essenciais para o fortalecimento das relações entre o concelho de Freixo de Espada à Cinta e a República Popular da China. ○

Esta foi uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, onde participaram representantes técnicos dos 12 Municípios pelos quais passa o traçado proposto, assim como o Turismo do Porto e Norte de Portugal.

Nesta reunião foi analisada a disponibilidade dos vários Municípios integrarem este projeto, assim como foi apresentado o reconhecimento do território abrangido por este percurso e que terá sido utilizado pela comitiva de Leon de Rosmithal, um itinerário que abrange 12 Municípios das regiões do Minho e Trás-os-Montes, com uma extensão aproximada de 230 quilómetros.

A potencial criação do caminho cultural do Leon de Rosmithal com ligação aos Caminhos de Santiago de Compostela é

encarada pelo Executivo Autárquico como uma oportunidade para o desenvolvimento turístico, que deve ser aproveitada para atrair visitantes e contribuir para a dinamização da economia local e valorização do património histórico-cultural do concelho de Freixo de Espada à Cinta.

Leon de Rosmithal, Barão de Blatna e cunhado do Rei da Bohemia, Jorge de Podiebrad, iniciou, em 1465, uma peregrinação até ao túmulo do apóstolo Santiago Maior, em Santiago

de Compostela. Acompanhado por 40 pessoas e 52 cavalos, e carregando uma carta endereçada ao rei Afonso V, Leon de Rosmithal entrou em Freixo de Espada à Cinta no ano de 1466 e, a partir daqui, atravessou Portugal na diagonal, passando pelos territórios de Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Murça, Alijó, Mirandela, Vila Flor, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto, Braga e Póvoa de Lanhoso. ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 11 | FREIXO DE ESPADA À CINTA |
Município participou na celebração do 74º aniversário da Implantação da República Popular da China

Município de Alijó e UTAD refletem sobre o futuro das padarias no Dia Internacional do Pão

O Município de Alijó, através do Núcleo Museológico de Favaios – Pão e Vinho, e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro vão comemorar o Dia Internacional do Pão com um conjunto de atividades dedicadas à tradição secular da padaria no Concelho de Alijó.

Sob o mote “As voltas que o Pão dá - Evolução e Perspetivas de Futuro”, o Núcleo Museológico de Favaios - Pão e Vinho será palco, nos dias 13 e 14 de outubro, de um vasto programa de atividades dedicadas a este importante produto local e ao futuro das padarias do Concelho.

A iniciativa pretende envolver os atuais padeiros e padeiras, assim como académicos e investigadores ligados a esta temática, não deixando de fora o poder local e os agentes privados. Um dos momentos contará com um padeiro proveniente da Galiza, a fim de dar o seu testemunho em relação aos de-

safios que a atividade enfrentou naquela região.

No dia 14, a conferência de abertura é dedicada à “Alimentação e Identidades no Norte de Portugal”, a cargo do Antropólogo da Universidade Fernando Pessoa, Álvaro Campelo. Seguir-se-á uma conversa sobre a “Evolução e Perspetivas Futuras da Atividade da Padaria em Favaios”, com o Antropólogo da Universidade de Lisboa, Paulo Castro Seixas, e o Sociólogo Rural e Docente da UTAD, Artur Cristóvão, e moderação de Mário Pinto, responsável pelo Núcleo Museológico de Favaios - Pão e Vinho.

Durante a tarde, terá lugar uma conversa com padeiras e padeiros do Concelho, dedicadas às suas “Histórias de Vida e Preocupações de Futuro”, com moderação da Docente da UTAD, Alice Vilela.

De seguida, terá lugar o debate dedicado a “Como podem o Poder Local e agentes privados promover a atividade da padaria?”, com a participação do Pre-

Especialistas reuniram-se em Alijó para debater Arqueologia no Vale do Douro

O Congresso Internacional “Territórios Esquecidos da Arqueologia Portuguesa - O caso do Vale do Douro” reuniu, no passado fim-de-semana, em Alijó, vários especialistas nacionais e internacionais. Os contributos e as conclusões que resultaram da iniciativa serão apresentadas numa publicação que vai agregar os artigos científicos apresentados durante o evento.

A sessão de abertura foi presi-

Município levou

Idosos do Concelho ao Teatro

O Município de Alijó assinalou o Dia Internacional do Idoso, que se celebra a 1 de outubro, com uma ida ao teatro. Os idosos de todas as instituições de solidariedade social do Concelho tiveram oportunidade de assistir a uma peça encenada pela companhia Filandorra, que proporcionou uma animada tarde de lazer e convívio.

O Presidente da Câmara, José

Paredes, e a Vereadora Mafalda Mendes estiveram presentes para homenagear os seniores nesta iniciativa, que contou com a parceria da Rede Social.

Esta atividade de celebração do Dia Internacional do Idoso visou criar uma oportunidade de convívio salutar entre idosos, contribuindo assim para a diminuição do isolamento social. ○

dida pelo Presidente da Câmara Municipal, José Paredes. O Município de Alijó deixa uma palavra de agradecimento aos Arqueólogos Pedro Pereira e Tony Silvano, pelo seu contributo fundamental para a organização deste Congresso.

O objetivo do Congresso passou por ampliar o conhecimento sobre o território do Douro através da partilha de informações, alargando a escala a fronteiras políticas, comparan-

sidente da Câmara Municipal de Alijó, José Paredes, do Presidente da Junta de Freguesia de Favaios, Raffaelle Baptista, do CEO da Enoteca Quinta da Avessada, Luís Barros, do Presidente da Casa do Douro e Diretor da Adega Cooperativa de Favaios, Rui Paredes, e ainda de Claudio Argibay, responsável pela Padaria Argibay (Galiza), em funcionamento desde 1882. A moderação estará a cargo da Jornalista da RTP, Juliana Pereira.

O programa será complementado com uma visita a uma padaria tradicional de Favaios, provas de pão e bola de carne. No dia 13 de outubro, o público escolar terá oportunidade de assistir a uma palestra da Docente da UTAD, Alice Vilela, sobre a importância do Pão na alimentação e realizar uma prova sensorial orientada pela Docente da UTAD, Carla Gonçalves.

Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público em geral, mediante uma inscrição através do e-mail museu.favaios@cm-alijo.pt ou 259950073.○

do formas de adaptação às influências económicas e culturais romanas nestes territórios marginais, onde a expressão do processo da romanização e do poder romano são muito particulares.

A organização resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal de Alijó, CITCEM, Eveha International, GAROM Amis des Musées Gallo Romains e Revue des Oenologues (França). ○

12 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | ALIJÓ |

Espaço “Das Terras de Foz Côa”

inaugurado para promover território

Localizado no Terminal Rodoviário, o Espaço "Das Terras de Foz Côa" surge num espaço renovado usando dois produtos também muito ligados à região, a madeira e a cortiça.

Para o autarca de Vila Nova de Foz Côa, João Paulo Sousa, "o espaço precisava ser requalificado para se tornar mais atrativo, reforçando que não se trata de uma loja de produtos locais mas sim um espaço de divulgação dos produtos de concelho".

"É um espaço de chegadas e de partidas, de residentes e turistas. Um espaço onde os residentes 'oferecem' os seus produtos endógenos, as tradições e a história, e os visitantes desde logo conhecer e adquirir um pouco do que é nosso. É um segundo posto de informação turística, se assim lhe podemos chamar", explica o autarca.

Com um investimento maioritariamente autárquico, João Paulo Sousa afirma que o município analisa criteriosamente os investimentos feitos, resultando estes em mais valias para o município, tanto a nível económico como social.

"A questão financeira nunca se colocou nos projetos que levamos a cabo, temos muito critério ao que vamos, foi o que aconteceu no 2020 e o que está a acontecer com o PRR. A ideia é fazer e fazer bem, não fazemos de qualquer forma, como podemos ver aqui neste edifício".

Presente na inauguração esteve o Secretário de Estado da Administração Local e Ordena-

mento do Território, Carlos Miguel, que destacou a importância da obra para o município. "Esta é uma obra singular, por dois aspetos: desde logo porque isto não é uma obra nova, embora pareça, mas é uma requalificação de um edifício já existente, depois porque é o aproveitamento de um espaço de passagem de pessoas para a promoção dos produtos endóge-

nos do concelho.

Quem chega a este terminal rodoviário, seja a chegar, seja a partir, tem aqui um espaço de contacto com produtos de tão grande excelência como os que se fazem aqui em Foz Côa".

Mercado Municipal fica pronto ainda este ano

À margem da inauguração do Espaço "Das Terras de Foz Côa",

João Paulo Sousa revelou que as obras do Mercado Municipal estão praticamente concluídas, estando neste momento o projeto a ser alvo de todos os licenciamentos necessários.

Para o autarca esta obra é importante para a valorização dos produtos do concelho, tendo ainda vários espaços comerciais disponíveis que serão alugados a preços controlados e com majoração para os mais novos.

"Não podemos pensar para fora se nos esquecermos quem está cá dentro. Pegando no exemplo do Mercado Municipal que será inaugurado em breve, as lojas disponíveis terão um preço de aluguer controlado e mesmo assim os jovens abaixo dos 35 anos terão ainda um desconto nesse valor. É uma forma de tentarmos fixar aqui os mais novos dando-lhes condições para desenvolverem um negócio, por exemplo".

João Paulo Sousa afirmou que o espaço "deverá ser inaugurado entre o final de novembro e o início de dezembro", e que será ainda candidatado aos Prémios de Arquitetura do Douro, "temos a ambição de ganhar mais um galardão para Foz Côa". ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 13 | VILA NOVA DE FOZ CÔA |

7ª Caminhada Noturna - Do Douro ao Marão, uma noite para recordar

Ambiente festivo, condições climatéricas convidativas e um reencontro com costumes e tradições da nossa Região, foram os ingredientes que fizeram da 7ª Caminhada Noturna um evento de sucesso em Santa Marta de Penaguião.

Integrada na Cidade Europeia do Vinho 2023, a 7ª Caminhada Noturna juntou várias centenas de pessoas, corajosos, que se aventuraram pelas encostas da Serra do Marão, numa noite que começou com o célebre arroz de feijão

no pote junto ao Santuário da Nossa Senhora do Viso e animação musical antes de pros-

seguir viagem rumo à serra do marão onde um delicioso caldo de cebola esperava todos os

heróis. Este ano, após ter sido adiada de julho para setembro, a Caminhada Noturna teve como um dos seus pontos altos a lagarada realizada a 1400 metros de altitude, para a qual todos os participantes foram convidados, mas só alguns corajosos experienciaram a tradicional pisa das uvas.

O frio que se fez sentir no topo do Marão não permitiu, infelizmente, a contemplação do tão aguardado momento do Nascer do Sol, contudo o mesmo foi deslumbrado por alguns re-

Folclore marcou mais um momento do projeto Cultura D’Ouro

O Município de Santa Marta de Penaguião realizou no passado sábado, 7 de outubro, o Cultura D’Ouro Folclore. Um evento que contou com a parceria do Rancho Folclórico

“Os Romeiros de São Miguel” que assinalou os seus 37 anos de existência.

A Praça do Município recebeu também dezasseis expositores que aceitaram o convite do Município penaguiense participando na fei-

ra de artesanato e de velharias, bem como as Comissões de festas do concelho que animaram e adoçaram a festividade D'Ouro com as suas iguarias.

