I. Tornar-se arquiteta No cenário de ensino da Faculdade, muitos são os TFGs que se dedicam exclusivamente ao exercício da Arquitetura projetual, configurando uma certa tradição do que se espera como produto final para validação da finalização dessa etapa. Desviando de uma abordagem dicotômica, não pretendo argumentar aqui que a dedicação à arquitetura projetual é uma só — a priori ruim e engessada — e trabalhos de cunho téorico-crítico são necessariamente mais relevantes ou interessantes por auto-denominação. Acredito, em realidade, ser de extrema importância (e urgência), um fazer de projeto que se engaje com as problemáticas urbanas contemporâneas (sociopolíticas e ambientais), amplie sua força de trabalho para uma clientela mais plural (especialmente aquela que não acessa os serviços de arquitetos-urbanistas) e atualize as práticas construtivas a partir de premissas que assumam um compromisso ético com a sociedade. Mais do que substituir ou excluir um ao outro, a interrelacionalidade do fazer projetual e o fazer teórico-crítico é fundamental para que ambos possam se fortalecer. 24 | Experimentos metodólogicos insurgentes na prática de Arq. e Urb.