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Nota de Abertura
Arrojo, Audácia e desprezo pela Vida
José Monteiro
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Longe vão os saudosos tempos em que eu, na companhia dos meus progenitores e mais as mi nhas duas irmãs, na ausência de melhor programa, nos deslocávamos às romarias onde, para além de nos lambuzarmos com umas deliciosas farturas à moda de Lisboa, ainda tínhamos o privilégio de andar em alguns dos aí existentes divertimentos, nomeadamente o carrossel oito, as cestinhas e os sempre deslumbrantes aviões .
Até aqui tudo bem, só que havia quase sempre uma atração nestas romarias, que me deixava particularmente fascinado.
Era o famoso Poço da Morte.
Dentro desta estrutura, destemidos motociclis tas e automobilistas, quase sempre familiares, faziam as mais arrojadas acrobacias, acrobacias estas, que levavam o público ao rubro e ao mesmo, arrancavam estrondosas ovações.
Contudo, havia um trabalho que tinha que ser feito previamente, e assim, em frente a este diver timento, um motociclista para acicatar os ânimos dos mirones, executava rodeado quase sempre de duas esbeltas partenaires, pequenas demons trações enquanto era difundido alto e bom som o seguinte slogan:
E assim, com todo este aparato despertavam a adrenalina daqueles que gostavam de emoções fortes.
Era uma maneira séria e honesta de granjearem o seu sustento.
Vem tudo isto a propósito e em termos de comparação, com o imprevidente comportamento que alguns profissionais de táxi estão a ter, face à situação de pandemia que todos estamos a viver a nível mundial.
Urge ao nosso sector, tomar e executar com profissionalismo, todas as medidas que contri buam para a diminuição do risco de contágio, e que levem a população em geral, a olhar o transporte em táxi como o transporte público mais seguro e eficaz que temos.
Por isso mesmo, medidas como: • Colocação de separadores nos táxis, hoje auto rizados mesmo sem homologação. Estes para além de minimizarem o risco de trans missão do COVID-19, podem eventualmente vir a contribuir para a segurança do profissional de táxi em futuras ondas de violência que possam surgir. • Utilização da máscara facial, de preferência ci rúrgica. Esta é de utilização obrigatória, tanto para os condutores como para os passageiros. Assim e porque não, possuirmos no nosso táxi alguns exemplares para disponibilizar aos nossos clien tes menos atentos. • Higienização e desinfeção das viaturas taxi com alguma periocidade em empresas especializadas. Esta operação podia e deveria ser apoiada pelas câmaras municipais • Proceder diligentemente e com produtos apro priados à limpeza dos puxadores, portas e do espaço ocupado pelos passageiros no final de cada serviço. • Sempre e logo que possível, submetermo-nos a testes de despistagem ao COVID-19, pois even tualmente poderemos ter no nosso seio, profissionais assintomáticos os quais, sem o saberem, podem ser potenciais focos de contaminação. • Utilização sempre que possível dos meios de pagamentos eletrónicos de pagamento. • Cumprir as regras de etiqueta respiratória e com as do distanciamento social.
Estas são algumas das medidas que podere mos adotar, às quais outras se podem adicionar, para assim nos protegermos individualmente e simultaneamente os utilizadores dos nossos servi ços, os nossos familiares, bem como a sociedade em geral.
Só assim nos defenderemos de uma eventual acusação pelos atrás mencionados, de que tivemos irresponsavelmente um comportamento que deno tou, “ARROJO ,AUDÁCIA E DESPREZO PELA VIDA“
SAUDAÇÕES ASSOCIATIVAS