Em palco atuaram o Rancho Folclórico Os Romeiros de São Miguel, o Centro Cultural e Desportivo de são João de Lobrigos, o Grupo Cultural “Os Medroenses” e o grupo convidado o Rancho Folclórico Tentação de Ludares. ○

Município investe perto de 20 mil euros em livros de fichas e manuais das AEC

Escolas dando continuidade ao regime de gratuitidade dos manuais escolares por parte do Ministério da Educação, oferecendo os livros de fichas de atividades a todos os alunos do 1.º e 2.º e 3º ciclos. Para além destes, o Município assegura também a oferta dos manuais das Atividades de Enriquecimento Curricular – AEC.

Num investimento total que rondou os 20 mil euros, os livros foram distribuídos e entregues gratuitamente a todos os alunos, independentemente de estarem ou não abrangidos pela ação social escolar.

Com esta medida, o Município penaguiense pretende, acima de tudo, criar oportunidades iguais para todas as crianças do nosso concelho.

sistentes no Santuário de Nossa Senhora do Viso, em Fontes.

O pequeno-almoço com café no pote concluiu da melhor maneira um evento em que os participantes puderam, mais uma vez, desfrutar da imensa riqueza natural destas Terras de Berço d’Ouro.

A todas as pessoas que participaram o Presidente da Câmara Municipal deixou um agradecimento especial. “É sempre um gosto ter-vos cá. Obrigado por terem tornado este evento mais especial e diferente.”

Penaguião celebrou

Dia Mundial da Música

No sentido de continuar a investir na Educação das crianças e jovens do concelho, e para que esta não seja uma

sobrecarga para as famílias, o Município de Santa Marta de Penaguião mantém a colaboração com o Agrupamento de

Que esta iniciativa seja uma mais-valia na caminhada para o sucesso escolar dos nossos alunos, e que o ano letivo 2023/2024 seja repleto de aprendizagens, sorrisos e sonhos realizados. ○

Foi com casa cheia que o Dia Mundial da Música foi assinalado, no passado domingo, em Santa Marta de Penaguião.

Em palco estiveram os alunos da Masterclass de trompa orientada pelo professor Samuel Llobell e a Banda Musi-

cal da Cumieira. Para abrilhantar ainda mais a efeméride, o público presente assistiu a um momento diferenciador com a participação especial do Prof. convidado a tocar Trompa Alpina acompanhado pela Banda Musical da Cumieira. ○

14 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | SANTA MARTA DE PENAGUIÃO |

Município de Torre de Moncorvo recebe 17º Campeonato do Mundo de Pesca ao Achigã — Embarcado

De 16 a 22 de outubro decorre nos Lagos do Sabor, em Torre de Moncorvo, o 17º Campeonato do Mundo de Pesca ao Achigã Embarcado.

Na competição estarão presentes equipas de 14 países entre eles, Portugal, Canada, Croácia, França, Alemanha, Itália, México, Porto Rico, Roménia, Sérvia, Espanha, África do Sul, Estados Unidos da América e Zimbabué.

No dia 16 de outubro tem lugar a receção dos participantes, no dia 17 e 18 de outubro os treinos e de 19 a 21 decorrem as provas, sendo que a entrega de prémios se realiza dia 21 de outubro.

A iniciativa é da Confederação Internacional de Pesca Desportiva, Federação Internacional de Pesca Desportiva em Água Doce, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva e Município de Torre de Moncorvo. Torre de Moncorvo tem-se vindo a afirmar como um local de excelência a nível nacional e internacional para a prática da pesca desportiva, tendo recebido recentemente várias provas de grande importância das quais destacamos a realização de campeonatos nacionais de pesca embarcada ao Achigã, do Campeonato 2 do Mundo de Pesca em Caiaque 2022 e agora com o Campeonato do Mundo de Pesca ao Achigã Embarcado 2023. ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 15 | TORRE DE MONCORVO |

NAÍDE GOMES

Nasceste em S. Tomé e Príncipe. Como foram as tuas raízes até vires para Portugal? Manténs contacto com as origens?

Eu saí da minha terra aos 9 anos e depois regressei, anos mais tarde, e estive lá em competição. Cheguei a representar o país que me viu nascer. No entanto, com o crescimento da minha vida estruturada em Portugal – que já tinha antes do regresso –, fazia todo o sentido eu obter a nacionalidade portuguesa, porque foi aqui que eu nasci para o atletismo e que comecei a fazer a minha vida. Mesmo a nível de condições, aqui teria muito mais para poder evoluir.

Sabemos que o teu processo de naturalização foi muito difícil. Olhando agora para ele, e com esta distância e como é atualmente, por que achas que foi assim?

Foi muito moroso! A razão de ter sido longo devia-se ao facto de a minha mãe não ser portuguesa, apesar de luso-descendente. Ela tinha pedido para ser portuguesa na altura e eu, como era menor, só podia pedir a naturalização a partir dos 18 anos. Quando ela obteve a nacionalidade, foi depois mais fácil para mim eu obter de seguida a dupla nacionalidade. Até porque a Federação Portuguesa de Atletismo e o Sporting deram um empurrão, pois eu já era uma atleta de algum destaque. Eles também tinham interesse que eu pudesse representar as cores de Portugal. Tal aconteceu aos 21 anos, idade com que representei pela primeira vez este nosso país e que consegui, na Áustria, a minha primeira medalha – que foi de prata.

Acabou por ser um bom presságio. Valeu a espera…

Pois foi. E o facto de ter conseguido a naturalização ajudou-me nessa força e vontade de vencer. Eu sou muito assim, funciono por estímulos e queria muito mostrar que valia a pena apostarem em mim, tendo dado ainda mais o meu melhor. Gostava de provar o meu valor. Continuo a ser assim.

Guardas para ti como o melhor da tua carreira as duas medalhas de ouro como campeã do mundo?

Penso que não. Acho que tudo foi importante, em disciplinas diferentes. Eu tive outros resultados igualmente valorizáveis, nomeadamente a de ter alcançado a marca de 7,12 metros. Para mim, foi o melhor resultado que

tive a nível da minha performance Sempre foi o meu objectivo, o meu sonho, saltar para lá dos 7 metros, aliado às medalhas alcançadas, do ouro ao bronze. Todos esses resultados são importantes, fazendo jus ao qual lutei e que alcancei.

Infelizmente também foi havendo o “reverso da medalha”: não basta quereres e lutares, face às contrariedades que foram surgindo em 13 anos, como as 5 lesões tidas…

Sim, as lesões sempre foram o meu martírio, o meu calcanhar de Aquiles, naturalmente. Mas eu sabia que para chegar ao topo, para conquistar os meus objetivos, tinha que aguentar alguma dor, trabalhar em cima da dor, com o risco de tornar a lesão mais séria. Ora a parte médica teve sempre um papel fundamental na minha carreira: tinha apoio, fazia fisioterapia diariamente, para conseguir manter-me e aguentar.

Imagino que de 2013 a 2015 deve ter sido um período de maior frustração para ti: ser uma lesão a ditar o fim da tua carreira e a protelar a ver se conseguias voltar…

Em 2012 rompi, literalmente, o tendão de Aquiles, a seis meses de começarem os Jogos Olímpicos de Londres. Seriam os meus últimos Jogos, de acordo com o que tinha definido para mim. Tinha, portanto, meio ano de intensa recuperação. Quando chegaram os Jogos, a dor ainda estava lá e eram muitas. Foi um ano parada, a preparar-me

e tentar voltar a competir. No ano seguinte fui submetida a segunda cirurgia. Tinha esperança em conseguir retomar. Voltei, mas os resultados eram de longe aquilo a que eu estava habituada a fazer. E continuava com dores. Em 2014 fui, novamente, operada, porém aí em Madrid. Depois, tentei voltar, estava a conseguir alguns resultados e aquela sensação de que iria atingir o melhor, no entanto tive uma lesão no joelho. E tive de ser operada, de novo. Então aí, pensei bem se valia a pena ter mais um ciclo olímpico perdido, de quatro anos, se chegaria ao patamar que era o meu. Com esse muito tempo em que estive lesionada, perdi treino, perdi capacidade de salto por causa do tendão de Aquiles – que já não era igual. E o médico disse-me que já não seria possível treinar a 100 por cento, quando eu dava 200. Tinha, portanto, de decidir terminar a minha carreira. Não queria estar a arrastar-me pela pista e ficar-me por resultados medíocres. Saltar 6 metros, já não era para mim!

É natural sentires saudades, por falta daquela adrenalina, mas em termos mentais/psicológicos isso mexeu contigo e afetou-te? Ou a gravidez ajudou?

Sem dúvida que senti falta dessa adrenalina que tinha. Foi a decisão mais difícil que tive de tomar em toda a minha vida! Felizmente não fiquei depressiva, porque a gravidez que tinha na altura ajudou-me imenso. Tinha algo com que me

preocupar, essa minha “medalha olímpica” que estava para nascer, a medalha mais importante da minha vida que carregava na barriga. Ajudou a suavizar. Mas depois de nascer houve momentos em que eu pensava no passado e tinha vontade de voltar e não podia. Várias vezes fui a baixo, por causa disso, mas tinha o meu filho a quem me agarrar e comecei, de seguida, a trabalhar. Isso também me ajudou a ultrapassar, sem psicólogo, apesar da tristeza que por vezes me invadia.

Evitavas ter essas memórias da atleta campeã para que a saudade e a tristeza não batessem mais forte?

E o seguires fisioterapia apoiou-te nesse sentido?

A fisioterapia também não me ajudou, numa fase inicial. Porque como estava no atletismo, tinha de acompanhar os atletas em competição. Eu estava ali, do lado de lá, sem poder competir como sempre fiz e a ver que já não podia fazê-lo, a reviver tudo aquilo. Era estranho para mim. Daí que me afastei um pouco e optei por não fazer fisioterapia a atletas de atletismo, precisamente por isso. O Sporting deixou-me ficar no gabinete médico com outras modalidades do clube, e assim continuo.

Sei que fizeste, posteriormente, uma especialização de treino. Como tem sido?

Ora bem, antes, enquanto eu ainda competia e enquanto recuperava das últimas lesões estava a tirar a

licenciatura em Fisioterapia, que depois concluí. Com o passar do tempo, senti necessidade de saber mais, de ter mais conhecimentos sobre métodos de treinos. Por isso tirei o curso de treino especializado, de treinadora pessoal de exercício físico. Foram dois anos, antes e durante a pandemia, o que complicou um bocado. Pretendi saber como, sendo eu fisioterapeuta, poderia ajudar melhor os atletas nos seus treinos. Faço treinos personalizados a alguns alunos meus. Estive num ginásio a trabalhar, mantendo o meu trabalho profissional no Sporting, mas tive de terminar. Já que com o meu emprego e com os dois filhos não era “pêra doce”. Por isso, optei por dar apenas alguns treinos.

De que forma tens ensinado e ajudado esses atletas de alta competição de outras modalidades? Que conselhos lhes dás?

Na conversa com eles, e com base na experiência que tenho, falámos como foi com as minhas lesões, como fiz para ultrapassá-las, como era gerir as emoções quando se aproximavam as provas e os Jogos. Os conselhos que dou é mais a nível da prevenção, para evitarem de chegar à lesão séria, naquele momento em que parecem estar bem e afinal não estão, impedindo de competir. Como aconteceu comigo. Mesmo quando não se tem lesão é essencial manter a fisioterapia, para prevenir.

E dado que nos aproximamos de mais uns Jogos Olímpicos, o que

16 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | ENTREVISTA |
Texto: André rubim rAngel

“Em Portugal valoriza-se pouco os professores, e está errado!”

dades?

tens recomendado especificamente aos atletas que acompanhas e que vão estar lá?

