Editorial
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Força, Coragem e Esperança Como previmos, na revista anterior, o tsunami que após a tempestade nos atingiu ia ser duro. Afinal, foi mesmo muito duro! Mas como povo valoroso, combatente e resistente que sempre fomos não nos deixamos, nem deixaremos, vencer. Apesar de todas as provações por que passamos resistimos no terreno dando o corpo às balas! Fomos, a pouco e pouco, procurando adaptar a nossa revolta, as nossas limitadas possibilidades de forma a não deitar por terra anos e anos de duro investimento e trabalho com os qual construímos o nosso modo de vida, das nossas famílias e trabalhadores. A ANTRAL não parou um minuto! Conscientes das necessidades de informar a apoiar, disparamos para todos os lados, em busca de apoio, sempre dando a conhecer as dificuldades e os obstáculos que nos iam surgindo. Lamentavelmente é não sermos ouvidos como outros interesses são, mas, mesmo com o pouco que tínhamos demos algo em troca aqueles – aos profissionais de saúde - que com o risco da própria vida estiveram sempre na linha da frente a salvar vidas. Temos orgulho em ter podido dizer-lhes obrigado. Repetimos aqui de novo obrigado! Pelos utentes procuramos sempre acrescentar algo em prol da segurança promovendo a colocação de um separador no táxi entre o condutor e os passageiros. Não entendemos a razão da não concretização de um pedido para melhor racionalização da oferta, com a circulação alternada em dias pares e ímpares dos veículos, no concelho de Lisboa os quais permanecem horas a fio nas praças sem qualquer cliente para transportar. Também não nos conformamos com a ausência de resposta do Governo à criação de uma linha de apoio específica para o táxi. Desagrada e choca mesmo ver os nossos políticos receber e acarinhar empresas privadas e ignorar associações de empresas de uma atividade de interesse público. É certo que existiram apoios, mas, receamos que tenham apenas sido uma ilusão para arrastar o verdeiro problema para diante. Vêm aí meses terríveis, o adiar de obrigações, a manutenção de trabalhadores sem
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Florêncio Plácido de Almeida Presidente da Direcção
deles se poder prescindir, agora que não há serviço, vai ser um peso insuportável. O sector tem de se reinventar para atrair o publico ao seu serviço. É uma ciclópica tarefa que requer o esforço de todo o sector, o apoio das autarquias e do Governo. Nos próximos tempos, continuaremos a bater a todas as portas. A nossa prestação segura e rápida, tal como estamos a procurar concretizar com o alargamento a todo o país através da plataforma digital “izzymove” tem neste momento o seu momento de ouro para se afirmar como a tábua de salvação do sector. A realidade é muito mais do que uma rede de social onde é fácil dizer mal de tudo e todos sem apontar caminhos ou soluções. Há muito trabalho que não se vê. Quem seguiu o nosso site e as redes sociais constatou certamente que nos desdobramos em todas as áreas, desde seguros, laboral, fiscal, apoios ao sector, transporte transfronteiriço, segurança, saúde, transporte de doentes transporte de pequena encomendas/volumes/alimentação e outros bens, preços concorrência e na informação criamos um sistema de resposta “on line” que sempre com eficiência respondeu a todas as solicitações. A verdade é que já muitos colegas ficaram pelo caminho pelo que nos cabe, a nós, representantes eleitos pelo sector estar à altura do mandato que nos conferiram, tudo fazendo para os proteger e valorar na profissão que escolheram. A adversidade traz a oportunidade e esta deve respeitar o direito de todos por igual, os que investem e os que trabalham. Com o foco no público e na qualidade e segurança para bem servir conquistaremos a confiança e faremos regressar aqueles que sempre nos confiaram as suas deslocações. Temos muito a fazer, para além do que já pensamos e iniciamos. Nunca nos deixaremos vencer! Somos agora, a força que vos pedimos em março e nos fez resistir. Obrigado!
ANTRAL
25/05/2020 08:29:03