Para além de treinarem bem, o conselho vital que lhes dou é o do descanso! O descanso é tão ou mais importante que o treino. Não vale a pena treinar duas vezes durante o dia se depois me deito às duas da manhã. O nosso corpo foi submetido a forte esforço levado ao limite e depois precisa de ser recuperado, precisamente durante a noite, é preciso dormir bem, para repor algumas hormonas e energias. Isso é muito importante. Eu costumo dizer aos atletas que eu própria dormia 13 horas para conseguir recuperar para o próximo treino. E estar bem comigo e com o meu corpo, sem ter lesões, esse tempo de dormida e descanso era crucial. Ora o ser 13 horas ou não, depende muito de pessoa para pessoa, da necessidade de cada qual.

Viajando agora até ao Douro, o que te diz esta região? Algo a referenciar?

De facto, nunca estive no Alto Douro, nem pessoal ou turisticamente nem em nenhuma prova, quando estava na alta competição. Mas sei que é lindíssimo – pelo que vejo na televisão – e tenho enorme interesse em conhecer. Aliás, já tenho falado em família dessa vontade e um dia iremos mesmo conhecer essa região fantástica.

Sei de casos em que a pandemia veio afetar e fazer reduzir a actividade física dos Portugueses. Consideras assim?

Eu achei, precisamente, o contrário. Como as pessoas não podiam fazer outras coisas e tiveram muito tempo confinadas em casa, muitas iam saindo de casa para dar umas caminhadas ou corridas. Era uma forma de saírem de casa. Ou, se não saíam, faziam algum exercício simples em casa. Na pandemia, foi quando me senti a treinar mais (risos). Se não ficava louca, estar tempo em casa sem fazer nada.

E sentes que, a nível nacional, tem havido mais provas de atletismo nas cidades, mesmo organizadas por empresas alheias ao desporto e/ou com âmbitos solidários?

Sim, sem dúvida! As pessoas têm aderido muito a essas provas. Tudo é válido quando é para pôr o povo a mexer. É preciso que haja consistência! Que não seja apenas uma prova ou outra e, depois, nunca mais fazer. Portanto, há que manter a rotina e fazer, no mínimo, 30 minutos em cada três vezes por semana, conforme recomendação pela OMS. Se todos fizessem isso já não seria nada mau! E preveniria muitas doenças cardiovasculares, entre outras.

Quanto aos teus rebentos, já vislumbras que eles possam seguir o Desporto, mesmo que não seja com uma carreira igual à tua?

Os meus dois filhos – o mais velho tem oito anos – já praticam Desporto, mesmo não sendo atletismo para já. Pois quero que experimentem outras modalidades. Depois, ao experimentarem o atletismo, decidirão em qual

querem continuar, para além das modalidades que a Escola lhes proporciona. Mas irei apoiá-los naquilo que decidirem.

Contas ir apoiar os atletas olímpicos, com quem tens trabalhado como fisioterapeuta, em «Paris2024»?

Infelizmente, não. Ainda há dias falava disso mesmo com um deles. Não por eu não querer, mas desde que deixei de ser atleta de alta competição e mesmo estando ligada aos que o são agora lamentavelmente nunca recebi um convite do Comité, sem ser em trabalho – porque não teria disponibilidade para isso –, a fim de poder ver uns Jogos ou uns Mundiais… Isso também me deixa triste.

Não deixas de ser uma figura pública. No entanto, como foi esta e está a ser essa transição de menos pressão e mediatismo na tua vida atual?

Ainda há muita gente que me conhece, na rua, e me aborda, reconhecendo os meus feitos. E isso é bom e muito gratificante! Claro que não é como antigamente, que era um exagero e até me sentia incomodada. Hoje em dia é mais tranquilo e até gosto. É agradável ver que as pessoas não se esqueceram do que fiz pelo País e do que conquistei com os Portugueses.

Que análise fazes sobre o nosso país comparativamente a outros que muito investem e apostam nos Jogos Olímpicos, com muitos mais atletas e em muitas mais modali-

Eu, realmente, não estou muito por dentro desta questão mais política e governativa que faz haver essa diferença. Mas, a meu ver, o facto de o nosso país ser pequeno condiciona, mesmo em termos populacionais. Daí não termos muitos mais atletas e muito mais alta competição em todas as modalidades. Segundo, nós não estamos preparados, a nível de estudos, em manter os mesmos a par duma carreira de atleta profissional. Muitos deixam de estudar para seguir o Desporto. Há muitas dificuldades em manter ambas as vertentes. E o problema do Desporto é a quase impossibilidade de se conseguir viver só deste, pelo menos em Portugal. Por exemplo, nos EUA eles estão preparados para conseguir conciliar ambas as situações, porque o sistema deles assim permite. Nós não. Eu consegui manter os meus estudos e quando acabou a minha vida de alta competição pude fazer algo mais com os meus estudos superiores e ter um novo emprego. Quanto ao panorama em que estamos, até não estamos muito mal, mas tem de haver renovação. Os atletas mais antigos vão saindo, fruto da idade, importa irem entrando e apostando em novos talentos. Era importante haver uma bolsa vitalícia para os que foram atletas de alta competição, para lhes ajudarem na sua vida. Seria um justo incentivo, já que não o têm durante a sua carreira.

Olhando às várias modalidades que temos, e que tanto êxito e sucesso já nos deram, como vês esta preferência geral pelo futebol?

Em relação ao que estava a analisar, há que ter em conta que mesmo para um futebolista profissional, a ganhar muito dinheiro, não vai jogar sempre e o dinheiro não vai durar eternamente… Mas isso que me perguntas, prefiro nem comentar a sério. O que sei é que o futebol é outro campeonato. Ele é um negócio que gera milhões! Nem quero entrar nessa guerra. Infelizmente, a nossa cultura é muito futebolística. E tudo isto passa pela nossa cultura. Tantos portugueses que sabem de tudo sobre futebol! Mas das outras modalidades, nem por isso.

E como fazer entrar o atletismo, ou outras modalidades, num tipo de negócio que também dê mais frutos e que seja sustentável financeiramente?

É muitíssimo difícil, porque é realmente uma questão cultural. E isso não se muda assim. Nos EUA e na Jamaica, a nível do atle-

tismo, vemos que é outra cultura e os atletas têm outra dimensão, outros privilégios. Não dá para comparar.

De todas estas crises que vamos enfrentando em Portugal e no Mundo o que mais te incomoda e preocupa? Mesmo pensando no futuro dos teus filhos…

Tudo o que não está bem e interfere connosco me incomoda. E me preocupa o futuro dos meus filhos. O que está para vir, como é o caso da inteligência artificial. Daqui a uns anos vai dar um boom, mesmo com coisas mais sérias. Obviamente que é muito complicado viver assim, com tantas áreas que nos estão implicadas estarem mal, umas piores que outras.

Se tivesses o condão para mudar algo ou a oportunidade liderante para tal, onde começarias?

Começaria precisamente nas duas áreas que considero serem principais e que ambas estão mal. A Educação e a Saúde. Na Educação é preciso, obviamente, valorizar mais os professores. Eles é que conseguem, juntamente com os pais, fazer muito pelo ensino e educação dos nossos jovens. É um papel importante, porque eles formam os adultos do amanhã e o futuro do país. Em Portugal valoriza-se pouco os professores, e está errado! Há que apostar, igualmente, ainda mais nas Escolas e no Desporto Escolar. Há que criar mais infra-estruturas, mais condições e métodos de treino. A nível da Saúde, há também muito a melhorar!

Concluímos, pedindo-te uma mensagem para terminarmos mais animados, com o alento necessário para nos levantarmos quando caímos… A mensagem é simples, embora nem sempre fácil de aplicar: é vivermos o nosso dia-a-dia, vivermo-lo bem e tentarmos viver ao máximo e o mais positivamente possível. Ou seja, pegar em pequenas coisas e transformar o negativo em positivo. Era isso que fazia enquanto desportista. Se algo correu mal, não vou ficar ali a derramar lágrimas e mais lágrimas sobre o assunto. Há que dar a volta e ver o que correu mal, trabalhando para aperfeiçoar e para alterar, enquanto houver saúde e força de vontade. Portanto, o conselho que dou é que as pessoas não deixem de acreditar nelas próprias, que hajam, que não tenham medo e que – como dizia o grande Ruy de Carvalho nestes últimos «Globos de Ouro» – “vivam, vivam, vivam com intensidade. Façam como eu!”. ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 17 | ENTREVISTA |

A Diretora Regional de Conservação da Natureza e Florestas do Norte, Sandra Vinhais Sarmento, esteve no dia 25 de setembro a visitar as intervenções e os trabalhos de manutenção e limpeza da Rede Primária das Faixas de Gestão de Combustível feitos nos últimos meses em cerca de 60 hectares de terrenos ao longo de cinco quilómetros de estrada no cimo da Serra de Leomil, Moimenta da Beira. O Presidente da Câmara Municipal, Paulo Figueiredo, acompanhou a dirigente em todo o percurso serrano.

A instalação da Rede Primária de Faixas de Gestão de Combustível permite e facilita muito a intervenção direta de combate ao fogo, protegendo de forma passiva vias de comunicação, infraestruturas e equipamentos sociais, zonas edificadas e povoamentos florestais de enorme valor. “Funciona como um elemento estruturante da paisagem rural”, lembrou a diretora Regional, que elogiou a excelência da articulação conseguida no terreno entre todos os elementos envolvidos nesta

intervenção.

“A serra é vastíssima e já assistimos a grandes incêndios que causaram prejuízos incalculáveis no seu espaço geográfico. Tudo o que for feito em prol da nossa serra, como é o caso agora, é muito importante, tendo em conta o valor socioeconómico, paisagístico e ecológico dos espaços rurais”, lembrou o

de

corporações

provas físicas na pista de atletismo do Estádio Municipal

Foi a primeira vez que Moimenta da Beira acolheu provas de avaliação da condição física prestados por bombeiros para integrar Equipas de Intervenção Permanente (EIP) das associações humanitárias de bombeiros. A ação, promovida pelo Comando Sub-Regional do Douro, realizou-se no dia 28 de setembro, na pista de atletismo do Estádio Municipal.

Ao todo foram 93 participantes de 27 corpos de bombeiros, a maioria do Comando Sub-Regional do Douro, que integra os 19 municípios da Comunidade Intermunicipal do Douro. Mas os exercícios foram também abertos aos corpos de bombeiros do Comando Sub-Regional do Tâmega e Sousa, sediado em Baião, e do Comando Sub-Regional do Alto Tâmega e Barroso, com sede

em Chaves.

A avaliação da condição física consistiu num ‘Teste Cooper’, que calcula a capacidade cardiorrespiratória através da análise da distância percorrida durante 12 minutos.

O conteúdo funcional dos bombeiros que integram EIP está associado ao desempenho de funções de elevada exigência física e psíquica, designadamente em missões de garantia em permanência do combate a incêndios; ao socorro às populações em caso de acidentes ou catástrofes; socorro, em segunda intervenção, no âmbito da urgência pré-hospitalar; e a minimização de riscos em situações de previsão ou ocorrência de acidente grave. ○

Presidente da Câmara.

Cerca de duas dezenas de pessoas, entre elementos da GNR, Juntas de Freguesia de Alvite e Leomil, técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, Proteção Civil, Bombeiros e Sapadores Florestais, incorporaram a comitiva que acompanhou sempre a dirigente e o Presidente da Câmara Municipal. ○

Reedição de “A Via Sinuosa”, obra de Aquilino Ribeiro, apresentada em Soutosa

A última reedição de “A Via Sinuosa”, obra originalmente escrita e publicada por Aquilino Ribeiro em 1918, cinco anos depois da sua estreia literária com “Jardim das Tormentas”, foi apresentada no domingo, dia 1 de outubro, em Soutosa, Moimenta da Beira, a aldeia-mundo do escritor.

A cerimónia de apresentação daquela que é a sua primeira obra biográfica (mas ficcionada), cuja ação decorre parcialmente no Convento de S. Francisco, Moimenta da Beira, foi presenciada por perto de duas centenas de pessoas que quase lotaram a capacidade da tenda que foi instalada entre muros da quinta onde está sediada a Fundação Aquilino Ribeiro. O livro foi publicado pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira, em parceria com a Bertrand Editora.

O evento, inserido no programa nacional dos “60 Anos da Morte de Aquilino Ribeiro”, que envolve as três autarquias das Terras do Demo, mais Pa-

Duas freguesias de Moimenta da Beira entre as menos poluídas de Portugal continental

Sever e Sarzedo integram a reduzida lista de 32 freguesias de Portugal continental, entre as 2.882 atualmente existentes, que registam uma média de poluição do ar abaixo do máximo estipulado pela Organização Mundial da Saúde. Para ser considerado ‘ar seguro’, cada metro cúbico de ar não pode conter mais de 5 microgramas das partículas PM2,5.

A conclusão faz parte de uma investigação do jornal britânico The

Guardian, que afirma que 98% dos europeus respira ar tóxico, perigoso para a saúde. De acordo com o estudo, os “valores são uma média da poluição do ar registada entre 2000 e 2019, medida através da concentração de partículas PM2,5 por metro cúbico”.

A poluição do ar causa a morte prematura de 1.200 crianças e adolescentes todos os anos na Europa, de acordo com um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA) publicado em abril de 2023. ○

Sabores aquilinianos servidos à mesa pelos melhores Chefs

redes de Coura, sentou à mesa de honra Paulo Neto, diretor da revista literário “Aquilino”; Eduardo Boavida, diretor da Bertrand Editora; Aquilino Machado, neto do escritor; João Soares, editor, deputado, antigo Ministro da Cultura, que escreveu o prefácio do livro; João Ribeiro da Silva, Chefe de Divisão de Promoção e Dinamização

Cultural da Direção Regional

de Cultura do Norte; e Paulo Figueiredo, Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira. Todos discursaram, sempre de forma laudatória, justa e merecidamente numa cerimónia marcada também pela excelência dos três momentos musicais proporcionados pela Orquestra CemNotas. A cerimónia encerrou com merenda aquiliniana!

Sete dias, sete restaurantes aderentes e quatro Chefs de referência da cozinha portuguesa estão envolvidos na 2ª edição do "Moimenta com Sabor", iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira que vai decorrer durante este mês de outubro, “Mês Enogastronómico”, sempre aos jantares de sexta e sábado, jantares de sabores aquilinianos confecionados pelas mãos iluminadas dos Chefs Paulo Cardoso, Luís Machado, Fábio Bernardino e Thomas Egger. As reservas, essas devem ser feitas atempadamente nos próprios restaurantes.

As ementas de paladares da gastronomia local, tanto ao gosto de Mestre Aquilino, começaram a ser servidas no dia, 7 de outubro, no restaurante S. Francisco, localizado no Alto de S. Francisco, pelo Chef Paulo Cardoso.

No fim-de-semana seguinte é a vez do Chef Luís Machado celebrar o palato do cardápio aquiliniano

ao confecionar os pratos no Íris Bar, restaurante em Porto da Nave, na freguesia serrana de Alvite, na sexta-feira, 13, e no dia seguinte, sábado, no Hotel Verdeal, dias que vão coincidir também com a 14ª edição dos Fins-de-semana Gastronómicos do “Turismo Porto e Norte de Portugal”, em Moimenta da Beira, em que a ementa especial será constituída por três pratos, todos também da rica gastronomia local.

Na sexta e sábado seguintes, 20 e 21, o Chef Fábio Bernardino servirá as ementas dos melhores sabores e produtos regionais, primeiro n’A Cervejaria, jantar de sexta-feira, e no sábado no restaurante O Lopes, na Barragem de Vilar.

A fechar, dias 27 e 28, entra em ação o Chef Thomas Egger que irá cozinhar no Coisas D’Aldeia, na sexta-feira, e no sábado no Bela Vista.

Este ano, a 2ª edição do "Moimenta com Sabor" integra a programação de eventos da Cidade Europeia do Vinho 2023. ○

18 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | MOIMENTA DA BEIRA |
Bombeiros
trinta
realizam
Cerca de 60 hectares de terrenos limpos na serra de Leomil para facilitar intervenção direta de combate ao fogo

Programa Nacional Diabetes em Movimento

Diabetes em Movimento é um programa comunitário para pessoas com diabetes tipo 2, sob a coordenação da Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física e do Programa Nacional para a Diabetes.

Decorreu no dia 2 de outubro, uma sessão de apresentação para alguns utentes do concelho de S. João da Pesqueira, com indicação do médico de família para frequentarem este programa.

O Município de S. João da Pes-

Centro de Explicações

O Município de S. João da Pesqueira vai continuar a disponibilizar, neste ano letivo, o Centro de Explicações aos alunos do concelho.

Com explicações às disciplinas de Português e Matemática, lecionadas por docentes devidamente habilitadas e com experiência profissional, sendo destinadas a alunos dos 2º. e 3º. Ciclos, bem como aos alunos do Ensino Secundário.

As explicações terão lugar aos sábados, com início no dia 4 novembro de 2023, a partir das 9 horas, na Escola Profissional de São João da Pesqueira.

O Município divulgará o mais oportunamente possível os horários, que serão elaborados após as inscrições dos alunos.

As explicações constarão de 4 blocos mensais de 90 minutos cada e terão um custo de 25,00 Euros por disciplina/ mês, suportando o Município o remanescente do valor das mesmas.

As inscrições estarão abertas entre os dias 3 e 30 de outubro de 2023, e deverão ser feitas por via telefónica para o número 933 844 618 (Dra. Dora Reis). ○

Reunião de viticultores em S. João da Pesqueira

A Federação Renovação do Douro / Casa do Douro (FRD / CD) e a Associação da Lavoura Duriense ALD) através dos Conselheiros do Interprofissional do IVDP, com o apoio do Município de S. João da Pesqueira, realizaram uma reunião no dia 9 outubro, no

Cineteatro de São João da Pesqueira, aberta a todos os viticultores da região.

Na ordem de trabalhos estiveram assuntos como a análise da situação atual da viticultura na região e propostas para serem endereçadas para o Ministério da Agricultura. ○

queira convida os munícipes que têm diabetes tipo 2 a aconselharem-se junto do seu médico de família e saber se é possível integrar o programa Diabetes em Movimento. Sendo gratuito, funciona três vezes por semana e tem o acompanhamento de um

técnico de exercício físico e de um enfermeiro, para que tenha todo o acompanhamento necessário e segurança.

Este programa tem o apoio do Município de S. João da Pesqueira e está em funcionamento desde o dia 4 de outubro, das 14h15

às 15h30, três vezes por semana, no Pavilhão Gimnodesportivo. O programa inclui ainda a participação em sessões de Educação para a Saúde, onde se abordam temas como a alimentação, o pé diabético, a medicação, entre outros. ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 19 | S. JOÃO DA PESQUEIRA |

Mais de 300 novos alunos garantem números recorde na ESTGL

No total são 329 os novos alunos que este ano se inscreveram na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (ESTGL), um número recorde que o Presidente Miguel Mota, atribui ao trabalho desenvolvido nos últimos anos.

Terminado o processo de candidaturas ao ensino superior, a ESTGL, regista números recorde. Que balanço faz deste processo?

Os números de candidatos colocados e de matriculados, neste ano letivo, são efetivamente um recorde e correspondem aos objetivos a que me propus em 2019, no início do meu mandato, tendo sido, sem dúvida, um resultado histórico que vai ao encontro da estratégia, atualmente, adotada pela presidência do IPV.

No que a novas matrículas diz respeito, este ano letivo 2023/2024, contamos com 185 em licenciaturas, 64 nos mestrados e 80 em CTeSPs, que totalizam 329 novos alunos.

É importante também referir que a ESTGL conseguiu, este ano, preencher 75% das vagas disponíveis dos cursos de licenciatura, com os candidatos do Concurso Nacional de Acesso, sendo esta uma percentagem bastante significativa no âmbito de um indicador de elevada importância.

Assim, atualmente, contamos com um total de 740 alunos dos quais, 507 matriculados nas licenciaturas, 77 nos mestrados e 156 nos variados CTeSPs (lecionados em Lamego, Moimenta da Beira e Sernancelhe).

Estes números trazem novos desafios para a Escola. Quais são e como está a escola preparada para lhes responder?

São realmente muitos os desafios com os quais atualmente nos deparamos. O crescimento, assim como, o atual posicionamento da ESTGL, refletem o crescente reconhecimento da excelência e do empenho da Escola em oferecer cursos que vão ao encontro das necessidades da comunidade e do mercado, destacando o compromisso da ESTGL com o território, onde está sempre presente, bem como o seu papel vital no panorama educativo da região onde está inserida.

Um problema que já estamos a ter desde 2021 prende-se com a capacidade das nossas instalações, que já à data eram limitadas e atualmente não conseguem satisfazer as necessidades. A colaboração do Município de Lamego tem sido fundamental, tendo, a ESTGL, já duas turmas da área tecnológica com

aulas no Complexo Desportivo e, também, têm surgido soluções pontuais, mas que teremos de solucionar definitivamente.

Está em cima da mesa, como já é do conhecimento público, a construção de um edifício 2 na parte superior do Mercado Mu-

nicipal, sendo esta uma solução que necessita, com urgência, de ser concretizada.

Outro desafio é relacionado com o alojamento pois, também, é importante referir que grande parte dos nossos alunos são alunos deslocados e a oferta

deste problema. Até lá temos contado com a ajuda da Associação de Estudantes na procura de soluções para os nossos novos alunos.

Foram este ano lançados dois novos mestrados. Quais são e qual o balanço das candidaturas neste caso?

Ao longo dos últimos três anos criámos formações nos variados graus de ensino. No que aos mestrados diz respeito aumentamos a nossa oferta formativa, que estava centrada na Gestão das Organizações Sociais e na Gestão do Património Cultural e Desenvolvimento Local e este ano contamos com o primeiro ano do Mestrado em Assessoria nas Organizações, que preencheu a totalidade das 20 vagas e o primeiro ano do mestrado em Tecnologias de Informação e Automação que abriu com 10 alunos. Recebemos também, nos últimos dias, a aprovação por parte da A3ES do Mestrado em Controlo de Gestão e Ciência de Dados que, possivelmente, abrirá em fevereiro de 2024.

A escolha destes mestrados reflete a aposta formativa da Escola?

A escolha destas áreas, para os novos mestrados, foi estratégica para dar continuidade às formações de 1º ciclo que disponibilizamos, bem como, a toda a aposta que tem sido feita a nível dos novos CTeSPs. Esta aposta vai ao encontro do objetivo que temos de fidelização, pois pretendemos que todos aqueles que escolhem a ESTGL, para iniciarem a sua formação académica, encontrem na ESTGL formação ao longo da vida e sejam sempre nossos alunos.

Todo este trabalho é também desenvolvido com outras organizações fora da ESTGL. A Escola tem um papel vital na comunidade local?

Não posso deixar de salientar a importância do fortalecimento de parcerias com as diversas organizações locais e regionais. Estas parcerias são vitais para o desenvolvimento do território, num trabalho que se crê que seja desenvolvido em cooperação entre ensino superior, mercado de trabalho e comunidade.

de alojamento, para estudantes, na cidade de Lamego é escassa.

Aguardamos com muita expetativa a conclusão da Residência de Estudantes, que contará com 46 camas e, também, com uma sala de estudo aberta 24 horas, que ajudará a solucionar parte

Os nossos alunos, licenciados e mestres, desempenham um papel vital na comunidade local, e continuamos empenhados em aprofundar essas relações para criar oportunidades de estágio, emprego e investigação.

Todos os aspetos referidos estão e vão contribuir para o fortalecimento da economia local e regional. ○

20 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | LAMEGO |

Unidade de Saúde Pública do ACES Douro

O movimento Outubro Rosa teve início na década de 90, nos Estados Unidos da América, com o propósito de sensibilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama.

Em Portugal, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) promove a comemoração deste mês e através do estabelecimento de parcerias com várias entidades da sociedade civil, solidariedade social, entre outras, desenvolve várias iniciativas, sempre com a finalidade de consciencializar a sociedade para a prevenção e o diagnóstico precoce do cancro da mama, nomeadamente através do rastreio.

Observa-se durante este mês uma adesão da comunidade em geral a esta iniciativa, são muitos os encontros, caminhadas, palestras, que se realizam no decorrer do mês, sempre com a mesma mensagem de apelo à impor-

Outubro Rosa: Prevenção do cancro da mama

Paralelamente aos exames de rastreio, há sintomas de alerta aos quias devemos estar atentos, já que o cancro da mama pode causar alterações visíveis:

tância da prevenção e diagnóstico precoce, bem como de esperança para que se encontra em processo de tratamento.

Segundo dados da LPCC, o cancro da mama é o mais prevalente em Portugal. Apesar de ter uma maior incidência na mulher, 1 em cada 100 cancros da mama acontecem em homens.

Há vários fatores de risco que podem concorrer para o cancro da mama, nomeadamente: a idade, antecedentes de cancro da mama, alterações genéticas hereditárias, consumo de tabaco, consumo excessivo de álcool, primeira menstruação precoce e menopausa tardia.

No caso do cancro da mama a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais, tanto para o aumento da sobrevivência, como para a manutenção da qualidade de vida. Quando o diagnóstico é feito precocemente, o cancro da mama tem uma taxa de cura superior a 90%.

O Programa de Rastreio de Cancro da Mama é uma atividade da LPCC, realizada em colaboração com os Cuidados de Saúde Primários, e que cobre atualmente toda a região norte do país. As unidades móveis deslocam-se de 2 em 2 anos a

cada concelho, e as mulheres são convidadas a participar através de uma carta-convite para a realização de uma mamografia (gratuito). São incluídas neste programa de rastreio as mulheres com idades entre os 50 e os 69 anos, inclusive.

Qualquer alteração na mama ou no mamilo, quer no aspeto quer na palpação;

Qualquer nódulo ou espessamento na mama, perto da mama ou na zona da axila; Sensibilidade no mamilo; Alteração do tamanho ou forma da mama;

Retração do mamilo (mamilo virado para dentro da mama);

Pele da mama, aréola ou mamilo com aspeto escamoso, vermelho ou inchado; pode apresentar saliências ou reentrâncias, de modo a parecer “casca de laranja”.

Secreção ou perda de líquido pelo mamilo.

Nos estádios iniciais o cancro da mama não causa dor, no entanto, se sentir uma dor na mama que persiste, deve consultar o seu médico.

Para todos os dias sejam cor-de-rosa, vamos prevenir, detetar, tratar e vencer! ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 21 | OPINIÃO | 21 outubro 14h30 CORRIDA DO AMBIENTE MILHA NACIONAL DESPORTO ADAPTADO Para mais informações: www.resinorte.pt
Ana Luísa Santos, Emília Sarmento, Helena Pereira Enfermeiras Especialistas em Enfermagem Comunitária Unidade de Saúde Pública do ACeS Douro I

Peddy-Paper no Centro Interpretativo da Mulher Duriense

A Câmara Municipal de Armamar promoveu no fim de semana de 22 a 24 de setembro um peddy-paper no recentemente inaugurado Centro Interpretativo da Mulher Duriense.

A Autarquia assinalou desta forma as Jornadas Europeias do Património (JEP).

A iniciativa permitiu aos participantes conhecer um espaço pensado para despertar o pensamento crítico em torno da identidade feminina, a sua valorização e a evolução do papel da mulher na sociedade.

As JEP são uma iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da Comissão Europeia, dinamizada pelos 50 Estados signatários da Convenção Cultural Europeia, este ano sob o tema Património Vivo.

Hardlevel promove campanha de sensibilização ambiental em Armamar

A empresa Hardlevel visitou na última semana de setembro os estabelecimentos comerciais que ainda não efetuam a separação do óleo alimentar usado (OAU).

A campanha de sensibilização, realizada em estreita colaboração com o município, permitiu advertir para a reciclagem de OAU e evitar problemas ambientais.

A empresa Hardlevel, líder em Portugal na gestão de OAU, procura alertar que, apesar de ser poluente, quando devidamente gerido o OAU é um resíduo útil. Pode ser utilizado como matéria-prima para a produção de biocombustíveis, que ajudam a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e evitar problemas como a poluição da água e do solo e a obstrução do sistema de tubagem. ○

III Trail e Caminhada Rota da Maçã de Montanha

Município de Armamar instala novos contentores para resíduos indiferenciados

No passado dia 22 de setembro iniciou-se a substituição dos contentores de resíduos indiferenciados em todo o município de Armamar. A medida enquadra-se no contrato de serviço entre a Câmara Municipal de Armamar e a empresa RESUR - Gestão de Resíduos e Higiene Urbana.

A substituição deve-se à mudança de cor destes contentores, até agora na cor verde e que se confundiam com os contentores verdes destinados à reciclagem do vidro. Assim os novos contentores apresentam-se na cor cinzento escuro.

Piscinas Municipais Cobertas reabriram dia 2 de

outubro

A terceira edição do Trail e Caminhada Rota da Maçã de Montanha realiza-se durante a tarde do dia 14 de outubro, integrado na Feira da Maçã 2023. O evento é promovido pela Autarquia Armamarense e tem como propósito promover a prática desportiva e a marca

Armamar, Capital da Maçã de Montanha.

São 3 os percursos: o trail, com dezoito quilómetros; o trail curto, com cerca de doze e; a caminhada, de 8 quilómetros.

Estima-se que mais de 400 pessoas participem no evento, seja a correr ou a caminhar. ■

As Piscinas Cobertas de Armamar reabriram no passado dia 2 de outubro. O espaço, constituído por uma piscina semiolímpica e uma piscina de aprendizagem, dispõe de

diversas atividades desportivas.

Estão disponíveis aulas de natação, sessões de hidroginástica, de reabilitação aquática e natação para bebés. Para

além disso, o espaço integra um ginásio bem equipado onde os utilizadores têm o acompanhamento de técnicos especializados no aconselhamento e orientação de treino. ■

22 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | ARMAMAR |

Situação da lavoura duriense leva a reuniões da produção

A Federação Renovação do Douro - Casa do Douro e a Associação da Lavoura Duriense, representantes da produção no Conselho Interprofissional (CI) do IVDP, reuniram com adegas cooperativas e viticultores para exigir medidas ao Governo.

Após uma primeira reunião entre os representantes da produção no CI e as adegas cooperativas da região, o grupo elencou uma série de medidas que irão ser apresentadas ao Ministério da Agricultura, não sem antes serem apresentadas aos viticultores, em duas reuniões, uma na sede da Casa do Douro na cidade de Peso da Régua e outra no auditório de São João da Pesqueira.

Uma das exigências em cima da mesa é a destilação de crise para os excedentes desta vindima, com foco nas adegas cooperativa que absorveram as uvas dos viticultores recusadas pelas grandes empresas.

“O que nós propomos é que haja uma destilação para esta vindima. As adegas não conseguem acomodar toda a uva que estão a receber e estamos a falar, em alguns casos, de 50% a mais do que é a média dos últimos anos. Isto é incomportável financeiramente”, afirmou Rui

Paredes, presidente da Federação Renovação do Douro (FRD) - Casa do Douro.

Para o responsável federativo, “só desta forma é que se consegue libertar ‘stocks’ e fazer com que as adegas fiquem com algum desafogo financeiro para minimizar este impacto que é brutal”.

Rui Paredes refere que “são elas (adegas cooperativas), que estão a ser o amortecedor do impacto da não-receção de uvas por parte de muitos operadores. Não vale a pena dizermos que há excesso de produção. Estamos com valores normais de produção, e estamos com uma quebra de 10% no valor das vendas nos mercados externo e interno”, considerou.

A adega de Sabrosa, que já terminou a vindima, teve um crescimento de produção na ordem dos 10%.

“Para uma adega pequena, que tem pouca capacidade, é muito. Neste momento temos tudo cheio”, disse Celeste Marques, que referiu que a cooperativa também sentiu o impacto na quebra das vendas em resultado da queda do poder de compra dos consumidores.

Celeste Marques explicou que as adegas têm de receber as uvas dos associados e criticou a postura de grandes empresas que, em plena vindima e, em

algumas situações, no próprio dia, comunicaram aos viticultores que não iam receber mais uvas, “apareceram-nos pessoas a chorar a pedir por favor para recebermos as suas uvas”, referiu.

Outra das medidas que saiu desta reunião é o pedido de refinanciamento das adegas numa altura em que algumas "vivem já uma situação dramática em termos financeiros", explica Rui Paredes.

“É importante que não deixemos perder este património. Este ano, se não fossem as adegas cooperativas, era um desastre”, sublinhou.

A promoção dos vinhos durienses nos mercados interno e externo é também uma preocupação para os representantes da produção que criticam ainda a cativação de verbas do IVDP por parte do Estado, que resultam das taxas pagas pelo setor, e defendendo que estas “têm de ser descativadas em janeiro e não a meio do verão, como aconteceu este ano, de forma a serem aplicadas em ações de promoção”.

“Ao mesmo tempo é fundamental termos também um reforço de verbas. Se nós estamos a perder vendas, a consequência tem de ser reforçar a promoção nos mercados que nós entendemos que estão em

queda ou que são emergentes”, conclui o presidente da FRD.

Tal como em anos anteriores, também este ano viticultores venderam a “uva sem preço”, ou seja, entregaram o fruto ao operador e só depois é que vão saber quanto vão receber.

Para colmatar esta questão, as associações representantes da produção propõem para 2024 um “contrato de vindima”, que seria celebrado entre quem vende e quem compra, com conhecimento ao Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).

Nesse contrato, explicou Rui Paredes, ficaria definido o preço a que as uvas seriam compradas e a quantidade.

José Manuel Santos, representante da Associação da Lavoura Duriense (ALD), no CI e neste conjunto de reuniões sublinha a união que existe no setor.

"Esta é uma demonstração da unidade da produção. Com o fim da Casa do Douro houve quem tentasse criar separações entre os produtores, mas chegamos á conclusão que era importante falarmos a uma só voz para termos força perante os nossos interlocutores".

Contudo, para o representante associativo uma das soluções para o setor passa pela resolução da situação da Casa do Douro, "é importante que o Governo decida, de uma vez por

todas a situação da Casa do Douro. É importante que exista uma instituição representativa de toda a lavoura duriense onde todos os lavradores se revejam, podendo escolher quem os representa”.

José Manuel Santos lamenta "as imagens degradantes a que assistimos este ano com os viticultores a chegarem à porta das adegas e não lhes ser permitido descarregar as uvas".

O também presidente da adega Cooperativa de Lamego lembra que no passado a região usava aguardente produzida com a queima de vinho da região, uma solução que gostava de ver estudada dando assim um propósito à destilação de crise solicitada para este ano.

“Até 1972 sempre utilizamos aguardentes provenientes da própria região, é atura de regressarmos a esta realidade. Consumimos 270 mil pipas de vinho oriundas de regiões europeias e não conseguimos resolver 70 mil pipas de excedentes que produzimos anualmente, parece-me pouco inteligente.

Teria que se fazer um estudo económico e independente para perceber a viabilidade desta medida, para nós produção era uma solução ótima, era tudo consumido em vinho do Porto, DOC Douro e em aguardente”. ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 23 | REGIÃO |

Centenas de visitantes na Feira do Vinho e do Azeite de Provesende

No fim-de-semana de 23 e 24 de setembro, a Aldeia Vinhateira de Provesende recebeu centenas de visitantes para a 14ª edição da Feira do Vinho e do Azeite.

Com um programa recheado de muita animação e tasquinhas, onde não faltaram os produtos regionais e a gastronomia típica, aliado às provas de vinho e azeite, a satisfação era visível entre as centenas que enchiam o centro da aldeia.

O evento teve início no sábado de manhã com um Passeio Pedestre pelos Vinhedos do Douro, organizado pelos Bombeiros Voluntários de Provesende. A tarde iniciou com a atuação de Georges Canário, dando-se posteriormente a cerimónia oficial de inauguração da feira com as intervenções oficiais da Presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Helena Lapa, do Presidente da Junta de Freguesia de Provesende, Gouvães do Douro e São Cristóvão do Douro, Carlos Madureira, e do Presidente da CCDR-N, António Cunha.

A música tradicional, com a atuação do Rancho Folclórico de Santa Eugénia, um Show Cooking com o Chef Rui Xavier com harmonização de Vinhos, a atuação do grupo Batucada no Cobre e um sunset com o saxofonista Pedro Pereira, encerraram a tarde do primeiro dia da feira, que continuou pela noite fora com a encenação da "Praga da Filoxera", pela Filandorra Teatro do Nordeste, o espetáculo musical com Bandalusa, e, posteriormente, com o Dj MadJ.

O segundo dia desta edição iniciou com a missa da bênção do Mosto com a presença de algumas confrarias, seguindo-se posteriormente o brinde à Região Demarcada do Douro e aos seus viticultores. Da parte da tarde, a animação continuou com a atuação do grupo de Bombos Zés Pereiras de Sa-

brosa, o Rancho Folclórico Etnográfico do Pinhão, um Show Cooking com o Chef Milton Ferreira, a encenação da peça 'A vindimadeira Portuguesa' pela Filandorra - Teatro do Nordeste, a música de rua com as Concertinas Diatónicos e a atuação do

grupo musical Andarilhos, que encerraram em grande a 14ª edição da Feira do Vinho e do Azeite.

Em declarações à nossa reportagem, o Presidente da Junta de Freguesia local, Carlos Madureira, que sublinhou a sua

satisfação com a importância que o evento representa para a realidade económico-social da aldeia.

“Esta festa começou quase como uma brincadeira para promovermos os nossos produtos, ver a dimensão que ela

atingiu hoje deixa-me muito feliz, temos cá alguns dos melhores produtores de vinhos e azeite da região, só isso já é uma enorme satisfação.

Este é um evento que atrai muito turismo, assim que avançamos com as datas da festa, automaticamente as reservas nas casas de turismo que existem aqui começaram a surgir e está tudo completamente cheio, é reflexo da importância que tem para a nossa realidade. Se este evento não acontecesse, talvez muitas destas pessoas nem viessem a Provesende”.

Também Helena Lapa, autarca de Sabrosa, esteve na Aldeia Vinhateira e, em declarações à nossa reportagem, destacou a importância dos dois produtos em destaque no certame para a realidade do seu concelho.

“Esta é já a 14ª edição desta festa em Provesende. Efetivamente este é um evento para promover dois produtos com grande importância para esta freguesia e para o nosso concelho, o vinho e o azeite.

Temos aqui alguns dos melhores produtores da região e as pessoas podem provar o que melhor fazemos, juntando a isto a animação, este é um evento de grande sucesso, sem qualquer dúvida.

O vinho e o azeite são dois produtos que estão muito ligados entre si, é habitual os produtores de vinho terem também significativas quantidades de azeite, daí fazer sentido organizar um evento que junte estes dois produtos”.

A Feira do Vinho e do Azeite, que este ano integrou a programação do Douro- Cidade Europeia do Vinho, foi organizada pela Junta de Freguesia de Provesende, Gouvães do Douro e São Cristóvão do Douro, em parceria com o Município de Sabrosa e apoio da Associação Sabrosa Douro XXI. ○

24 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | SABROSA |

CoLAB ForestWISE celebrou 5º aniversário na UTAD

O CoLAB ForestWISE comemorou cinco anos de existência e juntou várias personalidades comprometidas com a valorização da floresta.

Numa cerimónia que teve lugar no Eco Campus da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o ForestWISE fez um balanço do trabalho realizado ao longo destes cinco anos de existência, focados na inovação, sustentabilidade, transferência de conhecimento, valorização da floresta, desenvolvimento sustentável do espaço rural e na redução dos grandes incêndios florestais.

Carlos Fonseca, CTO do CoLAB ForestWISE realçou o caminho percorrido, parte dele em plena pandemia da Covid-19: "O CoLAB ForestWISE tem desempenhado um papel central na articulação entre empresas, indústria, academia e setor público, promovendo a inovação, a investigação e a cooperação para enfrentar os grandes desafios da gestão florestal do nosso país, tendo-se tornado um player incontornável nos domínios da floresta e do fogo em Portugal".

Para Carlos Fonseca, a integração da UTAD faz sentido tendo em conta a realidade geográfica da universidade, “a UTAD é uma das seis universidades que fazem parte do laboratório colaborativo pelas suas competências internas nomeadamente nesta área da floresta e do fogo, é de facto uma das academias nacionais que mais se tem

destacado a nível não só da geração de conhecimento, como também de ensino destas matérias.

Naturalmente a UTAD teria que ser um associado de um projeto como o ForestWISE, tal como outras universidades, este contexto rural tem um adicional que terá feito também com que a sede do próprio CoLAB tenha vindo para Vila Real, uma sede que foi também inaugurada neste aniversário de cinco anos de ForestWISE”.

Emídio Gomes, Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro mencionou que "O Forestwise tem sido um exemplo a seguir no âmbito dos Laborató-

Naturalmente a UTAD teria que ser um associado de um projeto como o ForestWISE, tal como outras universidades, este contexto rural tem um adicional que terá feito também com que a sede do próprio CoLAB tenha vindo para Vila Real.

rios Colaborativos, em especial pelo fantástico envolvimento do setor empresarial e pela sua interação com o sistema científico e tecnológico.”

Isabel Ferreira, Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, também presente na cerimónia sublinhou, na suaintervenção, a importância do CoLAB ForestWISE na promoção do desenvolvimento regional sustentável. ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 25 | VILAREAL |

OMD nº 13206

Centro Visage Registo ERS nº. E111677

Parceiro da www.girohc.pt/

A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crónica caracterizada pela produção insuficiente de insulina ou utilização inadequada desta hormona pelo organismo. A DM envolve um grupo de alterações metabólicas que culminam num estado de hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue), com consequências ao nível da produção de energia indispensável a um normal funcionamento do organismo e que podem ser acompanhadas de graves complicações médicas.

António Luis Marques

Problemas Dentários e a Diabetes Mellitus

Apesar do impacto da Diabetes Mellitus no estado de saúde geral ser amplamente conhecido, a sua relação com problemas dentários é por muitos desconhecida. Assim, exploraremos de que forma esta doença pode afetar negativamente a Saúde Oral do paciente diabético e a importância que os cuidados de higiene oral podem ter na sua saúde geral. Uma das complicações mais comuns do paciente diabético é a Doença Periodontal - uma inflamação crónica, com origem bacteriana

e de caráter progressivo que afeta a gengiva e estruturas de suporte dos dentes. A Doença Periodontal e a Diabetes Mellitus têm uma relação de natureza bidirecional: se por um lado, a inflamação crónica da Doença Periodontal pode afetar negativamente o controlo glicémico do doente, por outro lado, esta hiperglicemia pode potenciar a rápida progressão da Doença Periodontal.

Além disso, a sensação de boca seca (xerostomia) e a diminuição do fluxo salivar (hipossalivação) são muito prevalentes na população diabética e provocam a alteração da capacidade tampão da saliva e a secura das mucosas, com consequências ao nível do

Uma gaveta para o interior

Reduzo-a para evitar mais uma discussão interminável, emaranhada em tantas premissas acerca deste assunto: as politicas públicas para o minifúndio.

aparecimento de úlceras e traumas nos tecidos moles, associados a um período de cicatrização mais prolongado, alterações de paladar, mau hálito e ao síndrome da boca ardente - descrito como uma sensação de ardência da mucosa oral sem alterações clinicamente evidentes.

Adicionalmente, os níveis elevados de açúcar no sangue em conjunto com a diminuição da produção salivar do paciente diabético favorecem um ambiente propício ao crescimento de microorganismos na cavidade oral, como acontece com o fungo responsável pela Candidíase Oral.

Desta forma, a Saúde Oral está envolvida no controlo glicémico

do paciente diabético e, como tal, é fundamental consciencializar a população para as medidas preventivas que devem adotar. Manter uma boa higiene oral, consultas periódicas no Médico Dentista e alertá-lo sempre para qualquer alteração no seu estado de saúde geral são essenciais para uma atuação precoce, minimizando possíveis complicações da Diabetes Mellitus. ○

As políticas públicas para a gestão da floresta em territórios de minifúndio não podem ser consideradas justas.

A pequena propriedade domina em muitas regiões deste nosso Portugal. Regiões que têm uma enorme dificuldade em chegar ao dinheiro público, necessário como o pão para a boca, para que se consiga alavancar um qualquer investimento.

Espero que este transmontano se safe à critica pela opinião que aqui partilha.

Quero que a entendam como reduzida e não redutora. Reduzo-a ao que me parece evidente.

Escrevo o que tenho dito repetidamente: há falta de dinheiro para a floresta do interior.

O dinheiro não chega às mãos de quem deveria chegar.

E a quem deveria? A resposta é tão óbvia que até seria evitável escrevê-la, mas enfim. A quem trabalha a terra, aos lavradores pois claro.

E porque não lhes chega então? Não há dinheiro para a floresta?

Parece que sim, que o há. Ao que se ouve e lê, há uma série de gavetas, recheadas, com dinheiro disponível para a fileira da floresta.

Pois bem, por estas bandas a coisa não tem corrido bem. Nem

por aqui nem em tantos outros territórios do norte e centro do país, onde a pequena propriedade marca a paisagem. Nestes territórios a floresta, assim como a silvo pastorícia, continuam a ser abordados de forma desajustada. Desajustada porquê? Porque se trata de forma igual o que é diferente.

O país tem realidades geográficas, socias e económicas distintas. Assim como é distinto o perfil dos proprietários e produtores. Se isto é evidente, porque não se regionaliza verdadeiramente as políticas públicas para a floresta?

Mas o que é isto de regionalizar as medidas? Não é nada de estranho nem de novo para os nossos vizinhos espanhóis, que o fazem, e bem. Por cá, regra geral, usamos

uma coisa chamada Valia Global da Operação – VGO. Esta fórmula define quem acede aos fundos. A questão crítica é que está formatada para todos de igual forma. Refiro mais uma vez, regra geral. Assim, a realidade dos territórios, bem distinta, não é verdadeiramente considerada e muito menos é respeitada, a gente que teima em trabalhar neste Portugal profundo. Como podem chegar ao financiamento público tantas áreas que não estão dentro de Zona de Intervenção Florestal, que não estão em áreas protegidas, ou, apenas mais um exemplo, não tem certificação florestal? Não chegam com certeza. Estão em desvantagem clara. Não por opção ou inação, mas por condição de serem territórios de minifúndio.

Caso a regionalização das medidas não seja opção para o decisor, a coisa pode ser resolvida de uma outra forma. Parece-me até mais simples e justo: as candidaturas submetidas pelos proprietários e produtores, podem ser consideradas pela sua valia técnica, em continuo, enquanto exista dotação orçamental. Simples, já aconteceu no passado. Se isto não acontecer, continuaremos a assistir a um subfinanciamento do minifúndio. Sem dinheiro não há boa gestão. Seja ela de preservação, proteção ou produção. Já agora, estas não são incompatíveis entre si, antes pelo contrário. Não se vive do ar. A realidade que já por si é dura, tornar-se-á mais dura ainda, crua até, caso não se abra uma dessas tais gavetas, para o interior. ○

Nunca a excecionalidade do Vinho do Porto esteve em causa. Sai, contudo, agora, reforçada com o lançamento no mercado de “novos Portos velhos”, as novas categorias criadas em janeiro de 2022 - os Brancos 50 anos e os Tawny Very Very Old, ou VVO, que começam a impressionar o mercado.

Vinhos únicos e raros, que refletem a inovação e a moderni-

Domingos Nascimento

Reincido no tema, por ser cada vez mais pertinente falar-se da necessidade de apostarmos num modelo de humanização comum para o grande Douro - a cidade conceptual que agrega os 19 mu-

dade no Vinho do Porto, vinhos carregados de história, que certamente contribuirão para o caminho de valorização do Vinho do Porto que tem sido o da tendência para o aumento do peso das categorias especiais no total das vendas deste vinho (em 2000 os Porto Premium representaram 33,7 % do valor total das vendas; em 2022 essa quota atingiu os 46,3 %).

No âmbito do Port Wine day, que decorreu o passado mês de setembro, o Salão Nobre do Instituto dos Vinhos do Douro e do

Porto, I.P. (IVDP, IP), acolheu uma prova sobre “Os Novos Portos Velhos” e o amplo espaço tornou-se pequeno para acolher todos os participantes, profissionais da comunicação e do setor HORECA, interessados em saber mais sobre as novas categorias da seleção de Porto Branco 50 anos, Tawny 50 Anos, e Very Very Old, que as empresas de vinho do Porto estão a lançar desde janeiro.

Dos Portos Tawny e Branco 50 anos, vinho de elevada ou excecional qualidade, obtido por lotação de vinhos de diversos anos,

aos Very Very Old ou VVO ou W, Vinhos do Porto com mais de 80 anos de idade, de excecional qualidade, raros, equilibrados, intensos, complexos e muito persistentes, o Vinho do Porto mostrou-nos que continua a surpreender.

Estiveram em prova os vinhos Kopke Porto 50 anos Branco, Vallegre Porto Branco 50 Anos, Rozès Very Very Old White, Taylor’s Porto Golden Age 50 anos Tawny, Quinta do Estanho Porto 50 anos Tawny, Vasques de Carvalho Porto 50 anos Tawny, Vieira de Sousa Porto 50

Taxa Turística na Comunidade Douro, já!

nicípios da Comunidade Douro (CIM Douro). Um modelo de humanização que se constitua num "sistema de amparo social" local. Amparando os mais velhos, os mais novos, crianças e jovens, com soluções à medida e com redes de cuidadores comunitários, profissionais presentes nas aldeias, vilas e cidades da região. Mas tam-

bém com o reforço de meios que seriam canalizados para as instituições locais. Para financiar este modelo, proponho a implementação da taxa turística.

Sim, são as pessoas o 'bem' maior nas dinâmicas turísticas neste território fantástico. Os meios financeiros obtidos pela taxa turística deverão ser aplicados na valorização e au-

mento da atratividade do território. Ora, então, que melhor forma encontraremos para se atingirem estes objetivos?

Obviamente fazendo os habitantes da Comunidade Douro pessoas felizes e identificadas. Sendo parte. Sentindo-se incluídos. Dinamizadores deste grande movimento humano: o Turismo!

Não vislumbro nenhuma

anos Tawny, Vallado Porto 50 anos Tawny e Niepoort VV.

Esta ação integrou as atividades que o Instituto desenvolveu para assinalar o PORT WINE day, em setembro. Esta data emblemática, celebrada desde 2014, tem sido marcada por momentos especiais, ao longo do mês, todos dedicados a honrar a tradição, a inovação e a sustentabilidade que estão no coração da Região Demarcada do Douro (RDD) e do Vinho do Porto. Terminou a 30 de setembro, com um sunset aberto ao público, em Vila Nova de Gaia.○

razão para que não se aplique a taxa de dois euros por dormida. Pelo contrário, devidamente enquadrados os objetivos, acredito seria uma diferenciação muito apreciada por quem nos visita. Deixemo-nos de coisas, não há sustentabilidade sem pessoas felizes! Comunidade Douro - a cidade da humanização! ○

26 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | OPINIÃO |
Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I. P. (IVDP) Gilberto Igrejas Presidente da Agência Social do Douro
Os “novos portos velhos” vieram reforçar a excecionalidade do Vinho do Porto
Presidente da OPF AFLODOUNORTE Diretor Nacional da CAP

No caminho dos vinhos do Távora-Varosa

Albergando os municípios de Moimenta da Beira, Sernancelhe, Tarouca e ainda algumas freguesias dos concelhos de Penedono, São João da Pesqueira, Tabuaço, Armamar e Lamego, a região é limitada pelos dois rios que lhe dão o nome, o Távora e o Varosa.

As características edafo-climáticas, as suas vinhas plantadas em solos graníticos, solos litólicos e solos de transição, reúnem boas condições para a criação de vinhos geralmente frescos, e com teores de acidez ideais para a produção de vinhos espumantes. No ano de 2022 a região do Távora-Varos registou um crescimento de produção de 40%.

José Fernandes (Quinta da Moita) – Da reforma ao negócio dos vinhos e turismo

A viagem pelos vinhos do Távora-Varosa já nos levou até aos concelhos de Armamar e Tarouca. Desta feita vamos até Tabuaço ao encontro de José Fernandes que, numa propriedade com pouco mais de dois hectares explora uma unidade de turismo e produz vinhos singulares.

Chegado a Portugal há pouco mais de uma década, José Fernandes decidiu investir na aquisição de uma propriedade no concelho de Tabuaço com o objetivo de ter um local para usufruir da reforma, mas o destino trocou-lhe as voltas e entre papeis perdidos e licenças já garantidas apostou num projeto de turismo e produção de vinhos.

“Isto tudo começa com a minha mulher, na crise económica de 2008 muita gente perdeu o seu dinheiro na banca, ela insistiu comigo para investirmos numa propriedade onde também pudéssemos ter os nossos produtos para alimentação.

A ideia de produzir vinhos e espumantes aqui é recente, surgiu depois de já termos a quinta

que foi comprada com o objetivo de termos um espaço para podermos disfrutar mais tarde, quando fossemos mais velhos.

Tudo isto estava em ruínas. Era uma propriedade abandonada há oito anos, e em 2011 acabamos por adquirir o imóvel. Mais tarde, quando contactamos com o gabinete do agricultor de Tabuaço é que percebemos que podíamos produzir aqui vinho, mas tal coisa nunca me tinha passado pela cabeça. O mais próximo que tenho em produção de álcool era o meu pai que fazia aguardente de cana de açúcar (risos). Acabamos por avançar com a plantação de vinha em 2014 com uma candidatura ao programa VITIS".

A produzir exclusivamente vinhos tranquilos, até ao momento, José Fernandes e o enólogo Ângelo Ribeiro, explicam que as características dos néctares ali produzidos são um espelho do terroir da região e do método de produção.

"O nosso vinho é definido pelo terroir desta região, em especial esta sub-região que é as Terras de Cister. Grandes amplitudes térmicas, que dá aos vinhos

uma frescura e uma longevidade muito interessantes.

Fazemos brancos com uma acidez mais elevada, precisamente para sairmos do padrão e mantermos as características das nossas videiras.

O nosso Colheita Selecionada, por exemplo, é um vinho mais fácil de beber e de se decifrar, dentro daquilo que as pessoas estão mais habituadas a consumir. Já o Reserva é um vinho incrível, parte do lote esteve dois anos em estágio em barricas novas de carvalho francês, tem uns aromas mais completos, mantendo a frescura e acidez natural do vinho.

O sistema de poda que usamos é pouco produtivo, optamos por ter menos quantidade, mas uma maior concentração. Uma videira que facilmente poderia produzir 3 quilos de uvas, aqui produz um quilo e meio, exatamente porque queremos fazer vinhos diferenciados.

Temos novas plantações, de sauvignon blac, por exemplo, e aí já podemos pensar de outra forma, tentar usar métodos de poda mais produtivos, o que pode ser interessante para os

espumantes onde o teor alcoólico é também mais baixo.

A aposta nos espumantes é um dos projetos que está no horizonte, "o plano será ter um espumante pronto ou, pelo menos, em processo de produção, em 2025", explica o produtor.

"Já há algum tempo que queremos produzir espumante, mas o processo acabou por ser mais demorado do que o esperado, neste momento o plano é já na próxima colheita podermos iniciar o processo de produção de um espumante".

Com quatro referências no mercado, José Fernandes aposta num mercado mais local e nos clientes que ficam instalados na propriedade, contudo, o futuro passa também pela expansão deste negócio, "sempre com parceiros que primem pela qualidade, como nós", explica.

"Neste momento o nosso mercado é de nichos, vendemos em alguns restaurantes próximos de nós, temos também a venda online e com os nossos próprios clientes que o consomem aqui e depois acabam sempre por comprar algumas garrafas.

Até agora só tínhamos um

vinho no mercado, não havia preocupação com mercado, agora já temos quatro referência e em breve vamos lançar uma quinta com um tinto, a partir daqui o pensamento já tem que ser outro".

A aposta no turismo é também uma realidade na Quinta da Moita, o espaço conta com cinco quartos e duas casas, várias atividades e animais para gáudio dos mais pequenos.

"Quando começamos a organizar papeis antigos que estavam por aqui, percebemos que a residência tinha licença para turismo, decidimos passar para o nosso nome e fomos falar com um arquiteto de Moimenta da Beira, e tudo isto acaba por ser pensado por ele.

A propriedade tem 5 quartos, e duas casas para famílias, um T3 e um T1. Oferecemos provas de vinho. Tem piscina. É uma quinta pedagógica também, temos ovelhas e um burro que fazem as delícias das crianças.

Não servimos refeições, mas temos acordo com um restaurante que pode trazer as refeições aos clientes, só servimos aqui o pequeno almoço". ○

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 27 | VIAGEM |
A REGIÃO
28 | VIVADOURO | OUTUBRO 2023 | LAZER | 13/02/2019 pt.hellokids.com Xerife pt.hellokids.com/templates/print.php?id=28714 1 1 13/02/2019 pt.hellokids.com : Xerife pt.hellokids.com/templates/print.php?id=28714 1 1

POSIÇÃO DOS AUTARCAS DA REGIÃO DO DOURO

Considerandos

1. A história da Região Demarcada do Douro é riquíssima, sem paralelo no mundo. A mais antiga região delimitada e regulamentada do mundo, em 1756, com regras e regulamentação pioneiras que, aliás, no século seguinte, influenciaram os franceses e, depois, o resto do mundo vitícola. Há que conhecer a história da região para melhor compreendermos os seus problemas e os desafios; há que ter noção do que somos e do que significamos para o país, quer no peso da balança comercial do país: a RDD exporta anualmente, em valor, cerca de 44% do valor total das exportações portuguesas de vinhos, quer do que significa na promoção de Portugal (Vinho do Porto, o maior embaixador de Portugal no mundo). O turismo tem crescido como nunca na região do Douro, designadamente o enoturismo. Para além disso, verifica-se um crescimento do s vinhos DOC. Douro, com o seu potencial de evolução e de valorização. Ambos têm-se constituído verdadeiramente, como fatores de alavancagem económica, e vêm contribuindo, e muito, para a sustentabilidade da região.

2. A região do Douro enfrenta, porém, de há uns anos a esta parte, uma crise latente. O Douro, pelo seu reconhecimento mundial, pela sua extraordinária beleza e perfeição, vive no paradoxo de aparentar um estatuto formal de bem-estar e desenvolvimento que, se visto mais de perto e vivenciado por dentro, nos leva a consta-

tar na verdade, a presença da Região, como passageiro frequente das últimas carruagens da composição que leva o país na direção dos melhores rendimentos, da melhor distribuição de riqueza gerada e do desenvolvimento.

3. O problema: a insuficiente valorização do produto vinho, e consequente abaixamento dos preços das uvas, a desvalorização do património e o consequente abandono do território.

4. Sem julgar estarem plenamente identificadas as razõesque não estão - são apontadas algumas razões para a subsistência do problema, tais como a de uma sobreprodução da região, a diminuição de vendas de vinho do porto e o baixo preço geral dos vinhos face ao seu real valor e custos de produção.

5. Há, porém, que questionar: Estaremos perante uma verdadeira crise de sobreprodução da região ou antes perante alguma ineficácia na promoção e procura de novos mercados e na diversificação das formas de apresentação dos nossos vinhos? Já analisamos os resultados económicos de toda a cadeia de intervenientes, desde a produção ao comércio, ao longo dos últimos 20 anos, comparando os pontos de partida e de chegada na saúde financeira de todos os atores? Mas que outra atividade sobreviveria com preços de venda de há vinte anos e custos de produção que triplicaram na atualidade? Que (ir) racionalidade económica há

nesta realidade? Quem vende o produto de um ano de trabalho, sem saber ao certo que preço irá receber? Desde logo, se o Vinho do Porto vê diminuídas as quantidades para exportação nos últimos anos, facto muitas vezes explicado pelo contexto (campanhas anti-álcool, envelhecimento da população, nomeadamente), como explicar então a expansão do consumo dos vinhos Doc? Haverá álcool bom e álcool mau? Como entram na Região alegadamente, milhões de litros de vinhos e mostos alheios ao território da RDD? Como decorreu e que efeitos produziu o processo da destilação de crise/2023?

Será de admitir, sob pretexto de fabrico de vinhos de mesa, a entrada de uvas de fora da região, para uma região onde há sobreprodução? Questiona-se até se faz sentido fabricar vinhos de mesa nesta região, face à qualidade que temos que nos permite fabricar vinhos Doc. de elevada propriedade? A entidade fiscalizadora, está dotada de meios para fazer a fiscalização que lhe compete? Não contribui a região com taxas e mais taxas para a alimentar, vendo ilegitimamente cativadas receitas para o OE? Que dose de loucura é esta?

6. A verdade é que os pequenos e médios produtores do Douro, têm vivido e convivido com uma crise absolutamente asfixiante, que de ano para ano vai inviabilizando lenta, mas inexoravelmente a continuidade da sua atividade, estando criadas todas as (más) condições para pura e simplesmente serem centrifugados do siste-

ma. Os dados do IVDP são elucidativos desta redução e esse processo vai acelerar.

7. Entendemos que nada alcançaremos se iniciarmos a discussão apontando culpados ou se insistirmos em escamotear responsabilidades. Temos de olhar para o setor como um todo, nunca como partes, porque em boa verdade a nossa natureza é o produto dessas complementaridades. Produtores, comerciantes, exportadores (eventualmente o contributo de instituições públicas, autarcas e governo), têm a obrigação de se sentar à mesa e discutir os problemas, deixando de lado o interesse particular. Discutir de forma aberta e séria, a obrigação de falar de uma vez por todas, no setor vitivinícola como um todo. A hora é de união, sendo certo que consideramos que a reformulação do atual quadro legal e institucional, não desconsiderando as especificidades da região, é uma urgência.

Nestes termos, Os autarcas dos 19 municípios que compõem a CIM Douro (cientes e preocupados com a atual crise que a região do Douro enfrenta, na defesa das pessoas que representam e do futuro da região, cientes de que não devem ser eles a apontar soluções finais, nem têm a arrogância de dizer aos operadores o que devem ou não fazer, mas antes tomar posição que exprime a sua preocupação com a o estado atual da região, prestando todo o seu apoio político nas decisões que o setor entenda serem as melhores para a

região) deliberaram em reunião do Conselho Intermunicipal da CIM Douro, de 3 de outubro de 2023, remeter a presente moção à Sra. Ministra da Agricultura, interpelando o seu Ministério, e subsequentemente o setor, para o seguinte:

- Apelar à Sra. Ministra da Agricultura uma atenção redobrada sobre os graves problemas que existem na Região Demarcada do Douro, que colocam em causa a sua sustentabilidade económica, social e ambiental, presente e futura, assim como a promoção uma ampla discussão com os agentes económicos, ligados à produção e ao comércio, com os agentes políticos que representam a região na Assembleia da República, assim como os autarcas e ainda os representantes institucionais, nomeadamente o IVDP, a CCDR-N, entre outros que possam contribuir para uma solução final que promova a estabilidade económica e social da região.

Da presente moção, dirigida ao Ministério da Agricultura, deve ser dado conhecimento a S. Exa. o Presidente da República, à CCDRN, ao IVDP, ao IVV, a todas as entidades interessadas, designadamente aos representantes da produção, do comércio, público, bem como aos meios de comunicação social.

O Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Douro 9 de outubro de 2023

OUTUBRO 2023 | VIVADOURO | 29 | REGIÃO |

JOÃO PAULO FONSECA:

"Este ano é o melhor ano de sempre em termos de qualidade e quantidade da Maça" Armamar é conhecida como a "Capital da Maçã de Montanha", onde são produzidas cerca de 80 mil toneladas deste fruto por ano. A Feira da Maçã começa sexta-feira, dia 13 de outubro, e tem como propósito ser a montra do potencial agrícola desta região.

O VivaDouro esteve à conversa com o Presidente da Câmara Municipal de Armamar, João Paulo Fonseca sobre este grande certame duriense.

→Quais são as expectativas para a edição deste ano da Feira da Maçã?

As expectativas são altas pelos diversos motivos, primeiro o evento promove a Maçã de Montanha produzida neste concelho. O local onde se produz mais maçã no país. Este ano é o melhor ano de sempre em termos de qualidade e quantidade da Maçã, por todo o setor frutícola. As maçãs são de alta qualidade e as expectativas para o certame são altas, porque, embora o evento tenha o foco na maçã é, também, uma montra para todos os produtos endógenos do concelho. Este ano, como estamos integrados na Cidade Europeia do Vinho, as expectativas são elevadas.

→A qualidade e quantidade da Maçã este ano a que se deve?

É uma conjugação de fatores perfeitos, em termos de condições meteorológica, porque tivemos alguma chuva em Julho e Agosto, o que ajudou mais nos pomares que não são irrigados pela Barragem de Temilobos, possibilitando que os calibres pudessem aumentar a qualidade da maçã. Dito por todos este é dos melhores anos em termos de quantidade e qualidade da maçã. Há expectativa que este seja o melhor ano de sempre a nível de qualidade da maçã.

→As torres anti granizo também podem ser fator determinante para esta qualidade? Há plano para expandir estas torres de modo a abranger mais território?

Sim, achamos que as torres anti granizo foram efetivamente o garante da qualidade da produção. Além disso, também, foi um ano atípico em termos climáticos, com vários episódios de queda de granizo, temos a certeza de que se não tivéssemos as torres para a proteção das nossas produções íamos ter episódios de granizo em Armamar.

Armamar tem, neste momento, 44 torres montadas que cobrem praticamente toda a área frutícola, cerca de 80% dos

pomares. Queremos perceber a eficácia dos canhões (torres anti granizo), que apesar dos resultados deste ano serem bastante positivo, estamos a dar um prazo de dois anos para ter a certeza dessa eficácia. Em termos de expansão pretendemos alargar para a parte vinhateira, numa segunda fase, foi o compromisso que assumimos.

→A colocação das torres foi um investimento realizado pelo Municipio?

Foi uma parceria entre a Câmara Municipal de Armamar, com a Associação de Fruticultores e a Cooperativa, que é pago pelos Fruticultores. A Associação financiou este investimento, com a banca, num valor de 1 milhão e 600 mil euros, em 10 anos. Os Fruticultores pagam o que lhes é referente em termos de área. O Município subsidiou parte desta operação financeira de forma a que o investimento dos Fruticultores não fosse tão grande. Até para que consigamos daqui a dois anos passar para a parte vinhateira. Já estamos em conversações com o Governo, nomeadamente com o ministério da Agricultura, a tentar que assumam este equipamento como eficaz, para trazer algum financiamento do Estado para este método. Porque não tenho dúvida nenhuma que os canhões foram decisivos para a qualidade da maçã.

→O que distingue a maçã de Armamar dos demais concelhos?

Costumo dizer que a maçã não é só de Armamar, mas é da região e não há grande distinção entre elas, por isso é que os mercados as reconhecem por maçãs de altitude. São semelhantes porque os solos têm características muito similares, têm condições climatéricas que são praticamente as mesmas, e, também, a mesma altitude. Não há uma diferenciação muito grande entre as maçãs produzidas em Armamar, em Moimenta da Beira e em Carrazeda de Ansiães. Por isso podemos concluir que a maçã que se produz nestes três concelhos é de elevada qualidade e com características muito similares.

→A nível de cartaz para a Feira da Maçã, há alguma novidade?

O cartaz do primeiro dia é

diversificado em termos de al guns nomes da música portu guesa. No segundo dia temos a Rita Guerra como cabeça de cartaz. No terceiro, o programa da RTP, “Aqui Portugal”, é que será responsável pela animação de domingo, das 11h às 20h. Durante a Feira temos a animação itinerante constante na feira quer com os nossos grupos Associativos quer com os convidados. A animação itine rante será permanente. Quere mos também destacar “III Trail e Caminhada Rota da Maçã de Montanha” que é no sába do, como nos anos anteriores existem três percursos: o trail curto, que se estende por cerca de 12 quilómetros; a caminha da de oito quilómetros; e o trail longo com cerca de 18 quilóme tros. A inscrição tem um custo de oito euros e inclt-shirt téc nica alusiva ao evento, reforço durante a prova, banho quente e jantar. Para se inscrever pode consultar o nosso site.

→É importante a presença das Associações para dinamizar este evento?

Sim, claro que sim, é impor tante não só para dinamizar e para de alguma forma engran decer o nosso evento. Sendo que muitas das nossas Asso ciações são ligadas ao Folclore, à cultura, à história, e tudo isso é importante.

→As Associações têm algum custo para marcar presença neste certame?

As Associações que partici pam não têm qualquer custo. A receita que angariam também é toda para eles.

→Quer deixar uma mensa gem/apelo para as pessoas que não sejam de cá para que vos visitem?

Sim, quero deixar o convite para que venham a Armamar, que nos visitem. Sobretudo para que percebam que Arma mar é muito mais que a Maçã é, também, Douro. Visitar Ar mamar nestes dias é conhecer como é que é produzida a Maçã e como é este processo. Porque aqui as pessoas podem visitar o local de armazenamento e de embalamento deste fruto tão nosso. Além disso, podem pro var os nossos queijos, os nossos enchidos e, essencialmente, conviver com a população du riense. Venham! ○

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.